29 março 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

Dengue avança 26% em apenas 5 dias

O avanço da epidemia de dengue no Rio é assustador. Em cinco dias, os casos chegaram a 31.288, um salto de 26,3%. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, crê que a subnotificação, sobretudo em atendimentos fora da rede pública, mascare indícios até piores. Enquanto isso, a integração entre as esferas de poder não chega a alguns lugares. A tenda de hidratação (estadual) de Jacarepaguá não é usada pelo hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra. Embora faça ali 300 atendimentos de dengue por dia, o município sustenta que a unidade dá conta, enquanto, do lado de fora, os pacientes reclamam das filas. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, pelo menos 20 imóveis com focos foram invadidos por agentes, nos dois primeiros dias de vigência do decreto do "pé na porta". (págs. 1, A10 e A11)

A denúncia de que saiu da Casa Civil o suposto dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira dama Ruth Cardoso provocou duros discursos. FH e parlamentares de oposição pediram a demissão da principal assessora da ministra Dilma Rousseff. Para Lula, a "oposição destila ódio". (págs. 1 e A3)

A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), divulgada ontem pelo IBGE, mostra 14 milhões de crianças e adolescentes fora da escola no país. Os números referem-se a 2006. Significa que, da população entre zero e 17 anos de idade, 75,8% estavam estudando naquele ano. O levantamento radiografa ainda o trabalho ilegal infantil, que atingia 1,4 milhão de crianças entre 5 e 13 anos. Entre os 54 milhões de domicílios investigados pela Pnad, cerca de 10 milhões recebiam algum tipo de ajuda financeira originada de programas sociais do governo. O Bolsa Família é o maior deles: foram mais de 8 milhões de residências em todo o país.(págs. 1, País e A6)

Os ministérios da Justiça e da Defesa farão, com a Polícia Federal, uma força-tarefa para tentar localizar, resgatar e identificar os restos de 58 mortos na Guerrilha do Araguaia durante a ditadura militar, entre 1972 e 1975. Dois entrevistados pelo JB revelaram locais e cemitérios clandestinos usados na época. (págs. 1 e A2)

Especialistas temem que o Brasil repita sina de países em desenvolvimento como a China: o descuido com o lixo tecnológico. Há cidades chinesas onde montanhas de monitores, placas-mãe, celulares e baterias velhas são manuseadas por crianças e catadores intoxicados com altos níveis de metais pesados. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

FOLHA DE SÃO PAULO

Dilma diz que dossiê é "banco de dados"

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse ontem que as informações reveladas sobre gastos presidenciais de Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso não são um dossiê, mas sim um "banco de dados" e lançou o desafio: "Provem que não é um banco de dados, provem. Não fiquem assacando contra nada". Dilma também afirmou que a imprensa deveria revelar quem vazou os dados relativos ao ex-presidente tucano. "Afirmamos que é um banco de dados e que a quantidade de informações que tem um banco de dados é 20 mil vezes maior do que um dossiê e são essas informações que estão armazenadas na Casa Civil, seja para fornecer para a Comissão Parlamentar de Inquérito, se for pedido e se for decidido sob a responsabilidade de sigilo da CPI, seja para informar o Tribunal de Contas da União", disse a ministra, em entrevista em Delmiro Gouveia (AL). A Folha publicou ontem reportagem em que afirma que a ordem para que fosse montado um dossiê com os gastos pessoais de FHC e sua família partiu da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra. "Não há nesta publicação que saiu na Folha de S.Paulo nenhum dado novo em relação ao que tinha saído na "Veja". Há uma afirmação por parte do jornal que nós fizemos um dossiê. Nós insistimos que não foi um dossiê", disse ela. "É óbvio que a parte administrativa da Casa Civil é dirigida pela doutora Erenice. O que a doutora Erenice falou na matéria [da Folha] é a mesma coisa que estamos falando desde a "Veja': nós fizemos um banco de dados", afirmou Dilma. (Página 1)

A primeira polêmica envolvendo o Ministério da Cultura em 2008 partiu do próprio Ministério da Cultura. O governo lida desde anteontem com um tiroteio de reações contrárias ao artigo "Incentivo ao Teatro?", que o secretário-executivo do MinC, Juca Ferreira, e o ator e presidente da Funarte (órgão vinculado ao ministério), Celso Frateschi, publicaram nesta Folha. No texto, os autores discutem a eficiência da Lei Rouanet, principal mecanismo de financiamento da atividade cultural no país, e apontam distorções em sua aplicação. Frateschi e Ferreira dizem que a redução do número de sessões semanais dos espetáculos (de seis a oito antes da lei; duas ou três atualmente) e o encurtamento das temporadas vão de encontro ao principal objetivo da lei: universalizar o acesso à cultura nacional. A crescente concentração das produções na região Sudeste, segundo os autores, é outro fator que joga contra. Mais uma distorção no uso da Lei Rouanet apontado pelo artigo é o fato de que produtores culturais passaram a extrair maiores lucros com a captação de recursos para montar as peças do que com suas respectivas bilheterias. Assim, "a razão de ser do espetáculo não é mais o público", sustenta o texto. (Página 1)

Apesar de proibido por lei, em 2006, 1,4 milhão de crianças e adolescentes de cinco a 13 anos estavam inseridos no mercado de trabalho. Segundo o IBGE, de 2004 a 2006 não houve alteração no nível de ocupação no período, estimado em 4,5%. Nesta faixa etária, 60% das crianças e dos jovens ocupados trabalhavam em atividades não remuneradas. A legislação brasileira proíbe o trabalho sob qualquer forma para crianças e adolescentes com menos de 14 anos. Os adolescentes de 14 e 15 anos podem trabalhar, desde que na condição de aprendizes. Em 2006, 5,1 milhões de crianças e jovens de cinco a 17 anos trabalhavam. Segundo o IBGE, apesar do número elevado, há sinais de melhora, como a redução do nível de ocupação, nesta base de comparação, de 11,8% em 2004 para 11,5% em 2006. (página 1)

O uso de um pó, aplicado como uma medida de prevenção contra a epidemia de dengue que atinge o Rio de Janeiro e que já provocou 54 mortes em todo o Estado, levou ao menos 75 pessoas ao hospital com intoxicação e se transformou em um caso de polícia. A intoxicação aconteceu na empresa Telesoluções Telemarketing Ltda, que presta o atendimento do "disque-dengue", serviço que recebe informações sobre possíveis focos do mosquito da dengue no Rio e os repassa aos órgãos responsáveis pelo combate e prevenção da doença. As internações ocorreram entre a noite de anteontem e a manhã de ontem. Funcionários da empresa, localizada no centro do Rio, teriam espalhado o pó -que, segundo a empresa, seria cloro- nas áreas externas do prédio para evitar a formação de focos do Aedes aegypti nas poças de água e na caixa-d'água. Num dos pontos, a substância teria sido sugada pelo sistema de ar-condicionado central e se espalhado pela tubulação do prédio. O cheiro forte tomou conta de algumas salas e os funcionários passaram mal. (Página 1)

Diante de informações de que a refém Ingrid Betancourt está em condições de saúde muito delicadas, o governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, baixou um decreto oferecendo às Farc a soltura imediata de um número ilimitado de guerrilheiros presos em troca da libertação da franco-colombiana ou de vários seqüestrados, com a única condição de que, fora da cadeia, os rebeldes "não voltem a delinqüir". Uribe frisou que, ao lado do decreto lançado na noite de anteontem, continua a valer um fundo de recompensa de US$ 100 milhões para guerrilheiros que desertem e entreguem os reféns. Disse também que os militares estão empenhados em ações para a "localização humanitária dos reféns". O decreto foi desenhado para Betancourt. O texto diz que o governo dará por fechado um acordo e libertará os rebeldes uma vez que as Farc soltem "a ou as pessoas seqüestradas". No entanto o procurador-geral da Colômbia, Mario Iguarán, declarou que a legislação do país não permite a libertação de guerrilheiros presos em troca apenas de Betancourt. (Página 1)

CLOVIS ROSSI - Por mero instinto -um péssimo instrumento para jornalistas, admito-, acho que a ministra Dilma Rousseff não tem culpa direta no dossiê sobre os gastos do governo Fernando Henrique Cardoso. Não parece ter déficit de caráter a ponto de tomar a iniciativa de telefonar para Ruth Cardoso para negar a existência do dossiê se de fato o tivesse pedido. Fica portanto a impressão de que Dilma foi enganada pela sua principal assessora, Erenice Alves Guerra, que reportagem desta Folha apontou como a autora do dossiê. Não adianta agora o pessoal do governo, em coro, negar que se trate de dossiê. Os dados revelados -e não desmentidos- compõem o típico dossiê. Ou "crime", para lembrar definição da própria Dilma. (Página 1)

O ESTADO DE SÃO PAULO

Oposição acusa Dilma pela produção do dossiê FHC

Antes da abertura da CPI dos Cartões, o Planalto já havia mobilizado a Esplanada dos Ministérios para montar um dossiê sobre gastos do governo Fernando Henrique com cartões corporativos e contas B. A operação saiu de ao menos duas reuniões lideradas pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Sua secretária-executiva, Erenice Guerra, reuniria os dados. Dilma acusa a oposição de promover a "escandalização do nada". "Não há dossiê coisa nenhuma. Há trabalho de rotina, na formatação de um banco de dados", alega. Em Alagoas, o presidente Lula também mirou nos adversários: "Estão destilando ódio." (Página 1)

Os rendimentos dos brasileiros que recebem programas sociais do governo federal cresceram 19,4% acima da inflação entre 2004 e 2006, afirma estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgado ontem. A variação da renda foi maior que a dos lares sem programas sociais (16,9%). O IBGE também mostra, porém, em outro trabalho baseado na PNAD, que o avanço nos ganhos não foi seguido no mesmo ritmo pelo acesso à educação: dos 59,1 milhões de jovens de zero a 17 anos, 14,29 milhões não estavam em creche nem escola em 2006. Também o trabalho infantil, apesar de cair levemente, mostrou resistência, sobretudo na faixa mais jovem fora do Bolsa-Família. (Página 1)

A Petrobrás encontrou mais um reservatório de petróleo e gás abaixo da camada de sal na Bacia de Santos. Foi no bloco BM-S-8, ao sul das reservas gigantes de Tupi. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) recebeu a notificação no dia 6. A empresa informou que não fez comunicado ao mercado porque ainda não foram feitos testes de produção para avaliar o potencial da jazida. Esse é o nono poço bem-sucedido na região, que vem sendo encarada como a principal província petrolífera mundial encontrada nos últimos anos. Em apenas quatro poços foram feitos testes de produção. (Página 1)

Os controladores das operadoras Oi e Brasil Telecom assinam esta semana o acordo de compra e venda, no valor de R$ 4,850 bilhões, que dará início à formação da "supertele" nacional. O documento será enviado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e ficará condicionado à mudança do Plano Geral de Outorgas (PGO), que não permite fusões e incorporações de empresas de telefonia fixa em áreas diferentes. O processo de análise levará, pelo menos, seis meses. Até lá, Oi e BrT continuarão atuando de forma independente, como se nenhum acordo tivesse de fato ocorrido. (Página 1)

Desde 2005, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute um aperfeiçoamento da propaganda dos Medicamentos Isentos de Prescrição, cujo último "round" deve ser uma audiência pública em julho. Para a Sociedade Brasileira de Vigilância em Medicamentos, que desde 1991 defende o uso racional de remédios, as propagandas são exemplos de estímulo ao consumo irracional, produto de um vácuo na regulamentação desses comerciais. A entidade é uma das que defendem o banimento da propaganda dos remédios isentos de prescrição ou uma pré-aprovação dos anúncios. (Página 1)

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, baixou um decreto pelo qual os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que estão presos começarão a ser anistiados assim que os guerrilheiros soltarem o primeiro refém em seu poder. "Não importa se os delitos cometidos por eles sejam de rebelião, crimes comuns ou de lesa humanidade", afirmou o comissário do governo para a paz, Luis Carlos Restrepo, após a reunião na qual foram acordados os termos do decreto, na quinta-feira à noite. Segundo Restrepo, a única condição para os rebeldes serem soltos é que "se comprometam a não voltar a delinqüir". (PÁGINA 1)

NOTAS E INFORMAÇÕES - Não será um dossiê contra um antecessor com baixos teores de popularidade que arranhará a veneração popular por Lula. Para quem deu a volta por cima do mensalão, em grande estilo, depois de duvidar da própria reeleição, na pior hora de 2005, esse caso ele "tira de letra". (Página 1)

DORA KRAMER - O fiador da reincidência - Da impunidade, sabemos todos, parece desconhecer o presidente da República, resulta a reincidência do crime. (Página 1)

O GLOBO

Dilma resiste a demitir assessora que fez dossiê

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) resiste às pressões da oposição para demitir a secretária-executiva de sua pasta, Erenice Alves Guerra, apontada como responsável por um dossiê sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua mulher, Ruth Cardoso. Dilma nega que se trate de um dossiê, referindo-se às informações como um "banco de dados", e diz que o governo foi vítima de um "vazamento criminoso". A versão oficial é de que o vazamento teria sido ato de informantes tucanos infiltrados no Planalto. O líder do PSDB, Arthur Virgílio, chamou a ministra de "aloprada". Em Alagoas, o presidente Lula elogiou o senador Renan Calheiros e disse que a oposição está "destilando ódio", O governo descartou investigação da PF: Fernando Henrique cobrou a demissão de Erenice Guerra. Nos EUA, a Casa Branca demitiu há 15 dias assessores que vasculharam dados de Barack Obama e Hillary Clinton. (págs. 1, 3 e 14)

Bolsa Família: consumo alto, infra-estrutura baixa - Quase metade da parcela mais pobre da população com renda inferior a um quarto de salário mínimo, o equivalente a 1,8 milhão de famílias, está fora dos programas sociais do governo federal. Dados do IBGE mostram que os programas sociais chegam a 10 milhões de domicílios, 18,3% do total. Entre os beneficiários, a renda subiu e o consumo de eletrodomésticos também - mas o acesso a infra-estrutura está abaixo do ideal. Pela primeira vez, o IBGE pesquisou e constatou que 273 mil crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos sofreram acidentes no trabalho em 2006. Ao todo, 1,45 milhão - praticamente uma em cada três - tem jornada de adultos, acima de 40 horas semanais. (págs. 1, 18 a 22 e 41 a 45)

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defende a devolução imediata de R$ 4,4 milhões em verbas para alfabetização desviados pela Anca, ONG ligada ao MST. "Tem que cumprir o convênio ou restituir o recurso", disse. (págs. 1 e 16)

A Justiça determinou ontem que o estado e a prefeitura do Rio transfiram para hospitais privados pacientes com dengue que não conseguirem vaga na rede pública. (págs. 1, 23 a 27 e Guia de Compras)

Numa indicação de que não quer ser responsabilizado pela morte de Ingrid Betancourt, o presidente Uribe autorizou a libertação de presos e ofereceu dinheiro em troca da ex-senadora e outros reféns. (págs. 1 e 53)

Editorial - Aliança de Hugo Chávez com o MST em "convênios sociais" vai contra os interesses do regime democrático brasileiro. (págs. 1 e 6)

GAZETA MERCANTIL

Venezuela vem buscar alimentos no Brasil

Sem alarde, representantes do governo de Hugo Chávez vieram ao Brasil esta semana para oferecer maior facilidade na entrada de alimentos do País na Venezuela. Nos dois encontros com representantes da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), segunda e terça-feira, os fabricantes locais informaram as dificuldades para vender ao vizinho e suas solicitações foram atendidas, disse Edmundo Klotz, presidente da Abia, à Gazeta Mercantil. "Fiquei impressionado como abriram o canal de comunicação com as pessoas-chave do ministério (da Alimentação). Deram nome, endereço, telefone, tudo que fosse necessário para facilitar o processo", afirmou Hélio Morgado, diretor-geral da Schreiber Foods, fabricante de queijos fundidos. As exportações da empresa devem crescer de 18% para até 30% do faturamento este ano por conta da Venezuela. Segundo Klotz, o desabastecimento na Venezuela se agravou após o recente incidente diplomático com a Colômbia, grande fornecedora do país, por isso a urgência em comprar do Brasil. Em 2007, a exportação de alimentos brasileiros industrializados à Venezuela somou apenas US$ 712,8 milhões dos US$ 26 bilhões vendidos ao exterior. José Francisco Marcondes, presidente da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria, recebeu a delegação venezuelana e afirmou que o motivo oficial da procura por alimentos é a formação de reserva alimentícia. (págs. 1 e C6)

Embalado pelos resultados de recordista olímpico em nova pesquisa de popularidade, o presidente Lula da Silva saudou ontem os empresários participantes do Fórum Brasil México com um de seus mais animados pronunciamentos. Segundo levantamento do Ibope, o governo Lula teve sua melhor avaliação desde 2003: 58% de ótimo e bom. O presidente começou seu discurso aos empresários explicando que confundiu o mexicano Ricardo Salinas com o ex-presidente daquele país, Salinas de Gortari. Logo depois brincou com a crise nos Estados Unidos. "Eu disse: Bush, meu filho, nós passamos mais de 26 anos sem poder crescer economicamente, logo agora vem essa crise para atrapalhar? Nada temos com isso." (págs. 1 e A13)

Com a tecnologia WiMax, a Embratel se volta a partir de abril ao pequeno e microempresário que gostaria de adquirir o pacote de telefonia e banda larga, mas até agora esteve fora da rede de cabo da Net usada pela Embratel para trafegar dados. Como a Net está presente apenas nos bairros de classe média para cima, todos os demais estavam de fora. "Com investimentos de R$ 175 milhões, estamos estreando a rede WiMax em 12 cidades brasileiras", disse o diretor para área corporativa, Maurício Vergani. Em três anos serão 61 cidades e R$ 600 milhões investidos. A briga aumenta com as fixas Telefônica, BrT e Oi. (págs. 1 e C1)

A proposta de reforma tributária apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PPRJ) inclui as contribuições - algo em torno de 29,4% da receita federal em 2007, já descontada a CPMF - no bolo dividido pela União com estados e municípios. (págs. 1 e A12)

Dos dez índices que fazem parte da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apenas dois - INDX e Itel - acumulam alta neste ano. Os demais têm desvalorização superior a 4% em 2008. (págs. 1 e investnews.com.br)

O aumento nos preços do aço foi um dos principais responsáveis pela alta expressiva registrada no lucro líquido da Usiminas, que foi de R$ 3,2 bilhões no ano passado, resultado que supera em 26% o obtido no ano anterior. (págs. 1 e A4)

ENERGIA ELÉTRICA - BNDES tem US$ 36,9 bi para geração, diz Coutinho. (págs. 1 e C4)

CRÉDITO IMOBILIÁRIO - CMN autoriza bancos e cooperativas de crédito oficiais a financiar imóveis. (págs. 1 e B2)

PIB - BC revisa crescimento econômico para 4,8%. (págs. 1 e A6)

KLAUS KLEBER - Em 18 anos, Rinaldo Campos Soares preparou a Usiminas, ex-estatal, para o novo ciclo de expansão da siderurgia brasileira. (págs. 1 e A2)

ENERGIA ELÉTRICA - BNDES tem US$ 36,9 bi para geração, diz Coutinho. (págs. 1 e C4)

CORREIO BRAZILIENSE

Dilma, a mãe do dossiê

A ministra-chefe da Casa Civil, "mãe do PAC" e petista mais cotada para a sucessão de Lula, tornou-se o epicentro do escândalo em torno do dossiê com gastos da Presidência na gestão de FHC. As informações reunidas no levantamento serviram de munição para governistas chantagearem a oposição na CPI dos Cartões. O Planalto lançou uma estratégia para preservar a ministra, que nega a existência de um dossiê e afirma tratar-se de um "banco de dados". "Ela é aloprada", disse o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Setores da oposição já defendem a abertura de uma CPI no Senado para convocar Dilma Rousseff e sua secretária-executiva, Erenice Guerra. (Págs. 1, Tema do Dia,páginas 2 a 5, e Brasília-DF, página 10)

Pesquisa do IBGE revela que no Brasil 5,1 milhões de crianças e adolescentes desempenham algum tipo de trabalho. Geraldo (nome fictício), 13 anos, lava a louça de casa em Luziânia e realiza outras tarefas, que podem se transformar em exploração. O estudo revela ainda que, entre 2004 e 2006, a renda per capita das famílias beneficiadas por programas sociais subiu 19,5% acima da inflação. (págs. 1, 14,15 e 17)

Vida mais cara - Alta de insumos pressiona preços de imóveis e do pão. Valor dos genéricos supera o dos remédios de marca. (págs. 1 e 21 a 23)

Os sem-concurso - Justiça suspende seleções do Inmetro e BNDES. Decisão atinge 54 mil candidatos, que já disputavam nomeação. (págs. 1 e 27)

FARC - Cartada de Uribe para salvar Ingrid - Presidente colombiano autoriza libertar guerrilheiros em troca de Ingrid Betancourt e oferece US$ 100 milhões a rebeldes que entregarem reféns. Estado de saúde da ex-senadora é crítico, segundo relatos. (págs. 1 e 30)

VALOR ECONÔMICO

Importados sobem 18% e já não amortecem a inflação

Os preços dos produtos importados pelo Brasil subiram 18% no primeiro bimestre deste ano em relação a igual período do ano passado e podem, em conseqüência, deixar de agir como um amortecedor para a inflação. Os reajustes de produtos importados são generalizados e decorrem da alta das commodities e do aumento dos custos de produção na China. Os produtos que a Black & Decker importa da China chegaram ao país entre 5% e 15% mais caros neste ano, dependendo do modelo. Para a Suggar, além dos preços, a alta do frete está afetando o custo dos itens vindos do exterior. A Randon registrou aumento de 3% a 4% em dólar no preço dos aços importados, utilizados como matéria-prima. A alta de 18% no bimestre indica uma aceleração de preços, pois nos 12 meses encerrados em fevereiro a alta ficou em 10%, segundo dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Os reajustes são liderados por combustíveis, que subiram 48,5% em janeiro e fevereiro, mas também ocorreram em bens intermediários, bens de capital e de consumo duráveis. Até mesmo eletroeletrônicos subiram 8% no bimestre, comparado com estabilidade no acumulado em 12 meses. O baixo custo dos produtos chineses garantiram vigoroso crescimento da economia mundial sem preocupação com alta de preços por um bom tempo. Agora, uma série de fatores começa a transformar a China em "exportador" de inflação. Os preços no país asiático estão subindo por conta da demanda interna aquecida, dos salários em alta e da valorização do câmbio, avalia Fernando Ribeiro, economista da Funcex. O preço dos importados representa uma pressão adicional de custo para as empresas, que já pararam de contar com o benefício da desvalorização do câmbio. Nos últimos 12 meses (até fevereiro), o dólar desvalorizou 17,16% e mesmo assim os produtos industriais subiram 6,2% no atacado. E muitos insumos com forte alta no mercado internacional neste primeiro trimestre ainda não sofreram reajustes no Brasil, como óleo diesel (25%), alumínio (45%), estanho (20%), e bobina a frio (35%). O Banco Central, no relatório de inflação de março, elevou as projeções para o IPCA deste ano de 4,3% para 4,6%. (Págs. 1, A7 e A8)

O presidente Lula, com 58% de ótimo/bom, obteve sua melhor avaliação desde março de 2003. O número de pessoas que considera o governo Lula ruim ou péssimo caiu de 17% para 11%. (Págs. 1 e A12).

O comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que reúne as principais autoridades na área, reuniu-se e decidiu manter as térmicas ligadas por precaução, embora o nível dos reservatórios esteja elevado. A decisão não foi unânime. (Pág. 1 e A10)

O último obstáculo para a aquisição do controle acionário da Brasil Telecom (BrT) pela Oi foi vencido ontem à noite, após um acordo para resolver um litígio entre Citigroup e Opportunity, acionistas de ambas as empresas. Os sócios majoritários das duas operadoras chegaram a um entendimento oral, e o detalhamento do negócio ainda pode levar alguns dias, pois é preciso assinar vasta documentação. Após um impasse no feriado da Páscoa, as negociações foram retomadas na segunda-feira e finalmente houve um acerto entre o Citi e o Opportunity, que travam desde 2005 uma disputa na Justiça de Nova York. O preço da aquisição ficará entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,3 bilhões. (Página 1)

Com um déficit mundial de 1 milhão de toneladas, a borracha natural atingiu no mercado internacional uma marca memorável: US$ 2.600 por tonelada, mais que o dobro da média histórica de US$ 1.200. O custo do petróleo teve impacto forte nos preços da borracha sintética, que contribuíram para levar as cotações da natural para o céu. E até 2020, as projeções indicam que o consumo estará bem à frente da oferta. É esse cenário de garantia de mercado que tem seduzido iniciantes no ramo. Caso do ortopedista paulista André Reis, de 46 anos, para quem a borracha irá garantir a aposentadoria. Reis vendeu as 700 cabeças de gado e plantou 15 mil seringueiras. Em sete anos, quando ele fizer a primeira "sangria", suas seringueiras deverão render 120 toneladas de borracha ao ano e receita anual de R$ 140 mil. (Págs. 1 e B20)

As 21 construtoras e incorporadoras que foram à bolsa de valores nos últimos dois anos utilizaram os mais de R$ 12 bilhões que captaram em suas ofertas primárias para dar um salto de crescimento inédito. Juntas, essas companhias colocaram no mercado quase R$ 25 bilhões em imóveis novos, mais de duas vezes e meia o volume de lançamentos registrados em 2006. Em muitos casos, companhias de pequeno porte ampliaram seus lançamentos em 400%, 500% ou mesmo 1.500%, índices raros em qualquer setor da economia. Este crescimento em projetos lançados, no entanto, ainda não pode ser visto como sinônimo de sucesso dessas empresas. Por conta do ciclo longo do setor - as receitas de um lançamento demoram, em média, dois anos para serem apropriadas -, quase todas elas ainda não têm esse volume de expansão refletido em seus faturamentos ou em seus resultados. E, além disso, lançar um novo edifício ou condomínio não significa que o produto esteja entregue aos compradores. Todas estas companhias precisarão de um grande volume de capital de giro para entregar os imóveis que lançaram, o que pode ser um problema em tempos de crise internacional de crédito. Juntas, as construtoras e incorporadoras que foram à bolsa tiveram vendas contratadas da ordem de R$ 14,5 bilhões, um crescimento de mais de 121% sobre os números de 2006. (Págs. 1 e B10)

O mecânico Salvador Turco deixou o emprego em uma fábrica de chocolates em 1978 e abriu uma serralheria em Vila Velha (ES), a União Engenharia. A empresa progrediu devagar e tinha 120 empregados em 2005. Desde então, ganhou dimensões que seu fundador nunca imaginou: 1.500 empregados, caminhando para 2 mil. A história da União, espelha a explosão de negócios que ocorre no Espírito Santo nos setores de siderurgia, mineração e, principalmente, petróleo. Na semana passada, Turco ligou da China para sócio-diretor Wagner Alves da Rocha para discutir detalhes da compra de máquinas para modernizar a produção. No ritmo atual, a empresa tem contratos para três anos de operação. (Págs. 1 e A20)

Com uma bandeira de defesa do verde, a RMA Engenharia Integrada, uma construtora pequena, quer crescer 60% esse ano, elevando o faturamento de R$ 19 milhões para R$ 30 milhões, diz Renato Auriemo. (Págs. 1 e B8)

Armando Castelar: é difícil conciliar o tom pesado da ata do Copom com as previsões de inflação do BC. (Págs. 1 e A19)

Maria C. Fernandes: verticalização do voto despreza realidades locais. (Págs. 1 e A11)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO

Liminar suspende a lei seca em Gravatá

Apesar do grande prejuízo sofrido durante a Semana Santa, donos de bares e restaurantes comemoraram, ontem, a decisão do juiz federal, que liberou a venda de bebidas alcoólicas às margens da rodovia que corta cidade, no Agreste. (Página 1)

Dilma admite banco de dados, mas nega construção de dossiê. (Página 1)

Gás usado em carros sobe 3,83%. (Página 1)

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