Combate à dengue perdeu R$ 47 mi
O Rio recebeu R$ 47 milhões a menos do que o inicialmente previsto para combater a dengue. O valor corresponde à soma dos recursos repassados pela União ao governo estadual e à prefeitura, esta com R$ 8 milhões do total, mas não aplicados em prevenção e erradicação de focos. Enquanto a capital sofre, Niterói dá o exemplo: lá os índices da doença caíram 70% nos dois primeiros meses de 2008, uma redução atribuída às ações integradas entre órgãos municipais, estaduais e federais, intensificadas desde setembro. A cidade é a sexta em casos no Estado, com 1.200 notificações e só 43 confirmações, sem registro de morte. (pág. 1 e Cidade, págs. A10 a A12)
Os números contrariam a preocupação do ministro Guido Mantega (Fazenda) com o aumento de consumo e o conseqüente fantasma da inflação, que recuou em março. Levantamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA-15), prévia do indicador oficial de inflação do governo, ficou 0,41 ponto percentual abaixo de fevereiro (0,64%). Mantega sinalizou ontem que não haverá nenhum ajuste na atual política de financiamento do país, segundo os banqueiros que se reuniram com ele. "Não existe necessidade", pregou o presidente da Federação Brasileira dos Bancos, Fábio Barbosa. (pág. 1 e Economia, pág. A18)
A CPI dos Cartões rejeitou ontem a convocação da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Parlamentares de oposição queriam ouvi-la depois da sindicância instalada para apurar vazamento de informações sobre o uso dos cartões no governo FH. (pág. 1 e País, pág. A4)
Foi anunciada ontem no Brasil a terceira maior bolsa de valores do mundo e segunda das Américas em cotação de mercado - aproximadamente R$ 31 bilhões. E a Nova Bolsa, nome que simboliza a fusão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). (pág. 1 e Economia, pág. A17)
O Rio de Janeiro e outros Estados produtores de petróleo e energia elétrica serão beneficiados, em arrecadação de impostos, no parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sobre a reforma tributária. O texto mantém a cobrança de 2% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na origem do produto. A iniciativa do relator Leonardo Picciani (PMDB-RJ) contraria os apelos feitos pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), que considerava os dois produtos isentos de cobrança. (pág. 1 e País, pág. A3)
Novo sistema para se chegar ao Cristo impede acesso de carros. (pág. 1 e Cidade, pág. A16)
CPI dos Cartões rejeita convocar Dilma
O Palácio do Planalto montou ontem uma operação para blindar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no caso do suposto dossiê de gastos da família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) com verbas oficiais. Enquanto PT e aliados impediram de manhã a convocação de Dilma para depor na CPI dos Cartões, o ministro José Múcio (Relações Institucionais) deu entrevista à tarde para dizer que a ministra "não tem absolutamente nada a ver com isso". O cordão de isolamento em torno de Dilma foi adotado porque as informações publicadas pela revista "Veja" saíram de dentro da Casa Civil e, segundo a Folha apurou, de uma equipe de seis pessoas com acesso a dados sigilosos do governo. Segundo a revista "Veja", o dossiê anti-FHC teria sido produzido a partir de dados sigilosos disponíveis na Secretaria de Controle Interno da Presidência da República, órgão subordinado à ministra. Dilma determinou na terça-feira a abertura de sindicância para apurar responsabilidades pelo vazamento de informações sigilosas da Presidência. (Página 1)
O Ministério da Educação quer cortar 13.786 vagas em 23 cursos de direito com baixo desempenho no exame da pasta que avalia os universitários. A medida faz parte do processo de supervisão, anunciado pelo MEC no ano passado, que teve como alvo 80 cursos de direito com notas 1 e 2, numa escala de 1 a 5, no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), que avalia o conhecimento dos alunos, e no IDD (Indicador de Diferença de Desempenho), que mede o conhecimento agregado pelos cursos aos estudantes. A Folha obteve a lista dos cursos que receberam a proposta. Seis já concordaram formalmente com a medida e firmaram um termo de compromisso com o MEC. Já concordaram em cortar 1.547 vagas. Outros 17 cursos, que oferecem o restante das vagas na mira do MEC, ainda não se comprometeram a fazer o corte. (Página 1)
Em um futuro próximo, restarão poucas Bolsas no mundo. Ao final do processo de fusões e aquisições em escala global, os negócios com ações, mercadorias e derivativos se darão em Bolsas gigantes, que oferecem uma ampla gama de produtos e abrangem extensas regiões. Segundo especialistas, entre os países emergentes, a líder será a Nova Bolsa -produto da fusão das brasileiras Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros). Na Bovespa, a maior parte das empresas listadas é ligada ao setor de matérias-primas, enquanto na BM&F se destacam os contratos agrícolas. A demanda pelos produtos tem aumentado exponencialmente. "O "boom" das commodities lhe dá uma imensa vantagem", explica Andre Cappon, presidente da consultoria norte-americana CBM Group, que acompanhou de perto diversas operações recentes de integração entre Bolsas. "A fusão fortalece as Bolsas que chamarão a atenção dos investidores globais", diz Eduardo da Rocha Azevedo, ex-presidente da Bovespa e fundador da BM&F. "A integração é uma aventura que vai dar certo. Acaba com dogmas e rivalidades." (Página 1)
Bairros com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) abaixo da média da capital do Rio concentram 25 das 31 mortes causadas pela dengue neste ano. A maioria das famílias recorreu, sem sucesso, a hospitais públicos. A Secretaria de Estado de Saúde divulgou ontem que 54 pessoas morreram vítimas da epidemia no Estado. Houve mortes ainda em Duque de Caxias (7), Campos (3), São João de Meriti (3), Paracambi (3), Nova Iguaçu (1), São Gonçalo (1) e Belford Roxo (1), regiões onde o IDH também é baixo, além de Miguel Pereira (3) e Angra dos Reis (1). A cada cinco mortos na capital, quatro ocorreram em bairros cujo IDH está abaixo da média do Rio: 0,840. Com um dos piores índices, Senador Camará (0,768) é onde houve mais vítimas: quatro, sendo três crianças abaixo de 11 anos. Em Curicica (0,828 de IDH), as mortes se concentram no Conjunto Juliano Moreira. Dois mortos já foram confirmados pela secretaria municipal. Um caso aguarda o laudo. (Página 1)
Num discurso em que disse que a permanência das tropas no Iraque é uma "responsabilidade moral" dos EUA, mas marcou diferenças em relação a George W. Bush com um aceno ao multilateralismo, o senador John McCain, virtual candidato republicano à Casa Branca, defendeu que o Brasil e a Índia ingressem no G8. O chamado à inclusão dos dois países envolveu um duro questionamento das credenciais democráticas e do "perigoso revanchismo" da Rússia, que compõe o G8 ao lado dos sete países mais industrializados do Ocidente. "Poderíamos começar propondo que o G8 se torne de novo um clube de democracias de mercado: deveria incluir Brasil e Índia, mas excluir a Rússia", disse McCain ontem. (Página 1)
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, declarou ontem ser favorável à criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, proposta que está sendo articulada pelo Brasil. Em sua chegada a Recife (PE), para se reunir com o presidente Lula e visitar uma refinaria da Petrobras, Chávez disse que o conselho seria uma forma de resgatar o projeto de Simón Bolívar de defender o continente do imperialismo e das atuais "guerras preventivas". "Estamos [aqui] para ser grandes, falar duro e para que nos respeitem, e nessa linha marcha o Conselho Sul-Americano de Defesa", afirmou. O conselho deverá elaborar políticas de defesa, intercâmbio de pessoal, treinamento de militares e integração de bases. O venezuelano disse também que não deseja uma recessão nos EUA, mas do jeito que vão as coisas, a economia do Brasil pode superar a dos norte-americanos. (Página 1)
No palanque do PAC, Lula diz que fará seu sucessor
Apesar de repetir a cada discurso que o PAC não é eleitoreiro, o presidente Lula usou grande parte da cerimônia de lançamento de uma obra do programa, ontem, em Recife, para falar de eleições. Em clima de campanha, e ao lado da ministra Dilma Rousseff, disse que elegerá o sucessor: "Se a oposição pensa que vai fazer o sucessor, pode tirar o cavalo da chuva, porque vamos fazer a sucessão para continuar governando este país." Ele foi saudado com palavras de ordem, anunciou que vai visitar todos os estados brasileiros, mas negou estar em campanha. Já lembrada como a "mãe do PAC", Dilma comparou o crescimento do Nordeste ao da China. Na CPI dos Cartões, o governo conseguiu evitar a convocação da ministra. (págs. 1 e 9)
A aliança PMDB-PT para lançar o deputado petista Alessandro Molon para prefeito do Rio embolou a disputa carioca, a seis meses da eleição. O candidato do PRB, senador Marcelo Crivella, quer a neutralidade do presidente Lula. (págs. 1 e 3 a 8)
A dengue pode ter acusado 114 mortes no estado, desde janeiro. Segundo a Secretaria de Saúde, foram notificados 114 óbitos, dos quais apenas 54 tiveram confirmação de terem sido causados pela doença. Os outros 60 casos (50 deles na capital) ainda estão sob investigação. Com 31 mortes, o município do Rio continua no topo do ranking. (págs. 1, 14 a 16, Cora Rónal e Cartas dos Leitores)
Fusão da Bovespa e BM&F deve reduzir custos em 25%
A união entre a Bovespa e a BM&F, anunciada ontem, tem como uma de suas principais motivações a redução dos custos operacionais das empresas, além da intenção de evitar a compra de uma delas por uma instituição estrangeira. Segundo estimativas dos executivos das companhias, a Nova Bolsa, nome provisório da empresa, economizará 25% dos R$ 500 milhões anuais gastos por Bovespa e BM&F para custear suas operações. A Nova Bolsa surge com valor de mercado de R$ 31 bilhões. Por esse indicador, é a 3a- maior do mundo A companhia. Terá até 60 dias para escolher o presidente do conselho e demais executivos. A confirmação da fusão foi anunciada quase um mês antes da data limite, 19 de abril. Diminuir custos, ter estruturas mais enxutas e apostar na popularização de plataformas eletrônicas de negociação têm sido uma busca constante das bolsas em todo o mundo, levando a um movimento de consolidação. Semana passada, por exemplo, o CME Group, controlador da Chicago Mercantile Exchanche e uma das sócias da BM&F, adquiriu por US$ 9,4 bilhões a Nymex, de derivativos de Nova York. (págs. 1 e B1)
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela, confirmaram ontem acordo para associação entre a Petrobras e a Petróleos da Venezuela (PDVSA) para formação da empresa binacional que construirá a refinaria Abreu Lima, no complexo industrial e portuário de Suape (PE). O acordo firmado entre os dois países dará à Petrobras 60% de participação na operação. A PDVSA venezuelana ficará com 40% do controle. As obras de construção e montagem da refinaria demandarão investimentos de aproximadamente US$ 4,05 bilhões. A unidade deverá ser concluída no segundo semestre de 2010 e terá capacidade para processar 200 mil barris de petróleo pesado diariamente, para a produção de diesel, gás de cozinha e também de coque. A assinatura do contrato entre as duas estatais de petróleo será detalhado nos próximos dois meses e ainda depende de definições do modelo de acionistas e do estatuto da nova companhia. (págs. 1 e A6)
Maciço investimento contemplará as ferrovias em 2008. A programação envolve R$ 2,6 bilhões em trilhos, vagões, locomotivas, sistema de sinalização e tecnologia na malha existente. O aporte vai impulsionar a expansão do sistema, que prevê ultrapassar 500 milhões de toneladas movimentadas. De 1997 até o final de 2008 as ferrovias brasileiras terão recebido R$ 17 bilhões de investimentos de seus operadores privados. Sozinhos, no entanto, os concessionários temem não ter fôlego para expandir ainda mais o sistema e atender ao crescimento da demanda . "Precisamos de maior participação do governo federal. A esperança é o PAC", disse Julio Fontana Neto, presidente da ANTF, que congrega os operadores. (págs. 1 e C4)
A suspensão do leilão da Cesp nesta semana reforçou incertezas sobre as concessões no setor, levando especialistas a temer pela falta de investimentos. Usinas que geram 20 mil MW terão concessão vencida em 2015 e o segmento mais afetado será o de distribuição, segundo a Associação Brasileira das Geradoras de Energia Elétrica (Abrage). Para o presidente da entidade, Flávio Neiva, desde a criação da Lei 10.438, do novo marco ragulatório, a entidade tenta discutir o tema com o governo federal. Para a coordenadora do núcleo de energia da Fundação Getulio Vargas - Projetos, Goret Paulo, a questão da Cesp não é só um problema da empresa, mas das estatais, no caso, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). "Para a Chesf é oportuno que seja resolvida imediatamente essa questão das concessões." (págs. 1 e C3)
O mercado imobiliário brasileiro nunca esteve tão em alta. De 2005 para cá, pelo menos duas dezenas de empresas foram buscar bilhões de reais na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para ampliar e desenvolver os negócios. Diante deste cenário, a Gazeta Mercantil abre um espaço exclusivo para publicar, a partir de hoje, e semanalmente, reportagens com análises das companhias que compõem o setor, assim como antecipar tendências e negócios nessa área. De olho no crescente volume de crédito, queda de juros e constante déficit habitacional, até as tradicionais empreiteiras do País estão apostando no segmento. Depois de Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS, é a vez de Gercon, Celi e Delta buscarem oportunidades no segmento residencial. Para a sergipana Celi, a idéia de não depender do setor público foi determinante, afirma o presidente Luciano Barreto. (págs. 1 e C13)
CONTAS PÚBLICAS - Dívida interna sobe 3,17% em fevereiro. (págs. 1 e B2)
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,23% este mês, queda em relação a fevereiro (0,64%). Com isso, a taxa acumulada em 12 meses recuou de 4,75% para 4,55%, segundo o IBGE. (págs. 1 e A6)
Relatório da CCJ vai considerar inconstitucional a proposta do governo de excluir os estados produtores de petróleo e energia da regra que mantém 2% do ICMS na origem dos produtos. (págs. 1 e A7)
Frigoríficos disputam rebanhos de fazendas autorizadas a exportar à UE. O Frigorífico Independência surpreendeu o mercado ao anunciar o abate de 429 animais em MG para embarcar carne para a Holanda. (págs. 1 e C9)
A Royal Dutch Shell e a Virent descobriram a fórmula para produzir gasolina a partir de açúcares. Com isso, a anglo-holandesa está a um passo de reduzir sua dependência de petróleo para vender combustíveis. (págs. 1 e C3)
RODRIGO DA ROCHA LOURES - Uma combinação ativa entre uma política industrial nacional e outras regionais dará maior concretude à promoção do setor. (págs. 1 e A3)
Emergência no Rio. Dengue já matou 54
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou estado de emergência e catástrofe por causa da epidemia de dengue que, em três meses, já superou o número de casos no município em todo o ano passado. Agentes da Defesa Civil e funcionários públicos poderão entrar, a qualquer hora do dia ou da noite, nos imóveis dos cidadãos cariocas para combater o Aedes aegypti. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio confirmou ontem 54 mortes provocadas pela doença - metade das vítimas são crianças entre 2 e 13 anos - e 43.523 casos registrados somente em 2008. O governo federal liberou R$ 3 milhões para ampliar o atendimento. Além de fornecer recursos financeiros, o Ministério da Saúde definiu com o da Defesa a instalação de três hospitais de campanha para melhorar o socorro aos doentes. A ação emergencial contra a dengue no Rio procura corrigir a omissão das autoridades cariocas, especialmente da prefeitura local. Relatório do Tribunal de Contas do município aponta que César Maia deixou de aplicar R$ 5,5 milhões na prevenção da doença. O dinheiro foi repassado em 2006 pelo governo federal. (págs. 1, 15, 16 e Visão do Correio, página 30)
Eleições - Oposição terá de tirar cavalo da chuva em 2010, diz Lula - Em discurso inflamado ao inaugurar obras do PAC em Pernambuco, presidente garantiu que fará um sucessor e que a oposição deve se conformar com nova derrota. Lula formalizou com o colega Hugo Chávez a construção de refinaria binacional na região de Suape (PE). (págs. 1, 4 e 32)
Tensão no ar - Learjet da FAB com os ministros Geddel Vieira e Hélio Costa faz pouso forçado no Recife após falha mecânica. (págs. 1 e 4)
Dinheiro público - Sorvete com pizza na CPI dos cartões corporativos - Maioria na comissão, a tropa de choque governista atropelou a oposição e derrubou o pedido de convocação da ministra Dilma Rousseff. A sessão no Senado foi marcada por bate-boca e contou até com sorvete de tapioca, servido em provocação a petistas e aliados. (págs. 1 e 11)
Brasileiros sobem para a classe C - Em dois anos, 20 milhões de pessoas alcançaram renda familiar de R$ 1,1 mil. Classe média já é a maior do país. (Págs. 1, 20 e 21)
Na BR-070, uma vítima a cada 10 dias - Polícia investiga se houve falha humana ou mecânica no acidente com ônibus que matou duas pessoas na rodovia de Águas Lindas. (págs. 1 e 35 a 37)
BNDES e fundações vão bancar compras do Friboi
O BNDES, os fundos de pensão Petros e Funcef e o banco JP Morgan se uniram em um fundo de investimentos em participações e vão financiar parte substancial das últimas aquisições de frigoríficos feitas pelo grupo JBS-Friboi no exterior, que somaram US$ 1,7 bilhão. O valor total do fundo pode ficar entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,72 bilhão. A BNDESPar terá 45% de participação no novo fundo, Funcef (fundo dos funcionários da Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras), 25% cada. Os 5% restantes caberão ao JP Morgan. Com a participação, desta vez indireta, no capital da JBS, a fatia do BNDES na empresa subirá de 12,95% para quase 21%. O novo fundo, que está em fase de aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entrará na JBS na próxima operação de aumento de capital da empresa, na qual serão ofertadas, em emissão para subscrição privada, 360,678 milhões de novas ações, o equivalente a R$ 2,55 bilhões. A emissão foi o caminho encontrado pela JBS para pagar pelas três novas empresas adquiridas no exterior, a National Beef e a Smithfield Beef, nos EUA, e o Tasman Group, na Austrália, no início deste mês. O fundo terá uma participação de 16,7% no capital da JBS. Hoje os controladores têm 64% do capital da empresa, a BNDESPar, 12,95% e o restante está no mercado. Com o aumento do capital via subscrição de ações, a participação do controlador cairá para 50,1%. O presidente do fundo de pensão da Petrobras, Wagner Pinheiro, afirma que o investimento na JBS se encaixa na estratégia da Petros de diversificação e de migração de recursos de títulos públicos federais para a renda variável. O Petros também quer aumentar os investimentos no setor de alimentos. O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, vê boas perspectivas de rentabilidade no médio prazo e destaca a internacionalização da JBS como um fator de atração para o investimento. Para ter a participação do novo fundo em seu capital, a JBS se comprometeu com melhorias em sua governança corporativa. O novo fundo terá direito a um representante no conselho de administração, que terá comitês de finanças e de auditoria. Além disso, entre outras melhorias, será criado um conselho fiscal permanente e a empresa terá de publicar balanço socioambiental. (págs. 1 e B20)
Fundos de private equity que nunca antes haviam se dado ao trabalho de observar negócios no Brasil estão chegando com apetite. A crise americana arrefeceu as ofertas iniciais de ações, tirou de cena os preços irreais e recuperou o poder competitivo dos fundos de participações. Gigantes como o europeu Permira, sexto maior grupo do ramo do mundo, com mais de US$ 20 bilhões captados nos últimos cinco anos, ou o Apax, europeu e sétimo maior, aportaram por aqui. O One Equity Partners, do JP Morgan, analisa oportunidades de aquisições, além do americano TA Associates e do Olayan, da família real saudita. Estudo da KPMG revela que número de fusões no país bateu recorde no primeiro trimestre. (págs. 1 e B2)
A indústria naval offshore brasileira vive momento de expectativa. Estaleiros, armadores e fornecedores de equipamentos aguardam o anúncio, pela Petrobras, do maior programa de construção e afretamento de navios de apoio às plataformas de petróleo e gás já lançado no país. O planejamento da estatal prevê licitar 146 embarcações a serem feitas no Brasil, com aumento do conteúdo nacional, até 2014. A encomenda deverá totalizar investimentos de cerca de R$ 10 bilhões, segundo estimativas do mercado. O lançamento do programa terá dois objetivos: renovar a frota e atender ao aumento da produção de petróleo e gás natural, considerando-se, inclusive, o desenvolvimento da produção dos campos de Tupi e Júpiter, na área conhecida como pré-sal da bacia de Santos. (págs. 1 e B1)
Já começaram as movimentações para a renovação do Sistema Geral de Preferências (SGP) dos Estados Unidos - que permite que alguns produtos brasileiros entrem no maior mercado do mundo sem pagar tarifa. Desta vez, uma polêmica externa pode prejudicar indiretamente o Brasil: a aprovação do acordo entre os Estados Unidos e a Colômbia pelo Congresso dos EUA, agora dominado pelos democratas. Por isso mesmo, o clima se tornou mais propício para a aprovação do SGP, mas a barganha com os republicanos pode ser complicada. Para ceder no SGP, os republicanos pedem a aprovação do acordo EUA-Colômbia na gestão Bush. Neste caso, os democratas querem um programa de ajuste para empresas americanas afetadas, antes de qualquer acordo de livre comércio. (págs. 1 e A10)
Depois de décadas como fiel fornecedor da Boeing e da Airbus, o Japão está prestes a lançar oficialmente um programa de jatos regionais com o qual quer se inserir no mapa da aviação mundial - criando um novo concorrente para a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Segundo pessoas familiarizadas com a situação, a Mitsubishi Heavy Industries pode anunciar ainda esta semana planos para ir em frente com seu Mitsubishi Regional Jet, avião para 96 passageiros que a empresa prevê pôr em serviço em 2012. O jato terá nova tecnologia de turbinas e métodos de construção que, espera a companhia, vão lhe dar capacidade para saltar à frente dos jatos regionais existentes. O governo japonês indicou que está disposto a investir até um terço do orçamento para o desenvolvimento do projeto, previsto em 150 bilhões de ienes (US$ 1,5 bilhão). O governo definiu o fim do atual ano fiscal, que termina segunda-feira, como prazo para que a Mitsubishi lance o programa. Nos últimos dias, executivos da companhia têm batalhado para fechar pedidos com a All Nippon Airways, a Japan Airlines e a Vietnam Airlines. (págs. 1 e B11)
Dos Brics, só a Rússia parece blindada contra desaceleração global. (págs. 1 e A22)
A inflação medida pelo IPCA-15 recuou e fechou março em 0,23%. A forte desaceleração nos preços de educação, alimentação e bebidas puxou o índice para baixo. A inflação acumulada no primeiro trimestre ficou em 1,58%. (págs. 1 e A2)
Mais da metade dos brasileiros das classes D e E possui telefone celular, informa a LatinPanel. De acordo com o estudo, 53% dos estados mais pobres da população tinham celular no fim do ano passado. Em 2006, esse número era de 39%. (págs. 1 e B3)
Com o fracasso do leilão da Cesp, o mercado teme que as ações de algumas companhias de energia com usinas que precisam de renovação das suas concessões também percam valor na Bovespa. (págs. 1 e B10)
A holding de administração de rodovias OHL está negociando a contratação de cerca de R$ 800 milhões em empréstimos de curto prazo para cumprir o cronograma de obras das cinco rodovias federais. (págs. 1 e B10)
O comércio agrícola da União Européia é cada vez mais dominado por produtos de alto valor agregado, o que colabora para elevar os lucros enquanto ocorre a adaptação à reforma da política agrícola do bloco. (págs. 1 e B16)
A Vailly S.A., suspeita de ter usado informação privilegiada na compra da Suzano Petroquímica pela Petrobras, entrou em acordo com a CVM e o Ministério Público. (págs. 1 e D2)
Claudio Haddad: limitação do crédito repetiria a tradição da política econômica de ter viés contra o pobre. (págs. 1 e A2)
Alerta contra dengue na Grande BH
Ministério da Saúde adverte sobre risco de epidemia em curto prazo e pede mobilização contra a doença - A epidemia de dengue, que já matou 54 pessoas este ano no Rio de Janeiro, pode se repetir na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O alerta sobre o risco é do Ministério da Saúde. Os motivos são as condições climáticas, com muita chuva e calor, grande número de pessoas que ainda não contraíram o vírus 3 da doença, reintroduzido no Brasil em 2001, e presença do mosquito transmissor, além da proximidade com o Rio. A Zona da Mata já intensifica a campanha contra a doença.O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde do ministério, Fabiano Pimenta, ressalta que os governos locais têm de mobilizar a população para o combate ao mosquito, principalmente neste período de maior transmissão da doença, que vai até maio. Em Minas, já foram registrados 7 mil casos em 2008, e em Belo Horizonte, 480. Mas, se houver descuido, podem se multiplicar em curto prazo, adverte Pimenta. (Págs. 1, 14, 25, 26 e editorial "Alerta oportuno", página 6)
No lançamento de obras do PAC em Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ontem, que vai eleger seu sucessor em 2010, para continuar governando o Brasil. E desdenhou da pretensão da oposição de ganhar a Presidência da República, dizendo que quem pensa nisso "pode tirar o cavalinho da chuva". Entre os petistas cotados para sucedê-lo, está a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. (págs. 1 e 5)
CPI dos Cartões - Governistas barram a convocação de Dilma. (págs. 1, 3 e 4)
Os rios mais poluídos de Minas são o das Velhas, Verde Grande e Paraopeba, todos afluentes do São Francisco, segundo o Mapa da Qualidade das Águas 2007, feito pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Foram coletadas amostras em 260 cursos d'água, com qualidade boa (23%), média (43%), ruim (17%) e muito ruim (2%). Os outros 15% das análises se perderam. (págs. 1 e 27)
Três dos cinco frigoríficos de Minas estão voltando a exportar para a Europa carne de fazendas liberadas do embargo. Começa na próxima semana o embarque de cerca de 350 toneladas. O primeiro abate, de 429 animais, foi feito ontem pelo Frigorífico Independência, em Janaúba, no Norte de Minas, e parte do produto foi vendida à Holanda.(págs. 1 e 20)
COMERCIO - Classe C tem 20 milhões de novos consumidores. (págs. 1 e 16)
JORNAL DO COMMERCIO
Lula acelera obras e diz que fará sucessor
Presidente abre visita ao Estado avisando que está tranqüilo para 2010 e desafia a oposição: "Pode tirar o cavalinho da chuva". (Página 1)
Mais água - Refinaria - Discurso - Agenda cheia - (página 1)
Liminar do STF libera loteria mista. (Página 1)
Finatec cedeu funcionários a João Paulo. (Página 1)
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