17 março 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL
- Barra adere ao boicote do IPTU
- A Campanha de boicote ao IPTU deste ano chegou com força à Barra da Tijuca. Cerca de mil pessoas, segundo os organizadores do ato, compareceram ontem à orla para aderir ao movimento em favor da ordem urbana. Moradores protestaram contra o descaso na conservação do bairro, comprovado pelas ruas sujas, esburacadas e sem iluminação. A manifestação, considerada inédita na história da Barra, atraiu gente de outros bairros do Rio, especialmente da Zona Sul e Zona Norte. Mas associações de moradores da Barra preferiram se omitir. Em fevereiro, reuniram-se com o prefeito Cesar Maia e ouviram promessas de realização de obras e melhorias. (págs. 1, A14 e A15)
- Analistas prevêem que a crise do mercado imobiliário americano, a tendência de queda nos juros dos Estados Unidos e a ameaça de alta da taxa básica no Brasil, a Selic, agravam o risco de o dólar se desvalorizar ainda mais em relação ao real. Sugerem que nem mesmo o pacote cambial divulgado pelo governo tem força para segurar a queda da moeda americana. Paul Krugman, articulista do New York Times, alerta que o banco central americano está "desesperado" e exposto ao risco como nunca. (pág. 1, Economia e págs. A17 e A18)
- Depois de nova denuncia de funcionamento de casas clandestinas de bingos e máquinas caça-níqueis no Rio, publicada ontem pelo JB, os locais amanheceram fechados. Nem a polícia apareceu para reprimir. Enquanto isso, mais uma casa foi descoberta, próxima a uma delegacia em Botafogo. (pág. 1, Cidade e págs. A7)
- Secretário Especial dos Direitos Humanos, o ministro Paulo Vannuchi critica as Forças Armadas por não terem aberto os arquivos da ditadura, diz que os discursos "chapa branca" da ONU ignoram violações no mundo e promete, para este ano, a revisão do Programa Nacional dos Direitos Humanos. (pág. 1, País e pág. A24)

FOLHA DE SÃO PAULO
- Receita veta elevação de tributo sobre cigarros
- O projeto do Ministério da Saúde de aumentar o preço do cigarro para reduzir o consumo bateu numa barreira. A Receita Federal não quer abrir mão de seu papel de criador da política tributária. A Receita acredita que um aumento forte de preços, da ordem de 100%, por exemplo, elevaria ainda mais o mercado ilícito de cigarros. Há um abismo a separar os preços que a Receita e a área de saúde querem. Enquanto o Inca (Instituto Nacional de Câncer) quer o maço a R$ 4, R$ 5, a Receita defende um valor bem menor -R$ 1,74. No ano passado, o Brasil consumiu cerca de 150 milhões de cigarros. Cerca de 40% desse volume não pagou impostos: 39 milhões foram cigarros contrabandeados e 20 milhões foram produzidos por empresas brasileiras que não pagam impostos, segundo a Receita.
- O Ministério do Trabalho planeja lançar em 1º de maio o cartão eletrônico que substituirá a carteira profissional de trabalho em papel -que completa 76 anos neste mês. A idéia é apresentar o cartão durante as festas comemorativas pelo Dia do Trabalho das principais centrais sindicais do país. O projeto, ainda em elaboração na área técnica do ministério, prevê a substituição gradual das carteiras em papel. O governo já sabe que não há como trocar de uma só vez os documentos de pelo menos 29 milhões de brasileiros com carteira assinada no país que constam na base de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do ministério. Sem falar que cada trabalhador pode ter mais de uma carteira, o que eleva para mais de 60 milhões o número de carteiras de trabalho emitidas. (pág. 1)
- Sob acusação de desacato a autoridade, uma menina de 12 anos está presa há quase uma semana em uma cela comum da delegacia de Sidrolândia (60 km de Campo Grande). De acordo com o CDDH (Centro de Direitos Humanos de Mato Grosso do Sul), ela vem sendo mantida sozinha, mas sua cela fica ao lado de outras que abrigam exclusivamente homens. "Ela está com medo e constrangida. Na hora de tomar banho, usa um espaço inadequado, sem nenhuma privacidade", afirma o presidente do CDDH, Paulo Ângelo. "Trata-se de uma violação inadmissível ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), além de um dano psicológico irreparável." (pág. 1)

O ESTADO DE SÃO PAULO
- Juizados de pequenas causas vivem crise
- Era para tudo terminar em um mês, como manda a lei, mas tem levado até oito para começar. Os Juizados Especiais nasceram para ser simples e rápidos. Tornaram-se burocráticos e lentos. Os números acima, do Juizado Especial Cível Central (JEC) da capital, o maior de São Paulo, dão a dimensão do problema. Até 2002, era comum um processo ser concluído em 84 dias, em média. Hoje, para marcar a primeira audiência, o cidadão pode ter de esperar até 240 dias. Isso acompanha o aumento de novos processos. Nos últimos 13 anos, desde sua regulamentação, os juizados - conhecidos como "de pequenas causas" - não atingiram os principais objetivos a que se propõem, na avaliação da professora Luciana Gross Cunha, da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que lançou um livro sobre o tema na quinta-feira. "Eles foram contaminados pelos problemas da Justiça comum", resumiu. (pág. 1)
- O cigarro provoca um prejuízo anual para o sistema público de saúde de pelo menos R$ 338 milhões, o equivalente a 7,7% do custo de todas as internações e quimioterapias no País. O cálculo, feito pela primeira vez no Brasil, considerou o gasto com hospitalizações e terapias quimioterápicas em pacientes de 35 anos ou mais, vítimas de 32 doenças comprovadamente associadas ao tabagismo no ano de 2005. Estima-se que 22,4% da população brasileira fume. "São recursos significativos e, o mais importante, que poderiam ser poupados", observa a autora do trabalho, a economista da Fundação Oswaldo Cruz, Márcia Pinto. Para ela, o resultado da pesquisa deixa clara a necessidade de se adotar medidas rápidas para responsabilizar a indústria do tabaco pelo impacto econômico provocado no sistema de saúde público. "Além disso, as ações antitabagistas devem ser intensificadas", avalia. Entre elas, Márcia enumera o aumento do preço do cigarro brasileiro, o sexto mais barato do mundo. (pág. 1)
- O Centro do Imigrante Brasileiro nos Estados Unidos quer aumentar a participação política dos brasileiros no país, para que um dia a comunidade tenha mais peso no processo decisório. Atualmente, há governadores indiano-americanos (Bobby Jindal, de Lousiana), austro-americanos (Arnold Schwarznegger, da Califórnia) e mexicano-americanos (Bill Richardson, do Novo México). Mas os brasileiros estão virtualmente ausentes da política dos Estados Unidos, salvo alguns poucos representantes em conselhos municipais, alguns em cargo não eletivo. Para que se tenha uma idéia, dos cerca de 230 mil imigrantes brasileiros que vivem no Estado americano de Massachusetts, apenas 17 mil já receberam a cidadania americana. Desses, só 3.400 estão registrados para votar nas eleições presidenciais de novembro. Por isso, o centro vai promover um curso de "Participação Cívica", para que mais brasileiros se candidatem a cargos públicos. E vai repetir as jornadas de registro para eleições, como fez no meio do ano passado, para aumentar o número de brasileiros registrados para votar. (pág. 1)

O GLOBO
- Operação salva banco para tentar conter crise nos EUA
- O JPMorgan Chase anunciou ontem a compra do Bear Stearns, quinto maior banco dos Estados Unidos, por US$ 23 milhões, cerca de 7% do valor de mercado do grupo antes de ter chegado a beira da falência na sexta-feira. O negócio foi fechado com a participação do Federal Reserve (o banco central americano), que vai injetar US$ 30 bilhões para cobrir o rombo deixado por empréstimos não pagos e evitar o efeito cascata que um pedido de concordata do banco poderia causar. As negociações tiveram a participação do secretário do Tesouro americano, Henry Paulson. O Fed também se reuniu ontem para adotar mais uma medida de emergência e tentar acalmar os mercados: reduziu em 0,25 ponto percentual a taxa de juros cobrada às instituições. (págs. 1 e 20)
- A cada mês, 50 mil aposentados entram com processos contra o INSS. Diante dessa avalanche de ações, o Ministério da Previdência Social decidiu recorrer contra todas as sentenças judiciais com valores acima de 300 mil. (págs. 1 e 16)
- A cada 12 minutos, um animal silvestre é retirado das matas do país para ser revendido nas feiras do Rio ou exportado com notas fiscais frias. Esse tipo de tráfico é tema da segunda reportagem da série sobre crimes ambientais. (págs. 1 e 8)

GAZETA MERCANTIL
- Juros a 11,25% podem levar dólar para R$ 1,40
- Nem mesmo a piora no mercado externo - em razão da crise nos Estados Unidos - e o pacote cambial anunciado pelo governo conseguem alterar as previsões de queda do dólar no curto prazo. As explicações para o movimento de desvalorização da moeda são inúmeras. Globalmente, o dólar perde valor como reflexo de problemas estruturais da economia americana, com sucessivos déficits em conta corrente e perdendo espaço no comércio mundial. Internamente, a fraqueza diante do real é fruto, principalmente, dos juros elevados que estimulam o ingresso de capital especulativo. Enquanto no Brasil um investidor em renda fixa ganha algo próximo da Selic, em 11,25% ao ano, nos Estados Unidos, a taxa básica está em 3% e deve cair novamente na reunião do Fed marcada para amanhã. (pág. 1 e B1)
- A cobrança pelo uso da água deve atingir em 2009 os produtores rurais que retiram o recurso da bacia do São Francisco. O valor proposto até agora é considerado alto para irrigantes, pois pode representar quase 1% do custo de produção e inviabilizar as culturas de subsistência como feijão e mandioca. Nos sete estados que integram essa bacia, o consumo do setor rural é de 72,7% da água captada. (pág. 1 e C1)
- Um megatrem de 330 vagões, que mede 3,5 quilômetros de comprimento e leva 40 mil toneladas, já opera experimentalmente nos trilhos da Estrada de Ferro Carajás (EFC), pertencente à Cia. Vale do Rio Doce (Vale). A composição, no ranking das maiores do mundo e tracionada por quatro locomotivas, integra as medidas operacionais para apoiar o crescimento da produção nas reservas de minério de ferro de Carajás, o Pará, que de 100 milhões de toneladas previstas para 2008 pulará para 125 milhões de toneladas em 2012. (págs. 1 e C2)

CORREIO BRAZILIENSE
- Brasília na rota do tráfico internacional
- Após três meses de investigações, Polícia Federal prende cinco integrantes de uma quadrilha que utilizava a cidade como base para o envio de drogas ao exterior. Dois brasileiros, dois bolivianos e um italiano traziam cocaína da Colômbia ou da Bolívia e daqui abasteciam países europeus, como Portugal e Suíça. (págs. 1 e 17)
- Com o número de analfabetos em queda, o Brasil tem agora outro desafio: entre os alunos da 6ª série, 95% não dominam plenamente a leitura e a escrita. (pág. 1, Tema do Dia e pág. 7)
- Chico Vigilante venceu ontem o 3º turno das eleições para a presidência do partido no DF, mas o resultado não encerra a crise. Derrotado, Lenildo Morais não reconhece o ex-distrital como presidente. (págs. 1 e 6)
- Proposta de aumento do tempo mínimo de contribuição do INSS de 35 para 40 anos teria pouco efeito. Hoje, trabalhador paga o INSS ao longo de apenas 18 anos, em média. (págs. 1, 11 e 12A)

VALOR ECONÔMICO
- Empresas constroem mais fábricas, de olho no futuro
- A indústria brasileira consolida nova fase de desenvolvimento. Diferentemente de outros períodos em que tomaram investimentos para ampliar a capacidade de unidades existentes e atender à demanda de curto prazo, as empresas agora apostam na instalação de novas plantas, de olho no futuro dados do BNDES revelam que só em 2007, foram liberados recursos para a construção de 49 fábricas, além de 68 expansões, dentre as principais contratações do banco. (págs. 1 e A4)
- O destino de uma estrada de 885 quilômetros é o mais novo debate amazônico. A pavimentação da BR-319, rodovia que existe desde 1973, liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO) e não é transitável num trecho de 500 km durante a época das chuvas, já tem quase R$ 700 milhões de recursos previstos no PAC e um histórico de embates entre os ministérios dos Transportes e do Meio Ambiente. Nos últimos meses, um plano B vem sendo impulsionado pelo governo do Estado do Amazonas, o mais preservado do País e que a BR-319 corta como um flecha. Começa a ganhar força a construção de uma ferrovia como alternativa ao asfaltamento. (págs. 1 e A14)
- Discretamente, o governo prepara a mudança de uma das principais obras ferroviárias do PAC. No centro da discussão está uma disputa sobre quanto teria que ser investido pela União, como contrapartida, para viabilizar o Ferroanel de São Paulo, um empreendimento orçado em cerca de R$ 1 bilhão, que por ora deverá ser engavetado. (págs. 1 e A2)
- Com a aprovação da lei que regularizou o funcionamento das centrais, os sindicalistas consagraram, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, um período de conquistas, de ocupação e ampliação de poder possivelmente sem precedentes na história. Preocupados com o fim do mandato de Lula, eles querem mais. "Nossa agenda agora é a de criar mecanismos institucionais que garantam a participação das centrais e dos trabalhadores em instâncias decisórias", diz Arthur Henrique da Silva Santos, presidente da CUT. (págs. 1 e A9)

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