20 março 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

Dengue: médicos culpam Lula, Cabral e Cesar Maia

O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro vai processar União, Estado e prefeitura pela omissão no combate à dengue. Segundo a entidade, a inércia das três esferas de governo, classificado como "crime sanitário", é a principal responsável pela propagação da doença. O município já contabiliza este ano 21.502 casos, com 29 mortes. Só ontem foram 1.247 novos pacientes. Especialistas alertam para os casos não notificados, que escapam das estatísticas e podem elevar para 100 mil o número de infectados. (pág. 1 e Cidade, págs. A7, A10 e A11)

"União pelo Rio" - Atormentados por números alarmantes, os cariocas enfrentam um dilema: discutir agora responsabilidades das autoridades pela falha no controle da dengue ou radiografar os caminhos que conduzirão à eliminação da chaga? A sensatez sugere que é hora de unir esforços por uma saída contra a infecção crescente, o martírio dos pacientes nos hospitais e as mortes. O Rio não agüenta mais. A ação conjugada dos governos em todos os níveis constitui o melhor e mais urgente lenitivo contra a escalada da epidemia. (pág. 1)

A crise econômica dos Estados Unidos, que tem reflexo em todo o mundo, começou no setor imobiliário, chegou aos bancos e agora desvaloriza as commodities, como o petróleo e o minério de ferro, importantes matérias-primas para as exportações do Brasil. (...) (pág. 1 e Economia, pág. A17)

A Espanha reconheceu ter tratado mal os brasileiros que chegavam a Madri, gerando uma crise entre os dois países. Autoridades espanholas afirmaram não ter conhecimento da forma como a imigração agia até os casos chegarem à opinião pública. (pág. 1 e Internacional, pág. A23)

Varridas em 2006 como reação aos escândalos de desvios de verbas públicas no Congresso, as emendas "rachadinhas" estão de volta ao Orçamento de 2008. Nada menos do que R$ 1,7 bilhão foi anexado às despesas da União por tal modelo, famoso, por exemplo, por sustentar a máfia dos sanguessugas. (pág. 1 e País, pág. A2)

FOLHA DE SÃO PAULO

Bovespa tem a 2ª maior queda do ano e recua 5%

Um dia após comemorarem as medidas tomadas pelo Fed (Federal Reserve, banco central americano) para tentar resolver a crise na qual mergulhou o sistema financeiro dos EUA, os mercados no mundo inteiro voltaram a sucumbir ao pessimismo que dá o tom dos negócios nas últimas semanas. A Bovespa sofreu a segunda pior queda no ano: 5,01%, para 58.827 pontos. A maior baixa em 2008, de 6,6%, havia sido registrada no dia 21 de janeiro. (...) (pág. 1)

Os bancos brasileiros apareceram pela primeira vez no topo do ranking de lucros do sistema financeiro internacional. Levantamento da consultoria Economática mostra que Bradesco e Itaú só lucraram menos do que os americanos Goldman Sachs, JPMorgan e Wells Fargo no quarto trimestre do ano passado nas Américas. Os motivos foram mais externos do que internos. Enquanto os brasileiros aumentam os ganhos com a expansão do crédito e a bancarização, as instituições americanas tiveram de assumir perdas contábeis pesadas por conta da crise das hipotecas americanas de segunda linha ("subprime"). (...) (pág. 1)

Desalavancagem global ajuda a derrubar commodities, 60% da exportação brasileira, mas traça rumo da crise por aqui. (...) (Vinicius Torres Freire, pág. 1)

O Ministério da Saúde responsabilizou a Prefeitura do Rio de Janeiro pela explosão de casos de dengue na cidade. Surpreso com os relatos de que a situação era mais grave do que parecia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem explicações do ministro José Gomes Temporão (Saúde) sobre o grande aumento de casos no município. Segundo a Folha apurou, Temporão responsabilizou o prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), que, segundo ele, não teria adotado os procedimentos técnicos para combater o mosquito Aedes aegipty, transmissor da doença. Apesar disso, Lula pediu que Temporão se colocasse à disposição de Maia para ajudar no que fosse possível. (...) (pág. 1)

Com a desvalorização do dólar nos últimos meses, as cidades norte-americanas ficaram mais baratas para os turistas, segundo estudo do banco suíço UBS. Nova York, que era a 7ª cidade mais cara do mundo entre as 71 estudadas em 2006, agora é a 18ª em que é preciso gastar mais em uma cesta formada por 122 produtos e serviços. (...) As duas cidades brasileiras que integram o levantamento, São Paulo e Rio de Janeiro, tiveram pequena queda e ocupam, respectivamente, a 45ª e a 46ª colocação -três postos abaixo em relação a 2006-, atrás de Tallinn (Estônia) e Liubliana (Eslovênia). E São Paulo deixou de ser a cidade mais cara da América Latina, ao perder o posto para Caracas. (...) (pág. 1)

O Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha reconheceu ontem ter havido "erros" no tratamento dado a passageiros brasileiros, o que iniciou uma crise entre os dois países. Um porta-voz da pasta admitiu à agência Reuters que o ministério não tinha ciência "dos erros até que eles começaram a chamar a atenção da imprensa e da opinião pública".

O presidente eleito do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que há excesso de prisões provisórias, decretadas durante investigações ainda em curso, responsabilizou os juízes por eventuais abusos e sugeriu que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão que também presidirá, poderá atuar para limitá-las. "Temos responsabilidade por prisões provisórias eventualmente abusivas. Quem prende é o juiz, quem solta é ele. Se há prisões mal feitas, a culpa é do juiz", afirmou. (...) (pág. 1)

A Vale obteve na Justiça uma liminar que proíbe o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e seu principal dirigente, João Pedro Stedile, de incitarem ou fazerem manifestações violentas contra as instalações da empresa ou que interrompam suas atividades, sob pena de multa de R$ 5.000. A decisão é da juíza Patrícia Rodriguez, da 41ª Vara Cível da Capital, no Rio. O diretor de Meio Ambiente da Vale, Valter Cover, afirmou que a decisão é "emblemática" por ser a primeira ação da empresa contra o MST em que Stedile pode ser responsabilizado pelos atos do movimento. (...) (pág. 1)

Editorial: "Os custos da aventura" - Há cinco anos, sob o comando de George W. Bush, os EUA invadiam o Iraque. Já se mostrou à exaustão que a aventura foi uma catástrofe humanitária e um fracasso político que encalacrou o Pentágono numa ocupação militar sem perspectiva de solução. Verifica-se agora que foi também um desastre financeiro. (...) (pág. 1)

O GLOBO

Medo de recessão global já afeta empresas brasileiras

A trégua dos mercados durou pouco. O temor de uma recessão global derrubou ontem os preços dos produtos agrícolas e metais - que tinham subido muito este ano. Com isso, o valor de mercado de grandes exportadoras nas bolsas mundiais cedeu fortemente. O preço do petróleo teve a maior queda, em dólar, num dia, em 17 anos; e o ouro, a maior perda em 28 anos (US$ 58,50). No Brasil, a Petrobras PN e a Cosan ON (de açúcar e álcool) perderam 7,4% na Bovespa. A Vale PN recuou 7,21% e a Gerdau PN, 6,63%. A Bovespa fechou quase na mínima do dia, com queda de 5,01%. Nos Estados Unidos, também foi expressiva a perda no valor de ações de mineradoras e empresas do setor de energia, o que forçou uma baixa de 2,36% no Dow Jones. (págs. 1, 25 a 29, Miriam Leitão e editorial "Atentos à crise")

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou ontem a criação de um gabinete de crise para conter o avanço da dengue no estado, cinco meses depois de surtos e da constatação de especialistas de que a situação é crítica. O esforço deverá mobilizar o governo do estado e as Forças Armadas. Em nota, Temporão disse que, em outubro, alertou a prefeitura do Rio sobre o risco de uma epidemia. Apesar do avanço da doença, o prefeito Cesar Maia voltou a negar que a cidade enfrente uma epidemia e responsabilizou os hospitais da rede estadual pelo alto índice de mortes provocadas por dengue (29 na capital). Ele afirmou que a maior parte dos óbitos (12, segundo ele) ocorreu em hospitais do estado. (págs. 1, 12, 13, editorial "Sócio do mosquito" e Cartas dos Leitores)

A mineradora Vale obteve liminar impedindo o MST e seu coordenador, João Pedro Stédile, de incitar ou praticar atos violentos contra a empresa. Desde março de 2007, houve oito invasões de sem-terra a instalações da Vale. (págs. 1 e 3)

Ambientalistas defenderam a construção de uma ferrovia no Amazonas, em lugar da reconstrução da BR-319, uma obra do PAC. Para os especialistas, a rodovia vai aumentar o desmatamento. (págs. 1 e 3)

O governo de Portugal se desculpou com o Itamaraty ontem, após o Consulado Geral do Brasil em Lisboa ser invadido por policiais à procura de um suspeito de homicídio. (págs. 1 e 9)

GAZETA MERCANTIL

Bancos brasileiros avançam entre os mais valorizados

A crise do subprime serviu não só para o Brasil mostrar seu vigor no cenário global, mas também como um estímulo ao avanço dos grandes bancos locais no ranking das maiores instituições do mundo por valor de mercado. Bradesco e Itaú, por exemplo, já estão entre os dez maiores nas Américas, à frente de instituições como a americana Merrill Lynch. No mundo, estão entre os 25 maiores. (...) (págs. 1 e B1)

O aluguel de imóveis industriais (galpões, centros de distribuição e condomínios logísticos) aumentou 30% em São Paulo e em seu entorno no ano passado, com a média de € 73,48 (R$ 194,30) por metro quadrado ao ano. É a sexta maior alta global no segmento e a maior valorização local em sete anos. (...) (págs. 1 e C1)

Reforma Tributária - Prefeitos candidatos à reeleição estão preocupados com as perdas e os ganhos da reforma tributária. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), montou grupo de estudos, sob a responsabilidade do secretário de Finanças da capital, Walter Rodrigues: "Mudanças podem causar insegurança jurídica". (págs. 1 e A7)

A valorização das cotações dos grãos impulsionou os preços das terras brasileiras. No bimestre, a alta foi de 3,5% e, em 12 meses, de 17,5%. (...) (págs. 1 e C8)

A indústria de transformação prevê ampliar em 11%, em média, a capacidade instalada em 2008, a maior taxa dos últimos cinco anos, segundo a FGV. (...) (págs. 1 e A4)

Os três maiores grupos brasileiros de açúcar e álcool - Cosan, Crystalsev e Copersucar - se uniram para construir um alcoolduto que ligará o interior de São Paulo ao litoral paulista, por onde a commodity será embarcada para o mercado externo. Para tirar o projeto do papel, orçado em mais de R$ 1,5 bilhão, as usinas criaram a Uniduto Logística S.A. (...) (págs. 1 e C6)

CORREIO BRAZILIENSE

Bolsas sofrem novo abalo. BC amplia controle

Investidores fogem de aplicações em petróleo e ouro e provocam uma queda generalizada nos principais mercados de ações. Cotações da Petrobras e Vale caíram mais de 6% ontem. Para evitar uma quebradeira no sistema de crédito, Banco Central aumenta em 41% o número de instituições que terão as contas examinadas. No total, 113 grupos serão analisados este ano. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. 13 a 15)

A tucana Marisa Serrano se irrita com os colegas da oposição, que teriam "fechado" acordo com governistas para abafar apuração dos gastos com cartões, e ameaça deixar a presidência da CPI. Paulo Bernardo avisa: quem quiser apurar as contas do Planalto terá que abrir as contas "tipo b" de Fernando Henrique. (págs. 1, 2 e 3)

A Câmara dos Deputados não vai apresentar recurso contra a decisão judicial que determinou a suspensão de concurso no Legislativo por 180 dias. O juiz atendeu ao pedido do Ministério Público, que aponta irregularidades na seleção para taquígrafo, analista de recursos humanos, bibliotecário, arquivista e assistente administrativo. (págs. 1 e 20)

Samdhong Rinpoche, braço direito do dalai-lama, líder espiritual tibetano, pediu ao governo brasileiro que interceda junto á China para deter o que chama de "genocídio" cultural do seu povo. Em entrevista exclusiva ao Correio, também classificou de niilista e provocativo o discurso de Wen Jiabao, primeiro-ministro chinês. (págs. 1 e 26)

VALOR ECONÔMICO

Término de concessões em 2015 agita o setor elétrico

As incertezas sobre o futuro da concessão das hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, da Cesp, que expiram em 2015, pairam sobre uma parcela significativa do setor elétrico. O ano de 2015 é literalmente o fim da linha para 18 usinas geradoras, 37 distribuidoras e 73 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica, quando vence a primeira grande leva de concessões de serviços de utilidade pública que, pelas regras atuais, não podem ser renovadas. Sem mudanças na lei, essas concessões deverão voltar à União e ir para licitação. (...) (págs. 1, A4 e B8)

A Petrobras espera definir nos próximos meses os últimos detalhes para a construção de sua terceira fábrica de matérias-primas para adubos no país. Anunciado em 2005, o projeto inicialmente previa investimentos da ordem de US$ 700 milhões. Mas como desde então a demanda global pelo produto e os custos subiram muito, hoje o aporte na nova unidade está estimado em US$ 1,5 bilhão, segundo Fernando Martinez, gerente-geral de fertilizantes da estatal. (...) (págs. 1 e B16)

Um dia depois da euforia provocada pela queda do juro americano, os mercados globais foram abalados ontem pelas vendas de ativos reais feitas sobretudo por hedge funds. Rumores de novas perdas contábeis expressivas em bancos americanos relevantes e percepção de que os EUA, em recessão prolongada, podem arrastar o mundo esvaziaram as bolhas especulativas das commodities e do petróleo. O ouro caiu 4,43% e o barril, 4,51%. A aversão global ao risco cresceu e as bolsas tombaram. (...) (págs. 1, C2 e D2)

O embaixador Roberto Azevedo, principal negociador do Brasil na Rodada Doha, vê uma "nesga de luz" para os países tentarem fechar um acordo agrícola e industrial, no mês que vem, na Organização Mundial do Comércio (OMC). A tendência é um acordo ser estruturado na área industrial, por exemplo, como um "cardápio, onde cada um escolhe seu prato", com a abertura do mercado adaptada a sua estrutura tarifária. (...) (págs. 1 e A3)

Nenhum comentário: