- Indústria da vaidade explode no Brasil
- A atriz Débora Secco não conta o montante, mas admite que os cuidados de beleza são responsáveis pelo rombo de seu orçamento. (...) Por essas e outras, o Brasil virou o 3º maior mercado de estética do mundo. (pág. 1 e Economia, pág. E5)
- A Espanha, que deporta brasileiros aleatoriamente, escolhe hoje seu chefe de governo para os próximos quatro anos. Os eleitores vão às urnas na esperança de mudar o quadro de desemprego de quase 2,3 milhões de cidadãos. O país ibérico e outros vizinhos da Europa dependem da força do imigrante que rejeitam, embora a maioria deles ocupe funções menos qualificadas. (pág. 1 e Internacional, pág. A27)
- Ex-parlamentares, chamados de "almas penadas", perambulam pelo Congresso, cuidando de apadrinhados e dando palpites. Entre eles, os ex-deputados Pedro Correa, cassado, José Borba e Severino Cavalcanti. (pág. 1 e País, pág. A3)
- O Brasil não podem esperar que seu bom momento econômico dure para sempre, disse ao JB o economista Albert Fishlow, da Universidade de Columbia. O brasilianista defende, como caminho para o país, as Parcerias Público-Privadas (PPPs). "O empresário investe em infra-estrutura e o governo regula". (pág. 1 e Economia, pág. E1)
- Na fronteira com a Venezuela, guerrilha atua com liberdade
- Grupos armados ilegais ou criminosos atuam na Venezuela, na região da fronteira colombiana, obrigando comerciantes a pagar o que chamam de "vacina", uma espécie de imposto de guerra. Alguns se aproveitam da fama dos guerrilheiros das Farc e de outras organizações para agir em seu nome. (...) (págs. 1 e A18)
- A última semana poderá ser lembrada como o momento de aceleração da crise de crédito nos Estados Unidos. Dois grandes investidores não conseguiram a grana que precisavam. Serão constrangidos a vender o melhor do portfólio a preços de fim de feira. (pág. 1 e Luiz Gonzaga Belluzzo, pág. B4)
- Qualquer que seja o resultado das eleições gerais de hoje na Espanha, a situação deve ficar pior para os brasileiros ilegais no país, informa Clóvis Rossi. (...) (págs. 1, C1 e A23)
- Editoriais - "Crise debelada", acerca de litígio sul-americano; e "Paradoxo das ONGs", sobre dependência do Estado. (págs. 1 e A2)
- Evasão escolar cresce entre beneficiados do Bolsa-Família
- O abandono escolar cresceu justamente onde é maior a presença do Bolsa-Família, informa Lisandra Paraguassú. Embora manter crianças na escola seja uma das metas do programa, dos 200 municípios mais atendidos pelo Bolsa-Família, 91 registraram aumento do abandono e 37 mantiveram o nível anterior ao início do pagamento dos benefícios. Em 64% dessas cidades, portanto, a situação piorou ou se manteve. (...) (págs. 1, A4 e A8)
- Soldados do Equador patrulham área onde se localizava campo das Farc, na fronteira com a Colômbia. Entre os destroços há TV de plasma, aparelho de som e utensílios domésticos de última geração, de uso exclusivo de Raúl Reyes, líder guerrilheiro morto pelo Exército da Colômbia, informam Expedito Filho e Dida Sampaio. Documentos apreendidos mostrariam ligação do presidente do Equador, Rafael Correa, com a guerrilha, informa Ruth Costas. (págs. 1 e A17)
- A Espanha disputa hoje um clássico. Em vez de Real Madrid e Barcelona, esquerda e direita se enfrentam num duelo que parece mais uma tourada. Pesquisas davam 5 pontos de vantagem ao primeiro-ministro socialista, José Luis Rodríguez Zapatero, sobre o líder da oposição de direita, Mariano Rajoy. Mas a morte de um ex-vereador socialista pela ETA pode influenciar a votação. (págs. 1 e A20)
- Cerca de 150 milhões de homens saídos da zona rural vagam por cidades chinesas atrás de trabalho. São clandestinos no próprio país. Cadastrados como camponeses, não recebem benefícios reservados para moradores urbanos. (págs. 1 e A22)
- Os projetos já aprovados pelo BNDES para 2008 somam R$ 100 bilhões - o que equivale a duas vezes e meia o total emprestado pelo banco em 2003, primeiro ano do governo Lula. Como o orçamento do BNDES para a concessão de financiamentos é de R$ 80 bilhões, ele deverá vender ações para captar mais recursos. (págs. 1, B1 e B4)
- "Calendário antecipado" - No fim de abril, Marta Suplicy deixa o Ministério do Turismo e lança candidatura à Prefeitura de São Paulo. (págs. 1 e Dora Kramer, pág. A8)
- "A razão prevalece" - O incidente diplomático foi encerrado. Mas as causas da crise continuam intocadas: o apoio da Venezuela e do Equador às Farc. (pág. 1 e Notas e Informações, pág. A3)
- Um em cada 4 brasileiros diz que torturaria suspeito
- Um em cada quatro brasileiros diz que, se fosse um policial combatendo o crime, torturaria suspeitos. É o que mostra uma pesquisa sobre valores do brasileiro, realizada pela agência Nova S/B em parceria com o Ibope. Questionado sobre temas como meio ambiente e trânsito, o brasileiro se define como um cidadão progressista - apesar dos 26% de apoio à tortura -, mas diz que o Brasil é um país conservador. (...) (págs. 1, 3 a 9)
- Apesar da discriminação medida pela pesquisa, dobrou em dois anos o número de empresas no país que permitem a inclusão de companheiros do mesmo sexo como dependente. O GLOBO inicia hoje uma série de reportagens sobre o tema. (págs. 1, 33 a 35)
- ONGs são focos de irregularidade na Funasa. (págs. 1, 10 e 11)
- Após turbulências, usinas de açúcar aceleram investimentos
- A crise de preços do açúcar e do álcool em 2007 fez muitos investidores imediatistas desistirem de seus projetos de usinas e um pessimismo parecia tomar conta do setor. Mas os grupos que apostam nos resultados de médio e longo prazos mantiveram seus planos e, em 2008, devem contratar em torno de 60% mais recursos do que em 2007 no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No ano passado, o banco desembolsou para a cadeia sucroalcooleira R$ 3,7 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão somente para construção de usinas ou ampliação das existentes. Neste ano devem ser concedidos de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, aumento de até 66% sobre 2007 para usinas novas ou já existentes, diz Carlos Eduardo Cavalcante, chefe do departamento de Biocombustíveis do BNDES. "Não há arrefecimento na intenção de investir por parte de grupos que acreditam no etanol como matriz energética global", afirma Júlio Maria Borges, da JOB Consultoria. Até 2006, investidores haviam anunciado projetos para moer 300 milhões de toneladas de cana. Destes, apenas 100 milhões se concretizarão até o fim de 2008. Outros 100 milhões devem ser processados nos dois anos seguintes. O restante não foi executado. O mercado estima que o Brasil moerá este ano 480 milhões de toneladas. "Serão mais 32 usinas", calcula Mário Silveira, da FCStone. (págs. 1 e C8)
- O setor energético brasileiro registrou em 2007 o menor nível de investimento estrangeiro direto desde 1998. Os recursos somaram US$ 2,1 bilhões, queda de 47,6% sobre 2006, mostram dados do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE). O menor desembolso para o setor ocorreu justamente no ano em que os aportes externos na atividade produtiva brasileira somaram US$ 33,7 bilhões, 52% acima do valor de 2006. Para o consultor Adriano Pires, do CBIE, "essa discrepância mostra claramente uma sinalização de retração do capital externo nessa área frente à crescente presença do Estado no setor de energia". (págs. 1 e C5)
- Descobertas da MMX Mineração podem multiplicar por dez as reservas de minério de ferro da companhia em Corumbá (MS). As novas minas demandarão mais uma usina de beneficiamento do minério, além da unidade que já processa a matéria-prima na região. Segundo o gerente de mineração Rodrigo dos Anjos Xavier, as reservas provadas de 32 milhões de toneladas deverão chegar a 370 milhões de toneladas. A companhia já solicitou a certificadoras canadenses o registro de 70 milhões de toneladas de minério de ferro em Corumbá, além das atuais reservas provadas. Outros 300 milhões de toneladas descobertas do produto serão certificadas após um estudo que deverá ser concluído em cerca de seis meses. O empresário Eike Batista, presidente do grupo EBX, negocia parcerias para a operação e atualmente conversa com quatro interessados. A companhia processa o minério de Corumbá na siderúrgica própria próxima da produção. Depois de transformado em ferro-gusa, a maior parte segue para o exterior. (págs. 1 e A4)
- O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou ontem José Antônio Muniz para a presidência da Eletrobrás, como antecipou este jornal. Lívio Rodrigues de Assis presidirá a Eletronorte. (págs. 1 e A7)
- A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice , visitará o Brasil e o Chile entre os dias 13 e 15 de março. Segundo comunicado divulgado em Washington, debaterá economia e a crise na fronteira da Colômbia. (págs. 1 e A12)
- O ministro Celso de Mello, do Supremo, disse que "há uma tendência fortíssima da Corte no sentido de repelir, com absoluta isenção", a ação contra uso de células-tronco. (págs. 1 e A9)
- Missão brasileira negocia no Chile acordo para reduzir as taxas de produtos da Zona Franca de Manaus. Em troca, chilenos querem harmonizar especificações para vender mais vinhos e remédios ao Brasil. (págs. 1 e A5)
- A Nova Petroquímica começa a produzir em 2009 uma resina feita da glicerina residual do biodiesel. O objetivo é alcançar escala de 100 mil toneladas/ano em 2011, com US$ 50 milhões de investimento. (págs. 1 e C1)
- O aumento da demanda chinesa pela celulose brasileira cria a perspectiva de que possa, no futuro, pagar mais pelo insumo importado. (págs. 1 e investnews.com.br)
- Roberto Rodrigues - Por trás do espetacular sucesso da produção brasileira de soja está a tecnologia. E não é por acaso que o grão foi parar até em enredo de escola de samba. (págs. 1 e A3)
- Gabriel de Salles - Usinas de açúcar anteriores aos grandes projetos voltados para a produção de biocombustíveis não expulsavam trabalhadores rurais do campo para a cidade. (págs. 1 e A2)
- Células-tronco - Ayres Brito, do STF: "Chega de trevas"
- Considerado o mais liberal dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, relator do processo que discute a legalidade da Lei de Biossegurança, recorre ao poeta alemão Goethe, que morreu pedindo mais luz no pensamento humano, para justificar sua defesa à pesquisa com células-tronco embrionárias. "Chegou a hora da luz no debate sobre o papel da ciência moderna", afirma o ministro em entrevista ao "Correio". (págs. 1 e 12)
- Rebeldes fardados e armados com fuzis são avistados a 2km da divisa da Colômbia com a Amazônia brasileira. Desde o ataque ocorrido no Equador, há uma semana, a Abin tem intensificado a vigilância na região. O governo descarta a presença de revolucionários no Brasil. (págs. 1 e 18)
- Há mais de uma década, um mesmo grupo de deputados trabalha na confecção da lei orçamentária. Este mês, eles deveriam ceder vaga a outros parlamentares, mas manobra tenta evitar renovação. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. 2 a 5)
- Mínimo e Bolsa Família mantêm renda em alta
- O novo salário mínimo, o Bolsa Família e o aumento do emprego para ocupações de menor rendimento vão injetar R$ 30,2 bilhões extras no consumo popular em 2008. Esse valor supera a renda adicional gerada em 2007 pelos mesmos instrumentos e já estimula novos planos de expansão do varejo, especialmente no Nordeste. Do total, R$ 27,3 bilhões virão do reajuste de 9,2% do mínimo, parte para assalariados, parte para os aposentados. A rede de varejo Le Biscuit, de Feira de Santana (BA), projeta expandir suas vendas em 40% neste ano. A empresa possui oito lojas na Bahia e uma em construção em Aracaju (SE). Em 2007, inaugurou duas lojas e espera implantar outras seis até 2010. "A região cresce mais que o Brasil e qualquer aumento no salário mínimo vai direto para o varejo. O pessoal não poupa, gasta mesmo", afirma Álvaro Sant'Anna, presidente da empresa. Pelos cálculos da MB Associados, o aporte de R$ 30,2 bilhões na renda dos mais pobres eleva o total de rendimento disponível para R$ 232 bilhões, um aumento de 13,3% em relação ao total disponível em 2007 para essa parcela da população. "Não esperava que as classes mais baixas teriam uma variação tão boa", afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. Parte da surpresa vem do mínimo de R$ 415, superior ao esperado. O Nordeste deve registrar um aumento na renda de 12,1%, para R$ 89,3 bilhões - o maior valor entre as regiões do país. O Sudeste tem o segundo maior valor, de R$ 79,7 bilhões, enquanto o Norte apresenta o maior crescimento, de 15,9%, mas fica com R$ 18,7 bilhões. O Norte e o Nordeste dependem da evolução do salário mínimo e do Bolsa Família duas vezes mais que outras regiões, segundo os dados compilados pela MB Associados. Para 2008, a estimativa é que o programa distribuirá R$ 12 bilhões no país. Já na Região Sul, os recursos da Previdência têm peso mais significativo, chegando a 41,7%, por conta do maior número de idosos. O varejo de não-alimentos também conta com uma ajuda extra este ano. Os preços de alimentos devem subir menos em 2008 - em torno de 4,5%, contra 9% no ano passado - o que deve liberar uma parcela maior da renda para o consumo de outros bens. (págs. 1 e A3)
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo sobre a abertura de capital da Infraero, estatal que administra 67 aeroportos do país. A informação foi confirmada ontem ao Valor pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Não haverá privatização nem regime de concessões dos aeroportos existentes. Será abertura de capital na Bovespa", disse. Para a construção de novos aeroportos, informou a ministra, o governo começa a testar o sistema de Parceria Público Privada (PPP) na obra do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. (págs. 1 e A5)
- O governo considera o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) ameaçado pela resistência do Congresso Nacional em votar o Orçamento de 2008. O alerta foi dado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em reunião com a bancada do PT na Câmara. Uma eventual interrupção do PAC poderia comprometer a taxa real de crescimento da economia neste ano, projetada em 5%. As obras em curso estariam sendo garantidas pelos restos a paga do Orçamento do ano passado, mas esta alternativa já estaria se esgotando. Por isso, o governo já se dispõe a enfrentar uma batalha jurídica para liberar investimentos por meio de Medidas Provisórias. (págs. 1 e A9)
- O conselho do Institute of International Finance (IIF), sediado em Washington e que reúne os principais banqueiros do mundo, aprovou ontem no Rio as primeiras medidas sugeridas por um comitê de melhores práticas, que envolvem a criação de um grupo de monitoramento dos mercados, novas formas de avaliação de ativos e parâmetros para pagamento de bônus que levem em conta os riscos que o banco corre para obter resultados. O Valor teve acesso a um relatório interno que traça um cenário do que ocorreu no mercado financeiro mundial e estabelece pontos que devem ser atacados. A preocupação do IIF é que a crise que teve início com as hipotecas de alto risco nos Estados Unidos gere uma reação exagerada das autoridades regulatórias e de supervisão, engessando um novo modelo que passou a ser usado pela indústria financeira - o de empacotar ativos, securitizá-los e transferi-los para fora de balanço dos bancos. Antes, o modelo que vigorava era o de conceder empréstimos e ficar com o ativo no balanço, o que comprometia volume maior de capital. No documento, fica clara a preocupação dos banqueiros em mostrar que o setor financeiro não é o único culpado pela crise, além da ênfase na necessidade de trabalho conjunto com as autoridades. O IIF também faz questão de ressaltar que a ação coordenada dos bancos centrais, que injetaram liquidez no sistema financeiro e têm reduzido as taxas de juros de forma a limitar os efeitos da crise, é bem-vinda, embora seja necessário manter e aprofundar a cooperação. (pág. 1)
- Com a demanda mundial aquecida e a situação de fundos de investimentos nos mercados, os preços do petróleo e dos metais não ferrosos seguem rumo a novas altas recordes. (págs. 1 e B11)
- Pressionado por fatores como a alta das commodities, o fluxo de investimentos estrangeiros e o diferencial de taxas de juros internas e externas, o dólar acumula queda de 36,47% desde o fim de 2004 e analistas já vêem a moeda a R$ 1,50. (págs. 1 e D1)
- O Bradesco fechou ontem a compra da corretora Ágora, por R$ 830 milhões, sendo R$ 330 milhões pelas ações da Bovespa e da BM&F. O negócio garante ao Bradesco o segundo lugar nas operações da Bovespa e liderança no home broker. (págs. 1 e C14)
- Crescimento continuado da renda convive com a desigualdade social. (pág. 1 e EU & Fim de Semana)
- Claudia Safatle: presidente Lula não se empenhará pela ratificação da Convenção 158 da OIT no Congresso. (págs. 1 e A2)
- Maria C. Fernandes: conflito andino deve influir em estratégia da Defesa. (págs. 1 e A6)
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