- Rio tem bingo até nos fundos do Exército
- Na semana passada, só depois que o Jornal do Brasil denunciou, a polícia fechou quatro bingos em Copacabana. Na terça-feira, foi desativada outra casa clandestina, desta vez em Botafogo. Mas, pelo jeito, a farra continua. Numa ronda pela cidade ao longo da semana, a reportagem do JB encontrou outros seis estabelecimentos de bingo, videobingo e máquinas de caça-níqueis. Um, atrás do palácio Duque de Caxias, onde funciona o Comando Militar do Leste. Outro, no clube Maxwell, em Vila Isabel. Mais duas casas no Méier e uma quinta na Tijuca. Por fim, ainda em Copacabana, na Prado Júnior. Todas funcionando livremente. (pág. 1 e Cidade, págs. A14 e A15)
- O governo prepara para o segundo semestre O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Trânsito, informa o ministro das Cidades, Márcio Fortes. O projeto prevê a remodelação do tráfego das capitais, entre as quais o Rio de Janeiro, com a criação de corredores de transporte. Fortes, que comanda com o governo estadual as obras de reurbanização em três favelas do Rio, descarta o uso das Forças Armadas para conter a violência do tráfico. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)
- Quase 1.290 projetos de lei que estão esquecidos nas gavetas do Congresso. Boa parte tramita há mais de 20 anos na Câmara e no Senado. O mais antigo é o de número 602, apresentado pelo então deputado Gastone Righi, do PTB, em 1983. Define como crime de usura a cobrança de juros acima de 12% ao ano. (pág. 1 e País, pág. A9)
- Brasil prevê exportação recorde de matéria-prima
- Especialistas prevêem que o Brasil obtenha receita recorde de US$ 100 bilhões com a exportação de commodities neste ano. Se o número for confirmado, será uma alta de 33,3% ante 2007, quando o total exportado foi de US$ 75 bilhões.
Preços altos dos principais produtos exportados pelo país, demanda global e baixos estoques explicam o resultado, que sustenta a balança comercial brasileira apesar do real valorizado e da explosão dos importados.
As commodities estão em seu sétimo ano seguido de alta, puxadas pelo crescimento da economia global. Para economistas, elas também servem á diversificação de investimentos no atual cenário de crise dos mercados financeiros nos EUA.
Em paralelo á expansão, puxada por soja e minério de ferro, o Brasil gastará mais com commodities como trigo. Nesse caso, o país depende do mercado externo e deve despender US$ 2,1 bilhões para importar o produto neste ano. (pág. 1 e Dinheiro)
- Expansão imobiliária acelerada faz com que muitos paulistanos enfrentem congestionamentos antes mesmo de sair à rua com o automóvel. (págs. 1 e C1)
- A TV paga no país atingiu 5,3 milhões de assinantes no final de 2007, com alta de 13% sobre o ano anterior.
O resultado foi estimulado pela oferta de pacotes que incluem o acesso à Internet de alta velocidade. (págs. 1 e B11)
- Deportação de brasileiros aumenta nos EUA
- O departamento de imigração dos EUA intensificou ações contra brasileiros que vivem ilegalmente no país. Só no Estado de Massachussetts, que concentra a maior comunidade de brasileiros em situação irregular, 200 deles estão presos à espera de deportação. Segundo o cônsul-geral do Brasil em Boston, Mário Saad, a média de devolvidos passou de 37 para 45 por mês em Massachussetts. Além do aperto da fiscalização, a crise econômica americana reduziu a tolerância com imigrantes, que ainda viram seus ganhos caírem. (...) (págs. 1, C1 e C4)
- As empresas brasileiras mantiveram os investimentos já programados para 2008 e - alheias à crise que ganha corpo no mercado internacional - fazem projeções com base no crescimento do mercado interno. A decisão de expandir a produção é válida até mesmo para empresas que mantêm fortes laços com o mercado americano. (págs. 1, B1 e B3)
- O custo por deputado de diversas Assembléias Legislativas é maior que o da Câmara dos Deputados, embora elas tenham menos integrantes, revela levantamento da organização não-governamental Transparência Brasil. O recorde de gastos é dos deputados distritais de Brasília: cada um deles custará R$ 11,8 milhões aos contribuintes, este ano. (págs. 1 e A4)
- Estudo que aborda a relação entre aposentadoria precoce e previdência mostra que o governo de São Paulo gasta R$ 1 bilhão por ano para complementar a aposentadoria de professores. Como se aposentam com o último salário integral, e cinco anos antes da maioria dos trabalhadores, a contribuição feita por eles à previdência é insuficiente para bancar o valor a que têm direito por lei. (págs. 1 e A21)
- Brasileiro paga mais IR que contribuintes de países ricos
- O Brasil, apesar de ocupar o 70º e último lugar no ranking dos países de alto desenvolvimento humano elaborado pela ONU, tributa mais sua classe média do que nações ricas que estão no topo da lista, segundo levantamento da consultoria Ernst & Young. A pesquisa constatou que, no país, a alíquota nominal do Imposto de Renda aplicada à classe média (27,5%) é superior à fixada por seis dos sete países que lideram a lista dos maiores IDHs. (...) (págs. 1, 29 e 30)
- A fila de espera por serviços essenciais como água encanada, esgoto e coleta de lixo está crescendo para os brasileiros mais pobres, segundo estudo da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base, com dados do IBGE. Há 95,6 milhões sem rede de esgoto, dos quais 62% são pobres. (págs. 1 e 3 a 8)
- Com lucro anual superior a R$ 1 bilhão nos últimos dois anos e possibilidade de alavancar até R$ 7 bilhões, a paranaense Copel se prepara para garantir ao governo de Roberto Requião a retomada do controle da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), privatizada em 1997. Adquirida à época por R$ 249 milhões - negócio que garantiu o controle da empresa a um grupo de acionistas mesmo com apenas 39% das ações da companhia -, a Sanepar pode custar um pouco mais de R$ 300 milhões à Copel, que já comprou, por R$ 110,226 milhões, a participação da Sanedo no capital social da Dominó Holdings, que detinha 34,7% das ações da empresa de saneamento. Com a operação, a Copel passou a ter 45% de participação na Dominó, somando à parcela de 15% que já possuía. Agora, já iniciou negociação com outro sócio privado que deseja sair da Sanepar, a Daleth, ex-Opportunity, que possui outros cerca de 30%. "Essa operação poderá vir com troca de ativos, uma vez que eles estão interessados na participação que a Copel tem na Sercontel (empresa de telecomunicações de Londrina), ou pela simples compra", diz o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. O próximo passo da Copel, informa o executivo, será negociar a aquisição dos outros 30% de participação da Andrade Gutierrez na Dominó Holdings. (págs. 1 e C1)
- Depois da batalha travada entre o governo e a oposição no Congresso para conseguir a aprovação do Orçamento da União para 2008, com um atraso de quase três meses, ontem o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou que a proposta orçamentária terá um contingenciamento de recursos e investimentos entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões neste ano. Ao mesmo tempo, o ministro anunciou que o Palácio do Planalto deverá emitir nos próximos dias uma medida provisória concedendo reajuste salarial para mais de 800 mil servidores. O impacto na folha de pagamento da União, ainda de acordo com o ministro, chegará a aproximadamente R$ 2,1 bilhões ainda este ano. (págs. 1, A14 e A15)
- O principal fator de apreciação do real frente ao dólar - juros internos elevados que atraem capital, inclusive recursos de exportadores - pode ganhar ainda mais força. Uma semana antes de o Ministério da Fazenda anunciar medidas com a intenção de segurar o dólar, o Banco Central (BC) cogitou elevar a taxa Selic, conforme revela a ata divulgada ontem. No documento, o Copom alega que está atento ao descompasso entre crescimento da oferta e da demanda, que pode levara pressões inflacionárias. E alerta: "O Copom reitera que está pronto para adotar uma postura de política monetária diferente, caso venha a se consolidar um cenário de divergência entre a inflação projetada e a trajetória das metas". A Selic está em 11,25% ao ano, o que coloca o Brasil na posição de maior juro real do mundo, com a taxa anual de 6,70%. O descompasso de atitudes entre BC e Ministério da Fazenda, no que se refere a medidas que afetam o câmbio, é histórico. "Desde o início do governo Lula que Henrique Meirelles diverge publicamente dos ministros da Fazenda, e isto não vai mudar", diz José Francisco Gonçalves, economista-chefe do banco Fator. "O BC não é governo, ele tem um mandato para cuidar da inflação, tem independência para isto", diz Gonçalves. (págs. 1 e B1)
- O Código de Defesa do Consumidor está em vigor há 17 anos no País e virou referência na América Latina, mas nem todas as empresas cumprem a legislação. Amanhã é o Dia do Consumidor. (págs. 1 e C2)
- Advogados reclamam que a Procuradoria da Fazenda vem denunciando vários crimes em um único processo, o que dificulta defesa em caso de acusação de delito contra a ordem tributária. (págs. 1 e A17)
- Emprego - Indústria paulista abre 24 mil vagas. (págs. 1 e A11)
- Paulo Skaf - O valor das vendas externas das pequenas e médias empresas aumentou 41,2% em 2007. É a comprovação de que a Lei Geral, aprovada no fim de 2006, está funcionando. (págs. 1 e A3)
- Klaus Kleber - Com a taxação de IOF sobre aplicações externas em renda fixa e títulos públicos, o governo quebra um tabu e, se não acaba com uma mamata, a torna menos escandalosa. (págs. 1 e A2)
- Grileiros vendem lote até perto da Ponte JK
- Apesar do aumento da fiscalização, a ousadia dos invasores de terras públicas parece não ter limites e chega a áreas nobres como o Lago Sul. Lotes de mil metros quadrados a apenas 5 km da Ponte JK, um dos cartões postais de Brasília, estão sendo vendidos por R$ 15 mil. No bairro, um terreno regular do mesmo tamanho não custa menos de R$ 500 mil. No total, foram mapeados 586 parcelamentos ilegais na capital da República. (págs. 1, 27 e 28)
- Com 800 mil crianças fora da sala de aula e um caso de evasão escolar a cada dois minutos, o Brasil tem a difícil missão de cumprir, até 2022, as metas do movimento Todos pela Educação. A partir de hoje, série de reportagens mostra as deficiências e aponta soluções para o sistema educacional. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. 12 e 13)
- Ao editar medida provisória que desobriga o empregador rural de assinar a carteira de trabalhadores contratados por no máximo dois meses, Ministério do Trabalho ignorou dois pareceres que alertavam para o risco de aumento da informalidade e incentivo à utilização de mão-de-obra escrava. (págs. 1, 2 e 3)
- Apesar do forte crescimento da economia do país nos últimos anos, total de imigrantes brasileiros legalizados em todo o mundo já se aproxima de 4 milhões. (págs. 1 e 18)
- Está em curso uma mudança importante nas exportações brasileiras de produtos de alta tecnologia, o que significa principalmente aviões. O Brasil reduziu a dependência em relação ao mercado americano nesse segmento e exporta cada vez mais para países emergentes na Ásia, no Oriente Médio e na América Latina. Em 2000, os EUA adquiriram US$ 1,7 bilhão em aviões produzidos no Brasil, o que equivalia a 56% das exportações do país desse produto. No ano passado, as vendas de aviões para o mercado americano somaram US$ 1,8 bilhão, mas a participação no total caiu para 38%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, elaborados pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior. A exportação de produtos de alta tecnologia representa menos de 30% das exportações brasileiras totais. Os aviões representam cerca de um terço dos produtos de alta tecnologia exportados pelo país. Nessa categoria, a perda relativa de participação dos EUA é significativa. Em 2000, os americanos respondiam por 47% dos aviões, celulares, produtos eletrônicos, farmacêuticos, entre outros, vendidos pelo Brasil. No ano passado, absorveram 30%. Maior fabricante brasileira de aviões, a Embraer não está preocupada com a perda de espaço de seu principal cliente em suas vendas totais. "Na verdade, isso é ótimo", disse Mauro Kern Jr, vice-presidente executivo de aviação comercial da empresa ao Valor. Para o executivo, a redução da dependência em relação aos EUA minimiza o efeito da recessão da economia americana e a provável redução do tráfego aéreo nas vendas da Embraer. "É claro que a crise nos EUA terá impacto. É o nosso principal cliente. Mas será muito menor do que há alguns anos atrás", diz. Segundo Fernando Ribeiro, economista da Funcex, não é tão simples explicar a perda de participação de produtos de alta tecnologia no mercado americano. Ao contrário de calçados ou móveis, aviões e celulares quase não perdem competitividade com a valorização do real, já que muitos componentes são importados. "Nestes casos, a perda de share dos Estados Unidos está ligada à desaceleração da economia e ao aquecimento da demanda interna e de outros países emergentes", afirma. (págs. 1 e A3)
- A Secretaria da Receita Federal tem um novo foco na fiscalização das operações de aquisição de empresas. Por muito tempo, a fiscalização concentrou-se nas operações societárias realizadas para reduzir o ganho de capital obtido por quem vendia a empresa. Hoje o Fisco tem também como alvo a situação do comprador: a Receita passou a autuar o uso da dedução do "ágio por rentabilidade futura" no cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), um benefício fiscal que, por ser previsto em lei, demorou para ser questionado. A Receita tem verificado detidamente o modo como o benefício foi aproveitado. (págs. 1 e A9)
- O Copom fez o juro básico privado de um ano subir ontem de 12,23% para 12,38%. Para isso, não precisou tomar decisão direta de política monetária. Bastou incluir na ata da reunião realizada na semana passada o sinal de que poderá "descongelar" a Selic no próximo encontro, no dia 16 de abril. A alternativa de elevar a taxa já foi discutida na reunião passada. Os juros dispararam no pregão de CDI futuro da BM&F. O contrato para janeiro de 2010 subiu de 12,81% para 12,98%. A ata foi considerada contraditória em relação à medida da Fazenda de cobrar IOF na entrada de capital estrangeiro. Enquanto esta medida age para desvalorizar o real, o Copom atua para apreciar ainda mais a moeda nacional. Para o estrangeiro, o IOF reduz a Selic de 11,25% para 9,58%. (págs. 1, C1 e C2)
- No vilarejo de Gort, oeste da Irlanda, os brasileiros representam quase a metade dos 3 mil habitantes. São, na maioria, açougueiros que para cá vieram a partir de 1999, sobretudo de Anápolis (GO). Foram trazidos para atender à demanda de mão-de-obra dos frigoríficos da região, com visto de trabalho regular, e se tornaram rapidamente populares, pela habilidade no abate e na desossa de carne. Os brasileiros já foram maioria entre os funcionários estrangeiros nos frigoríficos da Irlanda. Hoje, a situação deles piorou muito, pela decadência dessa indústria no país. O goiano Geraldo Silveira, 57 anos, é uma "pedra", como são chamados os brasileiros desempregados que toda manhã ficam "plantados" em frente à igreja local, tremendo de frio, à espera de algum trabalho. "Só estou aqui de teimoso", diz Silveira. (págs. 1 e A20)
- Os reservatórios do Sul despencaram nas últimas semanas e estão em 44%, nível mais baixo do que o de 2006, quando a região só escapou de um desabastecimento graças a pesadas transferências do Sudeste. (págs. 1 e A5)
- Um mapa das dívidas do setor rural mostra que as operações em atraso nos débitos antigos, já roladas desde 1995, estão concentradas em médios e grandes produtores. (págs. 1 e B19)
- Entendimento entre Lula e Serra vai facilitar a privatização da Cesp. (págs. 1 e A2)
- O legado do movimento de 1968, que completa 40 anos, é quase nulo. (pág. 1 EU&Fim de Semana)
- Márcio G. P. Garcia: A incerteza sobre a crise internacional aconselha cautela na política econômica local. (págs. 1 e A19)
- Claudia Safatle: O temor da "doença holandesa" foi uma das motivações para o pacote cambial da semana. (págs. 1 e A2)
- Maria Cristina Fernandes: o micro-crédito que funciona no NE. (págs. 1 e A9)
- Marcello Averbug: o crescimento do PIB e o avanço no bem-estar. (págs. 1 e A18)
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