- Dilma faz segredo sobre os cartões corporativos
- A assessoria da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, alega risco terrorismo para vetar o acesso do Congresso a dados sigilosos que envolvem o uso de cartões corporativos pela Presidência da República. A CPI dos Cartões tem poder inquestionável de conhecer as despesas de irregularidades, como o subordinado da própria ministra, Júlio Castro Cavalcante, que pagou a contratação de 20 bailarinas com cartão do governo, sem justificar a despesa, como o JB revelou ontem. A oposição quer levar o caso para a CPI o mais rapidamente possível, afirmou ontem o senador José Agripino, do DEM-RN. O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana, disse que o governo Lula é contra qualquer ato ilegal. (págs. 1 e A3)
- A taxação de grandes fortunas volta ao debate no Congresso na esteira da proposta de reforma tributária - ela é prevista pela Constituição desde 1988, mas precisa ser regulamentada para entrar em vigor. O governo federal quer ganhar o apoio para a iniciativa, prometendo dividir a nova arrecadação com Estados e municípios. Há proposta de taxação para patrimônios superiores a R$ 1 milhão. O ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, diz que o imposto é uma "aberração" e induziria a "despatrimonialização" do país. (págs. 1 e A4)
- Chávez mobiliza tropas contra Colômbia
- Venezuela e Equador acusam Uribe de mentir e mandam tropas à fronteira em resposta a ação que matou líder das Farc. Presidente equatoriano não aceita desculpas de Uribe, que defendeu operação "indispensável", e expulsa seu embaixador de Quito. (pág. 1)
- Hélio Costa leva área dos correios para sua base eleitoral em MG - Central de atendimento telefônico aos clientes será transferida para Barbacena (MG), cidade do ministro das Comunicações. Cidade foi escolhida por ficar entre Rio e Belo Horizonte, segundo a assessoria do ministro, que deve disputar governo de Minas em 2010. (pág. 1)
- Repasses para fundações têm alta de 136% - Em 2007, com R$ 355,3 mi, entidades tiveram captação recorde de recursos federais. Presidente da associação de reitores cita mais repasses a hospitais e verbas da pasta de Ciência e Tecnologia como razões para aumento. (pág. 1)
- Madeireiras são multadas em R$ 1,5 mi no Pará - Operação na Amazônia Legal recolhe ainda 4.000 toras de origem não identificada. Sindicato das Madeireiras vai recorrer contra multas; advogado diz que Ibama usa "chutômetro" na medição e que fiscais se equivocam. (pág. 1)
- R$ 63 milhões passaram por contas do crime em 20 meses
- Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a ser divulgado hoje, mostra que em 20 meses a facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC) movimentou R$ 63 milhões em 686 contas bancárias pertencentes a 748 pessoas e empresas suspeitas de ligação como crime. A movimentação abrange o período de novembro de 2005 a julho de 2007, quando a Coaf pesquisou 2.607 envolvidos em operações ilícitas. Em 20% das contas, as movimentações foram superiores a R$ 100 mil. Também ficou clara uma concentração de operações em cerca de 50 contas de integrantes do comando do PCC com depósitos originários principalmente da capital paulista e de cidades do interior do Estado com grandes penitenciárias. O Coaf ainda tem na mira movimentações em cinco setores: corretoras de valores; bolsas de mercadorias; comércio de metais e pedras preciosas; loterias estaduais e comércio de objetos de arte. (págs. 1 e C1)
- Hugo Chávez ordenou ontem a mobilização de dez batalhões militares na fronteira do país com a Colômbia e fechou sua embaixada em Bogotá após a operação colombiana no Equador que resultou na morte de Raúl Reyes, número 2 na escala de comando das Farc. O presidente equatoriano, Rafael Correa, exigiu que o líder colombiano, Álvaro Uribe, pedisse desculpas pela violação da soberania de seu país e também retirou seu embaixador da capital da Colômbia. (págs. 1 e A7)
- Chávez põe tropas na fronteira e eleva tensão com Colômbia
- A Venezuela e o Equador mobilizaram tropas em suas fronteiras com a Colômbia em reação a um ataque ocorrido no sábado, quando forças colombianas bombardearam um acampamento das Farc em território equatoriano, matando o número 2 da guerrilha. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que a ação da Colômbia pode levar a região uma guerra e chamou o presidente Álvaro Uribe de "criminoso". O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que irá "às últimas conseqüências" para defender a soberania do país. Chefes de Estado do continente, entre eles os presidentes Lula e Cristina Kirchner, da Argentina, mantiveram contato por telefone para tentar evitar que a crise leve a um conflito militar. A Colômbia anunciou que pediria desculpas ao Equador. (págs. 1, 24 e 25)
- Em 2006, o PTB, do deputado cassado Roberto Jefferson, pagou R$ 255 mil a quatro empresas por seminários que jamais foram realizados. Os eventos foram pagos com dinheiro público proveniente do fundo partidário. Das quatro empresas, três não tinham nem sede. (págs. 1 e 3)
- Venda de carros cresce 40% no 1º bimestre
- Um bimestre 39% superior em relação ao mesmo período de 2007, que já havia registrado a base mais alta da história. Assim fecharam as vendas de veículos em janeiro e fevereiro, com 395.500 unidades, superando todas as previsões da indústria automobilística. Segundo fontes de mercado, podem ter contribuído para a expansão as encomendas de frotistas e locadoras, que renovam seus pátios no início do ano.
As vendas não dão trégua e a fila de espera aumenta em todos os modelos. O Mille (Fiat) demora até dois meses para ser entregue. A indústria está perto da capacidade de produção, estimada em 3,5 milhões de veículos ao ano. Os US$ 35 bilhões investidos de 1994 a 2006 dão mostras de esgotamento. A demanda maior que a oferta traz desequilíbrio. As montadoras reajustaram os preços e não repassaram para o preço dos carros o fim da CPMF. O aumento do valor do aço é dado como justificativa.
A Federação do Comércio do Estado de São Paulo aponta o apetite dos consumidores, que mantiveram a capacidade de contrair dívidas. Segundo a economista Fernanda Della Rosa, o endividamento médio ficou em 48% em fevereiro e a inadimplência caiu para 32%. F(págs. 1, C5 e A4)
- A maioria das 106 fazendas credenciadas para exportar carne bovina à União Européia (UE) e que tem animais para vender - algumas não possuem - é de pequeno porte, com até 600 animais, segundo levantamento da Gazeta Mercantil. Isso diminui o volume que se estimava haver para vendas. A inclusão dessas fazendas pode ter ocorrido para facilitar a vistoria pela UE. O secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, nega que o critério seja o tamanho. (págs. 1 e C10)
- ONG suspeita já recebeu R$ 500 mil
- Mesmo sob investigação do Ministério Público do Distrito Federal, a ONG Conviver fechou acordo com Ministério do Planejamento e Imprensa Nacional para dar cursos aos servidores. Os contratos, que envolvem ainda a Comissão Nacional de Energia Nuclear, somam meio milhão de reais. (págs. 1 e 2)
- Pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) avalia contas de companhias do Distrito Federal e constata que 50% delas cometem crime de evasão tributária. Pior: segundo o levantamento, a fiscalização é precária, e quanto maior a empresa, maior o nível de sonegação. (págs. 1 e 11)
- Economia já vive ciclo de expansão sustentável
- Durante mais de duas décadas, a economia brasileira viveu de pequenos surtos de crescimento, apelidados de "vôos de galinha".Os principais economistas sempre bateram na tecla de que o país precisava entrar em um ciclo de expansão sustentável. Há várias evidências de que a economia já vive esse momento esperado há anos, caracterizado por um ciclo virtuoso que traz, dentro de si, maior capacidade de se auto-alimentar.
O que ocorre numa tradicional empresa do setor têxtil como a Meias Lupo, por exemplo, resume bem o perfil de crescimento que tomou conta das indústrias do país, sejam elas pequenas ou grandes. No mês passado, aproveitando o dólar barato, a Lupo instalou 130 novas máquinas italianas. No ano passado, contratou 500 empregados e outros 230 estão chegando agora. Esse comportamento é o retrato do atual ciclo, muito diferente do de 2004. "Ele é mais empregador, mais importador e mais investidor", diz o economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, com base em estudo corporativo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), do qual é consultor.
Para o financista Luiz Carlos Mendonça de Barros, foi a solidez das contas externas que deu ao país o passaporte para inaugurar essa nova etapa sustentável. Por falta de reservas em moeda estrangeira, nos ciclos passados os "vôos de galinha" em geral terminavam numa crise cambial. E a chave para o ajuste nas contas externas brasileiras foi a China, de onde vem a enorme demanda pelas commodities que o Brasil produz, cujos preços dispararam nos últimos anos.
A análise de Mendonça de Barros destoa das feitas pela maioria dos economistas que participaram do governo FHC e que enxergam grandes riscos na recessão americana, cujos efeitos poderiam comprometer a trajetória de crescimento econômico do Brasil. "Há um novo mundo onde a Ásia é pólo dinâmico", diz o economista. Mas ele acha que isso não significa ausência de problemas e riscos. As incertezas a respeito da inflação e a pressão do crescimento do consumo sobre os preços poderão levar o Banco Central a aumentar a taxa de juros nos próximos meses. (págs. 1 e A3)
- As prefeituras ampliaram a lista de serviços tributáveis, estenderam-na aos bancos e o resultado é que o Imposto sobre Serviços (ISS) passou a fazer parte dos grandes contenciosos fiscais na Justiça, com valores cada vez mais expressivos.
No grupo Bradesco, processos judiciais e administrativos sobre o ISS são os únicos classificados com risco de "perda possível" expressamente mencionados no balanço de 2007, no valor de R$ 161,27 milhões. No Banco Santander, a discussão do ISS no consolidado equivale a R$ 69,52 milhões, valor maior que o de outras pendências tributárias importantes. Na holding financeira do Itaú, há R$ 129,6 milhões referentes a autos de infração emitidos por vários municípios. Na cidade de São Paulo, o recolhimento de ISS dos bancos representa 12,8% do total arrecadado com o tributo em uma modalidade e a intermediação financeira, mais 13,9%. (págs. 1 e A2)
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