- Abin sacou R$ 26 milhões dos cartões em cinco anos
- Protegidos da fiscalização de gastos com cartões corporativos, funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sacaram, na boca do caixa, R$ 26,5 milhões em verbas secretas entre 2003 e 2007. O JB teve acesso à relação de gastos entre 2003 e 2005: além de códigos incompletos para dificultar a checagem no período um agente, matrícula 29463, torrou em três meses de trabalho R$ 284.618, a maioria em saques de valores parecidos. Outro, com matrícula 909062, usou R$ 175 mil. No Congresso, acirrou-se a briga pela relatoria da CPI dos Cartões. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)
- O Itamaraty não tem prevista uma operação para retirar os brasileiros do Timor Leste, porque "não há conflito". O presidente do país, José Ramos-Horta, que levou tiros no ataque de domingo, passou por uma segunda cirurgia ontem, na Austrália, e deve ser submetido a mais duas. (pág. 1 e Internacional, pág. A21)
- As obras de reforma da BR-101, no trecho de 320 quilômetros entre a Ponte Rio-Niterói e a divisa com o Espírito Santo, começam nesta semana. É o que prometem as concessionárias do chamado Corredor do Mercosul, que cobrarão pedágio seis meses depois da conclusão dos serviços. (pág. 1 e Economia, pág. A20)
- Já são nove as associações de moradores de bairros de todo o Rio que aderiram ao movimento contra a manutenção das lombadas eletrônicas ligadas entre 22h e 6h. atos de desobediência civil estão nos planos do grupo, que também participará da manifestação contra a desordem urbana, marcada para domingo, às 9h. (pág. 1 e Cidade, pág. A11)
- Em artigo para o JB intitulado Indignação, o advogado Fernando Orotavo Neto revela a contenda entre o Judiciário e a Polícia Civil em torno da prisão do juiz federal Roberto Dantas Schuman de Paula. Ele foi algemado no carnaval por uma equipe do Core, depois de ter sido quase atropelado pelo camburão. (pág. 1, Opinião, pág. A9 e Cidade, pág. A16)
- Ministros embolsam verba de mudança sem precisar
- Depois dos cartões corporativos, outra forma de pagamento de despesas de ministros e servidores revela irregularidades. Em 2007, o ministro dos Portos, Pedro Brito, e o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Machado, então ministro da Previdência, embolsaram de forma indevida R$ 8.300 e R$ 18 mil, respectivamente. O dinheiro é uma ajuda de custo para quem é transferido de cidade. Ambos mudaram de funções, mas nunca saíram de Brasília. As informações sobre os pagamentos estão na rubrica "restituições e indenizações" do Portal da Transparência -o mesmo que trouxe as revelações sobre os cartões corporativos do governo. O portal é mantido pela CGU (Controladoria Geral da União). Esses valores foram pagos pelo governo a título de "ajuda de custo", uma indenização prevista em lei para o servidor público que muda de cidade para assumir um novo posto. No caso de Brito, a "mudança" foi apenas de pasta. Ele saiu do Ministério da Integração em março, foi anunciado para a Secretaria dos Portos em abril e tomou posse em maio. Mas a Presidência lhe pagou o valor equivalente a um salário como "ajuda de custo", no dia 31 de julho. (Página 1)
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que é a favor da divulgação de gastos do Planalto com cartões corporativos na internet, à exceção de despesas com a sua segurança e a de sua família. Segundo o mandatário, esse sistema de pagamento é a forma "mais séria e transparente" de uso do dinheiro público, e uma CPI sobre o assunto não atrapalhará as votações no Congresso. "Para mim, só tem um gasto que não deve ser explicitado e detalhado, que é o gasto com segurança. Segurança é uma coisa muito delicada", disse Lula ontem, no aeroporto de Macapá (AP), depois de uma visita de Estado à Guiana Francesa, onde se reuniu com o presidente Nicolas Sarkozy. "E uma boa segurança, os adversários não sabem que ela existe nem como ela existe. Na hora em que ela souber, deixa de ser segurança. Nós vimos agora o que aconteceu no Timor Leste. Um pouco de cuidado não permitiria que um presidente fosse atingido fazendo ginástica de manhã. Quando se trata de segurança, eu acho que é segredo de Estado." (Página 1)
- Nicolas Sarkozy, anunciou uma megaoperação na fronteira da Guiana Francesa com o Brasil com mil policiais e soldados a partir da próxima semana contra garimpeiros clandestinos do país vizinho. Durante o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem, Sarkozy adotou um tom mais diplomático: prometeu uma Guiana Francesa "aberta aos brasileiros", mas afirmou que "seremos firmes e determinados contra todos os tipos de tráfico". No comunicado conjunto, os dois países se comprometeram a combater o garimpo e a pesca ilegais e a aumentar a colaboração policial na fronteira. (Página 1)
- A Caixa Econômica Federal anunciou redução das taxas de juros para o financiamento de imóveis residenciais novos ou usados com recursos da poupança. A redução mais significativa foi feita para imóveis com valor acima de R$ 350 mil ou com valor financiado superior a R$ 245 mil, com queda de 1,36 ponto percentual. (Página 1)
- O Itaú dobrou seu lucro de 2006 para 2007. Com isso, cravou novo recorde para o setor bancário nacional, ao computar lucro líquido de R$ 8,474 bilhões no ano passado -aumento de 96,7%. O Bradesco, principal rival do Itaú, teve lucro de R$ 8,010 bilhões em 2007. (Página 1)
- Depois de virar moda e de ter suas vendas disparadas com a propaganda de "prevenir" os motoristas contra multas de trânsito, os aparelhos automotivos de GPS que avisam sobre a localização dos radares devem ser proibidos pelo governo. A proposta de punir quem usa essa função dos equipamentos foi inserida pela gestão Lula no plano de mudanças do Código de Trânsito Brasileiro encaminhado para consulta pública no começo deste mês. (Página 1)
- Inflação cai e Mantega diz que juros não devem subir
- Com a queda nos preços dos alimentos, a inflação começa a perder força, depois de ter dado um salto no final de 2007. Dois dos principais índices que medem a variação do custo de vida - o IGP-M e o IPC - apontam alívio das pressões inflacionárias em fevereiro. Já começaram a cair os preços de produtos agropecuários como aves, ovos, milho e tomate. "A alimentação deverá mais que compensar a alta prevista nas despesas com habitação", diz o economista Marcio Nakane, da Fipe. Essa tendência tende a se manter ao longo de 2008 porque a safra agrícola deve atingir novo patamar recorde de 136,5 milhões de toneladas, segundo o IBGE. Os números animaram o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele afirmou que a inflação está "totalmente" sob controle e enviou recado para o Banco Central: "Não vejo nenhuma razão no horizonte para alguma elevação dos juros". (págs. 1 e B1)
- Os partidos de oposição no Senado insistem em indicar o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que será criada para investigar o uso dos cartões corporativos. A oposição decidiu pleitear um dos cargos de comando - a relatoria ficará com um deputado do PT - para não ser acusada de patrocinar uma CPI "chapa branca. Caso o governo não aceite, DEM e PSDB ameaçam obstruir todas as votações no Senado. Os principais partidos governistas, PT e PMDB, não concordam em abrir mão do comando total da comissão. (págs. 1 e A4)
- O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse a interlocutores que pretende se reunir com técnicos do governo e com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para encontrar uma solução equilibrada para o problema do desmatamento da Amazônia. A intenção é tratar dos casos de desmatamento anteriores a 1996 - antes do decreto que impôs preservação de 80% da floresta das fazendas, liberando 20% para atividade econômica. (págs. 1 e A22)
- O Conselho Nacional de Biossegurança confirmou a liberação de duas variedades de milho transgênico no Brasil. A permissão para vem da e plantio havia sido concedida pela CTNBio, mas era questionada por Ibama e Anvisa. Soja e algodão transgênicos já são permitidos no País. (págs. 1 e A10)
- O governo prepara ofensiva contra o tabagismo. Retomará o debate sobre o aumento dos preços do cigarro e enviará ao Congresso projeto que propõe o fim até mesmo dos fumódromos, com o argumento de que eles são insuficientes para proteger os não-fumantes. (págs. 1 e A21)
- A Caixa Econômica Federal anunciou a redução das taxas de juros para a compra de imóveis com recursos da caderneta de poupança. Para imóveis avaliados em até R$ 130 mil, a taxa caiu de 9?% para 8,4%. Na faixa entre R$ 130 mil e R$ 200 mil, os juros foram de 10,5% para 9,5%. (págs. 1 e B4)
- Warren Buffett, terceiro homem mais rico do mundo, conseguiu uma façanha: acalmar os mercados financeiros. Ele disse estar disposto a assumir parte das obrigações de seguradoras de bônus, num montante que pode chegar a US$ 800 bilhões. Bolsas subiram. (págs. 1 e B6)
- Telecomunicações - Serviços de telefonia podem mudar mais - Objetivo é proteger o consumidor no relacionamento com empresas. (págs. 1 e B11)
- Aviação - Jet Blue se prepara para entrar no Brasil - Americanos buscam empresa aérea local e querem 36 jatos da Embraer. (págs. 1 e B10)
- A hora da citricultura - Preço da laranja sobe e produtores investem nos pomares e em máquinas. (pág. 1)
- Notas e Informações - Bloqueado o confronto entre governo e oposição, criaram -se condições para a política em que o rolo compressor da maioria dá vez ao minueto de ganhos e concessões de parte a parte. (págs. 1 e A3)
- Marcos Sá Corrêa: Piada no Brasil nos anos 70, é realidade em diversos países. (págs. 1 e A22)
- Planalto luta para ter comando total da CPI
- O governo decidiu brigar pelo comando da CPI do Cartão Corporativo e ontem não abriu mão do controle total, indicando parlamentares da base para a presidência e a relatoria da comissão. A oposição reagiu e ameaçou obstruir as votações do Congresso. O PMDB chegou a indicar o suplente Neuto do Conto (SC) para a presidência da CPI, mas já admite recuar, diante da reação da oposição. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, contou que o presidente Lula reconheceu que o governo errou por não ter agido antes e punido responsáveis ao serem detectados casos de mau uso do cartão. (págs. 1 e 3 a 5)
- Lula e FH divergem sobre divulgação de despesas das famílias de presidentes. Para Lula, devem ficar sob sigilo; para FH, não. (págs. 1 e 3)
- O Conselho Nacional de Biossegurança, integrado por 11 ministérios, aprovou ontem a venda no país de dois tipos de milho transgênico. A liberação foi mais uma derrota para o Ministério do Meio Ambiente, de Marina Silva. (págs. 1 e 34)
- Sob pressão de estudantes que pediam seu afastamento, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, deixou de morar no imóvel funcional decorado com luxo. (págs. 1, 8 e Zuenir Ventura)
- Apesar de a taxa básica estar estacionada desde setembro de 2007, os bancos subiram os juros do crédito pessoal e do cheque especial em 0,5 ponto em janeiro. (págs. 1 e 23)
- A crise na segurança pública de Alagoas, onde a greve da polícia se arrasta desde agosto, derrubou o secretário de Defesa Social, general Edson Sá Rocha. Seu substituto pediu o envio de tropas da Força Nacional de Segurança. (págs. 1 e 8)
- A prefeitura volta a fiscalizar o trânsito com dois radares móveis, em locais perigosos. O serviço funcionará até de noite e os pontos sujeitos a multa serão divulgados todo mês. (págs. 1 e 15)
- Considerada pelo prefeito Cesar Maia a sua "apoteose" e elevada à condição de obra prioritária num município com sérios problemas de conservação das ruas, a Cidade da Música Roberto Marinho, em construção na Barra, já estourou o orçamento em seis vezes, passando de R$ 80 milhões para R$ 461,5 milhões. Além de problemas de execução, a obra chama a atenção por custar mais do que a Linha Amarela, o Estádio João Havelange (o Engenhão) e o equivalente a cinco grandes hospitais. (págs. 1 e 14)
- Itaú supera o Bradesco com lucro de R$ 8,5 bi em 2007
- Depois de o Bradesco divulgar lucro recorde de R$ 8 bilhões em 2007, ontem foi a vez de o Itaú cravar uma marca histórica. Puxado por receitas de cerca de R$ 1,3 bilhão, decorrentes da venda de participações em empresas como Redecard e Bovespa, o resultado do Itaú chegou a R$ 8,5 bilhões no ano passado, quase o dobro do registrado em 2006. É o maior já obtido por um banco de capital aberto nos últimos 20 anos, segundo a Economatica. Excluídos eventos extraordinários, o ganho do Itaú cresceu 15,9%, para R$ 7,17 bilhões. O Bradesco registrou lucro recorrente de R$ 7,21 bilhões em 2007 e o Santander, R$ 1,86 bilhão. Para o sócio da Austin Rating, Erivelto Rodrigues, os lucros recordes dos bancos estão associados ao crescimento da carteira de crédito, à melhora da eficiência e ao controle da inadimplência. O aumento da carteira de crédito do Itaú, de 36,2%, para R$ 127,6 bilhões no final de 2007, foi a principal alavanca do resultado do banco, segundo seu presidente Roberto Setubal. O destaque ficou por conta do crédito para pessoa física, que teve expansão de 34,8%, para R$ 54,4 bilhões. Para 2008, o Itaú projeta expansão entre 25% e 30% da carteira de crédito. "Estamos muito otimistas com o Brasil. O crescimento da economia cria oportunidades de expansão dos negócios em todas as áreas do banco", disse. (págs. 1 e B1)
- Um dos gargalos para a expansão da General Motors do Brasil será resolvido ainda este trimestre. O vice-presidente da empresa, José Carlos Pinheiro Neto, disse à Gazeta Mercantil que a montadora construirá uma fábrica de motores com capacidade projetada para 100 a 120 mil unidades por ano. "O modelo Prisma demora em média 90 dias para ser entregue ao comprador por falta de motor", afirmou o executivo. Segundo ele, a fábrica de motores da GM poderá ser instalada no Sul do País. "Isso em função da tradição da região no
setor de fundição e também porque a GM quer ampliar ainda mais a descentralização das suas unidades no País." Ainda de acordo com o executivo, os recursos para a construção da fábrica não estão incluídos no plano de investimento de R$ 1 bilhão, anunciado no ano passado. "É um dinheiro novo", ressaltou Pinheiro Neto. A dificuldade da GM em atender ao mercado brasileiro também está relacionada a um contrato de fornecimento de motores para a Fiat. O acordo com a montadora italiana vai até 2010. "É cedo para saber se vamos ou não renovar, mas a GM precisa muito dos motores que vende para a Fiat." No ano passado, somente para o mercado interno a fábrica de São José dos Campos (SP) produziu 500 mil motores. A carência do componente do trem-de-força tem obrigado a GM a uma série de negociações. Uma delas foi feita com a Tritec, do Paraná, que fechou no ano passado com o fim do acordo de exportações de seus motores para a BMW. "É verdade que falamos com a Tritec, mas as negociações não avançaram", disse o presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila. Ardila disse ainda que os negócios da companhia no País deverão crescer 10% em 2008. "Estamos otimistas e vamos acompanhar a expansão do mercado brasileiro", afirmou o executivo ao comentar os resultados financeiros da montadora referentes ao ano passado. Em contraste com o prejuízo mundial de US$ 38,7 bilhões, influenciado pela crise da companhia nos Estados Unidos, na região LAAM, que inclui o Brasil, novamente o balanço fechou no azul. Em 2007 a divisão lucrou US$ 1,3 bilhão, crescimento de 128% em relação ao resultado de 2006. O excelente desempenho, segundo Ardila, foi proporcionado pelo crescimento forte do Mercosul, principalmente do Brasil. "O crescimento no Mercosul foi em torno de 22% e a divisão LAAM expandiu 20%", disse Ardila. A divisão LAAM, além da América Latina, inclui também o Oriente Médio e a África. "No Oriente Médio também estimamos bom desempenho para 2008. É uma região que está crescendo muito rapidamente, influenciada pela alta na produção do petróleo. Lá a perspectiva é que nossas vendas cresçam também 10%", ressaltou Ardila. (págs. 1 e C3)
- Depois da soja e do algodão, o Brasil pode plantar também milho transgênico. A liberação comercial, dada ontem, não deve afetar as exportações brasileiras do cereal, que no ano passado foram recordes, de cerca de 10 milhões de toneladas. O Conselho Nacional de Biossegurança legitimou a decisão tomada há cerca de um mês pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), liberando a venda das variedades Liberty Link, da Bayer, e Guardian, da Monsanto. Para analistas, a Europa, principal compradora do grão não-modificado, deverá se adaptar à nova realidade. A estimativa é de que o Brasil exportará milho transgênico daqui a dois ou três anos. "Os principais compradores de milho brasileiro no ano passado foram Irã, Coréia do Sul e Espanha. Irã e Coréia do Sul compram transgênico. O problema é para a Europa, pois o Brasil era o último berço não-transgênico", afirma Paulo Molinari, da Safras e Mercado. (págs. 1 e C5)
- O grupo espanhol Fortuny Energia pretende investir US$ 900 milhões na construção de cinco parques eólicos no Brasil, país que ainda engatinha nesse tipo de fonte energética, apesar do enorme potencial para a sua expansão - principalmente nas regiões Sul e Nordeste, onde a intensidade dos ventos está acima da média mundial. O diretor de energia renovável do Fortuny, Fernando Tamayo, afirma que o grupo quer aplicar US$ 500 milhões em três projetos no Rio Grande do Sul - Jaguarão, Santana do Livramento e Piratini - e outros US$ 400 milhões na construção de duas unidades no Nordeste. "Estamos estudando oito locais", diz Tamayo, que cita o Ceará e Rio Grande do Norte como possíveis destinos dos investimentos. Os parques do Sul terão potência de 223 megawatts (MW). (págs. 1 e C4)
- A previsão de corte de despesas do Orçamento da União deve ficar em pelo menos R$ 12,5 bilhões. Transferências a estados e municípios trará rombo de R$ 2,7 bilhões na receita líquida. (págs. 1 e A7)
- O Ministério da Justiça instaurou ontem processo administrativo contra a Volkswagen por causa do problema relativo ao banco do carro Fox. A empresa poderá ser multada em R$ 3 milhões. (págs. 1 e A9)
- A lista inicial do governo, com 2,7 mil fazendas aptas a exportar para a UE, é que será analisada pelo bloco, apesar de apenas 40% ter a documentação em dia. Os europeus avaliam a lista na quinta-feira. (págs. 1 e C5)
- Com a queda dos juros e o aquecimento do mercado de imóveis, muitos investidores têm optado por aplicar em títulos e fundos de investimento imobiliário (FII) em vez da compra direta do imóvel. (págs. 1 e B3)
- Emprego - Indústria paulista abre 14 mil vagas. (págs. 1 e A5)
- Antonio Penteado Mendonça - Quem sabe a grande diferença entre o que acontece nos países desenvolvidos e o Brasil é uma burocracia altamente capacitada e inatingível por caprichos ou interesses pontuais. (págs. 1 e A3)
- Renato Nunes - Apesar da natureza jurídica de condomínio e não pessoa jurídica, os fundos de investimento imobiliário deveriam poder gerar créditos de PIS/Cofins para as empresas. (págs. 1 e A9)
- Reitor dá adeus à mordomia
- Sob forte pressão desde que veio à tona o escândalo da milionária decoração da cobertura onde mora, na 310 Norte, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, anunciou ontem que deixará o imóvel. No Senado, a CPI das ONGs decidiu intimá-lo para dar explicações sobre os gastos milionários, que incluem lixeiras de quase R$ 1 mil, saca-rolha de R$ 859, escorredor de pratos de R$ 549. No total, a Finatec, fundação ligada a empreendimentos científicos e tecnológicos, gastou R$ 470 mil na compra de móveis e utensílios de luxo para o apartamento. O Ministério Público vai exigir a devolução do dinheiro. (págs. 1, 25 e Crônica da Cidade, página 28)
- Presidente Lula e Nicolas Sarkozy afinam discurso para transferência de tecnologia militar ao Brasil e ações conjuntas de paz. (págs. 1 e 21)
- Governo e oposição negam blindagem a Lula e FHC. Mas fato é que ainda não há sequer pedido para se criar a comissão. (págs. 1 e Tema do Dia, págs. 2 a 6)
- Direitos humanos ainda n]ao peça de ficção em Valparaíso (GO). Na cidade, a 50km de Brasília, um adolescente (foto), homens e mulheres dividem celas em um presídio improvisado. (págs. 1 e 23)
- Caixa reduz juros para casa própria. (págs. 1 e 13)
- Mercados ficam otimistas e bolsa ganha fôlego de alta
- Uma nova onda de otimismo atingiu os mercados ontem, após a Berkshire Hathaway, do bilionário americano Warren Buffett, se propor a assumir riscos da ordem de US$ 800 bilhões de três companhias seguradoras. Em Nova York, o Dow Jones subiu 1,1%, para 12.373 pontos, enquanto no Brasil o Índice Bovespa (Ibovespa) fechou com valorização de 1,92%, aos 61.805 pontos - na máxima do dia, chegou a 62.820 pontos. Ao superar os 61.200 pontos, o principal termômetro da bolsa brasileira também rompeu uma importante resistência gráfica e voltou a assumir tendência de alta no curto prazo, segundo os analistas técnicos.
Para os grafistas - que identificam a tendência dos preços em representações estatísticas, sem dar muita atenção ao ambiente macroeconômico -, o indicador agora tem condições de buscar a marca histórica de 66.500 pontos, de 7 de dezembro, e até alçar a casa dos 70 mil pontos já em março. Isso não quer dizer que a trajetória até lá não será entremeada de percalços.
Mas, após superar os 61.200 pontos, o mercado retomou a força compradora de curto prazo, afirma o analista da Itaú Corretora Márcio Lacerda. Apesar dos tombos sistemáticos do mês passado, a longa tendência de alta do Ibovespa, iniciada em outubro de 2002, foi preservada. De dezembro para cá, o que mais preocupava era que essa inclinação de longo prazo vinha mostrando sinais de enfraquecimento, diz o gerente de mesa da HSBC Corretora, Jeferson do Amaral. Ontem, a história mudou.
Isso não quer dizer que seja o momento de comprar ações a torto e a direito. A alta de curto prazo sinalizada nas linhas e figuras traçadas pelos grafistas não encerra os tempos de volatilidade para a bolsa brasileira. A analista do Santander Sílvia Afonso diz que 2008 ainda promete muita incerteza. Já Amaral, da HSBC, sugere que o investidor espere a tendência se confirmar para fazer uma avaliação detalhada dos papéis que lhe interessam, utilizando a análise técnica em conjunto com a fundamentalista. Por trás da arte dos gráficos estão teorias como a chamada "seqüências de Fibonatti", que diz que tudo na natureza tem padrões de comportamento repetitivo, obedecendo certas freqüências matemáticas. Os analistas buscam identificar tais freqüências nos movimentos da bolsa. (págs. 1, D1, D2 e C2)
- O governo vai criar uma regulamentação específica em defesa dos consumidores de cartões de crédito, diante do aumento explosivo no número de reclamações depois que esse produto financeiro chegou às classes C e D. Dois pontos estão na mira dos órgãos de defesa do consumidor. Um é a dificuldade enfrentada pelos clientes para cancelar os cartões. A idéia é criar um procedimento padrão, a exemplo do que foi feito para as contas bancárias. Outro problema é a falta de informações aos consumidores sobre os valores cobrados nas faturas. Os cartões de crédito já lideram as reclamações registradas nos Procons, superando a telefonia. (págs. 1 e C3)
- Depois de participar de duas das maiores ofertas de ações do mercado brasileiro, com captação de R$ 11,8 bilhões na abertura de capital da Bovespa e da BM&F, corretoras tentam barrar na Justiça o pagamento de impostos sobre os ganhos obtidos na venda de seus títulos patrimoniais nas duas bolsas. Além das corretoras do grupo Santander, um dos maiores acionistas da Bovespa, foram ao Judiciário outras 25 instituições. Elas questionam a cobrança de 34% de IR e CSLL no ganho de capital calculado sobre a diferença entre o custo de aquisição dos títulos e seu valor no momento em que Bovespa e BM&F mudaram de sociedades sem fins lucrativos para empresas abertas. A lista das corretoras inclui Fator, Planner, Merrill Lynch e Convenção. As corretoras entendem que essa diferença não é tributável. (págs. 1 e C6)
- Uma polêmica regulamentação vai permitir que os grandes consumidores de gás natural do Rio de Janeiro se declarem "livres" e escolham de qual produtor irão comprar o insumo. A norma, discutida pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento do Estado (Agenersa), entra em audiência pública amanhã. Os clientes industriais, que compõem quase dois terços do mercado fluminense, poderão comprar o gás diretamente da Petrobras, em detrimento da Ceg e da Ceg Rio. O presidente da Agenersa, José Carlos dos Santos Araújo, diz que a regulação precisa ser feita agora para obedecer ao contrato de concessão das distribuidoras, que estabelece a possibilidade de os clientes que consomem acima de 100 mil m3 cúbicos por dia se tornarem livres dez anos após a privatização das empresas, que ocorreu em 1997. Ceg e Ceg Rio propõem um prazo mínimo de mais cinco anos para que um cliente cativo se torne livre, já que as mudanças "tornarão onerosas as gestões de suprimento de gás natural". (págs. 1 e A3)
- A Vale do Rio Doce concordou em pagar uma dívida de R$ 53 milhões que será rateada entre 18 municípios mineradores de Minas Gerais, o governo do Estado e a União. Creditado na segunda-feira nas contas das prefeituras, o pagamento é parte do ressarcimento pelo desconto indevido do custo do frete interno no cálculo da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) no período de 2002 a 2007. Os R$ 53 milhões correspondem ao valor que a Vale reconhece como incontestável e resolveu antecipar, mas não encerra o assunto. O Departamento Nacional de Produção Mineral calcula um valor bem maior para a dívida - R$ 350 milhões, incluindo a MBR, controlada pela Vale, e a Samarco, sociedade entre Vale e BHP Billiton. Procurada, a Vale não quis comentar o assunto. (págs. 1 e A5)
- O Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) autorizou ontem a liberação comercial das duas primeiras variedades de milho geneticamente modificado no país, produzidos pela Monsanto e Bayer. (págs. 1 e B14)
- Suspensão dos embarques de carne bovina do Mato Grosso para a Rússia, devido à ocorrência de um caso de estomatite vesicular, aumenta preocupação com problemas sanitários do rebanho. (págs. 1 e B14)
- O mercado da construção civil continua acelerado, mesmo após o crescimento recorde de 2007. Em janeiro, as vendas de cimento aumentaram 17,6% sobre igual período do ano anterior e 0,4% frente a dezembro. (págs. 1 e B9)
- Mesmo comum saldo positivo de 14 mil novas vagas, o nível de emprego da indústria paulista diminuiu 0,58% entre dezembro e janeiro (descontados efeitos sazonais). Nos últimos 12 meses, o crescimento é de 4,7%. (págs. 1 e A3)
- Produção de relógios em Manaus volta a crescer depois de os fabricantes "reinventarem" seu negócio e transformarem as peças em acessórios de moda para enfrentar os chineses, diz José Ricardo Calil, da Dumont. (págs. 1 e B5)
O- Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça instaurou processo administrativo contra a Volkswagen por problemas com o banco traseiro do Fox. (págs. 1 e B8)
- A GM encerrou 2007 com prejuízo de US$ 38,7 bilhões e anunciou um plano de demissões voluntárias e aposentadorias para tentar reduzir custos. A região que inclui a subsidiária brasileira teve lucro de US$ 1,3 bilhão. (págs. 1, B8 e B10)
- Investimento externo em imóveis no Brasil atinge R$ 14 bilhões. (págs. 1 eB8)
- Carlos Lessa: desnacionalização da Vale é ameaçadora e Lula está certo quando fala dos interesses nacionais. (págs. 1 e A11)
- Rosângela Bittar: governo deu um tiro no pé ao criar CPI dos cartões. (págs. 1 e A6)
- Cristiano Romero: rápidas mudanças na economia chinesa provocam crises de identidade mundo afora. (págs. 1 e A2)
- Alívio na crise dos EUA
- O anúncio do aporte de US$ 800 bilhões na forma de resseguros para as empresas de seguro de crédito dos Estados Unidos pelo megainvestidor norte-americano Warren Buffett repercutiu bem nos mercados de todo o mundo. A Bovespa fechou em alta de 1,92% aos 61.805 pontos. O governo brasileiro estuda medidas para estimular as exportações e impedir o aumento acentuado das importações.
- Inconformados com a disposição dos governistas de indicar o presidente e o relator da CPI dos Cartões, líderes da oposição prometem paralisar as votações no Senado, a partir de hoje, se não houver negociação para ficarem com um dos cargos. Em reunião no Planalto, o governo decidiu não ceder e manter o comando da CPI, já que, por terem as maiores bancadas, o PMDB e o PT têm o direito de ocupar a presidência e a relatoria. O PPS ajuizou, ontem, uma ação no Supremo Tribunal Federal para impedir que, com base em decreto da época da ditadura militar, os gastos da Presidência da República com os cartões continuem sendo mantidos em sigilo. (págs. 1, 3 a 6)
- ONU - França apóia Brasil no conselho de segurança. (págs. 1 e 2)
- Concessões - Estradas federais vão receber R$ 500 milhões. (págs. 1 e 14)
- Casa própria - Caixa corta juro para imóvel até R$ 130 mil. (págs. 1 e 16)
- Entram em vigor hoje novas regras do celular. (págs. 1, 13 e 15)
- Timor-Leste reforça o patrulhamento nas ruas. (págs. 1 e 19)
- Cerca de 150 mil negativos e 5 mil fotografias, além de grande quantidade de correspondência oficial e de filmes em VHS vão alimentar um banco de dados criado pelo Arquivo Público de BH. O projeto tem financiamento de R$ 111,2 mil do BNDES. No acervo, há preciosidades, como a foto do astronauta soviétivo Yuri Gagarin (2º à esquerda), em visita à capital. (págs. 1 e 26)
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Feijão vira artigo de luxo. (Página 1)
- Caixa reduz juros para a casa própria. (Página 1)
- CPI começa com disputa pelo comando. (Página 1)
- Mudança nas regras da telefonia celular entre em vigor hoje. (Página 1)
- Pressão contra venda de bebidas cresce e comerciantes reagem. (Página 1)
- Novo superintendente da Sudene recebe reivindicação na posse. (Página 1)
- Promotores perdem direito a folga para compensar plantões. (Página 1)
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