23 fevereiro 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

- Lula nega gás a Cristina

- A Petrobras negou ontem a possibilidade de ceder para a Argentina parte dos 30 milhões de metros cúbicos de gás que tem comprados da Bolívia. De público, o presidente Lula disse, em Buenos Aires, que só há "pequenas divergências" em relação ao assunto com a colega do país vizinho, Cristina Kirchner. Mas, no encontro privado que mantiveram, Lula teve uma conversa franca, segundo o chanceler Celso Amorim. O presidente deixou claro que o Brasil precisa de todo o gás contratado com a Bolívia. (pág. 1 e Economia, pág. A17)

- Os índices de contaminação da dengue recuaram em 39,65% no país, mas no município do Rio subiram 117,42% nas cinco primeiras semanas do ano, em comparação com 2007. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o governador Sérgio Cabral, decidiram passar ao governo do Estado a atribuição, que era da prefeitura, de fiscalizar os focos da doença. Também divulgaram um pacote de medidas emergenciais de combate ao Aedes aegypti. (pág. 1 e Cidade, pág. A7)

- A "oxigenação da PM", prometida pelo governo estadual em resposta ao movimento salarial na corporação, ganhou corpo com o projeto de lei que reduzirá, em média, dois anos até um policial atingir o posto de coronel. A permanência no cargo também diminuirá. Segundo projeções, 32 coronéis passarão à reserva até dezembro de 2009. Serão substituídos por 29 oficiais. (pág. 1 e Cidade, pág. A11)

- A GM fez, em dois meses, cinco recalls, incluindo um, ontem, para resolver problemas com o estepe de dois modelos. Ao todo, as fábricas fizeram 44 convocações em 2007. Entidades associam o aumento de produção à queda de controle de qualidade no setor. (pág. 1 e Economia, pág. A20)

- Impunidade - Moradores do Palace II protestam contra a morosidade da Justiça. O MP ofereceu nova denúncia contra Sérgio Naya. (pág. 1 e Cidade, pág. A16)

FOLHA DE SÃO PAULO

- Brasil e Argentina assinam pacto de cooperação nuclear

- Brasil e Argentina puseram ontem no papel duas expressões estrategicamente explosivas ao assinarem acordo para "constituir uma empresa binacional de enriquecimento de urânio". "Enriquecimento de urânio" é uma dessas expressões. A outra é "projeto comum na área do ciclo do combustível nuclear". O acordo é parte de um substancioso pacote de cooperação assinado ontem, na Casa Rosada, a sede do governo argentino, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Fernández de Kirchner. "Enriquecimento de urânio" e "ciclo de combustível nuclear" são expressões que os países que já têm armas nucleares costumam associar à bomba atômica. O chanceler brasileiro Celso Amorim afasta qualquer especulação nesse sentido com argumentos sólidos: primeiro, a Constituição brasileira veda o uso não-pacífico da energia nuclear; segundo, "os países que têm programas militares não fazem programas conjuntos de bomba [atômica]". O ministro acha que o acordo com a Argentina "será mais uma demonstração de que o uso que ambos os países farão da energia nuclear é pacífico". (Página 1)

- Ao contrário do que ocorreu com os bancos privados que atuam no país, a Caixa Econômica Federal viu seu lucro de 2007 ficar praticamente estável em relação a 2006. Os ganhos da estatal ficaram em R$ 2,5 bilhões, valor próximo dos R$ 2,4 bilhões do ano anterior. Além disso, o resultado teria sido pior se não fosse a utilização de um instrumento contábil que aumentou em R$ 1,4 bilhão o lucro apurado pelo banco no ano passado. Esse ganho se refere à utilização de créditos tributários, uma espécie de compensação tributária dada a empresas que tenham tido prejuízos em exercícios anteriores. Ainda assim, a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, considerou positivo o resultado anunciado e disse que não é razoável comparar o lucro da estatal com o de bancos privados. "O desempenho dos bancos privados, a nosso ver, é diferente. A Caixa é um banco público, que implementa políticas públicas e atua em regiões em que os outros bancos não atuam", disse, ao anunciar os números ontem. (Página 1)

- A Bovespa passou a acumular valorização anual, de 1,13%, pela primeira vez em 2008. E isso ocorreu em um cenário ainda complicado para o mercado acionário internacional, onde grande parte das maiores Bolsas de Valores ainda estão com perdas elevadas no ano. Na Europa, nos EUA e na Ásia, as baixas dos mercados de ações são consideráveis: a Bolsa eletrônica Nasdaq (de companhias de tecnologia), em Nova York, amarga desvalorização de 13,16% em 2008; o índice Nikkei, de Tóquio, recua 11,81%; a Bolsa de Frankfurt, que foi um dos destaques de ganhos em 2007, tem perdas acumuladas de 15,63% neste ano. (Página 1)

- O Ministério Público Federal em São Paulo encaminhou ofício à Polícia Federal, na última quarta-feira, solicitando abertura de inquérito para investigar a Gold Stone Publicidade e Propaganda, empresa que emitiu notas fiscais frias para o PSDB e para a campanha de 2002 de José Serra, então candidato tucano à Presidência. Concluída em dezembro de 2006, a fiscalização na Gold Stone é um trabalho independente da auditoria feita nas contas de partidos políticos. (Página 1)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- Brasil rejeita ceder gás boliviano à Argentina

- O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que o Brasil é "sensível" aos problemas energéticos da Argentina, mas precisa de "cada molécula" do gás que importa da Bolívia. Fontes do Ministério do Planejamento argentino informaram à imprensa local que a Petrobras pode sofrer retaliações, se não ceder uma parte do gás que recebe da Bolívia. A idéia, nesse caso, é cortar o fornecimento de gás para petroquímicas da estatal brasileira instaladas em território argentino. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir hoje, em Buenos Aires, com Cristina Kirchner, da Argentina, e Evo Morales, da Bolívia, para discutir uma saída para o impasse. Em discurso feito ontem durante visita ao Congresso argentino, Lula disse q ue "é preciso construir uma estratégia energética conjunta". (pág. 1, B1 e B3)

- "Temos uma relação muito boa com o governo da Argentina. Mas é uma relação de amor e ódio permanente". (José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, pág. 1)

- O presidente Lula comemorou o fato de as reservas internacionais do Brasil terem superado o total da dívida externa. "Precisamos agora aproveitar uma situação melhor e começar a nos endividar", disse. "Não para gastar dinheiro à toa, mas para gastar com infra-estrutura." Lula afirmou que é preciso investir em transporte, energia e comunicações. (págs. 1 e B3)

- A nova proposta de reforma tributária apresentada pelo Ministério da Fazenda enfrenta críticas nos Estados exportadores. A resistência é contra a idéia de que o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) seja cobrado no destino, e não na origem como ocorre hoje com o ICMS. O governador José Serra disse que é preciso conhecer os detalhes da proposta antes de tomar posição. (págs. 1 e A3)

- O Ministério da Agricultura enviou ontem à União Européia lista de menos de 200 fazendas que, segundo o governo, cumprem as regras de rastreabilidade do gado definidas pelo bloco. O ministério informou que, após avaliar documentos das propriedades auditadas para abastecer frigoríficos exportadores de carne, a lista foi reduzida. Essa é a terceira relação apresentada pelo País. (págs. 1 e B14)

- Saúde - Casos de dengue caem 40% no ano - Baixa é vista na comparação com primeiras 5 semanas de 2007. (págs. 1 e A30)

- Notas e Informações - A abolição da Lei de Imprensa, se se concretizar, não tornará a mídia inimputável nem premiará a leviandade jornalística. Em contrapartida, fará cessar a escalada da intimidação. (págs. 1 e A3)

- Abraham F. Lowanthal: Países latino-americanos devem ser vistos como estratégicos. (págs. 1 e A2)

O GLOBO

- Casa vazia será arrombada para combater à dengue

- Cento e quatro anos após a Revolta da Vacina, o Rio deverá ter de volta uma lei para obrigar os cariocas a abrirem suas casas para o combate a agentes transmissores de doenças: naquela época, o problema era peste bubônica, varíola e febre amarela; agora, a dengue. O governador Sérgio Cabral enviará segunda-feira um projeto à Alerj autorizando agentes de saúde a entrarem, se preciso com a ajuda da polícia, em imóveis abandonados ou naqueles em que moradores não permitam a visita. Quem resistir será multado em até R$ 20 mil. Cerca de 40% das residências do Rio - 900 mil na capital - não puderam ser vistoriadas. Os casos de dengue no estado subiram 17%, somando 8.486 notificações, das quais 67% na capital. Já foram confirmadas 42 ocorrências do tipo hemorrágico. (págs. 1 e 18)

- O governo brasileiro pretende exigir o pagamento de multa se a Bolívia não garantir os 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia, como prevê o contrato entre os dois países. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que o Brasil não está disposto a ceder "uma molécula de gás". A Bolívia pretendia desviar gás para fornecer à Argentina. (págs. 1 e 33)

- O ex-ministro Delfim Netto, que renegociou com o FMI nos anos 80, reconhece que o Brasil ter "zerado" a dívida externa tem uma importância simbólica, mas agora o problema é a dívida interna. (págs. 1 e 35)

GAZETA MERCANTIL

- Sabesp busca mercados em outros países

- No horizonte da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estão serviços de saneamento e abastecimento de água em outros estados e países. Gesner Oliveira, presidente da estatal, disse à Gazeta Mercantil que a empresa está num processo de fortalecer parcerias para entrar em novos mercados. "A Sabesp se prepara para atuar em outros estados e até em outros países." Oliveira não detalhou prazos e locais em que a estatal, a maior do setor no País, poderá atuar. Mas deixou uma pista: "Nenhuma outra empresa tem o nosso know-how para atuar em regiões em desenvolvimento", afirmou. Antes de ultrapassar fronteiras paulistas, a Sabesp busca alcançar metas contra desperdício de água e aumento da coleta e tratamento de esgoto. A empresa, cotada na Bovespa, tem 26 milhões de consumidores, atua em 367 dos 645 municípios paulistas e faturou R$ 6 bilhões no ano passado. (págs. 1 e C1)

- O Brasil deve passar a ser investidor externo líquido pela primeira vez em sua história econômica. O relatório de Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil, divulgado ontem pelo Banco Central, mostrou que a dívida externa líquida ficou negativa em US$ 4 bilhões no mês de janeiro. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a passagem do Brasil de devedor para credor reforça as chances de o País receber o grau de investimento. O Brasil torna-se credor em razão do forte acúmulo de reservas internacionais, que cresceram 110% entre 2006 e 2007, saindo de US$ 85,8 bilhões para US$ 180,3 bilhões. E pela significativa redução da dívida externa total líquida, cujo estoque caiu de US$ 165,2 bilhões no fim de 2003 para US$ 4,3 bilhões, previstos para 2007. O Banco Central enfatizou, em nota, que "o Brasil está superando gradativamente um longo período caracterizado por vulnerabilidade e crises, causadas principalmente pela dificuldade em honrar o passivo externo do País. Este feito é resultado direto da implementação, nos últimos anos, de políticas macroeconômicas responsáveis e consistentes, baseadas no tripé responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e metas para a inflação". (págs. 1 e A8)

- O mercado de capitais recebeu US$ 19,74 bilhões em investimentos estrangeiros em janeiro. O volume superou a saída de recursos, deixando um saldo positivo de US$ 1,39 bilhão, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com isso, o estoque de dinheiro estrangeiro investido no País subiu para US$ 61,17 bilhões, o maior desde que a CVM começou a fazer a pesquisa, em 1991. A tendência é que o estoque feche o ano com nova alta, mas com crescimento mais modesto que o apresentado entre 2006 e o ano passado, quando cerca de US$ 34 bilhões em recursos entraram no mercado de capitais. O ingresso de capital estrangeiro no Brasil é um dos fatores de pressão sobre a moeda estrangeira. Ontem, o dólar fechou a R$ 1,71, menor valor desde 1999. No ano, mesmo com a crise global, a queda acumulada é de 3,44%. (págs. 1 e B1)

- Com projetos residenciais arrojados em pleno Mar do Golfo Pérsico, Dubai está de olho nos milionários brasileiros, que podem arcar com imóveis na faixa de US$ 300 mil a US$ 40 milhões. Pelo menos 190 mil pessoas podem ser classificadas dentro da categoria milionários - 60 mil entraram no ranking no último ano -, segundo levantamento da consultoria The Boston Consulting Group. A brasileira Cecília Reinaldo, que comanda a imobiliária High Society nos Emirados Árabes, tendo na carteira de clientes bancos de investimentos a jogadores de futebol, realizou vendas de US$ 400 milhões em 2007. Segundo ela, que foi a Dubai visitar a mãe e decidiu ficar por lá, o interesse dos brasileiros tem sido crescente. "Os negócios ficaram melhor com o vôo direto (da Emirates entre Brasil e Dubai)", afirma. Essa nova turma, que ganhou muito dinheiro com o aquecimento do mercado de capitais, ou até mesmo executivos brasileiros de multinacionais, têm condições de fazer investimentos no exterior e buscar rentablidades de 20% ao ano até com aluguel. Em Dubai, imóveis vendidos na planta, mesmo antes do término da construção, costumam ter valorização exorbitante. Em um dos projetos mais recentes, o The Palm, um complexo em formato de três palmeiras com ilhas construídas em alto padrão e com marinas individuais, uma casa de três quartos poderia ser comprada há três anos por US$ 300 mil. Hoje é negociada com ágio de 500%. (págs. 1 e C4)

- A relação entre a Venezuela e a Argentina pode prejudicar as exportações de trigo do vizinho do Cone Sul ao mercado brasileiro e forçar os moinhos instalados aqui a buscar outros mercados. A aproximação entre o governo de Hugo Chávez e o argentino ajudou a intensificar as negociações para fornecimento do grão aos venezuelanos, em substituição ao trigo dos Estados Unidos. Segundo analistas, a Argentina possui excedente de 2 milhões de toneladas de trigo. Desse total, menos da metade teria como destino o Brasil. A decisão do governo brasileiro em derrubar a Tarifa Externa Comum (TEC) para a compra de 1 milhão de toneladas fora do Mercosul teria sido outro agravante que colaborou para a negociação com a Venezuela. (págs. 1 e C8)

- Texto sobre a reforma tributária apresentado ontem no Palácio do Planalto enfrentará resistência no Congresso. A principal discórdia é a proposta de unificação das alíquotas do ICMS e seu recolhimento. (págs. 1 e A9)

- Energia alternativa - Governo cadastra 118 projetos para o leilão de biomassa, em 30 de abril. (págs. 1 e A4)

- Os fundos DI lideram a captação de recursos neste ano, mas dependendo da taxa de administração, podem ser menos rentáveis que a poupança. (págs. 1 e B3)

- Referência para a agricultura mundial, o sistema plantio direto atraiu mais de 130 estrangeiros no Sul do País interessados em conhecer a técnica. (págs. 1 e gazetamercantil.com.br)

- Farmacêutica - Vendas de genéricos crescem 44,3%. (págs. 1 e C7)

- Paulo Skaf - No combate à pirataria, não basta prender os ambulantes ilegais, pois essa mão-de-obra é abundante e sua substituição é rápida. (págs. 1 e A3)

- Nelson Rocco - A possível união da Bovespa com a BM&F pode servir de proteção contra investidas de bolsas internacionais, mas deixará um nó na garganta dos saudosistas. (págs. 1 e A2)

CORREIO BRAZILIENSE

- Brasil não cederá gás à Argentina

- Em visita ao país vizinho, Lula afirmou que não abrirá mão, em favor dos argentinos, de parte do gás natural que recebe da Bolívia. O presidente disse também que o país deve aproveitar o momento - agora que dispõe de caixa suficiente para pagar a dívida externa - para buscar novos empréstimos externos: "Não para gastar à toa, mas para facilitar o desenvolvimento com infra-estrutura", explicou. (Págs. 1 e Tema do Dia, páginas 18 e 19)

- Passada uma década de desabamento do Palace II, no Rio, pelo menos 130 famílias que moravam no prédio construído pelo ex-deputado federal Sérgio Naya ainda não receberam sequer um centavo de indenização. (págs. 1 e 13)

- Sistema de proteção é falho na Amazônia. (págs. 1 e 2)

- O médico Mohamed Omais, preso em Beirute sob acusação de adulterar passaporte, volta ao Brasil depois de seis dias na cadeia. (págs. 1 e 27)

VALOR ECONÔMICO

- BB abre banco de varejo nos EUA e busca atuação global

- O Banco do Brasil (BB) inicia uma ofensiva no mercado de varejo global com a abertura de um banco e de uma empresa de transferência internacional de dinheiro nos Estados Unidos. Serão anunciadas nos próximos meses ações semelhantes em países da América Latina e na Europa. O foco da instituição são países que abrigam grandes comunidades de imigrantes brasileiros - mas também estão sendo avaliados outros mercados, seguindo o exemplo do Itaú, presente no Chile e na Argentina. O diagnóstico é que, com o avanço dos bancos estrangeiros no Brasil, o BB precisará criar musculatura, inclusive externa, para competir no mercado. "A idéia é colocar o banco em todos os segmento do varejo em que nossa marca é reconhecida e faça a diferença, dentro e fora do país", afirma o presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco Lima Neto. Do ponto de vista estratégico, o projeto internacional recebe dentro da instituição importância semelhante ao ingresso do BB no financiamento de veículos e no crédito imobiliário. Já foi concedida autorização do Banco Central para abrir um banco de varejo nos Estados Unidos, o Banco do Brasil FSB, e uma empresa de transferência de dinheiro, a BB Money Transfer. Falta agora o sinal verde das autoridades americanas. O banco terá inicialmente cinco agências, com a meta de ter até 450 mil clientes, ou 30% dos brasileiros residentes no país. Ainda não estão definidos os próximos passos na estratégia de internacionalização. Na América Latina, os candidatos são o Paraguai, com uma população estimada de 200 mil brasileiros, e a Bolívia, com 17 mil. Na Europa, os brasileiros se concentram na Itália, Inglaterra e Espanha. O BB já opera em Portugal e no Japão. Os estudos para ampliar a presença internacional do banco começaram há dois anos, mas são anunciados agora, quando ocorre uma crise no mercado de crédito dos Estados Unidos. "O crédito não será o foco do negócio", explica o vice-presidente de negócios internacionais do BB, José Maria Rabelo. As prioridades serão a abertura de contas correntes, cartões de crédito, poupança e transferência internacional de dinheiro. (págs. 1 e C1)

- O Brasil tornou-se credor externo líquido pela primeira vez na história do país. Segundo o Banco Central, em janeiro os ativos brasileiros aplicados no exterior, como as reservas internacionais e os haveres de bancos brasileiros, superam em US$ 4,3 bilhões a dívida externa pública e privada. Em cinco anos, a divida externa líquida do país foi reduzida em US$ 165,2 bilhões. O fato de o país ter se tornado credor não significa, porém, a completa eliminação da vulnerabilidade externa. Enquanto que a dívida externa líquida foi reduzida, aumentou o passivo externo líquido - de US$ 297 bilhões para US$ 472 bilhões entre 2004 e junho de 2007, um indicador mais amplo que inclui também os investimentos estrangeiros. (págs. 1 e C2)

- Há mais de uma década na agenda do governo, a reforma tributária pode, finalmente, vingar. O que distingue a proposta de reforma apresentada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, das fracassadas tentativas anteriores é o ambiente macroeconômico do país, o crescimento e suas conseqüências sobre as receitas fiscais, que se apresentam exuberantes desde meados de 2007. Não é recomendável tentar-se uma reforma tributária em meio a pesadas políticas de ajustes fiscais nem em momentos de estagnação ou baixo nível de atividade, quando a discussão se transforma em uma disputa entre os necessitados. Somam-se às condições macroeconômicas favoráveis a percepção política de que a guerra fiscal, de tão disseminada, já não vem servindo a mais ninguém e a recente sensibilização do Congresso Nacional pela redução da carga tributária no país. (págs. 1 e A2)

- A reunião dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Cristina Kirchner e Evo Morales, no sábado, para discutir a transferência à Argentina de parte do gás boliviano consumido pelo Brasil é um retrato das dificuldades das economias emergentes no plano energético. Devido a políticas desencorajadoras de investimentos, secas rigorosas e aumento explosivo da demanda, crises no abastecimento de energia elétrica tornaram-se um fantasma para vários países em desenvolvimento - da Índia à África do Sul, do Chile à Argentina. Um dos casos mais graves é o do Chile e deve ter repercussões diretas sobre a produção de cobre, seu principal item de exportação. O abastecimento sofreu o golpe conjugado da pior seca dos últimos 50 anos e da redução drástica de gás por sua maior fornecedora, a Argentina - ela própria envolta em uma grave escassez do combustível. Na América do Sul, dizem os especialistas, a praxe tem sido cortar totalmente a exportação de energia assim que se instala uma situação de escassez doméstica. Políticas erráticas acentuaram a crise na África do Sul, da qual dependem Namíbia e Botswana. (págs. 1 e A24)

- A Voith Siemens Hydro planeja erguer uma fábrica na Região Norte do Brasil para atender a construção da primeira hidrelétrica do rio Madeira, Santo Antônio. A operação funcionaria como um posto avançado da unidade instalada em São Paulo e serviria para fazer a montagem do maquinário, gerando economia no frete, por exemplo.

De acordo com os estudos iniciais, que deverão se prolongar por 2008, a Voith precisará investir entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões para tirar o projeto do papel. A decisão será conhecida ainda neste ano. (págs. 1 e B9)

- Favorecido por decisão do Cade, que em setembro proibiu cláusula de exclusividade de área nos contratos do Iguatemi, o Shopping Eldorado mantêm conversações para atrair novas lojas, principalmente grifes voltadas para a classe A. (págs. 1 e B4)

- A invasão dos produtos chineses chegou ao setor de pescados. A importação brasileira em janeiro foi equivalente a um terço do total embarcado durante todo o ano passado. (págs. 1 e B16)

- Maria C. Fernandes: Lula parece crer que, garantidas as bases católicas, urge assegurar a maré pentecostal. (págs. 1 e A10)

- Naércio Menezes Filho: investimentos em educação têm mais chance de sucesso quanto mais cedo forem feitos. (págs. 1 e A23)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO

- Dengue em queda

- Em relação ao mesmo período de 2007, Pernambuco abriu 2008 com uma redução de 25% nos registros de casos suspeitos da doença. No Brasil, as notificações caíram 39,63%. Na contramão está o Rio de Janeiro, com aumento de 117,42%. (Página 1)

- Mapa estratégico do governo para 2008 dá prioridade ao social.

- Jarbas recebe convite para presidir a CPI dos Cartões. (Página 1

- Preço dos produtos fica inalterado em relação à CPMF. (Página 1) (Página 1))

- Lei de imprensa. (Página 1)

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