- O povo desafia o tráfico
- Quase dois mil trabalhadores enfrentaram o calor e horas de filas no primeiro dia de cadastramento para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Complexo do Alemão e na Rocinha. Enfrentaram também informações de que a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil investiga denúncias de que os moradores vinham sofrendo ameaças de expulsão de suas comunidades caso aceitassem trabalhar na construção de redes coletoras de esgoto, abertura de ruas e desobstrução de vielas. "Aqui há muitos desempregados. O PAC vai ajudar a aquecer a economia e contribuir para a sensação de bem-estar", afirmou o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Luiz Cláudio de Oliveira. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, nega as pressões do tráfico e aposta no início das obras para o dia 27. (pág. 1 e Cidade, pág. A10)
- Computadores portáteis e disco rígido com informações secretas da Petrobras sobre campos de petróleo da Bacia de Santos foram furtados enquanto estavam sendo transportados para Macaé, no Rio. O destino dos equipamentos era o pátio da gigante Halliburton, prestadora de serviços da empresa, que já foi presidida pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney. A Polícia Federal suspeita de espionagem. (pág. 1 e Economia, pág. A17)
- O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, rejeitou o requerimento que criava a CPI dos Cartões, alegando erro no cabeçalho da lista com 34 assinaturas de senadores, que tinha a palavra "apoiamento" em vez de "requerimento". A decisão irritou a oposição, que saiu a campo para refazer o documento. O PMDB apontou o senador Neuto de Conto (SC) como presidente da CPI, e o PT indicou o deputado Luiz Sérgio (RJ), ligado ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e tido como sensível aos interesses do Planalto. (pág. 1 e País, pág. A2)
- Terminou em discussão a sessão no Senado sobre a transposição do Rio São Francisco. O deputado e ex-ministro Ciro Gomes, defensor do projeto, bateu boca com a atriz Letícia Sabatella, que lidera um movimento contra a obra. O atual ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, trocou insultos com o senador Cesar Borges. (pág. 1 e País, pág. A4)
- Os investidores do exterior estão de volta aos pregões da Bovespa. Nos primeiros 10 dias deste mês, alcançaram um resultado positivo de R$ 299 milhões em ações, as chamadas "pechinchas". Os EUA sinalizam novo corte na taxa de juros, provocando queda nas bolsas. (pág. 1 e Economia, pág. A18)
- PF investiga furto de dados estratégicos da Petrobras
- Dois laptops (computadores portáteis) e um disco rígido com informações sigilosas e estratégicas da Petrobras foram furtados de um contêiner que estava sob a guarda da Halliburton, empresa americana prestadora de serviços à estatal, em Macaé (a 188 km do Rio). A PF (Polícia Federal) suspeita que o crime seja parte de esquema de espionagem industrial. Os dados desaparecidos são referentes às recentes descobertas de reservas de óleo e gás da estatal. Estavam armazenados nos equipamentos da Halliburton, que os transportaram do porto de Santos para a base da Petrobras na bacia petrolífera de Campos, em Macaé. (Página 1)
- Quatorze dias depois da queda de Matilde Ribeiro por uso irregular do cartão corporativo do governo, o deputado Edson Santos (PT-RJ) foi anunciado ontem o novo ministro da Secretaria de Igualdade Racial. Em sua apresentação à imprensa, feita pelo secretário-adjunto Martvs das Chagas, que comanda interinamente a pasta, Santos disse que vai esperar definição do governo sobre cartão para decidir se terá um em seu nome ou se será usado por um assessor, mas destacou sua importância para pagar gastos "emergenciais". Pela manhã, no Planalto, o deputado disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aceitava o cargo. Santos foi cotado para o cargo quando Matilde deixou o posto e sua indicação foi chancelada pelo PT. Edson Santos foi criado no Horto (zona sul do Rio). Sua família está ali desde o século 19. O futuro ministro descende de escravos radicados na região durante o segundo Império, presumem historiadores. (Página 1)
- Após a presidência do Congresso rejeitar seu primeiro pedido de criação da CPI dos Cartões, a oposição reuniu ontem, em menos de quatro horas, 28 assinaturas de senadores e protocolou novo requerimento. O primeiro havia sido apresentado no início da tarde. Horas depois, o presidente do Congresso Nacional, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), apontou um erro nas folhas com as assinaturas dos senadores e determinou que elas fossem coletadas novamente. Nas assinaturas de deputados, não houve problemas. Segundo Garibaldi, foi utilizada a palavra "apoiamento" em vez de "requerimento" em todas as páginas em que constam as assinaturas dos senadores, o que não é permitido pelo regimento do Senado. (Página 1)
- Com novo nome e design, a "velha Varig" começa a voar em março na tentativa de ocupar o espaço deixado com a saída da BRA do mercado. A empresa vai operar com o nome Flex e na primeira etapa concentrará as operações em vôos fretados. A Flex tem mantido conversas com a nova Varig, a Webjet, operadores de turismo e agentes de viagens para definir os primeiros vôos. Na segunda etapa, pretende fazer vôos regulares. A primeira rota regular será Rio-Salvador, que depois poderá ser estendida até Recife. O vôo inaugural está marcado para 1º de março. (Página 1)
- O procurador-geral de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, disse, em discurso, que a seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) atua de "forma fascista" ao organizar e divulgar uma lista de "inimigos dos advogados". As críticas, as mais duras feitas por Pinho desde que a entidade começou a publicar a relação, em 2006, foram feitas anteontem em ato público na sede do Ministério Público Estadual em desagravo a três promotores lançados no ano passado ao rol dos desafetos. Segundo o procurador-geral, o objetivo da entidade é tentar "intimidar" a atuação de promotores. (Página 1)
- PF investiga roubo de segredos da Petrobras
- A Polícia Federal investiga o furto de quatro laptops e dois discos rígidos de computador que continham informações sigilosas da Petrobras. Os equipamentos pertenciam à empresa americana Halliburton, que presta serviços à Petrobras na avaliação de reservas de óleo e gás do subsolo. Estavam guardados num contêiner que foi violado ao ser transportado, em janeiro, de Santos para Macaé. O furto só foi percebido ao final da viagem, que durou 12 dias. No momento de descarregar o contêiner, funcionários da Halliburton constataram que o cadeado tinha sido trocado. A Petrobras informou apenas que os dados furtados são de interesse estratégico para o País e assegurou ter cópia de todas as informações. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi escalada pelo Planalto para acompanhar as investigações. (págs. 1 e B1)
- A União Européia rejeitou ontem lista apresentada pelo governo brasileiro com 523 fazendas autorizadas a exportar carne bovina. Foi a segunda vez que uma relação de propriedades elaborada pelo Brasil foi vetada pelos europeus, que pretendem certificar só 300 fazendas. Na primeira tentativa, a lista feita pelos brasileiros tinha 2.681 propriedades, o que levou a União Européia a suspender a importação de carne procedente do País. Os europeus pediram aos brasileiros que voltem hoje com uma relação de 300 propriedades. (págs. 1 e B6)
- Excluída do comando da CPI que vai investigar gastos com cartões corporativos, a oposição não vai indicar representantes para a comissão - que será formada por deputados e senador es e é classificada de chapa-branca por membros do PSDB e do DEM. A estratégia da oposição agora é lutar por uma CPI só do Senado, onde o governo é mais fraco. (págs. 1 e A4)
- O novo ministro da Igualdade Racial, deputado Edson Santos (PT-RJ), defendeu a antecessora, Matilde Ribeiro, derrubada pelo escândalo dos cartões. "Ponho a mão no fogo", disse ele. (págs. 1 e A8)
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou em Belém que sua pasta já trabalha para implementar o Decreto 6.321, de dezembro de 2007, que aperta o cerco à atividade de extração ilegal de madeira na Amazônia, e voltou a negar possível perdão a quem já desmatou. Seu colega da Agricultura tem dito que vai propor discussão sobre as regras do decreto. "Aqui não é terra sem lei", disse Marina. (pág. 1 e A20)
- O deputado Ciro Gomes e d. Luiz Cappio discutiram durante debate sobre a transposição do Rio São Francisco. O bispo chamou o projeto de "propaganda enganosa". Ciro o acusou de "falsa denunciação". (pág. 1 e A12)
- Relatório enviado pelo Brasil à Assembléia-Geral das Nações Unidas em HIV/Aids mostra que 43,7% dos pacientes infectados no País descobrem a doença e iniciam o tratamento quando a saúde já está debilitada e 28,7% morrem no primeiro ano após a confirmação da infecção. O início tardio de tratamento aumenta em 22 vezes o risco de morte em relação aos que começam a terapia no tempo certo. (pág. 1 e A17)
Apesar da Lei Cidade Limpa, material de propaganda política voltará às ruas de São Paulo entre julho e outubro, por força da lei federal. Gráficas esperam faturar 40% mais no período. (págs. 1, C1 e C3)
- Notas e Informações - A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança endossou a liberação do comércio de duas variedades de milho transgênico. A CTNBio venceu uma batalha, mas a luta continua. (págs. 1 e A3)
- Washington Novaes: Limites se esboçam para a fabricação e o uso de computadores. (págs. 1 e A2)
- Informações sigilosas da Petrobras são roubadas
- Dados sigilosos da Petrobras sobre os megacampos de petróleo e gás na Bacia de Santos foram roubados há cerca de 15 dias numa ação cercada de mistério. Dois notebooks e um disco rígido com informações estratégicas, que estavam num contêiner sob a responsabilidade da multinacional Halliburton, desapareceram no trajeto entre Santos e Macaé. O contêiner saiu de navio de uma plataforma na Bacia de Santos em 18 de janeiro e chegou ao Rio no dia 2 5. Depois, foi levado à Petrobras em Macaé por carreta, pela transportadora Transmagno. O roubo está sendo investigado pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A delegada responsável pelo caso em Macaé, Carla Dolinski, trabalha tanto com as hipóteses de furto como de espionagem industrial. (págs. 1, 25 e 26)
- A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) disse que o governo divulgará lista com os 150 maiores desmatadores do país. Em operação no Pará foi apreendido o equivalente a 500 carretas de toras de madeira derrubadas ilegalmente. (págs. 1 e 9)
- O país registrou no ano passado o maior aumento absoluto do mundo da área cultivada com plantas transgênicas: 3,5 milhões de hectares. O Brasil, segundo uma organização da indústria, já é o terceiro produtor de alimentos geneticamente modificados. (págs. 1 e 34)
- A apreensão de um fuzil 30, após intenso tiroteio, e a descoberta de vestígios de um acampamento usado por traficantes na mata do Morro Dona Marta revelaram que o cerco da polícia no Complexo do Alemão, em Ramos, provocou a migração de bandidos da região para favelas da Zona Sul do Rio. Dados da Subsecretaria de Inteligência mostram que integrantes do bando teriam se refugiado no Dona Marta, na Ladeira dos Tabajaras e no Pavão-Pavãozinho (em Copacabana). As migrações, segundo as investigações, devem se intensificar com a retomada do cerco policial ao Complexo do Alemão, para garantir o início das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Houve filas ontem no cadastramento de moradores para as obras, no Alemão e na Rocinha. (págs. 1, 14 e 15)
- O governador Sérgio Cabral disse ontem que vai pagar com precatórios aos marajás da Alerj que ganharam na Justiça o direito de receber atrasados, calculados em pelo menos R$ 300 milhões. "Imagina se vamos pagar isso de uma vez. Vai entrar na fila dos precatórios. Eles vão levar anos para receber", afirmou Cabral, que em 1995 adotou o teto salarial quando era presidente da Alerj. (págs. 1 e 22)
- Reajuste de 5.000% em Cumbica preocupa aéreas
- Uma proposta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de reajustar em 5.000% a taxa de estacionamento de aviões no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica) assusta as companhias internacionais que operam no Brasil. O presidente mundial da Deutsche Lufthansa, Stefan Lauer, em visita ao País, disse que o reajuste, se efetivado, elevará de US$ 1,5 mil para US$ 78 mil a taxa diária paga pela companhia. O aumento integra um pacote de medidas da Anac para desafogar o tráfego nos aeroportos de São Paulo. A agência informou que o reajuste terá de passar por audiência pública, marcada para o final de março em Brasília. "Ficará inviável manter operação lucrativa em São Paulo," disse Lauer. E enfatiza: "É preciso que o País tome soluções apropriadas (para os problemas nos aeroportos), sem penalizar as companhias e os passageiros. A Lufthansa mantém três freqüências diárias na rota entre o País e a Europa. Mário Carvalho, diretor-geral da TAP Linhas Aéreas para o Brasil, disse que o impacto financeiro será imediato. A TAP é a empresa estrangeira que mais opera rotas para o Brasil. A Iata, organização internacional que congrega as companhias aéreas, informa que está negociando com as autoridades brasileiras uma revisão no reajuste proposto pela Anac. A entidade está elaborando um estudo com sugestões para melhorar a gestão aeroportuária para amenizar o impacto que o reajuste traria às companhias aéreas. (págs. 1 e C3)
- Os irlandeses, que fizeram um lobby que ajudou a barrar a carne bovina brasileira na Europa, não só produzem muito menos que o Brasil (equivalente a 5,5%), como gastam muito mais para produzi-la. O gasto para 100 quilos é de US$ 620, cinco vezes mais que os US$ 160 do Brasil, diz o Cepea/USP. Ontem, em Bruxelas, o governo reduziu a lista de fazendas aptas a exportar à UE, que foi rejeitada. As negociações prosseguem hoje. Com o imbróglio, os congressistas resolveram pleitear a aprovação de decretos para a tomada de providências no Brasil e pedem a saída do ministro Reinhold Stephanes. (págs. 1 e C6)
- A Construtora Cowan, uma das maiores empreiteiras com sede na capital mineira, aguarda apenas a liberação de estudo sobre o teor e a dimensão das reservas - que deve ser concluído este ano -, para decidir se irá vender, arrendar ou explorar a jazida de minério de ferro recém-descoberta em sua fazenda, localizada em Nova Lima, a cerca de 30 quilômetros de Belo Horizonte. A empresa é proprietária do local há mais de 30 anos, área vizinha da extinta mina de Águas Claras, de propriedade das Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), posteriormente adquirida pela Companhia Vale do Rio Doce (Vale). Apesar de riqueza tão próxima, a construtora nunca demonstrara curiosidade pela atividade, devido aos baixos preços do minério, segundo o diretor comercial José Paulo Toller Motta. Essa posição mudou em decorrência da valorização do insumo. A empresa contratou a vizinha Vale para estudar as jazidas. Como a área é enorme, com perímetro superior a 20 quilômetros, caso as pesquisas revelem bom teor de ferro, a provável venda das jazidas pode resultar num negócio maior que a aquisição da mineradora J. Mendes pela Usiminas, que pode chegar a US$ 1,9 bilhão. (págs. 1 e C1)
- Espionagem ou furto comum? A Polícia Federal investiga roubo de informações secretas da Petrobras sobre a Bacia de Santos. Computadores com dados geológicos estavam sob a guarda da Halliburton. (págs. 1 e A4)
- A incorporadora Patrimônio, especializada em imóveis residenciais econômicos, quer aproveitar o aquecimento dos negócios de condomínios logísticos e lança dois loteamentos com o novo foco. (págs. 1 e C8)
- O Iraque quer recuperar a parceria comercial com o Brasil. Em março, o ministro do comércio iraquiano vem ao País trazendo na bagagem várias oportunidades aos exportadores nacionais. (págs. 1 e A10)
- O braço de equipamentos para construção do grupo sueco Volvo teve vendas históricas no Brasil e na América Latina em 2007. Foram US$ 388,5 milhões faturados na região e a expectativa é de alta de 17% este ano, para mais de US$ 450 milhões, diz o presidente da Volvo Construction Equipment Latin America, Yoshio Kawakami. (págs. 1 e C1)
- Novo laboratório em Ilha Comprida (SP) dá a partida à criação confinada do bijupirá, peixe nativo três vezes mais valorizado que o salmão no mercado mundial. A variedade deve revolucionar a aqüicultura nacional. (págs. 1 e C6)
- A banda larga no telefone celular (3G) vai representar um grande estímulo à geração de negócios, da indústria do software ao aparecimento de mais fabricantes de aparelhos celulares. (págs. 1 e C2)
- Fala de Bernanke, do Fed, derruba bolsas. (págs. 1 e B2)
- Roberto Rodrigues - A agroenergia sofisticou o agronegócio e obrigará as empresas a aumentar a eficiência na administração do fluxo de caixa. (págs. 1 e A3)
- Ana Luci Esteves Grizzi - As normas ambientais devem ser aplicadas em harmonia com as demais normas do ordenamento jurídico, considerando o impacto socioeconômico desta aplicação. (págs. 1 e A8)
- Concursos ameaçados
- Depois da perda dos 40 milhões da CPMF, do escândalo dos cartões e do risco de enfrentar greve geral dos servidores em março, o governo decidiu agir para minimizar os desgastes políticos em um ano de eleições. Sobrou para quem faz planos de se tornar servidor público: o Planalto planeja adiar ao máximo a realização de concursos para poder pagar os aumentos prometidos ao funcionalismo. (págs. 1 e 7)
- A Polícia Federal e a Abin investigam o sumiço de computadores com informações sigilosas sobre reservas descobertas pela estatal. Agentes apuram se é furto comum ou espionagem industrial. (págs. 1 e 13)
- Ministério Público exige a devolução aos cofres públicos de R$ 24 milhões referentes a contrato de prestação de serviço para o Ministério da Previdência Social. Além de omitir o registro contábil do pagamento, fundação é acusada de cometer desvio de finalidade por desenvolver atividade que não estimula a pesquisa científica. (págs. 1 e 21)
- Novo erro regimental quase impede a instalação da comissão quie deve investigar os gastos do governo com cartões corporativos. Em vês de dizer que subscrevia o pedido, o PSDB pôs que apoiava. (págs. 1, Tema do Dia, páginas 2 a 5)
- Ganho com CSLL de bancos será menor que o previsto
- O ganho de arrecadação do governo federal com o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras de 9% para 15% deve ser inferior aos R$ 2 bilhões anuais previstos pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda para ajudar a compensar o fim da CPMF. Um benefício concedido especialmente às instituições financeiras há quase dez anos deu origem a créditos que agora podem ser utilizados para abater até 30% do valor devido pelos bancos. O volume de créditos mantidos por alguns bancos é representativo. Somente os cinco maiores de capital aberto - Itaú, Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Unibanco - possuem R$ 3,4 bilhões em créditos. Esse crédito de CSLL originou-se em 1999. Na época, a alíquota para as instituições financeiras caiu de 18% para 8% (somente mais tarde foi elevada para os atuais 9%). Os bancos mantinham então créditos tributários temporários que levavam em conta uma alíquota de 18%. O caminho natural seria um recálculo dos créditos pela nova alíquota de 8%, mas uma medida provisória (MP 2.158) permitiu sua manutenção pela alíquota de 18%, gerando o crédito acumulado hoje pelas instituições financeiras. O uso desses créditos tem algumas restrições. Só podem ser utilizados para compensar a própria CSLL (em até 30% do valor devido) e não são atualizados monetariamente. Mesmo depois de quase dez anos da constituição desses créditos, algumas instituições financeiras mantêm um volume significativo a compensar. Muitos bancos tiveram, ao longo desse período, outras alternativas para reduzir a tributação, como os ágios das aquisições e incorporações, por exemplo. O volume do crédito da CSLL é ainda tão grande que a expectativa de realização por alguns bancos era de aproveitamento total dos valores somente em torno de 2015. Entre os tributaristas consultados pelo Valor, é consenso que com a elevação da alíquota haverá maior oportunidade de utilização desses créditos. Mas advogados consideram difícil saber se, mesmo com isso, as instituições financeiras irão desistir de questionar na Justiça o aumento da alíquota para 15% a partir de maio. (págs. 1 e A3)
- O Palácio do Planalto fez uma correção de curso na articulação política: em vez de se deixar acuar, como ocorreu em boa parte do ano passado, procura manter a ofensiva. Nos próximos dias, envia ao Congresso o projeto de reforma tributária. Avalia que agora há ambiente para a votação de uma reforma para implantação gradual. No caso dos cartões corporativos, antecipou-se à oposição e criou uma CPI com sua própria grife. Em outra frente, a ministra Dilma Rousseff assegura que não haverá apagão nem racionamento. É o que leva também o Planalto a tentar controlar as indicações do PMDB para o setor elétrico e evitar danos à credibilidade de Dilma, uma das cartas com as quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga para a sua sucessão. (págs. 1 e A8)
- O processo de privatização da Cia. Energética de São Paulo (Cesp) enfrenta um grande obstáculo regulatório, que traz riscos aos potenciais compradores. Suas duas maiores hidrelétricas - Ilha Solteira e Jupiá -, que detêm 67% da capacidade de geração da companhia, não poderão ter suas concessões renovadas em 2015, quando vencem, segundo as atuais regras do setor. A rigor, teriam de ir a leilão novamente. O edital de venda é esperado para a próxima semana. Segundo especialistas ouvidos pelo Valor, a Cesp só conseguirá manter as duas hidrelétricas a partir de 2015 se houver mudança da lei ou nova interpretação, algo que, hoje, não está no cenário. Não é só a Cesp que será atingida. Também em 2015, usinas federais de Chesf e Furnas, além da estadual Cemig, terão concessões encerradas. Como alternativas à mudança da lei, especialistas apontam outras duas possibilidades. Uma, transformar as usinas em produtores independentes, caso em que o novo controlador poderia contar com a energia por um prazo de 30 anos. Outra, mais problemática, seria a renovação da concessão com o pagamento de ônus ao governo. (págs. 1 e B1)
- A pouca disponibilidade de materiais recicláveis no mercado nacional inflacionou os preços da sucata e desafia as empresas que já incorporaram o uso de dessa matéria-prima à produção. Dos quatro produtos recicláveis mais usados pela indústria - papel, alumínio, vidro e plástico -, o primeiro é o único que ainda é mais barato do que a matéria-prima original. Mesmo assim, em março e abril do ano passado, a Klabin reduziu a participação das aparas de papel em seus produtos devido à alta de 70% no preço. Para a indústria, a economia de energia justifica o preço mais caro da sucata. Em conseqüência, a importação está crescendo. (págs. 1 e A14)
- Retrógrada e avançada, o paradoxo da Constituição de 88 perdura há 20 anos. (pág. 1, EU&Fim de Semana)
- Insatisfeitos com a decisão do governo de cortar cerca de R$ 5 bilhões previstos para aumentos de salários neste ano, em razão da perda da CPMF, servidores públicos ameaçam com greve geral em março. (págs. 1 e A2)
- A rede de materiais para construção Dicico acelera os planos de expansão de olho na abertura de capital em 2010. A meta é chegar a 110 lojas em dois anos - hoje são 31 - e alcançar um faturamento de R$ 1,5 bilhão. (págs. 1 e B5)
- Em parceria com a GP Investimentos, os empresários Ernesto Gutiérrez e Eduardo Eurnekian negociam a compra da rede de postos da Esso no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. A oferta seria de US$ 2 bilhões. (págs. 1 e B7)
- Retomada do setor de infra-estrutura alavanca as vendas da divisão de equipamentos para construção da Volvo, que cresceram57%em 2007. A fábrica, em Pederneiras (SP), opera em três turnos, diz Yoshio Kawakami, presidente da América Latina. (págs. 1 e B9)
- A Cosan, maior companhia sucroalcooleira do país, confirmou ontem a compra da usina Benálcool, que pertencia ao grupo J. Pessoa. O negócio, antecipado pelo Valor, foi fechado por R$ 106 ,9 milhões, mais dívidas. (págs. 1 eB13)
- Novamente o ouro mostrou-se uma aplicação defensiva eficiente em tempos de crise internacional. Desde o início de 2007, a cotação do metal subiu 42,59% em dólares no exterior. No Brasil, com a valorização do real, a alta é menor, mas chega a 14,94%. (págs. 1 eD1)
- Claudia Safatle: IPCA de janeiro pode sinalizar a reversão das crescentes expectativas inflacionárias. (págs. 1 e A2)
- Maria C. Fernandes: um país de desconfiados tende a se despolitizar. (págs. 1 e A8)
- Márcio Garcia: Brasil só pode fazer política fiscal anticíclica se conseguir que gasto público cresça menos que o PIB. (págs. 1 e A13)
- Espionagem na Petrobras
- Informações sigilosas da Petrobras sobre exploração de campos de petróleo e gás foram roubadas, segundo informou a própria estatal, ontem. O roubo havia sido descoberto em 31 de janeiro. Especialistas do setor acreditam tratarse de crime de espionagem industrial, hipótese também levantada pela Polícia Federal, que investiga o caso. Os dados fazem parte de arquivos armazenados em quatro computadores portáteis e dois discos rígidos, que estavam sob guarda de uma empresa terceirizada, cujo nome não foi revelado. O material era transportado de Santos (SP) para Macaé (RJ) dentro de um contêiner, pela companhia norte-americana Halliburton, uma das principais prestadoras de serviço do mundo na área petrolífera, que já foi dirigida pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney. A Halliburton informou ontem que não se pronunciaria sobre o caso. A Petrobras não deu detalhes sobre o conteúdo dos arquivos, nem se continham informações sobre o megacampo de Tupi, na Bacia de Santos, que tem reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo. (págs. 1 e 14)
- Lula apóia jornada de trabalho menor. (págs. 1 e 2)
- Crédito fica mais caro (págs. 1 e 13)
- Por causa de um erro no texto do documento, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), rejeitou o pedido de criação da CPI dos Cartões. Segundo ele, as assinaturas dos senadores são apenas de apoio à criação da CPI. Garibaldi deu prazo de cinco dias para que o requerimento seja reapresentado. (págs. 1 e 3 a 5)
- Audiência pública no Senado, para discutir o projeto de transposição do Rio São Francisco, foi marcada por bate-boca entre artistas, contrários à obra, e parlamentares que a defendiam. O primeiro a criticar o projeto foi o bispo de Barra, dom Luiz Flávio Cappio. As palavras do religioso, que teve o apoio das celebridades, irritaram o deputado federal Ciro Gomes (PPS-CE). Ele acabou discutindo com a atriz Letícia Sabatella e o ator Carlos Vereza (C), que manifestou sua falta de confiança no governo. (págs. 1 e 9)
- Técnicos do Ibama levaram três horas para capturar uma onça parda, que caiu num silo desativado, de oito metros de profundidade, em uma fazenda de Bom Sucesso, no Sul de Minas. O felino foi trazido para a
sede do órgão em BH, para se recuperar do estresse, e será solto em área de mata. (págs. 1 e 26)
- Emendas - Minas consegue mais R$ 45 mi do orçamento. (págs. 1 e 6)
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Leite sob suspeita
Exame reprova dez das 14 marcas de leite longa vida integral vendidas no Estado. Produtos estão com nível de alcalinidade aciman do permitido, o que é indício de adulteração. (Página 1)
Brasil e Espanha fazem parceria. (Página 1)
Cigarro - Começa a fiscalização nos bares e restaurantes, (página 1)
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