16 fevereiro 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

- Furto na Petrobras foi obra de espiões

- A Agência Brasileira de Informações suspeita de que o furto de computadores com dados sigilosos da Petrobras foi um ato de espionagem: empresa estrangeiras interessadas nos megacampos petrolíferos abaixo da camada pré-sal da Bacia de Santos, como o de Tupi. Setores nacionalistas da estatal já discutem a exclusão dessa área das futuras licitações. Fernando Siqueira, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras, revelou que ocorreram invasões de residências de funcionários para roubo de outros dados. (pág. 1 e Economia, pág. E17)

- A demanda por energia caiu no horário de verão, que acaba hoje. Entre 19h e 22h, o consumo baixou 4,2% (Sudeste e Centro-Oeste) e 4,7% (Sul), mas a economia, de R$ 10 milhões, ficou abaixo da média. O governo manterá as termelétricas ligadas, apesar de as chuvas terem enchido os reservatórios das hidrelétricas. (pág. 1 e Economia, pág. A20)

- O governador Sérgio Cabral fechou acordo político, ontem à noite, com o presidente da Alerj, Jorge Picciani, em torno da sucessão municipal. A Secretaria de Educação fica sob controle de Picciani, em troca do apoio deste a Eduardo Paes, candidato de Cabral. Com isso, Nelson Maculan deixa o governo. (pág. 1 e Informa JB, pág. A4)

- Raimundo Gomes da Silva, de 61 anos, é acusado de ter estuprado e mantido em cárcere privado uma jovem por nove anos em Brasília. A vítima, atacada desde os 9 anos de idade, também o acusa de ter matado um filho e sua mãe. (pág. 1 e País, pág. A7)

FOLHA DE SÃO PAULO

- Furto na Petrobras é questão de Estado, acredita Planalto

- Por considerar uma investigação de nível de Estado, envolvendo interesses do país, o governo Lula decidiu transferir para a cúpula da Polícia Federal o comando do inquérito que investiga o furto de computadores da Petrobras, contendo informações sigilosas e estratégicas da empresa. Segundo um assessor do presidente Lula, o governo classifica o caso de "grave" por ter a informação de que não se trata de um "roubo simples" e deve ser mais do que uma "simples espionagem industrial". Ou seja, o Palácio do Planalto e a PF trabalham com a linha de investigação de que o furto não foi apenas uma operação contratada por uma empresa para dispor de informações privilegiadas a serem usadas, por exemplo, numa licitação de reservas de petróleo. Uma das hipóteses aventadas dentro do governo é que o furto dos quatro computadores, de dois discos rígidos e dois pen drives da estatal pode ser obra de uma quadrilha internacional especializada em obter informações sigilosas para vendê-las a governos ou empresas. (Página 1)

- O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, disse ontem que o Brasil vai aceitar o limite imposto pela União Européia de 300 propriedades rurais habilitadas a vender carne bovina para o bloco. Stephanes defendeu a "reabertura do diálogo" e disse que o ideal era habilitar de 4.000 a 5.000 propriedades. A exportação de carne brasileira à UE está sob embargo desde o dia 1º. A suspensão das compras ocorreu logo após o Brasil encaminhar uma lista com 2.681 propriedades rurais habilitadas a vender bois rastreados do nascimento ao abate. A UE reagiu, exigindo uma lista de, no máximo, 300. Anteontem, em Bruxelas, em uma nova tentativa de negociação, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, entregou uma nova relação de fazendas, mas não houve acordo. Em visita a uma feira agrícola em Maracaju (MS), Stephanes admitiu que a proposta não havia sido aceita. "Nós vamos ter de aceitar as 300", disse, num recuo em relação ao que havia afirmado anteriormente. (Página 1)

- Além de ficar com os postos de comando na CPI mista dos cartões corporativos, a base aliada ao governo terá dois terços dos membros da comissão. Das 24 vagas, 16 caberão a deputados e senadores governistas. Os números são definidos segundo a proporção das bancadas na Câmara e no Senado A oposição acredita que, assim, será difícil investigar a fundo o uso irregular dos cartões. Por isso ainda trabalha para indicar o relator ou o presidente. Caso o governo não ceda um dos postos, DEM e PSDB prometem criar uma CPI só do Senado, onde a correlação de forças é mais parecida. Na Câmara, das 12 vagas, 9 ficarão com aliados, sendo duas para PMDB e PT cada um e uma para PP e PR, além de mais duas vagas para o chamado "bloquinho" (PSB/PDT/PC do B/PMN/PRB). A outra cabe ao PV, que apesar de ser originalmente da base, ameaça mudar de lado por questões relacionadas ao desmatamento. (Página 1)

- Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça Militar de São Paulo revelam o modo de atuação de policiais militares da zona norte de SP suspeitos de integrar um grupo de extermínio. As gravações mostram, segundo a investigação, como esses PMs obtêm informações sobre seus possíveis alvos de ataque. Com a ajuda da Polícia Federal, as escutas, pedidas pela Corregedoria da PM, mostram os policiais trocando informações sobre pessoas possivelmente envolvidas em crimes, como número de RG, ficha de antecedentes e placas de veículos. Com os dados, esses policiais, segundo a investigação da Corregedoria, iam atrás de fotos dos supostos criminosos para atacá-los nas ruas. A investigação começou em julho de 2007. Dos policiais investigados, um está preso e é suspeito de envolvimento na morte do coronel José Hermínio Rodrigues há um mês. Os demais continuam trabalhando normalmente. (Página 1)

- O presidente da OAB paulista, Luiz Flávio D'Urso, reagiu ontem às declarações do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, que disse na quarta-feira que a entidade dos advogados atua de "forma fascista". Durante cerimônia para a posse do novo presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, coronel Fernando Pereira, D'Urso afirmou que Pinho -que também estava no evento- "ofendeu a advocacia de São Paulo". "Aceito o debate, aceito o confronto de idéias, aceito até o debate das teses institucionais, que sempre tivemos com respeito e lealdade. Mas não posso aceitar, meu querido amigo, essa expressão que entendo ofensiva à advocacia de São Paulo." Pinho usou a expressão "fascista" durante ato de desagravo a três promotores, na quarta-feira, no qual criticou a entidade pela divulgação na internet do que chamou de "lista de inimigos". Trata-se de uma relação de pessoas que sofreram moções de repúdio da OAB por supostamente "atrapalhar os advogados no exercício de suas prerrogativas". Os três promotores são alvos de moções. (Página 1)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- CPI dos cartões terá controle do governo

- O governo terá ampla maioria na CPI, formada por deputados e senadores, que investigará os gastos feitos com cartões corporativos. Dos 24 integrantes, 14 serão da base de apoio ao Planalto. Além disso, os governistas operam para ocupar os dois principais cargos da CPI: o de presidente e o de relator. Se a manobra der certo, oposicionistas ameaçam pedir a abertura de outra CPI, só no Senado. Nesse caso, o governo teria situação menos confortável: controlaria 6 dos 12 titulares e a oposição ainda ficaria com a presidência ou a relatoria. "Não vamos nos submeter a uma farsa", disse o senador José Agripino Maia (DEM-RN). (págs. 1 e A4)

- São Paulo - Os gastos sigilosos do governo de São Paulo com cartões dobraram nos últimos cinco anos. Em 2002, foram de R$ 2,2 milhões. Em 2007, atingiram R$ 4,5 milhões. (págs. 1 e A6)

- A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, levantou a suspeita de espionagem no caso do roubo de dados secretos da Petrobras: "Todos os indícios parecem indicar que se trata de espionagem". As informações roubadas estavam armazenadas em computadores que sumiram de um contêiner transportado, em janeiro, de Santos para Macaé. (págs. 1 e B8)

- A União Européia sabia que importava do Brasil carne não controlada, disse o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Os europeus, afirmou Stephanes, mencionaram o fato em relatório enviado à Organização Mundial do Comércio. Delegação brasileira voltou de Bruxelas sem acordo sobre a lista de fazendas certificadas para vender carne. (págs. 1, B1 e B4)

- O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, sabia do caso envolvendo o sistema de rebatimento do banco traseiro do Fox, da Volkswagen, desde julho de 2006, mas somente na semana passada abriu investigação. Em 2006, o presidente Lula recebeu carta de consumidor que teve parte de dedo decepado ao manipular o banco e encaminhou o caso ao Ministério. (págs. 1 e B10)

- O governo do Paraguai decretou estado de emergência por 90 dias por causa da epidemia de febre amarela. A medida permitirá ao Ministério da Saúde fazer gastos de emergência para combater a doença, que já chegou a municípios próximos a Assunção. Os estoques de vacina estão no fim e as autoridades paraguaias querem que o Brasil remeta lotes disponíveis em alguns Estados. (págs. 1 e A26)

Beribéri - Fiscais e soldados vão recolher no Maranhão estoques de arroz sob suspeita de contaminação por fungos. O objetivo é controlar surto de beribéri, doença comum entre escravos no Brasil colonial. (págs. 1 e A30)

Notas e Informações - Até agora o governo não conseguiu convencer os europeus de que a carne que estão comprando obedece às regras de sanidade fixadas de comum acordo com as autoridades do País. (págs. 1 e A3)

Mauro Chaves: Saca-rolhas do reitor - Caso permanecerá como marco da falência moral da sociedade. (págs. 1 e A2)

O GLOBO

- Petrobras não avisou nem aos sócios do roubo de notebooks

- A Petrobras não informou a seus sócios no megacampo de Tupi - como a britânica BG - sobre o furto de equipamentos que continham dados estratégicos da companhia. O furto, descoberto no dia 1º de fevereiro, ocorreu no trajeto entre a Bacia de Santos e Macaé. Os equipamentos estavam dentro de um contêiner que funcionava como escritório flutuante. Pela primeira vez, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que tudo indica tratar-se de espionagem industrial. A Polícia Federal decidiu montar uma força-tarefa para acelerar as investigações, que estão concentradas na delegacia de Macaé. A multinacional americana Halliburton, responsável pelo transporte dos equipamentos, ainda não se pronunciou. (págs. 1 e 33 a 35)

- O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, contrariou parecer jurídico de seu ministério e assinou convênio de R$ 14,8 milhões com o Instituto de Educação e Pesquisa DataBrasil - ONG ligada ao PDT, partido presidido pelo ministro. A primeira parcela, de R$ 1 milhão, já foi liberada. (págs. 1 e 3)

- O horário de verão termina à meia-noite de hoje, e os relógios deverão ser atrasados em uma hora. A economia de energia foi de R$ 10 milhões - a esperada era de R$ 40 milhões. (págs. 1 e 9)

- O movimento de boicote ao pagamento do IPTU já diminuiu a arrecadação do imposto no Rio. O prefeito Cesar Maia diz que a redução foi de R$ 7 milhões, que chamou de "quase desprezível, mas o Fórum Popular do Orçamento e especialistas estimam que a queda tenha sido entre R$ 28,9 milhões e R$ 33 milhões. A diferença se deve ao fato de o prefeito não incluir no cálculo o aumento de 4,36% no imposto e o desconto menor para a cota única. "Nosso protesto nunca teve a intenção de provocar arraso financeiro. O objetivo era mostrar insatisfação", disse a presidente da Associação de Moradores de Botafogo, Regina Chearadia. (págs. 1 e 18)

- Loja de Ipanema usa a denúncia contra o reitor da UnB, Timothy Mulholland, como chamariz para vender uma lixeira sofisticada. A mesma fundação que mobiliou a casa de Mulholland pagou R$ 72 mil por um carro para o reitor. (págs. 1 e 4 a 9)

GAZETA MERCANTIL

- Reajuste de 5.000% em Cumbica preocupa aéreas

- Uma proposta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de reajustar em 5.000% a taxa de estacionamento de aviões no Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica) assusta as companhias internacionais que operam no Brasil. O presidente mundial da Deutsche Lufthansa, Stefan Lauer, em visita ao País, disse que o reajuste, se efetivado, elevará de US$ 1,5 mil para US$ 78 mil a taxa diária paga pela companhia. O aumento integra um pacote de medidas da Anac para desafogar o tráfego nos aeroportos de São Paulo. A agência informou que o reajuste terá de passar por audiência pública, marcada para o final de março em Brasília. "Ficará inviável manter operação lucrativa em São Paulo," disse Lauer. E enfatiza: "É preciso que o País tome soluções apropriadas (para os problemas nos aeroportos), sem penalizar as companhias e os passageiros. A Lufthansa mantém três freqüências diárias na rota entre o País e a Europa. Mário Carvalho, diretor-geral da TAP Linhas Aéreas para o Brasil, disse que o impacto financeiro será imediato. A TAP é a empresa estrangeira que mais opera rotas para o Brasil. A Iata, organização internacional que congrega as companhias aéreas, informa que está negociando com as autoridades brasileiras uma revisão no reajuste proposto pela Anac. A entidade está elaborando um estudo com sugestões para melhorar a gestão aeroportuária para amenizar o impacto que o reajuste traria às companhias aéreas. (págs. 1 e C3)

- Os irlandeses, que fizeram um lobby que ajudou a barrar a carne bovina brasileira na Europa, não só produzem muito menos que o Brasil (equivalente a 5,5%), como gastam muito mais para produzi-la. O gasto para 100 quilos é de US$ 620, cinco vezes mais que os US$ 160 do Brasil, diz o Cepea/USP. Ontem, em Bruxelas, o governo reduziu a lista de fazendas aptas a exportar à UE, que foi rejeitada. As negociações prosseguem hoje. Com o imbróglio, os congressistas resolveram pleitear a aprovação de decretos para a tomada de providências no Brasil e pedem a saída do ministro Reinhold Stephanes. (págs. 1 e C6)

- A Construtora Cowan, uma das maiores empreiteiras com sede na capital mineira, aguarda apenas a liberação de estudo sobre o teor e a dimensão das reservas - que deve ser concluído este ano -, para decidir se irá vender, arrendar ou explorar a jazida de minério de ferro recém-descoberta em sua fazenda, localizada em Nova Lima, a cerca de 30 quilômetros de Belo Horizonte. A empresa é proprietária do local há mais de 30 anos, área vizinha da extinta mina de Águas Claras, de propriedade das Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), posteriormente adquirida pela Companhia Vale do Rio Doce (Vale). Apesar de riqueza tão próxima, a construtora nunca demonstrara curiosidade pela atividade, devido aos baixos preços do minério, segundo o diretor comercial José Paulo Toller Motta. Essa posição mudou em decorrência da valorização do insumo. A empresa contratou a vizinha Vale para estudar as jazidas. Como a área é enorme, com perímetro superior a 20 quilômetros, caso as pesquisas revelem bom teor de ferro, a provável venda das jazidas pode resultar num negócio maior que a aquisição da mineradora J. Mendes pela Usiminas, que pode chegar a US$ 1,9 bilhão. (págs. 1 e C1)

- Espionagem ou furto comum? A Polícia Federal investiga roubo de informações secretas da Petrobras sobre a Bacia de Santos. Computadores com dados geológicos estavam sob a guarda da Halliburton. (págs. 1 e A4)

- A incorporadora Patrimônio, especializada em imóveis residenciais econômicos, quer aproveitar o aquecimento dos negócios de condomínios logísticos e lança dois loteamentos com o novo foco. (págs. 1 e C8)

- O Iraque quer recuperar a parceria comercial com o Brasil. Em março, o ministro do comércio iraquiano vem ao País trazendo na bagagem várias oportunidades aos exportadores nacionais. (págs. 1 e A10)

- O braço de equipamentos para construção do grupo sueco Volvo teve vendas históricas no Brasil e na América Latina em 2007. Foram US$ 388,5 milhões faturados na região e a expectativa é de alta de 17% este ano, para mais de US$ 450 milhões, diz o presidente da Volvo Construction Equipment Latin America, Yoshio Kawakami. (págs. 1 e C1)

- Novo laboratório em Ilha Comprida (SP) dá a partida à criação confinada do bijupirá, peixe nativo três vezes mais valorizado que o salmão no mercado mundial. A variedade deve revolucionar a aqüicultura nacional. (págs. 1 e C6)

- A banda larga no telefone celular (3G) vai representar um grande estímulo à geração de negócios, da indústria do software ao aparecimento de mais fabricantes de aparelhos celulares. (págs. 1 e C2)

- Fala de Bernanke, do Fed, derruba bolsas. (págs. 1 e B2)

- Roberto Rodrigues - A agroenergia sofisticou o agronegócio e obrigará as empresas a aumentar a eficiência na administração do fluxo de caixa. (págs. 1 e A3)

- Ana Luci Esteves Grizzi - As normas ambientais devem ser aplicadas em harmonia com as demais normas do ordenamento jurídico, considerando o impacto socioeconômico desta aplicação. (págs. 1 e A8)

CORREIO BRAZILIENSE

- Intervenção na Finatec. Diretoria é afastada

- A pedido do Ministério Público, a desembargadora Nídia Côrrea Lima, do TJDF, decidiu afastar os cinco diretores da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). Um interventor assumirá o comando da instituição, acusada de aplicação irregular de recursos que deveriam ser destinados à pesquisa. Advogado da Finatec nega irregularidades. (Págs. 1, 29 e 30)

- A ministra Dilma Rousseff diz haver indícios de que furto de segredos da empresa é um caso de espionagem industrial. (Págs. 1 e 23)

- Conselho investigará cartões do Jusdiciário. (Págs. 1 e 4)

- Joel de Aguiar e a filha Lua se inscreveram no sistema de cotas da universidade, mas tiveram resultados diferentes. Ela foi considerada negra após entrevista com a banca examinadora. Ele, não. (págs. 1 e 36)

- Os jovens do Brasil, Chile, Bolívia Paraguai e Uruguai querem boa educação, oportunidade de emprego e respeito às diferenças. É o resultado de uma pesquisa com 960 entrevistados que será apresentada ao Planalto. (Págs. 1 e 12)

- A Ford anuncia recall inédito: em vez de trocar peças, vai destruir 77 Trollers Pantanal, modelos 2006 e 2007. (págs. 1 e 17)

- Raimundo Gomes da Silva, o homem acusado de estuprar e manter em cárcere privado uma garota por nove anos, entregou-se à polícia de Luziânia. Disse que tinha "um relacionamento legal" com a vítima e confirmou que tirava fotos da jovem nua. "O demônio entrava no meu corpo". (Págs. 1, 32 e 33)

VALOR ECONÔMICO

- Ganho com CSLL de bancos será menor que o previsto

- O ganho de arrecadação do governo federal com o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras de 9% para 15% deve ser inferior aos R$ 2 bilhões anuais previstos pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda para ajudar a compensar o fim da CPMF. Um benefício concedido especialmente às instituições financeiras há quase dez anos deu origem a créditos que agora podem ser utilizados para abater até 30% do valor devido pelos bancos. O volume de créditos mantidos por alguns bancos é representativo. Somente os cinco maiores de capital aberto - Itaú, Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Unibanco - possuem R$ 3,4 bilhões em créditos. Esse crédito de CSLL originou-se em 1999. Na época, a alíquota para as instituições financeiras caiu de 18% para 8% (somente mais tarde foi elevada para os atuais 9%). Os bancos mantinham então créditos tributários temporários que levavam em conta uma alíquota de 18%. O caminho natural seria um recálculo dos créditos pela nova alíquota de 8%, mas uma medida provisória (MP 2.158) permitiu sua manutenção pela alíquota de 18%, gerando o crédito acumulado hoje pelas instituições financeiras. O uso desses créditos tem algumas restrições. Só podem ser utilizados para compensar a própria CSLL (em até 30% do valor devido) e não são atualizados monetariamente. Mesmo depois de quase dez anos da constituição desses créditos, algumas instituições financeiras mantêm um volume significativo a compensar. Muitos bancos tiveram, ao longo desse período, outras alternativas para reduzir a tributação, como os ágios das aquisições e incorporações, por exemplo. O volume do crédito da CSLL é ainda tão grande que a expectativa de realização por alguns bancos era de aproveitamento total dos valores somente em torno de 2015. Entre os tributaristas consultados pelo Valor, é consenso que com a elevação da alíquota haverá maior oportunidade de utilização desses créditos. Mas advogados consideram difícil saber se, mesmo com isso, as instituições financeiras irão desistir de questionar na Justiça o aumento da alíquota para 15% a partir de maio. (págs. 1 e A3)

- O Palácio do Planalto fez uma correção de curso na articulação política: em vez de se deixar acuar, como ocorreu em boa parte do ano passado, procura manter a ofensiva. Nos próximos dias, envia ao Congresso o projeto de reforma tributária. Avalia que agora há ambiente para a votação de uma reforma para implantação gradual. No caso dos cartões corporativos, antecipou-se à oposição e criou uma CPI com sua própria grife. Em outra frente, a ministra Dilma Rousseff assegura que não haverá apagão nem racionamento. É o que leva também o Planalto a tentar controlar as indicações do PMDB para o setor elétrico e evitar danos à credibilidade de Dilma, uma das cartas com as quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga para a sua sucessão. (págs. 1 e A8)

- O processo de privatização da Cia. Energética de São Paulo (Cesp) enfrenta um grande obstáculo regulatório, que traz riscos aos potenciais compradores. Suas duas maiores hidrelétricas - Ilha Solteira e Jupiá -, que detêm 67% da capacidade de geração da companhia, não poderão ter suas concessões renovadas em 2015, quando vencem, segundo as atuais regras do setor. A rigor, teriam de ir a leilão novamente. O edital de venda é esperado para a próxima semana. Segundo especialistas ouvidos pelo Valor, a Cesp só conseguirá manter as duas hidrelétricas a partir de 2015 se houver mudança da lei ou nova interpretação, algo que, hoje, não está no cenário. Não é só a Cesp que será atingida. Também em 2015, usinas federais de Chesf e Furnas, além da estadual Cemig, terão concessões encerradas. Como alternativas à mudança da lei, especialistas apontam outras duas possibilidades. Uma, transformar as usinas em produtores independentes, caso em que o novo controlador poderia contar com a energia por um prazo de 30 anos. Outra, mais problemática, seria a renovação da concessão com o pagamento de ônus ao governo. (págs. 1 e B1)

- A pouca disponibilidade de materiais recicláveis no mercado nacional inflacionou os preços da sucata e desafia as empresas que já incorporaram o uso de dessa matéria-prima à produção. Dos quatro produtos recicláveis mais usados pela indústria - papel, alumínio, vidro e plástico -, o primeiro é o único que ainda é mais barato do que a matéria-prima original. Mesmo assim, em março e abril do ano passado, a Klabin reduziu a participação das aparas de papel em seus produtos devido à alta de 70% no preço. Para a indústria, a economia de energia justifica o preço mais caro da sucata. Em conseqüência, a importação está crescendo. (págs. 1 e A14)

- Retrógrada e avançada, o paradoxo da Constituição de 88 perdura há 20 anos. (pág. 1, EU&Fim de Semana)

- Insatisfeitos com a decisão do governo de cortar cerca de R$ 5 bilhões previstos para aumentos de salários neste ano, em razão da perda da CPMF, servidores públicos ameaçam com greve geral em março. (págs. 1 e A2)

- A rede de materiais para construção Dicico acelera os planos de expansão de olho na abertura de capital em 2010. A meta é chegar a 110 lojas em dois anos - hoje são 31 - e alcançar um faturamento de R$ 1,5 bilhão. (págs. 1 e B5)

- Em parceria com a GP Investimentos, os empresários Ernesto Gutiérrez e Eduardo Eurnekian negociam a compra da rede de postos da Esso no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. A oferta seria de US$ 2 bilhões. (págs. 1 e B7)

- Retomada do setor de infra-estrutura alavanca as vendas da divisão de equipamentos para construção da Volvo, que cresceram57%em 2007. A fábrica, em Pederneiras (SP), opera em três turnos, diz Yoshio Kawakami, presidente da América Latina. (págs. 1 e B9)

- A Cosan, maior companhia sucroalcooleira do país, confirmou ontem a compra da usina Benálcool, que pertencia ao grupo J. Pessoa. O negócio, antecipado pelo Valor, foi fechado por R$ 106 ,9 milhões, mais dívidas. (págs. 1 eB13)

- Novamente o ouro mostrou-se uma aplicação defensiva eficiente em tempos de crise internacional. Desde o início de 2007, a cotação do metal subiu 42,59% em dólares no exterior. No Brasil, com a valorização do real, a alta é menor, mas chega a 14,94%. (págs. 1 eD1)

- Claudia Safatle: IPCA de janeiro pode sinalizar a reversão das crescentes expectativas inflacionárias. (págs. 1 e A2)

- Maria C. Fernandes: um país de desconfiados tende a se despolitizar. (págs. 1 e A8)

- Márcio Garcia: Brasil só pode fazer política fiscal anticíclica se conseguir que gasto público cresça menos que o PIB. (págs. 1 e A13)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO (PE)

- Protesto do bicho paralisa o centro

- Centenas de pessoas, da capital e do interior, foram às ruas, ontem, contra o fim do jogo do bicho. Comissão entregou pauta de reivindicações ao governo. PF vai fiscalizar denúncias de que extrações estariam ocorrendo na clandestinidade. (Página 1)

- Leite não oferece risco ao consumidor. (Página 1)

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