08 fevereiro 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Fonte: Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

- Menos mortes, mais acidentes

- O levantamento da Polícia Rodoviária sobre mortes nas rodovias federais no carnaval mostrou diminuição de 11,7% este ano, embora os acidentes tenham crescido, em relação a 2007. Minas Gerais teve 453 ocorrências, seguido pelo Rio, com 255. Para o ministro Tarso Genro, a queda na mortalidade é reflexo da MP que proibiu a venda de bebidas às margens das estradas e da maior fiscalização. O número dá fôlego ao governo para brigar contra o comércio, na Justiça, pela manutenção do veto. A violência no Estado do Rio durante a folia teve crescimento nos homicídios. Foram 80 os mortos, 23 a mais que no ano passado, 30% deles no Rio. (pág. 1, País, pág. A7 e Cidade, pág. A15)

- A saída de dólares do país, em janeiro, somou US$ 2,35 bilhões, enquanto o resultado foi positivo no ano passado, com a entrada de US$ 3,77 bilhões, segundo o balanço das transações de câmbio apresentado ontem pelo Banco Central. O déficit reflete a crise econômica dos Estados Unidos. (pág. 1 e Economia, pág. A18)

- Estudo feito nos EUA e publicado na revista Science mostra que a produção de biocombustíveis feitos de milho, soja, palmeiras e cana-de-açúcar pode, em alguns casos, piorar as condições do aquecimento global. Os cientistas fazem referência ao plantio de soja na Amazônia. (pág. 1, Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)

FOLHA DE SÃO PAULO

- SP gasta R$ 108 milhões com cartões

- No ano passado, o governo de São Paulo destinou R$ 108.384.268,26 a gastos efetuados por uma espécie de cartão de débito: o cartão de pagamento de despesas. Esse sistema de adiantamento atende a 47 diferentes classificações de despesas, da diária de pessoal a gêneros alimentícios. Mas, diferentemente do governo federal -que lançou um portal para registro dos gastos - o Estado não oferece um sistema aberto com essa descrição. Os dados são lançados no Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária), a qual somente as bancadas de deputados na Assembléia Legislativa têm acesso. Ainda assim, o Sigeo não descreve, necessariamente, o objeto da compra realizada com o cartão de débito. No dia 28 de julho do ano passado, por exemplo, foram gastos R$ 597 na Spicy, uma loja de acessórios para casa. No sistema, o ramo de atividade está classificado com "a definir". O item: "despesas miúdas e de pronto pagamento". Os R$ 977 gastos no dia 4 de abril na Presentes Mickey também recebem a mesma qualificação. Ainda segundo o Sigeo, a Secretaria de Segurança gastou R$ 6.500,00 numa churrascaria no dia 11 de maio. Mas, segundo o levantamento feito pela liderança do PT a pedido da Folha, o Sigeo não esclarece o motivo do gasto. A exemplo do governo federal, o Sigeo também não apresenta descrição de grande volume dos gastos realizados através de saque. Segundo os dados do Sigeo, 44,58% dos gastos -R$ 48,3 milhões- foram realizados graças a saques. (Página 1)

- O Ministério Público do Distrito Federal abriu, há duas semanas, um inquérito para apurar suspeita de irregularidades no uso de cartões de crédito da secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência. Incluem as despesas de hospedagem de comitiva precursora de uma viagem de Lula. Deu-se em 2 de maio de 2003. Nesse dia, Lula visitou os municípios paulistas de Ribeirão Preto e Sertãozinho. Inaugurou uma termelétrica e compareceu a uma feira agrícola. Para organizar a viagem, o Planalto enviara um "escalão avançado" -agentes de segurança e equipe de apoio técnico. Hospedaram-se em dois hotéis. Descobriu-se que, com cartão de crédito do Planalto, um funcionário pagou R$ 3.030 por 22 diárias de pessoas que não constavam da lista de integrantes da comitiva oficial. Pagou também R$ 1.475 em diárias que excederam ao período de permanência de alguns dos membros da comitiva. Constatou-se um indício de superfaturamento. Em 2003, o cartão de crédito do Planalto deixou no hotel de Sertãozinho R$ 23.830. Checagem feita em 2006 constatou que o mesmo hotel cobrava preços bem menores: a mesma comitiva custaria R$ 10.208, uma diferença de R$ 13.622 em relação ao valor pago quatro anos antes. Somando-se a estadia de pessoas estranhas à comitiva, as diárias excedentes e o valor que extrapolou os preços de mercado, chega-se a um gasto supostamente irregular de R$ 18.127. (página 1)

- O Ibama (instituto ambiental federal) constatou que 101 animais da fauna silvestre nativa, parte dos quais ameaçada de extinção, desapareceram de um centro de tratamento sob a guarda do governo de São Paulo -e que é gerenciado pela Fundação Zoológico desde 2005. Além disso, outros 72 foram mantidos no local sem registros. A suspeita de alguns fiscais é que a falta de controle de entrada e saída dos bichos encubra um esquema de desvio e de comércio ilegal dos animais. As irregularidades foram comprovadas após a análise de documentos nos últimos três anos pelo Ibama. (Página 1)

- FERNANDO DE BARROS E SILVA - Divulgação de gastos ameaçaria apenas o mandato de Lula. (Página 1)

- A produção de petróleo do megacampo de Tupi, na bacia de Santos, pode ser muito maior do que a anunciada. Sócia da Petrobras no projeto, a britânica BG informou ontem, em nota, que as reservas de petróleo e gás do campo, localizado na bacia de Santos, têm potencial para atingir de 12 bilhões a 30 bilhões de barris. Antes, a BG estimava as reservas entre 1,7 bilhão e 10 bilhões. A nova estimativa da BG, que tem 25% do campo, supera as projeções iniciais da Petrobras, que apontavam para um reservatório de 5 bilhões a 8 bilhões de barris. As previsões da petroleira britânica foram confirmadas pela portuguesa Galp, também sócia do empreendimento, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários de Portugal. A Galp tem uma participação de 10% no projeto. (Página 1)

O ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu ontem mudanças na medida provisória que vetou a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais. A MP entrou em vigor na sexta-feira e ainda será submetida ao Congresso. Depois de dizer que não gostaria de adiantar quais seriam as alterações, Tarso sinalizou que os estabelecimentos nas margens das estradas federais poderiam vender bebidas que não sejam para consumo imediato. "Pode ocorrer algum tipo de flexão na regulamentação que mantenha a proibição de venda para o consumo. Mas nós não podemos impedir as pessoas de comprarem bebidas para levarem para a praia, para as montanhas, no seu carro", afirmou após a divulgação do balanço dos acidentes nas rodovias federais no Carnaval. (Página 1)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- Governo quer volta de diárias para ministros

- O governo avalia a possibilidade de trocar o cartão de crédito corporativo pelo pagamento de diárias, quando os ministros estiverem em viagem pelo País. Para cobrir os gastos dos ministros em Brasília, também planeja recriar a chamada verba de representação, extinta no governo Fernando Collor (1990-1992). "O ministro viaja, recebe uma diária e pronto", afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a Lu Aiko Otta e Vera Rosa. "Se faltar dinheiro ele põe". Para Bernardo, a cobrança sobre os gastos do governo é "legítima". O pagamento de diárias era adotado até 1993, quando foi extinto em viagens nacionais sob o argumento de que o dinheiro depositado era corroído pela inflação. Permanece o pagamento de diárias em visitas de ministros ao exterior e para funcionários públicos em qualquer tipo de viagem. Quem recebe a diária não precisa apresentar notas fiscais para justificar as despesas nem devolver dinheiro que tenha sobrado. (págs. 1 e A4)

- O governo de São Paulo gastou no ano passado R$ 108,4 milhões por meio de cartões de débito. Quase metade da cifra corresponde a saques em dinheiro: R$ 48,3 milhões. No item registrado como "despesas miúdas", os gastos com cartão somaram R$ 30,4 milhões. "São compras de material de limpeza, higiene, artigos de informática e material de escritório", explicou o secretário estadual de Fazenda, Mauro Ricardo Costa. A Ordem dos Advogados do Brasil pretende investigar o uso desse tipo cartão nos 27 governos estaduais. (págs. 1 e A6)

- A crise nos mercados internacionais está provocando fuga de dólares do Brasil. Em janeiro, saíram do País US$ 6,53 bilhões de capital aplicado em ações e operações financeiras. A balança comercial do mês foi insuficiente para compensar esse movimento: o valor total das exportações superou o das importações em US$ 4,17 bilhões. Com isso, o fluxo cambial registrou déficit de US$ 2,36 bilhões, no pior resultado desde dezembro de 2006. É significativa a inversão de tendência. Em janeiro de 2007, houve superávit de US$ 3,77 bilhões. (págs. 1 e B1)

- As universidades federais brasileiras devem ter em 2009 um sistema que permitirá ao estudante de uma delas cursar parte da graduação em outra. O programa é inspirado na Europa e futuramente poderá incluir universidades estaduais privadas. Atualmente, tentativas de integração são demoradas, exigem avaliação por comissões e nem sempre dão certo. (págs. 1 e A12)

- A promessa do prefeito Gilberto Kassab de começar o ano letivo de 2008 sem salas de "latinha" não será cumprida: na segunda-feira, cerca de cem alunos de duas escolas terão de voltar às aulas em sete classes desse tipo. O secretário de Educação, Alexandre Schneider, alegou que houve atraso na construção de salas de alvenaria. (págs. 1 e C3)

- Comércio Exterior - Irlanda não aceita nova lista da carne - Produtores irlandeses avisam que não aceitarão lista com 600 fazendas. (págs. 1 e B10)

- Rogério L. Furquim Werneck: A ministra da Casa Civil decidiu apostar na sorte. (págs. 1 e A2)

- Notas e Informações - O discurso do senador Garibaldi Alves na abertura do ano legislativo foi uma crítica implacável - e verdadeira - das distorções da política brasileira, diante de um Executivo agigantado. (págs. 1 e A3)

O GLOBO

- Cartão corporativo paga de camelô a Copacabana Palace

- Autoridades e servidores públicos estão utilizando os cartões corporativos do governo federal para gastos que vão de uma compra em camelô no mercado conhecido como Feira do Paraguai, em Brasília, até o pagamento de diárias no luxuoso Hotel Copacabana Palace, passando por compra de flores, cosméticos, remédios e até jóias. Há registro também de gastos em lojas de roupas, de colchões e de equipamentos para piscinas. A funcionária que comprou na Feira do Paraguai é da Presidência da República. Em nota, a Casa Civil afirmou que "as despesas mencionadas são de pequeno vulto e se destinam a atender às necessidades diárias das diretorias da Secretaria de Administração". A funcionária diz ter adquirido baterias para celular e CDs. Na lista da Marinha, que gastou R$ 915 mil com cartão em 2007, há ainda vinho, chocolate e até bicho de pelúcia. O Banco Central anunciou abertura de auditoria interna nos gastos com cartões na instituição. (págs. 1, 3 a 10, Luiz Garcia, editorial "Viés cultural" e Cartas dos Leitores)

- A pressa para entregar o requerimento da CPI do Cartão antes da oposição levou o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), a cometer erros que o obrigarão a reapresentar o pedido. O clima no Congresso é de guerra. (págs. 1 e 9)

- O Senado, que fará a CPI do Cartão, prometeu liberar apenas daqui a três semanas o acesso aos dados sobre os gastos mensais de R$ 15 mil de cada parlamentar com verba indenizatória. E de forma limitada. (págs. 1 e 10)

- O PT de SP divulgou levantamento de gasto de R$ 108 milhões pelo governo José Serra com cartões de débito, sendo 44,5% em saques. O governo tucano diz que todos os gastos são previamente autorizados. (págs. 1 e 10)

- No primeiro feriado de vigência da proibição de venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais, caiu o número de mortes em acidentes neste carnaval: foram 11,7% a menos, na comparação com 2006. Mas no Rio o número subiu. (págs. 1 e 11)

- O nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste ficou ontem, pela primeira vez este mês, acima da margem de segurança. Com isso, cai bastante o risco de racionamento de energia diz o ONS. (págs. 1, 24 e Negócios & Cia)

- O ISP divulgou ontem que no carnaval, de 1° a 6 de fevereiro, foram registrados 80 homicídios no estado, 40% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando houve 57 casos. O número, porém, é 15% abaixo da média dos últimos oito anos. (págs. 1 e 15)

- Brasil terá rede para terremotos. (págs. 1 e 28)

- Além de desfilar em carro aberto do Corpo de Bombeiros nas comemorações da vitória no carnaval, o presidente de honra da Beija-Flor, Aniz Abrahão David, o bicheiro Anísio, recebeu a proteção de outro órgão público: a Guarda Municipal de Nilópolis, cuja prefeitura é administrada por um irmão de Anísio. Quatro guardas fardados fizeram a escolta do bicheiro. (págs. 1 e 12)

- O reitor da UnB, Timothy Mulholland, será investigado pelo gasto de R$ 470 mil na compra de móveis e utensílios de luxo, inclusive lixeiras de R$ 990, para o apartamento funcional em que mora. Em sua defesa, ele alegou que os bens são patrimônio da universidade. (págs. 1 e 10)

GAZETA MERCANTIL

- Cesp faz Serra e Aécio entrarem em choque

- A venda da Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) vai opor os mais influentes nomes do PSDB: os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (MG). Uma lei paulista veta a participação de estatais em privatizações, mas a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em seu processo expancionista, não abre mão de participar do leilão, previsto para este mês. O valor da estatal paulista pode chegar a R$ 20 bilhões, dinheiro que Serra diz que destinará a áreas como educação e saúde.

"Não pode haver restrição ao mercado da Cesp", afirma Luiz Fernando Rolla, diretor financeiro e de relações com investidores da Cemig, que tem 51% das ações controladas pelo governo de Minas Gerais. Segundo Rolla, a Cemig pode até constituir consórcio para não ficar de fora da disputa, a mesma tática para a compra de 25% de fatia da Light, no Rio. "Caso não consigamos (entrar sozinhos no leilão ), vamos mudar nossa estratégia e buscar parceiros no mercado interno."

Com parque gerador de seis hidrelétricas e capacidade para 7.456 MW, equivalente a 60% da oferta do Estado de São Paulo, a Cesp desperta interesse de outros grupos que atuam no setor, como CPFL, Energias do Brasil e Tractebel. (págs. 1 e A8)

- O senador Adelmir Santana (DEMDF) apresentou quatro projetos de lei ao Congresso para mudar as regras do setor de cartões de crédito. Seu objetivo é reduzir os custos dos comerciantes e os preços cobrados por produtos e serviços dos consumidores finais. Um dos projetos quer o compartilhamento das máquinas usadas pelos comerciantes. Outro propõe a liberação da cobrança de preços menores para quem pagar com dinheiro ou cheque. (págs. 1 e B2)

- A nova lei das Sociedades Anônimas (S.A.), a 11.638/07, que entrou em vigor este ano, deve fazer as empresas entrarem com processos na Justiça por conta de possíveis mudanças como aumentos na cobrança de tributos. Um exemplo é que a lei impõe que prêmios recebidos na emissão de debêntures não podem mais ser registrados como reserva de capital. A conseqüência prática é que esses prêmios passam a ser tributados de Imposto de Renda (IR).

Segundo a advogada tributarista Ana Utumi, sócia do escritório TozziniFreire, as empresas poderão recorrer à Justiça argumentando que o regulamento do IR concede a isenção. "Contribuintes poderão alegar que o fato do registro não poder mais ser feito em reserva de capital não pode ser motivo para a empresa perder o benefício fiscal da isenção sobre o prêmio da debênture", argumenta.

O advogado Fernando Zilveti, do Zilveti e Sanden Advogados, prevê discussões em juízo sobre o dispositivo da lei das S.A., que não deixa claro se as limitadas são obrigadas a publicar as demonstrações financeiras. (págs. 1 e A9)

- Um encontro entre o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deverá bater, entre hoje e amanhã, o martelo no nome do novo presidente da Eletrobrás. Fontes do ministério afirmavam ontem que o nome mais cotado para o cargo é o de José Antônio Muniz Lopes, ex-presidente da Eletronorte e uma indicação da Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Lopes também conta com uma ficha limpa no Tribunal de Contas da União (TCU) como vantagem na corrida pela vaga.

- A certidão negativa do preferido de Dilma ajuda a colocá-lo em vantagem em relação a Flávio Decat, ex-presidente da Eletronuclear que é réu num processo movido pelo Ministério Público Federal. De acordo com Múcio, os nomes estão sendo avaliados pelo corpo técnico do ministério. O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP), afirmou que o nome do ex-prefeito de São Paulo e também seu correligionário, Miguel Colasuonno, está certo na diretoria administrativa da estatal.

O PMDB também já dá como certa a indicação de Jorge Luiz Zelada para a diretoria internacional da Petrobras. (págs. 1 e A11)

- Indiferente à crise nos Estados Unidos, ou por causa dela, o segmento de private equity prevê que 2008 será o ano do Brasil. Para especialistas, a redução do juro norte-americano está forçando investidores de longo prazo a buscar opções mais rentáveis, como as empresas brasileiras. "O momento segue propício para captação", diz Álvaro Gonçalves, sócio do Stratus. Segundo fontes do mercado, o GP Investments e o Carlyle devem anunciar em breve carteiras de até US$ 2 bilhões. O AIG Capital estaria arrecadando US$ 600 milhões. Tudo somado, deverá ser batido o recorde de 2007.

Em 2007, o País recebeu cerca de US$ 4 bilhões do exterior para comprar participações em empresas. Na outra ponta, gestores que captaram recursos recentemente, como Advent Internacional e Pátria, enxergam a desaceleração nas ofertas públicas de ações como oportunidade. "As empresas estão mais dispostas a receber recursos de investidores estratégicos", diz Patrice Etlin, do Advent. Ontem, o Stratus anunciou investimento na Brazil Timber, que atua com manejo sustentável de florestas. (págs. 1 e B1)

- Petroquímica - Venda de resina plástica subiu 9,4% em 2007. Previsão de alta também este ano. (págs. 1 e C2)

- Inflação - IPC-Fipe recua e fecha janeiro em 0,52%. (págs. 1 e A4)

- A procura por crédito para empresas continua forte em 2008 e leva o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a prever recorde para o orçamento deste ano, de R$ 80 bilhões, 23% a mais que no ano passado. (págs. 1 e A7)

- A Oi avisou ao mercado que vai "comprar" a BrT, portanto não haverá fusão. No mesmo comunicado, a ex-Telemar informou que o negócio ficará entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,2 bilhões. Ainda resta mudar a lei. (págs. 1 e C3)

- As idas e vindas do governo argentino sobre as vendas de trigo ao Brasil resultaram numa concentração dos desembarques do grão no País. O resultado é que os moinhos não têm mais onde guardar o produto. (págs. 1 e C6)

- Márcio Artur Laurelli Cypriano - Houve uma mudança sensível, no Brasil, entre a grande crise global iniciada com a desvalorização cambial nos países do Sudeste Asiático e os problemas com a atual crise das hipotecas nos Estados Unidos. (págs. 1 e A3)

CORREIO BRAZILIENSE

- Festival de saques na Abin, HUB e Funai

- Surgimento de novos casos envolvendo o uso de cartões corporativos para retiradas de dinheiro vivo acirra disputa entre governo e oposição. A queda-de-braço é pela criação da CPI que vai investigar o caso. PSDB e DEM insistem na abertura de uma comissão de inquérito mista. O Planalto quer restringi-la ao Senado e ampliar o leque de apuração para incluir também gastos feitos durante o governo FHC. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. 2 a 5)

- Convite à dengue - Não bastasse a ameaça da febre amarela, moradores do Distrito Federal enfrentam também o risco de propagação da dengue, doença que pode levar à morte e para a qual não há vacina. Espelhos d'água e piscinas abandonadas, como a do Clube Primavera, em Taguatinga, são locais propícios à reprodução do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da doença. E representam um perigo à saúde da população. (págs. 1 e 25)

- Carnaval tem menos mortes nas estradas. (págs. 1 e 10)

- Entorno: garota de 14 anos é detida em cadeia com 110 homens - A afronta aos direitos humanos, flagrada pelo Correio, ocorre na cadeia pública de Planaltina de Goiás, a apenas 50km da Praça dos Três Poderes. Há menos de quatro meses, a notícia de que uma menor passou um mês sendo violentada por 20 homens na cela de uma delegacia no Pará estarreceu o país. (págs. 1 e 26)

VALOR ECONÔMICO

- BNDES exigirá garantia inédita no crédito à Oi

- O BNDES vai emprestar dinheiro subsidiado para que os empresários Carlos Jereissati, da La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez, comprem ações de seus sócios na Telemar Participações, controlada da Oi. Mas, em contrapartida, o banco terá direito a uma remuneração variável, baseada na valorização das ações da companhia que deverá surgir com a união de Oi e Brasil Telecom (BrT). Se as ações caírem, valerá a remuneração fixa. Se subirem, o retorno do BNDES acompanhará a valorização.

A característica é inédita nos financiamentos do BNDES e ajudará o governo a enfrentar críticas à operação. "É um processo: o banco oferece uma taxa boa, porém tem direito a renda variável. No final, pagarei o empréstimo pela valorização da ação. E ninguém tem dúvida de que a ação vai valorizar", explicou uma fonte envolvida nas negociações.

O BNDES deve desembolsar cerca de R$ 2,5 bilhões para financiar a reestruturação societária da Oi, passo que antecede a oferta de aquisição do controle da BrT, prevista para ocorrer até o fim da próxima semana. Da união das duas operadoras surgirá o que o governo vem chamando de "supertele nacional".

Do total do empréstimo, R$ 1,25 bilhão irá para os grupos Andrade Gutierrez e La Fonte. Com esse dinheiro, mais R$ 400 milhões de recursos próprios, os dois comprarão as participações da GP Investimentos, da Lexpart (Citigroup e Opportunity) e das seguradoras do Banco do Brasil na Telemar Participações. Outro empréstimo, de cerca de R$ 1,3 bilhão, será feito à Telemar Participações. Ao fim do processo, Andrade, La Fonte e Fundação Atlântico (fundo de pensão da Oi) terão o controle da holding da Oi, com 51%. O BNDES reduzirá sua fatia de 25% para 16,5%, vendendo a diferença para Petros e Funcef. A Previ manterá sua fatia de 12,5%.

Na BrT prosseguem as disputas entre os fundos de pensão e o Opportunity. É possível que as várias ações judiciais entre os sócios não sejam encerradas. Por isso, todas as cinco figuras jurídicas que existem no controle da BrT terão de ser mantidas. Quem deve sair ganhando é a Receita Federal. Na estrutura em cascata, a incidência de imposto sobre ganho de capital é cumulativa. (págs. 1 e B3)

- A menos de dois meses do prazo final para que passem a emitir notas fiscais digitais, como determina a Receita Federal, empresas dos setores de distribuição de combustíveis e de tabaco correm para acertar o fornecimento de sistemas e equipamentos. A Souza Cruz, por exemplo, que já emite 200 mil notas por mês em formato digital, passará a fornecer 300 mil documentos a partir de março.

Grandes fornecedores de tecnologia passaram a ver a NF-e uma nova oportunidade de negócios. A IBM acaba de firmar uma parceria com a brasileira Mastersaf, especializada em sistemas para a área tributária. A proposta é levar para o usuário a NF-e como serviço, sem que ele tenha que comprar tecnologia para isso. Empresas como Sonda Procwork e True Access também endurecem a disputa com a renovação de seus sistemas. (págs. 1 e B2)

- Os esforços do Mato Grosso do Sul para diversificar sua economia de base agropecuária com a criação de um complexo de mineração e siderurgia - liderado pela MMX, do empresário Eike Batista, Rio Tinto e Vale do Rio Doce - podem sofrer um revés.

O Estado não dispõe de estoques de madeira legal suficientes para alimentar os altos-fornos de ferro-gusa já em operação e os que estão programados para sair do papel. Seria necessário ao menos o dobro da área de floresta plantada disponível hoje, de cerca de 29 mil hectares, para atingir a produção anual de 825 mil toneladas de gusa previstas para 2009.

Movidas a carvão vegetal, as siderúrgicas vão acelerar o desmatamento no Pantanal, no Cerrado e o contrabando de madeira do Paraguai, diz estudo.(págs. 1 e B7)

- As liquidações programadas e a reposição de estoques mantiveram a atividade econômica bastante aquecida em janeiro, confirmando as projeções empresariais de um primeiro trimestre forte.

No mês passado, as vendas de aços planos pela rede de distribuição cresceram 14%, acima dos 10% previstos. Mesmo sem o balanço fechado, a expectativa na Zona Franca de Manaus é de um aumento de produção de pelo menos 5%, enquanto o setor de cerâmicas registrou alta de 17% nas vendas para o mercado interno, sempre em relação a janeiro de 2007.

No varejo, a carioca Lojas Leader vendeu 13% mais em janeiro considerando o mesmo número de lojas, enquanto a rede Colombo, que deixou a liquidação para depois do carnaval, projeta alta de 6% a 7% no primeiro bimestre, em valores.

O indicador de produção industrial do Banco Real relativo a janeiro - que procura antecipar os dados do IBGE - aponta mais um aumento da produção no mês passado, embora a taxa seja a mais fraca desde maio, mostrando que, embora em alta, o ritmo de atividade não aponta para uma trajetória explosiva. A demanda por energia também cresceu, mas a taxa ficou em 3,4% na comparação com igual mês de 2007, abaixo dos 4,8% acumulados em 12 meses.

Durante o primeiro trimestre, a maioria dos empresários consultados pelo Valor espera manter o bom ritmo de produção e vendas de janeiro. Como em 2007, o mercado interno tem sido o esteio deste início de ano. Assim, a crise nos Estados Unidos, por enquanto, não é sequer motivo de conversas entre clientes e fornecedores. Até agora, ela é apenas "psicológica". (págs. 1, A3 e A4)

- Capitais argentinos passarão a controlar mais de 60% da produção de petróleo na Argentina este ano, depois de concretizada a venda de 25% das ações da petroleira Repsol YPF para Enrique Eskenazi. Hoje estão com empresários locais pouco mais de 20% da produção.

A "argentinização" dos recursos energéticos foi um projeto ao qual o ex-presidente Néstor Kirchner dedicou especial atenção em seu governo, em parte como resposta à queda da produção de petróleo e gás interna, dominada por estrangeiros desde os anos 90, quando a YPF foi vendida aos espanhóis. Um ano antes de Kirchner chegar à Casa Rosada, a terceira maior empresa, Perez Companc, havia sido vendida à Petrobras. (págs. 1 e A11)

- Amparada por liminar, a Ecorodovias assumiu ontem as operadoras da Rodovia das Cataratas, que administra 387 km da BR-277 no Paraná e era controlada pelo grupo argentino Macri. (págs. 1 e B6)

- Relatório divulgado pela BG, sócia da Petrobrás no campo de Tupi, estima que as reservas recuperáveis no campo podem ser maiores que o previsto. A notícia puxou as ações ON da estatal, que subiram 3,31%. (págs. 1 e B6)

- A suspensão das importações de carne brasileira pela União Européia já repercute junto a outros compradores, como Rússia, Egito e Chile, que pediram informações sobre o sistema de rastreamento de bovinas no país. (págs. 1 e B12)

- O fluxo cambial de janeiro foi negativo em US$ 2,3 bilhões. Embora as saídas tenham se concentrado nas operações financeiras, houve piora no câmbio comercial, com entrada líquida de US$ 4,1 bilhões, menos da metade dos US$ 10 bilhões em janeiro de 2007. (págs. 1 e C1)

- Indicadores favoráveis sobre a inflação e a utilização da capacidade na indústria fazem recuar os juros futuros na BM&F. O dólar, apesar do fluxo cambial negativo em janeiro, patina sob a pressão das arbitragens. (págs. 1 e C2)

- Boom imobiliário leva escritórios de arquitetura a nacionalizar serviços e contratar, diz Segall. (págs. 1 e B4)

- Claudia Safatle: Estados recomeçam processo de endividamento externo com organismos internacionais. (págs. 1 e A2)

- César Felício: eleição em SP pode ser desastre para pretensões tucanas. (págs. 1 e A9)

ESTADO DE MINAS

- Lei seca com mais rigor

- O ministro da Justiça, Tarso Genro, comemorou a diminuição das mortes nas estradas, ao divulgar o balanço de acidentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o primeiro carnaval com a Lei Seca em vigor. Mas, mesmo satisfeito com os resultados, afirmou que o governo pretende promover ajustes na medida provisória (MP) que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas BRs, para torná-la mais rigorosa. Disse que o objetivo será inibir ainda mais o consumo de álcool pelos motoristas. Segundo as estatísticas da PRF, de 0h de sexta-feira à meia-noite da quarta-feira de cinzas, 128 pessoas morreram em todo o Brasil, 11,7% a menos que as 145 do carnaval de 2007. Também houve redução de 7,42% no total de feridos. Em Minas, foram registradas 19 mortes nas estradas federais, número mais alto do país, mas significativamente menor do que as 24 do ano passado. Nas rodovias estaduais, sobre as quais a medida ainda não vigora, morreram 26 pessoas, sete a menos que no período de folia anterior. (págs. 1, 23 e24)

- A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gastou no ano passado R$ 11,58 milhões com cartões corporativos, dos quais R$ 10,55 milhões de verba secreta. Cerca de 50 arapongas movimentaram R$ 1 milhão. Dez deles sacaram quase R$ 500 mil, o mesmo que as agências Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Nacional de Telecomunicações (Anatel) juntas, e muito mais que o Comando da Marinha (R$ 65,7 mil) e o Ministério da Cultura (R$ 62 mil). A Abin informou que há controle interno rigoroso das verbas, com exigência de notas fiscais e recibos. (págs. 1, 3, 4 e editorial 'Vitória do contribuinte', pág. 10)

- Carne - Minas tem 400 fazendas na nova lista da Europa (págs. 1 e 17)

- Jogo pesado - Vale e China em guerra pelo mercado de minério. (págs. 1 e 12)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO (PE)

- Material escolar em falta nas livrarias

- Não é mais a pesquisa de preços que provoca peregrinação de pais em editoras e livrarias. Vários itens sumiram das lojas. (Página 1)

- Entidades recorrem contra lei seca. (Página 1)

- Cartões pagaram hotéis de luxo e produtos piratas. (Página 1)

- Número de mortes nas estradas cresceu durante o carnaval. (Página 1)

Nenhum comentário: