- Ministério escondeu cartões do Congresso
- Documento oficial do Ministério da Justiça enviado ao Senado, em setembro de 2005, assegurava que não havia, na época, nenhum cartão de crédito corporativo sendo usado por qualquer funcionário do órgão. A informação foi encaminhada com a assinatura do então ministro, Márcio Thomaz Bastos, e colide frontalmente com os dados contidos no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) em relação àquele ano. No mesmo período em que o ministério declara não haver cartões, o Siafi registrou despesas com 110 cartões atribuídos a servidores da pasta da Justiça, que totalizaram gastos de R$ 350 mil. (pág. 1 e País, pág. A4)
- Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que a avaliação positiva do governo Lula passou de 46,5%, em outubro do ano passado, para 52,7% neste mês de fevereiro. É o melhor índice desde janeiro de 2003. A avaliação do desempenho pessoal do presidente passou de 61,2% para 66,8% no mesmo período. "A melhora na avaliação foi registrada em todas regiões do país e em todas as faixas etárias, em função do comportamento da economia, aliado ao bom desempenho dos programas sociais", explica o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)
- O detetive Bechara Jalkh, um dos mais experientes do Brasil, afirma que o furto de computadores e equipamentos de informática com informações estratégicas da Petrobras foi obra de americanos, pois o país precisa de petróleo. Segundo Jalkh, muitos funcionários da Halliburton, prestadora de serviços da empresa, têm acesso a dados confidenciais da estatal. O material furtado estava em um contêiner da companhia americana. Dez poços petrolíferos foram perfurados na bacia de Santos antes de o navio que transportava os equipamentos deixar a região. O governo reconhece a fragilidade da segurança. (pág. 1 e Economia, pág. A20)
- A Receita Federal exigirá, na declaração do Imposto de Renda (IR) deste ano, a informação do número do recibo de entrega da documentação no exercício anterior. A prestação de contas da população será aberta dia 3 de março e encerrada em 30 de abril, para cerca de 24,5 milhões de contribuintes. (pág. 1 e Economia, pág. A19)
- O primeiro dia de cadastramento para as obras do PAC, em Manguinhos, levou mais de mil pessoas às filas em busca de vagas que poderão render entre R$ 600 e R$ 900. No Alemão, o trabalho provocou até um tiroteio entre policiais e traficantes. (pág. 1 e Cidade, pág. A16)
- Receita aperta o cerco a dependentes
- Com o objetivo de reduzir a sonegação do Imposto de Renda das pessoas físicas, a Receita Federal anunciou ontem mudanças na declaração deste ano, como a exigência do número do CPF dos dependentes com mais de 18 anos completados até o final do ano passado. A Receita ampliou, também, as restrições à entrega das declarações em papel. Uma das novas regras obriga o contribuinte a informar o número do recibo da declaração de 2007 para concluir a entrega da deste ano. Quem perdeu o recibo terá que ir pessoalmente a um posto da Receita. O número não será informado pela internet nem pelo telefone. O supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, justificou que o objetivo da medida é obrigar os contribuintes a se acostumarem a guardar a documentação. (Página 1)
- No momento em que negocia a aquisição da mineradora suíça Xstrata, a Vale fechou acordo com algumas das principais siderúrgicas mundiais que prevê aumento de até 71% nos preços do minério de ferro (usado na fabricação do aço) -a segunda maior alta da história. A expectativa entre analistas era um aumento de até 50%, sinalizando que as perspectivas de desaceleração da economia global ainda não chegaram ao setor. Para Alan Cardoso, analista da Prosper Corretora, as negociações da Vale com a Xstrata aceleraram o acordo sobre o preço do minério, que começaram no final do ano passado e pareciam que iam se arrastar por mais tempo. Ele diz que "havia espaço para conseguir um preço mais alto", mas que a empresa brasileira deve ganhar um maior poder de barganha caso as suas ações continuem a subir devido ao acordo -o negócio com a Xstrata envolve uma parte em dinheiro e outra em ações da Vale. Ontem, os papéis preferenciais da Vale subiram 5,07%, e os ordinários, 4,29%.(Página 1)
- A Receita Federal detectou notas fiscais frias emitidas por uma empresa fantasma e por outra inidônea para o PSDB e a campanha à Presidência da República em 2002 do tucano José Serra, no valor de R$ 476 mil, segundo a Delegacia da Receita Federal de Brasília, que suspendeu a imunidade tributária do partido e o autuou em aproximadamente R$ 7 milhões. A Folha obteve documentos sigilosos da auditoria nas contas tucanas e do auto de infração. A empresa inidônea é a Marka Serviços de Engenharia, que estava desativada desde janeiro de 1996 e pertence a Márcio Fortes, secretário-geral do PSDB (1999 a 2003) quando as notas foram emitidas. Em 2002, Fortes presidiu o comitê financeiro tucano nas eleições. (Página 1)
- O comércio varejista teve, em 2007, o seu melhor desempenho em sete anos: as vendas, em volume, cresceram 9,6%. Foi a mais alta de toda a série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2001. Superou ainda a marca de 2004 (9,3%), o recorde até então, e a de 2006, ano que já havia sido bom para o setor (6,2%). Segundo o IBGE, crédito em alta com prazos maiores e juros mais baixos, renda e emprego em expansão, maior confiança de empresários e consumidores em relação à economia e preços menores em razão do câmbio explicam o desempenho positivo. "É um excelente resultado, que se deve à conjuntura econômica propícia para o crescimento do comércio", disse Reinaldo Pereira, economista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. (Página 1)
- Pesquisa recém-concluída pela Unicamp mostrou que o uso intensivo do computador está diretamente ligado à queda das notas dos estudantes do ensino básico. A constatação foi válida para todas as séries analisadas (4ª e 8ª séries do fundamental e 3º ano do médio), tanto para alunos ricos quanto para pobres. A pesquisa analisou dados de 287.719 estudantes que participaram do Saeb (exame aplicado pelo governo federal) em 2001 -apesar da data, os autores dizem que dificilmente teria ocorrido uma mudança significativa do padrão desde então. Entre os alunos da 4ª série, de melhores condições financeiras, as menores médias em matemática (225.1) foram dos que disseram usar "sempre" o computador para suas lições - o estudante também responde a um questionário na prova. As maiores médias foram dos alunos que usam a máquina "raramente" (246.5). Mas até mesmo os que "nunca" o fazem tiveram nota melhor (237.1) do que os que usam intensamente. A mesma lógica foi verificada nas outras séries e nas outras camadas sociais. Segundo os autores da pesquisa, uma possível explicação é que os alunos que usam intensamente o computador dedicam menos horas aos estudos. (Página 1)
- Editorial - Intimidação e má fé - BISPOS da Igreja Universal do Reino de Deus desencadeiam, contra os jornais "Extra", "O Globo", "A Tarde" e esta Folha, uma campanha movida pelo sectarismo, pela má-fé e por claro intuito de intimidação. Em dezembro, a Folha publicou reportagem da jornalista Elvira Lobato descrevendo as milionárias atividades do bispo Edir Macedo. Logo surgiram, nos mais diversos lugares do país, ações judiciais movidas por adeptos da Igreja Universal que se diziam ofendidos pelo teor da reportagem. Na maioria das petições à Justiça, a mesma terminologia, os mesmos argumentos e situações se repetiam numa ladainha postiça. O movimento tinha tudo de orquestrado a partir da cúpula da igreja, inspirando-se mais nos interesses econômicos do seu líder do que no direito legítimo dos fiéis a serem respeitados em suas crenças. Magistrados notaram rapidamente o primarismo dessa milagrosa multiplicação das petições, condenando a Igreja Universal por litigância de má-fé. Prosseguem, entretanto, as investidas da organização. Não contentes em submeter a repórter Elvira Lobato a uma impraticável seqüência de depoimentos nos mais inacessíveis recantos do país, os bispos se valeram da rede de televisão que possuem para expor a pessoa da jornalista, no afã de criar constrangimentos ao exercício de sua atividade profissional. É ponto de honra desta Folha sempre ter repelido o preconceito religioso. A liberdade para todo tipo de crença é um patrimônio da cultura nacional e um direito consagrado na Constituição. A pretexto de exercê-lo, porém, os tartufos que comandam essa facção religiosa mal disfarçam o fundamentalismo comercial que os move. Trata-se de enriquecimento rápido e suspeito -e de impedir que a opinião pública saiba mais sobre os fatos. Não é a liberdade para esta ou aquela fé religiosa que está sob ataque, mas a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos à verdade. (Página 1)
- Incra fará pente-fino em fazendas na Amazônia
- As regras para o recadastramento de terras nos 36 municípios campeões de desmatamento na Amazônia vão promover um pente-fino na titularidade de pequenas e grandes propriedades, informa Ana Paulo Seinocca. Instrução normativa que o Incra divulga hoje será rigorosa. Quem não apresentar até 2 de abril os documentos pedidos terá suspenso o certificado que permite arrendar, hipotecar ou vender a fazenda. Os proprietários terão de comprovar como e de quem compraram as terras. A planta e o memorial descritivo do terreno deverão ser elaborados a partir de coordenadas obtidas por GPS. Os donos de terra terão, ainda de declarar a nacionalidade, pois o Incra suspeita que estrangeiros usam "laranjas" para adquirir propriedades. Ambientalistas e advogados avaliam que as novas normas vão reforçar a pressão sobre os donos de terra, mas poderão ser difíceis demais de cumprir. (págs. 1 e A13)
- Pesquisa CNT/Sensus mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu, em fevereiro, 66,8% de aprovação para seu desempenho pessoal, a mais alta taxa desde janeiro de 2003. O governo Lula também teve 52,7% de avaliação positiva, 13,7% de avaliação negativa e 32,5% de regular. O Sensus considera que o resultado se explica pelo bom momento da economia. (págs. 1 e A5)
- Às vésperas da instalação da CPI dos Cartões, o Planalto está montando um dossiê comparando os gastos o governo Lula com os do governo FHC, relata Vera Rosa. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) pediu aos 37 ministérios que encontrem prestações de contas e relatórios de fiscalização produzidos desde 1998. No e-mail enviado aos ministérios, a Secom pede ajuda para localizar "personagens, documentos, cenários e estatísticas". A idéia é mostrar que as despesas federais são efetuadas pelos mesmos funcionários de carreira desde antes da instituição dos cartões, em 2001. (págs. 1 e A4)
- A Receita Federal anunciou ontem as regras para a declaração do Imposto de Renda de 2008, que poderá ser entregue entre 3 de março e 30 de abril. As novas normas são rígidas. Será obrigatório informar o CPF ou o CNPJ de médicos e dentistas beneficiários de pagamentos. Para entregar a declaração, será necessário apresentar o número do recibo e envio da declaração de 2007. Quem tiver perdido o número terá de ir pessoalmente a algum posto da Receita. (págs. 1 e B8)
- Relatório parcial da Polícia Federal sobre o contêiner de onde teriam sido furtados segredos da Petrobras indica que o local foi violado. O atraso no início das investigações e o manuseio do contêiner apagaram provas. (págs. 1 e B1)
Timemania - Lançada loteria para ajudar clubes - Recursos vão pagar dívidas com Receita, Previdência Social e FGTS. (págs. 1 e E6)
- USP - Escola pública não aumenta aprovação - Programa de inclusão não muda perfil dos aprovados no vestibular. (págs. 1 e A16)
- Notas e Informações - Perto do que a imprensa vem divulgando sobre gastos espúrios na UnB, os "erros administrativos" que custaram o cargo à ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, empalidecem. (págs. 1 e A3)
- Ilan Goldfajn: No ciclo do País, o momento é de poupar e gerar superávit primário. (págs. 1 e A2)
- Projeto do governo proíbe fumo em locais fechados
- O governo federal enviará ao Congresso ainda este mês um projeto de lei banindo o fumo de todos os lugares fechados e proibindo áreas reservadas para fumantes em bares, restaurantes, shopping centers e empresas. Na ofensiva contra o fumo, o governo estuda a criação de uma taxação adicional para produtos derivados do tabaco, o que aumentaria muito o preço dos cigarros no Brasil. Uma das justificativas do Ministério da Saúde para o projeto é preservar os chamados fumantes indiretos, que inalam fumaça e produtos tóxicos liberados pelo cigarro dos fumantes. "Não há local seguro em nenhum nível para o cigarro", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que levará o assunto ao presidente Lula. Também está em discussão a proibição do fumo em locais abertos, mas freqüentados por muita gente, como os terminais rodoviários. (págs. 1 e 3)
- Apesar de guardar dados sigilosos, o contêiner em que estavam os laptops furtados da Petrobras era protegido por cadeado igual a 40 outros de contêineres-escritórios da estatal, todos podendo ser abertos com a mesma chave. (págs. 1 e 19)
- Com a expansão do crédito, a reação dos salários e os importados mais baratos devido à baixa do dólar, as vendas do comércio no país cresceram 9,6% em 2007. É o melhor desempenho desde 2001, início da série do IBGE. (págs. 1 e 20)
- O reitor da UnB, Timothy Mulholland, recebeu diária de R$ 321,90 para ir a São Paulo assistir à apresentação de uma ópera, em 2006. No mesmo ano, ganhou diária para atuar como jurado a convite de uma multinacional. (págs. 1 e 5)
- A Vale aumentou em 65% o preço do minério de ferro para siderúrgicas asiáticas. Pela primeira vez, o minério de Carajás terá reajuste maior, de 71%. O acordo significará mais US$ 10 bilhões para a balança comercial, disse o presidente da empresa, Roger Agnelli, a Míriam Leitão. A notícia fez com que as ações da Vale PN subissem 5,07%, ajudando a puxar a Bolsa de São Paulo. (págs. 1, 20 e 22)
- A ABI manifestou preocupação com as ações judiciais da Igreja Universal contra jornais e repórteres, em tentativa de intimidação que a entidade definiu como grave ameaça à liberdade de imprensa e agressão à democracia. (págs. 1 e 9)
- Reajuste do minério preocupa a indústria
- O aumento de até 71% no preço do minério de ferro da Companhia Vale do Rio Doce (Vale) a um grupo de seis siderúrgicas asiáticas, anunciado oficialmente ontem, preocupa a cadeia industrial, pois deverá afetar a composição final do preço de diversos produtos. O reajuste deverá ser seguido pelas principais mineradoras mundiais, mesmo que a contragosto, avaliam especialistas, já que as outras gigantes do setor, como Rio Tinto Group e BHP Billiton, querem reajustes maiores. As fabricantes brasileiras de implementos rodoviários afirmam que o aço subiu 12% no início de 2008, ante os 5% em todo o ano passado. Montadoras estudam o quadro para saber qual o impacto. "O aumento da matéria-prima é uma questão que nos preocupa muito, principalmente o aço, que representa cerca de 60% de nossos insumos", diz Rafael Wolf Campos, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários. O fechamento de contratos pela mineradora a valores tão positivos, e antes do que o mercado esperava, pode reforçar a proposta de compra da Xstrata. "Há uma mensagem subliminar aí. A Vale está dizendo que vai aumentar a produção e vendê-la a preços maiores", diz o analista Rodrigo Ferraz, da Brascan. As ações preferenciais classe A da Vale subiram 5,07% na Bovespa ontem, para R$ 48,86. Analistas estão revisando a projeção dos papéis da empresa e estimam agora alta superior a 30% neste ano. (págs. 1, C2, C3 E B3)
- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou 2007 com lucro líquido de R$ 7,3 bilhões, o maior da história do banco. O resultado superou em 15,5% os R$ 6,3 bilhões do ano anterior. O desempenho das aplicações realizadas pela instituição no mercado foi o principal responsável pela performance do ano. De acordo com Vânia Borgerth, chefe do departamento de contabilidade do banco, as operações de renda variável, efetuadas por meio da BNDESPar, asseguraram um ganho de R$ 6,1 bilhões no ano passado, ante os R$ 3,5 bilhões de 2006. (págs. 1 e A8)
- O Brasil parece menos suscetível a fraudes contra o sistema financeiro como a ocorrida no banco francês Société Générale no mês passado. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, afirma que a fraude no SocGen, que gerou um rombo de US$ 7 bilhões na instituição, indica que houve falhas na área de controle de riscos. "Alertas existiram, a fraude não foi uma surpresa", disse. Para ele, no Brasil isso não aconteceria. Segundo o executivo, no mercado local todas as operações com derivativos são registradas e confirmadas no final do dia pelas contrapartes. O diretor de gestão de risco e compliance do Bradesco, Roberto Hollander, concorda. E explica que, além de as transações serem registradas, são conferidas no fim do dia por profissionais que fazem só isso. "Há uma segregação de atividades. A pessoa que confirma as operações no fim do dia não é a mesma que opera no mercado. Teria de haver um conluio muito grande para que esses controles fossem burlados." O tamanho do mercado brasileiro, relativamente menor se comparado com EUA e Europa, é o que protege os bancos locais contra fraudes como a do SocGen, avalia o diretor da consultoria Luz Engenharia Financeira, Rodrigo de Barros Nabholz. "O risco de ocorrer uma fraude no Brasil é o mesmo que lá fora. A grande diferença está no tamanho dos mercados. No exterior, os volumes movimentados são muito maiores." No Brasil, diz, não seria possível um operador tomar posições do tamanho da assumida pelo funcionário do SocGen, Jeróme Kerviel, estimada em US$ 70 bilhões. A fraude no SocGen ocorre quase 15 anos depois do escândalo que levou à falência o tradicional banco inglês Barings e coloca em dúvida, novamente, a segurança e eficiência dos mecanismos de controle de risco adotados pelos bancos. (págs. 1 e B1)
- As vendas do varejo cresceram 9,6% em 2007, o melhor resultado desde 2001, e indicam expansão entre 7,2% e 8,5% para este ano, segundo analistas. A expansão do crédito, a melhora da renda e do emprego, além de um câmbio favorável às importações, são apontados como fatores decisivos neste resultado. O recorde do varejo alcançado no ano passado, o melhor desde o início da série histórica da pesquisa realizada pelo IBGE, foi impulsionado pela maior aquisição de bens duráveis, que sofrem influência direta da concessão de crédito. Os destaques ficaram por conta dos segmentos de móveis e eletrodomésticos (15,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,2%). As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 6,4% e responderam por um terço do crescimento do comércio em 2007. No total, o desempenho de dezembro superou em 9% o mesmo período de 2006. A expectativa agora é de desaceleração do ritmo de crescimento em razão do limite das condições para o crédito. (págs. 1 e A5)
- Se foi espionagem industrial, os criminosos que roubaram computadores da Petrobras não tiveram informações do mega Campo de Tupi. Dez poços na Bacia de Santos foram perfurados às vésperas da partida do navio que carregava os laptops. Nenhum deles fazia parte do campo, segundo informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Mas, entre as áreas em atividade de perfuração, dois poços integram a camada pré-sal, possível alvo de interesse dada a tecnologia dominada pela estatal de alcançar áreas a 6 mil metros de profundidade. A possibilidade de as informações dos computadores serem do Campo de Júpiter ganha força. (págs. 1 e A8)
- Lula atinge índices do início do governo. (págs. 1 e A9)
- A dificuldade de conseguir mão-de-obra técnica qualificada pode ser atenuada nos próximos três anos, com a oferta de até R$ 900 milhões pelo MEC. (págs. 1 e A4)
- Os pecuaristas contrataram advogados para avaliar um contencioso na OMC contra o embargo à carne bovina brasileira pela UE. Mas dizem que o País pode ter perdido a argumentação por declarações do governo. (págs. 1 e C6)
- Nem todas as empresas que operam na Amazônia está devastando a floresta. Ao contrário, algumas são exemplos de desenvolvimento sustentável. (págs. 1 e A14)
- Augusto Nunes - O SNI foi enterrado há mais de 20 anos no fundo da vala comum das más lembranças. Mas o serviço secreto não morreu. Hoje atende pelo nome de Abin. (págs. 1 e A8)
- O Superlula
- Apesar de o governo ter vivido uma crise atrás da outra nos últimos meses, a mais recente pesquisa CNT/Sensus aponta um crescimento de cinco pontos percentuais na popularidade do presidente. Nada menos que 66,8% da população aprova o desempenho de Lula, o mais alto índice desde a primeira posse, em janeiro de 2003. E não é que os brasileiros estejam alheios à realidade. Sobre a febre amarela, 93,4% estão atentos ao aumento no número de casos da doença, mas não atribuem a culpa apenas ao governo. Dos 64,1% que acompanham o escândalo dos cartões corporativos, 83,1% defendem o seu fim. A confiança no presidente tem a ver sobretudo com o bom momento da economia. Existe a expectativa de que a criação de empregos e a elevação dos salários vão continuar nos próximos meses. (Págs. 1 e Tema do Dia, páginas 2 e 3)
- As novas regras da Receita, que recebe declarações a partir do dia 3 de março. (págs. 1 e 14)
- Agência Brasileira de Inteligência (Abin) avalia os possíveis danos ao Brasil caso as informações roubadas da empresa cheguem ao exterior. (págs. 1 e 19)
- Auditoria externa analisará todos os convênios firmados pela fundação que custeou reforma de R$ 470 mil no apartamento onde mora o reitor da UnB, Timothy Mulholland. Irregularidades serão denunciadas à Justiça. (págs. 1, 26 e27)
- No Planalto, Pelé e cartolas festejam a criação da loteria para sanar dívidas dos times. (págs. 1, 33 e 34)
- Reajuste de minério eleva a receita da Vale em US$ 10 bi
- O surpreendente aumento do minério de ferro de 65% a 71%, fechado anteontem pela Vale do Rio Doce com japoneses, coreanos e com a ThyssenKrupp, terá forte impacto na balança comercial brasileira. A companhia deve obter um aumento na receita de exportações entre US$ 9 bilhões e US$ 10 bilhões neste ano. O reajuste também fortalece a posição da Vale nas negociações para aquisição da Xstrata. Segundo analistas, o fluxo de caixa ajustado (Lajida) da empresa deverá fechar 2008 em US$ 25 bilhões, o que seria a metade da nova dívida a ser contratada caso a Vale tome US$ 50 bilhões dos bancos para comprar a mineradora anglo-suíça. Uma situação relativamente confortável, na visão desses analistas. "Acredito que fechemos nos próximos dias também com os chineses", disse José Carlos Martins, diretor de ferrosos da Vale. O reajuste na Ásia só vigora a partir de 1º de abril. Não existe caso na história das negociações de aumento do minério de a referência de mercado ("benchmark") não ser seguida. A Vale, maior produtora mundial, fechou preço com suas clientes Nippon Steel e Posco, segunda e terceira maiores siderúrgicas do mundo. O reajuste do minério ficou acima da expectativa do mercado, que esperava um aumento de 40% a 50%. Segundo analistas, os novos preços do minério da Vale no porto são de US$ 76 a tonelada para o fino de Itabira e US$ 78 para o fino Carajás com destino à Ásia. Para a Europa, o fino Carajás teve um reajuste um pouco menor que os 71%, informou Martins. Ainda não foram negociados novos preços para as pelotas de minério de ferro. A Vale este ano quer ampliar sua produção de minério de ferro em 10%, para 325 milhões de toneladas. Ano passado, produziu 297 milhões de toneladas. No mercado interno, a alta do minério deve levar as usinas siderúrgicas a anunciar novos aumentos para seus produtos. Carlos Loureiro, presidente da Rio Negro, distribuidora de aço, previu reajustes adicionais altos para aços planos e longos. As ações da Vale subiram cerca de 5% ontem. (págs. 1, B6 e D2)
- A empresa de benefícios Visa Vale estréia no segmento de vale-transporte com a compra da Smart Benefícios, a quarta maior de um segmento que movimenta R$ 8 bilhões por ano. O valor da aquisição não foi divulgado. Formada por Bradesco, Banco do Brasil, Banco Real e Visa para operar com vales-refeição e alimentação, a Visa Vale decidiu em setembro disputar o mercado de vale-transporte, dominado pela Sodexho-VR, Ticket (grupo Accor) e VB. A Smart tem 4,5 mil clientes e 110 mil usuários, que movimentaram R$ 188 milhões em 2007. A empresa é uma prestadora de serviços, intermediando negócios entre as companhias que têm que oferecer o vale-transporte (obrigatório por lei) e as mais de 2 mil emissoras de vales espalhadas pelo país. (págs. 1 e C1)
- As expectativas de inflação mostraram tendência de acomodação nas últimas semanas, depois de terem subido de 4% para perto de 4,5% desde setembro. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central (BC), as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008 caíram de 4,45% para 4,39%, ficando mais distantes do centro da meta, de 4,5%. Expectativas sob controle são fundamentais para que o BC não inicie um ciclo de alta dos juros. Elas têm grande peso no regime de metas, embora sua formação seja controversa. A queda das projeções colaborou para o tombo dos juros no mercado futuro, assim como o recuo do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da FGV. A taxa para a virada do ano recuou de 11,78% para 11,68%. (págs. 1, A4 e C2)
- Fracassou quase uma dezena de tentativas de aquisição feitas por fundos de private equity no exterior desde o início da crise nos mercados financeiros. As compras seriam feitas com dinheiro emprestado dos bancos, que se tornaram muito mais rigorosos na concessão de financiamentos. Quem deve tirar vantagem da situação são investidores estratégicos, que vinham apresentando propostas menos agressivas que as dos fundos. No Brasil, o impacto é menor porque as aquisições alavancadas feitas por private equities são recentes e os empréstimos, muito menores. Uma prova de fogo será a venda de ativos da Esso no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. A GP Investimentos, que participa da disputa, negocia financiamento e terá de enfrentar concorrentes como Petrobras, Shell e Ultra. A GP já recorreu à alavancagem na compra da Magnesita e Pride. (págs. 1 e C6)
- O pequeno Panamá conseguiu um desempenho chinês. O PIB cresceu 9,7% e o fluxo de investimento estrangeiro subiu 20% no ano passado. Com 85% da economia em serviços, o país ganhou o apelido de "Dubai da América Latina". O bom desempenho atraiu as empresas brasileiras. As exportações para o Panamá cresceram 24%, para US$ 382 milhões em 2007 - 97% de manufaturados. As vendas vão de aviões a produtos de cerâmica. A construção civil panamenha atravessa um boom. A Odebrecht tem três projetos no país e a Camargo Corrêa participa de um dos consórcios pré-qualificados para a ampliação do Canal do Panamá, uma obra de US$ 5,6 bilhões. (págs. 1 e A16)
- Vale e Petrobras representam juntas mais da metade do patrimônio dos fundos de ações populares - com aplicação inicial de ate R$ 50 mil. Menos arriscados, os fundos diversificados, atrelados a índices, somam cerca de 8%. (págs. 1 e D2)
- As vendas do comércio varejista cresceram 9,6% no ano passado. É o quarto ano consecutivo de expansão, segundo pesquisa do IBGE. Incluídos os segmentos de materiais para construção e veículos/peças, o aumento foi de 13,5%. (págs. 1 e A3)
- Denúncia de fraude no registro imobiliário abre disputa sobre uma área superior a 300 mil hectares, ocupada por quase uma centena de agricultores, no maior centro produtor de grãos da Bahia, no oeste do Estado. (págs. 1 e B11)
- Delfim Netto: uma nação que não se pensa 25 anos à frente será sempre apenas o que os outros fizerem dela. (págs. 1 e A2)
- José Eli da Veiga: maior tragédia do Brasil é analfabetismo científico. (págs. 1 e A15)
- As novas regras e o calendário do IR 2008
- Prazo vai de 3 de março a 30 de abril e declaração tem de conter o número do recibo da entregue no ano passado. Total de contribuintes deve aumentar em 1 milhão. (págs. 1 e 13)
- Lula tem melhor nota desde 2003. (págs. 1 e 9)
- Norte de Minas apela ao Vice Alencar contra seca. (págs. 1 e 7)
- A Vale informou ontem ter acertado reajuste de 65% no preço do minério de ferro fornecido a siderúrgicas do Japão e da Coréia do Sul. Produtores brasileiros de ferro-gusa já prevêem aumento do produto. O anúncio fez subir as ações da mineradora e influenciou a Bovespa, que fechou em alta de 2,5%, em 62.801 pontos. (Págs. 1, 16 E 17)
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Jogo do bicho mostra força em protesto
- Em ato superorganizado, com direito a lanche para os manifestantes, milhares de pessoas voltaram às ruas do Recife para exigir a legalização da atividade. (Página 1)
- Popularidade de Lula tem melhor índice desde 2003. (página 1)
- Imposto de Renda com novas regras. (Página 1)
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