29 fevereiro 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

Furto na Petrobras foi crime comum

Está descartada a hipótese de espionagem industrial no furto de computadores com informações sigilosas da Petrobras. Os quatro ladrões foram presos ontem no Rio e os quatro laptops desaparecidos, recuperados. Tratava-se de vigilantes de uma empresa terceirizada, que furtavam equipamentos desde setembro. Segundo a Polícia Federal, eles não sabiam que roubaram dados sobre o Campo de Júpiter, megafonte de gás que a estatal anunciou ter descoberto em janeiro. Para a PF, o furto só foi possível graças à fragilidade na segurança da estatal. (págs. 1 e Economia A17)

Na contramão da recomendação do Ministério Público, a Receita Federal pedirá este ano ao contribuinte do Imposto de Renda o número que comprova declaração feita em 2007. Tributarista considera que a exigência não tem sentido. (págs. 1 e Economia A20)

A campanha de boicote ao IPTU contra a desordem urbana ganhou nova arma. E a patrulha que começou ontem a fiscalizar ações do Estado e do município. Os flagrantes fotografados estarão em ofícios enviados aos órgãos competentes e à prefeitura. Se nada for feito, o MP será acionado. (págs. 1, Cidades A12 e A13)

O ex-congressista colombiano Luis Eladio Perez, libertado pela Farc, revelou que os guerrilheiros movimentaram-se pelas áreas de fronteira, inclusive a do Brasil, por onde contrabandeiam remédios e desodorantes. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse ontem que a libertação da refém Ingrid Betencourt, ex-candidata à Presidência da Colômbia, "é uma questão de vida ou morte". (págs 1, Internacional A21).

FOLHA DE SÃO PAULO

PF prende 4 e diz que furto na Petrobras foi crime comum

A versão de que espiões a serviço de concorrentes da Petrobras e até de governos estrangeiros tinham furtado dados sigilosos da Petrobras ruiu ontem com a prisão de quatro vigilantes de um terminal de contêineres no porto do Rio e a recuperação de parte dos equipamentos nas casas dos acusados. "Está totalmente descartada a hipótese de ter sido um crime de espionagem industrial ou de pirataria", disse ontem o superintendente da PF (Polícia Federal) no Rio, Valdinho Jacinto Caetano, que, em entrevista há sete dias, anunciara que não havia a possibilidade de ter ocorrido um crime comum. Os acusados são seguranças da empresa Bric Log, que atua para a Poliporto, na zona portuária. Segundo a PF, um disco rígido foi destruído, e um pen drive, vendido a um receptador. O restante do material furtado, entre eles quatro notebooks, foi recuperado pela PF. (Página 1)

Ao sair em defesa do ministro do Trabalho e presidente nacional pedetista, Carlos Lupi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "bobagens" as recentes denúncias de favorecimento do PDT em convênios realizados pela pasta. Lula foi questionado sobre o caso Lupi ontem, em Quixadá, no interior do Ceará, em entrevista após evento de lançamento do novo programa do governo de combate à pobreza rural. "[Considero] uma bobagem [essas denúncias]. O ministro Lupi mostrou [dados] pra imprensa ontem [anteontem]. Se você pegar por partido político, você vai perceber que [por meio de recursos do FAT] o PSDB recebeu R$ 102 milhões nos convênios, porque tem São Paulo e Minas Gerais. O PT recebeu acho que R$ 92 milhões [na verdade, R$ 96 milhões], outros partidos receberam R$ 80 milhões", disse. (Página 1)

Um dia após nove integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de Alagoas terem sido baleados durante a invasão de uma fazenda na região de Piranhas (275 km de Maceió), militantes de três movimentos agrários bloquearam ontem trechos de rodovias no Estado. Os principais acessos a Maceió foram fechados antes das 8h de ontem e liberados após duas ou três horas, segundo o Centro de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar. Os sem-terra colocaram fogo em pneus e usaram galhos para bloquear as estradas. A coordenação estadual do MST disse que foram interditados nove pontos de cinco rodovias para chamar a atenção para o ocorrido. O movimento estimou em 5.000 os manifestantes. (Página 1)

O sol ainda não havia nascido em Tailândia (a 218 km de Belém, PA), mas a desempregada Luizangela Nunes, 28, já estava em frente à fazenda onde mora o prefeito Paulo Jasper (eleito pelo PSDB e atualmente sem partido), a seis quilômetros da cidade. Ex-cozinheira de uma serraria suspeita de manter estoques ilegais de madeira, Nunes queria garantir uma das 5.000 cestas básicas que seriam doadas pela prefeitura. Centenas de pessoas, desempregadas como ela, tiveram a mesma idéia: às 9h, milhares de moradores disputavam espaço no caos das filas. O município, que tem 67 mil habitantes e vive da atividade de madeireiras e carvoarias, passa por uma crise econômica provocada pela fiscalização de irregularidades na extração e venda de madeira ilegal. Tailândia está tomada por forças federais que investigam o desmatamento. (Página 1)

O chefe de cozinha Moisés Manuel de Lima Sobrinho, 25, que confessou ter planejado o furto ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), no dia 20 de dezembro, afirma que é ameaçado pela pessoa que encomendou os quadros. "Minha família foi coagida, minha mulher teve que se mudar", relatou, ontem, em entrevista no CDP 2 (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste de São Paulo. Sem dar nomes, e muitas vezes contraditório, Moisés diz que dois dos envolvidos já foram mortos. (Página 1)

A Vale registrou lucro recorde de R$ 20,006 bilhões no ano passado. O resultado representa um crescimento de 49% em relação ao do ano anterior. Analistas esperavam lucro da ordem de R$ 19 bilhões. A empresa é a maior produtora mundial de minério de ferro e a segunda maior em níquel. No ano passado, a companhia acumulou diversos recordes na produção de produtos como minério de ferro (303 milhões de toneladas), níquel refinado (248 mil toneladas), cobre (284 mil toneladas), entre outros. As vendas de minério de ferro e pelotas chegaram a 291,491 milhões de toneladas. Em 2007, o preço subiu 9,5%. Para 2008, a Vale fechou reajustes de 65% a 71%. "Foi um crescimento influenciado pela consolidação da Inco e pela maior demanda de commodities", diz Cristiane Viana, analista da Ágora. (Página 1)

O ESTADO DE SÃO PAULO

Governo restringe crédito para fazendas na Amazônia

Com o objetivo de conter o desmatamento da floresta, o Conselho Monetário Nacional (CNM) tornou mais rígidas as regras para a concessão de crédito para fazendas na Amazônia. Para conseguir financiamento, o produtor terá de comprovar que suas terras estão em situação regularizada no Incra e apresentar documento pela secretaria estadual do Meio Ambiente atestando que elas não têm pendências ambientais. A partir de 1º de julho, as normas terão que ser cumpridas por todos os bancos, públicos ou privados, que trabalhem com crédito rural na Amazônia. Caberá às instituições financeiras conferir nos sistemas eletrônicos dos Estados a existência de inscrição das propriedades no Incra e verificar a procedência de licenças ambientais. Para agricultores de assentamentos, as regras serão diferentes. Eles terão de obter declaração de regularidade ambiental expedida pelo Incra. (págs. 1 e A17)

Durante Fórum promovido pelo Estado, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou que o governo estuda dar bolsa para trabalhadores da Amazônia que deixarem atividades ilegais, como extração de madeira. (págs. 1 e A18)

A proposta de emenda constitucional da reforma tributária entregue pelo governo ao Congresso mostra que o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) federal vai ser um superimposto. Ele também incidirá sobre serviços, atualmente tributados apenas por municípios e Estados. Para uma fonte da área econômica, ele incidirá sobre "praticamente tudo". Para agradar governadores, a proposta prevê que os Estados poderão aumentar ou reduzir o ICMS de alguns produtos. (págs. 1 e A4)

"Vamos pagar menos tributos e vamos pagar tributos menores." Guido Mantega, ministro da Fazenda. (Página 1)

O Banco Central anunciou ontem que teve prejuízo de R$ 47,5 bilhões em 2007. O resultado negativo, que será coberto pelo Tesouro Nacional, foi causado pela valorização do real: a baixa do dólar aumentou o custo da estratégia oficial de acumular reservas externas e diminuir oscilações do dólar no mercado. As reservas chegam a US$ 190 bilhões. (págs. 1 e A10)

A Polícia Federal prendeu ontem quatro vigilantes do terminal de contêineres da Poliportos e recuperou os quatros computadores roubados em janeiro que continham informações sigilosas da Petrobrás. Os equipamentos foram encontrados nos bairros Parada de Lucas e Vila Kosmos, no subúrbio, e em São Gonçalo, na região metropolitana. A PF informou que os vigilantes vinham praticando pequenos furtos no terminal desde setembro de 2007. ( págs. 1 e B1)

Dos 106 propriedades brasileiras certificadas para exportar carne para a União Européia, 87 são de Minas Gerais. Lista provisória obtida pelo Estado mostra que também estão habilitadas 11 fazendas do Rio Grande do Sul, 4 de Mato Grosso, 2 de Goiás e 2 do Espírito Santo. Em janeiro, a EU havia barrado a carne nacional por questões sanitárias. (págs. 1 e B4)

Em agosto de 2007, a prefeita de São Gonçalo (RJ), Maria Aparecida Panisset, trocou o DEM pelo PDT, em festa com presença do presidente do partido e ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Em dezembro, fechou dois convênios, de R$ 1,141 milhão. É a primeira vez em 11 anos que a cidade recebe verbas do Ministério do Trabalho, que nega favorecimento. (págs. 1 e A8)

Lucro da Vale chega a R$ 20 bi - Ganho da mineradora cresce pelo quinto ano consecutivo. (pág.s 1 e B14)

Notas e informações - O governo tem motivos para festejar os indicadores econômicos, mas as conquistas só se sustentarão com avanços nas reformas e política fiscal menos dependente do aumento de receita. (págs. 1 e A3)

O GLOBO

Furto na Petrobras foi crime comum e não espionagem

A Polícia Federal prendeu ontem quatro vigilantes da Bric Log, dona do terminal da Poliporto, na zona portuária do Rio, onde foram furtados equipamentos com informações sigilosas da Petrobras. As investigações da PF concluíram que o sumiço de laptops e discos rígidos da estatal foi resultado de crime comum por parte de uma quadrilha que agia no local desde setembro do ano passado. Com isso, a PF enterrou a versão de espionagem industrial ou de ação de outros governos, como vinham sustentando os ministros Tarso Genro (Justiça) eDilma Rousseff (Casa Civil) e até o próprio superintendente da PF no Rio, Valdivino Caetano. No último dia 19, Caetano descartara a hipótese de crime comum. Ontem, a PF alegou que os envolvidos não tinham a menor idéia do que furtaram e que algumas peças foram para uso próprio. Outras foram recuperadas em Vila Kosmos, Parada de Lucas e São Gonçalo. Os presos são Alexandro de Araújo Maia, Eder Rodrigues da Costa, Michel Mello da Costa e Cristiano da Silva Tavares. (págs. 1, 29 e 30)

"São apenas três empresas no mundo que trabalham com esse tipo de prospecção. Roubaram um software que continha informações que eram um segredo de Estado." Lula, presidente da República, em 17 de fevereiro. (pág. 1)

"Todos os indícios parecem mostrar que se trata de espionagem industrial. Eles vão fazer o quê? Vai chegar uma pessoa lá e explorar?" Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, em 15 de fevereiro. (pág. 1 )

"Esses furtos do contêiner têm de ser tratados como questão de Estado, que envolve Abin e PF (...) Não é um caso só de espionagem de empresas que querem entrar na licitação. São interesses geopolíticos." Tarso Genro ministro da Justiça, em 16 de fevereiro. (pág. 1)

O ministro Carlos Lupi misturou em sua defesa dinheiro que deu a ONGs com recursos transferidos a estados, e convenceu o presidente Lula e que o PSDB (que governa SP e MG) foi o maior beneficiário. Para Lula, Lupi é "o mais republicano" dos ministros. (págs. 1 e 9)

O BC teve prejuízo de R$ 47,5 bi em 2007, valor 250% superior à perda de 2006. O resultado reflete o efeito do real valorizado sobre as reservas cambiais do país. Já a Vale registrou lucro recorde no ano passado, de R$ 20 bi, em alta de 48,95%. (págs. 1, 31 e 34)

A geneticista Mayana Zatz, uma das cientistas mais importantes do Brasil, apelou ontem aos ministros do STF para que mantenham o direito à pesquisa médica com células-tronco de embrião. O STF julgará a questão em 5 de março. (págs. 1 e 38)

GAZETA MERCANTIL

Menos de 106 fazendas podem exportar à UE

Pecuaristas e indústrias ficaram mais calmos após a União Européia (UE) aceitar, como divulgado anteontem, as 106 fazendas indicadas pelo governo brasileiro como preparadas para exportar carne bovina, o que acabou com o embargo total ao produto. Mas dessa lista, ao menos 10 fazendas não são destinadas à pecuária de corte. São propriedades leiteiras ou de gado para melhoramento genético. Ou seja, a quantidade de boi disponível para vendas ao bloco é ainda menor do que se imaginou quando a lista foi divulgada. "(Credenciamento de) fazenda de genética não me surpreende porque são as que têm a melhor estrutura. Agora é preciso ver o que vai ter de gado (para exportar)", diz o diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz. Se todas fossem para abate, com uma média de 600 animais cada como em Minas Gerais, o rebanho seria de quase 65 mil animais. O governo não revela a quantidade. O secretário de defesa de agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, Inácio Kroetz, admite que na lista há propriedades de genética e pecuária de leite, mas não informa quantas. A explicação para estarem na lista: "Estavam com os documentos em conformidade". A UE afirmou que a escolha das fazendas foi decisão do governo brasileiro e por isso não teria o que comentar. (págs. 1 e C4)

O Banco Central (BC) fechou 2007 com déficit de R$ 47 bilhões, mais que o triplo dos R$ 13,1 bilhões de 2006, mostra o balanço financeiro divulgado ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo o diretor da autoridade monetária, Antero de Morais Meirelles, o resultado cresceu pela influência da depreciação do dólar ante o real. Isso porque o BC elevou as reservas internacionais enquanto o dólar manteve-se desvalorizado. "Os swaps cambiais e o carregamento em seu ativo dos recursos que compõem as reservas internacionais geram resultado negativo para o Banco Central com a valorização do real frente às moedas estrangeiras", diz a nota do BC. Porém, por ser o detentor dos passivos cambiais, o Tesouro Nacional é beneficiado pela operação do banco, pois o resultado é refletido na dívida externa pública. A diretoria do Banco Central não avaliou o impacto do déficit no endividamento do governo no exterior. A posição líquida de swap cambial, alternativa do BC de intervir no mercado pela troca da variação do câmbio por uma taxa de juros, chegou a R$ 43,7 bilhões, acima dos R$ 31,1 bilhões de 2006. (págs. 1 e B1)

O barril do petróleo WTI disparou 3% ontem na Bolsa de Nova York, Nymex, e fechou a US$ 102,59, preço que supera pela primeira vez o recorde ajustado pela inflação, de US$ 102,53 registrado em 1980, um ano após a revolução iraniana. Durante a sessão os contratos para entrega em abril chegaram a US$ 102,97 por barril. Na Bolsa de Londres, o tipo Brent subiu 2,68% para US$ 100,90 o barril, após também registrar recorde de US$ 101,24 durante a sessão. As altas foram impulsionadas pelo avanço dos preços dos combustíveis de calefação - o óleo para aquecimento subiu 2,73% - e pela desvalorização do dólar diante do euro e outras divisas, o que torna mais baratas as compras de petróleo com moedas fortalecidas. Reflexo da subida do barril, o diesel teve reajuste de 5,05%. Conflitos internacionais também contribuem para o aumento. Aqui, descobriu-se que o roubo de laptops da Petrobras foi crime comum e não espionagem industrial. (Págs. 1, C2 e A5)

Companhia Vale do Rio Doce (Vale) encerrou 2007 com lucro de R$ 20 bilhões, um aumento de 49% sobre 2006. Os recordes de produção de nove produtos, entre os quais minério de ferro, cobre, níquel e bauxita, compensaram o expressivo aumento dos custos de exploração das reservas minerais. A mineradora registrou receita bruta de R$ 66,3 bilhões, dos quais R$ 17,2 bilhões partiram das atividades da Inco. As exportações somaram US$ 12,5 bilhões, sendo a China o principal destino do minério vendido pela Vale. Mais de 17% das vendas da companhia foram para os chineses, enquanto 14,6% ficaram no Brasil. (págs. 1 e A6)

O desemprego aumentou de 7,4% da PEA em dezembro passado para 8% em janeiro, a taxa mais baixa desta época do ano. O IBGE atribuiu esse resultado ao crescimento da terceirização de serviços. (págs. 1 e A4)

Apesar dos elogios à disposição do governo em enviar projeto da reforma tributária ao Congresso, especialistas e parlamentares apontam futuras dificuldades para aprovar mudanças na legislação do ICMS. (págs. 1 e A10)

Abertura comercial, menor carga tributária sobre importados e investimentos em infraestrutura poderiam conter a queda do dólar frente ao real. (págs. 1 e gazetamercantil.com.br)

A Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL Energia teve em 2007 lucro líquido de R$ 1,643 bilhão, acréscimo de 17% sobre o ano anterior. O Ebitda cresceu 20%, para R$ 3,345 bilhões. (págs. 1 e A4)

Após uma reestruturação, o grupo Bueno Netto, que atua no setor imobiliário de São Paulo, Rio e Bahia, projeta crescer 500% em 2008, para um faturamento de R$ 100 milhões. (págs. 1 e C7)

ORÇAMENTO - "Os líderes podem solucionar os embates", diz Pimentel. (págs. 1 e A8)

INDÚSTRIA - Nível de atividade sobe 2,2% em SP. (págs. 1 e A6)

Everardo Maciel - É simplismo pensar que simplificar é reduzir o número de tributos. Mais grave que um grande número é a complexidade de um tributo. (págs. 1 e A3)

Klaus Kleber - O déficit nominal das contas públicas ainda é de 2,02% do PIB, mas tanto dinheiro entrando no caixa do governo, é provável que acabe não havendo corte algum no orçamento. (págs. 1 e A2)

CORREIO BRAZILIENSE

País nunca empregou tanto num início de ano

Pesquisa do IBGE mostra que, pela primeira vez no país, o número de trabalhadores com carteira assinada supera o de informais. Dos 21,3 milhões de pessoas ocupadas, 51, 1% são empregados com todos os direitos legais respeitados. O fenômeno, avaliam especialistas, revela a confiança dos empresários de que a economia vai continuar crescendo. (págs. 1 e Tema do Dia, página 13)

Todos concordam: a reforma tributária precisa ser feita. Mas há muitos interesses em jogo, e ninguém quer perder arrecadação. Por isso, o projeto enviado pelo governo ao Congresso dificilmente será aprovado este ano. A proposta é alvo de desconfiança de parlamentares, governadores, prefeitos e empresários. (págs. 1 e 2 a 4)

Até ministros levantaram suspeitas sobre espionagem industrial. Mas não foram espiões os responsáveis pelo furto de laptops com dados sigilosos da Petrobras. A Polícia Federal desvendou o caso, um crime comum, e prendeu os ladrões: quatro vigilantes que cuidavam do contêiner onde os micros estavam. (págs. 1 e 14)

Animados com os bons indicadores da economia e com a perspectiva de rentabilidade das ações de empresas brasileiras, investidores de países árabes produtores de petróleo estão injetando dólares na Bolsa de São Paulo. Movimento ajuda Bovespa a operar em alta apesar do pessimismo no mercado americano. (págs. 1 e 23)

EUA enviam porta-aviões nuclear ao Brasil - O navio USS George Washington desembarca em abril para exercício militar com Brasil e Argentina. (págs. 1 e 27)

O governador Arruda e o presidente do BID, Luiz Alberto Moreno, anunciaram um programa de vigilância por meio de câmeras para aumentar a segurança pública no DF. Investimento inicial é de R$ 150 mil. (págs. 1 e 8)

Ladrão do BC lavou R$ 10 mi em imóveis - Bandido preso no Riacho Fundo gastou com casas, fazendas e carros no DF, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.(págs. 1 e 10)

VALOR ECONÔMICO

Municípios temem perdas com a reforma tributária

A reação de Estados e municípios à íntegra da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma tributária, que chegou ontem ao Congresso, concentrou-se em três pontos principais: a possibilidade de o IVA-federal incidir sobre serviços já tributados pelo ISS, a alteração de critérios para o repasse de ICMS aos municípios e a retenção de recursos aos Estados que persistirem na guerra fiscal. O dispositivo que, de acordo com tributaristas, poderá levar à bitributação pelo IVA-federal foi incluído na proposta num momento em que a arrecadação de ISS sobre serviços cresce acima da tributação do ICMS sobre a circulação de mercadorias. A Confederação Nacional dos Municípios também já manifestou desconforto com a possibilidade de mudança nos critérios de repasse do ICMS. Hoje, 75% do imposto repassado aos municípios é calculado com base no valor adicionado, o que poderá ser alterado por meio de lei complementar, sem garantia constitucional. Os tributaristas identificam nas cidades mais ricas, que têm fatia maior no bolo do imposto, o principal alvo da mudança. Além disso, outra norma que deve preocupar as empresas é a suspensão da anterioridade de 90 dias e da anterioridade de um ano durante os dois primeiros anos do novo ICMS. Na exposição de motivos da proposta, diz o advogado Júlio de Oliveira, a suspensão da anterioridade é considerada uma excepcionalidade para propiciar uma capacidade de reação mais célere aos Estados, caso haja "declínio abrupto e inesperado" de receita. A exposição diz que, para evitar surpresas ao contribuinte, há prazo de 30 dias para alterações que resultem em aumento do novo imposto. Nos Estados, a decisão de manter uma alíquota de 2% do ICMS na origem foi considerada insuficiente. Segundo o secretário mineiro da Fazenda, Simão Cirineu Dias, a redução da alíquota de 7% para 2% representará uma perda de R$ 1 bilhão por ano para Minas Gerais. Em São Paulo, o governador José Serra (PSDB) criticou a possibilidade de eliminação do ressarcimento que os Estados recebem pela isenção das exportações de produtos manufaturados e também considerou de difícil viabilidade a suspensão de repasses para os Estados que concederem novos incentivos fiscais. (págs. 1, A7 a A9)

O custo de carregamento das reservas cambiais - diferencial de taxa de juros interna e externa e valorização do real frente ao dólar - chegou a R$ 51 bilhões em 2007, ou 1,9% do Produto Interno Bruto, segundo cálculos de economistas do governo. No dia 27 de fevereiro, as reservas atingiram US$ 190,49 bilhões. A contrapartida do fim da dívida externa foi o aumento do endividamento interno, em reais. Em 2007, a dívida pública líquida caiu para 42,8% do PIB, ante 44,7% de 2006. Em compensação, a dívida interna líquida cresceu de 47,4% do PIB para 51,9% e a dívida interna não monetária (excluída da base monetária) foi de 42,3% do PIB para 46,4%.(págs. 1 e A2)

Surrado pelos temores de recessão, o dólar acelera sua queda. Em seis anos, perdeu 40% em relação ao euro, que valia US$ 1,52 ontem. Essa tendência cria desafios não só para os EUA, mas também para muitos outros, de produtores de açúcar no Brasil a bancos centrais no Golfo Pérsico. Os detratores do dólar - grupo pequeno, mas crescente - dizem que a moeda corre o risco de perder seu status de divisa dominante do mundo. Mas, apesar de todo o pessimismo, o mundo não está preparado para abrir mão da moeda americana. Para tirá-la desse posto seria preciso fazer uma enorme reforma do sistema financeiro mundial, que poucos querem enfrentar.(págs. 1 e C5)

A administradora americana de recursos Brandes Investment Partners, que tem US$ 111 bilhões sob gestão, entrou na semana passada com uma ação cautelar de protesto na Justiça do Rio contra a Eletrobrás, por conta da decisão da empresa de não distribuir dividendos durante nove anos, entre 1979 e 1998. Em setembro, a dívida da estatal com os detentores de ações ordinárias somava R$ 8,08 bilhões. Estima-se que na virada do ano tenha alcançado R$ 8,4 bilhões. A dívida é reconhecida pela Eletrobrás em seu balanço. A Brandes é acionista da empresa desde 1997 e detinha no fim do ano passado uma participação que lhe daria direito a R$ 3,19 bilhões dos dividendos retidos. Quem mais tem dinheiro a receber é o próprio governo. (págs. 1 e B3)

Taxa de desemprego no país ficou em 8% da população economicamente ativa (PEA) em janeiro, com crescimento de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro. Em comparação a janeiro de 2006, houve recuo de 1,3 ponto percentual. (págs. 1 e A4)

Petrobras quer que governo reveja tarifa de acordo com o México. (págs. 1 e A3)

Maior distribuidora privada de energia do país, a CPFL Energia obteve lucro líquido recorde de R$ 1,64 bilhão no ano passado, ante R$ 1,4 bilhão em 2006. A receita líquida passou de R$ 7,9 bilhões para R$ 9,4 bilhões. (págs. 1 e B9)

A alta das commodities metálicas em 2007 fez o lucro líquido da Vale do Rio Doce crescer 49%, para R$ 20 bilhões. A empresa bateu recorde de vendas de minério de ferro e pelotas, com 291,5 milhões de toneladas. (págs. 1 e A5)

De olho no público de renda menor, seguradoras reduzem valores mínimos exigidos para investimento em PGBL e VGBL, mas as taxas são maiores. (págs. 1 e B13)

Relatório do Greenpeace sobre contaminação de culturas convencionais por transgênicos aponta 39 casos de contaminação ou cultivo ilegal em 23 países em 2007. Desde 1996, já foram identificadas 216 ocorrências. (págs. 1 e B13)

A Damp, indústria controlada pelo BMG, lança em abril um fogão a lenha que também funciona como uma minitermelétrica doméstica para a geração de energia. A empresa já tem encomendas do governo do Acre. (págs. 1 e B9)

Armando Castelar: sem ajuste fiscal, entrada recorde de capital externo aumentará déficit em conta corrente. (págs. 1 e A15)

Maria C. Fernandes : em vez de buscar a base popular que o governo vem conquistando, PSDB a confronta. (págs. 1 e A7)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO

Mais UTIs na rede pública

Foram inauguradas ontem no HR, quatro dos 88 leitos de terapia intensiva que o estado quer implantar até o fim do ano. Pacientes portadores da superbactéria só terão alta após três exames negativos. (Página 1)

Boates vão chamar a polícia se clientes insistirem em fumar. (Página 1)

Estado vai combater funcionários com vinculo duplo. (Página 1)

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