18 março 2007

Os Ministeriáveis para a Agricultura

Noblat

Waldemir Moka (PMDB-MS)
Membro da chamada "bancada ruralista", foi citado por Luiz Antônio Vedoin, um dos chefes da Máfia dos Sanguessugas, como político que se dispôs a levar uma grana por fora para propor emendas ao Orçamento da União destinadas à compra superfaturada de ambulâncias. Vedoin reconheceu que não chegou a fazer negócio com Moka. De longe, a nomeação de Moka para ministro é a que mais agradaria a bancada do PMDB na Câmara. Ele é muito popular entre os colegas.

Fernando Diniz (PMDB-MG)
Membro da "bancada ruralista", é presidente do PMDB mineiro e exerceu larga influência nos últimos três anos no âmbito da Comissão de Orçamento da Câmara. É ali que se passam tenebrosas transações. Uma vez que se tornam públicas, costumam resultar em escândalos. Um assessor de Lula disse outro dia a respeito de Diniz: "Paira uma nuvem cinzenta sobre ele. É preferível nomear quem tem ficha criminal conhecida".

Tadeu Filippelli (PMDB-DF)
O problema dele se chama Joaquim Roriz, ex-governador do Distrito Federal, eleito senador no ano passado. Filippelli é filho político de Roriz, que tentou fazer dele seu sucessor. Se um dia Roriz for incriminado por algum dos inúmeros atos irregulares que praticou em seus quatro governos, poderá sobrar para Filippelli.

Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Foi ministro das Comunicações durante parte do primeiro governo Lula. Escapou sem escoriações. Dos aspirantes ao cargo de ministro de Agricultura, é o que tem menos força dentro da bancada do PMDB na Câmara. Em compensação, é forte junto a Temer. Apoiou a reeleição dele para presidente do partido.

Reinhold Stephanes (PMDB-PR)
Economista, especializado em Administração Pública na Alemanha, foi Ministro da Previdência e Assistência Social por duas vezes (governos Ernesto Geisel e Fernando Collor) e Ministro do Trabalho e da Previdência Social (governo Fernando Henrique Cardoso). Foi também foi secretário da Agricultura do Paraná, secretário do Planejamento do Ministério da Agricultura e diretor do INCRA.
Na corrida pela vaga de ministro da Agricultura, é o mais qualificado candidato.

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