De Reinaldo Azevedo:
Uma carta de Ivanisa Teitelroit, mulher de Franklin Martins
Ivanisa Teitelroit Martins, mulher do jornalista Franklin Martins, cotado para assumir a Secretaria de Comunicação do governo Lula, enviou a este blog a mensagem que segue abaixo.
Como não sou anônima, me identifico. Meu nome é Ivanisa Teitelroit Martins. Em geral, comentários de blogs não são divulgados pelo Google. No caso desse blog, eles são. Isso significa que pessoas anônimas são responsáveis por comentários que faltam com a verdade ou por desconhecimento ou por má fé. Sou mestre em política social pela London School of Economics and Political Science. Há 22 anos sou técnica no serviço público, transferida ao Ministério do Planejamento em 1995. Sou colaboradora na redação de três artigos na Constituição, 203,204 e 227. Fui em 1985 diretora de unidade de internação de jovens em conflito com a lei.
Entre os anos de 1988 e 1990, participei das discussões da legislação da seguridade social, da Lei Orgânica da Assistência Social e do Estatuto da Criança e do Adolescente. Em 1990, coordenei juntamente com equipe a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente no Distrito Federal. Em 1993, fui presidente do Centro Brasileiro para a Infância e a Adolescência, órgão nacional responsável pela implantação nacional do Estatuto da Criança e do Adolescente. Instalei o Conselho Nacional da Criança e do Adolescente. Dirigi 27 escritórios, o hospital da Criança e do Adolescente, três unidades de internação e a Escola XV de Novembro, no Complexo de Quintino.
Instalamos centros de acolhimento a crianças e adolescentes no Rio de Janeiro, que acolheram os sobreviventes da Chacina da Candelária. A partir de 1994, no Ministério do Planejamento, representei o Ministério no Conselho de Seguridade Social e no Conselho de Direitos da Mulher. Em 1995, trabalhei no IPEA, quando fui convidada para assessorar a liderança do governo na Câmara, trabalhei na reforma da previdência, discuti o programa Bolsa Escola e redigi, juntamente, com a OIT o projeto de trabalho educativo para jovens. Pedi licença do serviço público, porque as Organizações Globo, me pressionaram a deixar de trabalhar, pois isso interferia com a função de Franklin Martins na direção da sucursal do Jornal O Globo. Não entendi, pois minha especialização não tem conflito com a profissão de meu marido. Mas pedi licença, e Franklin pediu demissão.
Durante 7 anos me dediquei à formação em psicanálise. Sou psicanalista da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle, uma das sociedades mais respeitadas no Rio de Janeiro. Em 2004, fui convidada pelo atual governo a voltar, quando prestei assessoria ao programa Bolsa Família, fiz estudo de avaliação das políticas sociais desde 1988, nas áreas de seguridade social, proteção social, educação, política da criança e do adolescente e a política da Juventude. Propus em setembro de 2005 o programa Bolsa Jovem para que jovens de 16 a 19 anos continuassem estudando, para completar o ensino médio, se capacitassem profissionalmente e tivessem acesso ao ensino universitário.
Espero que essas informações sejam suficientes e tirem qualquer dúvida quanto ao meu histórico profissional, que me deu experiência suficiente para ser uma profissional respeitada.Todas as informações estão documentadas e inclusive registradas pela imprensa, na época.