10 março 2007

LULA E O PONTO G

Reinaldo Azevedo

É nisso que dá. Anteontem, Lula falou como sexólogo, fazendo digressões sobre a prática “daquilo naquilo” como uma necessidade fisiológica do ser humano. Hoje, ao comentar as relações entre Brasil e EUA e o fracasso das negociações na chamada Rodada de Doha, afirmou que é preciso encontrar o “Ponto G” das negociações... Eu, hein!? O que terá querido dizer o presidente? No que a sua “massa encefálica dentro do cérebro” estaria pensando?

É, leitor... Vocês sabem que não sou membro da Igreja Universal do Aquecimento Global dos Santos Ecológicos dos Últimos Dias, mas em Ponto G, o feminino, vejam só, eu acredito. Para muitos, trata-se de uma abstração. Não conto meus segredos. Nunca tinha pensado, é verdade, no dito-cujo quando o assunto é a chamada Rodada de Doha — e é claro que as palavras arranjadas assim me soam a qualquer coisa ligeiramente pornográfica.

Boto “Ponto G” na área de procura do Google e descubro espantado que os homens também teriam esse negócio aí. Dizem as sexólogas — no feminino. Acho a coisa um tanto espantosa dita como está lá. Espero que os EUA não levem a sério a provocação de Lula e não decidam encontrar o “Ponto G” do Brasil... Intuo que pode ser mais dolorido do que gostoso. E nada de casar essa história com o programa de inclusão digital.