- Crise militar revela insatisfação com soldo - A crise entre o Palácio do Planalto e os militares - provocada pelas declarações do general Augusto Heleno, chefe do Comando Militar da Amazônia, contra a política indigenista - está longe de acabar. A Polícia Federal acha que as reações contra a reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, têm como finalidade chamar a atenção do governo para a questão que tem mais afetado os quartéis: o sucateamento das Forças Armadas e a queda na remuneração da tropa. (págs. 1 e A3)
- A TV digital, que prevê multiprogramação, interatividade e alta qualidade de imagem, deveria estar funcionando no Rio desde o inicio do mês. Entretanto, as lojas nem conversor têm para vender. (pág. 1 e Economia E4)
- De um lado, a governista Blanca Ovelar. Do outro, o oposionista Fernando Lugo. Blanca comanda os caciques do Partido Colorado. Lugo reúne a oposição de direita e esquerda. Ambos disputam o voto dos paraguaios, que hoje elegerão o novo presidente. O vencedor enfrentará uma crise de governabilidade, herança da hegemonia colorada. (pág. 1 e Internacional A28 e A29)
- Pesquisa mostra que 41% dos filhos não foram planejados - Datafolha também revela que, se pudessem voltar no tempo, 15% dos pais brasileiros não teriam crianças. (págs. 1 e Cotidiano 2)
- Setor de petróleo espera receber US$ 72 bi - Estimativa é piso previsto para o investimento entre 2008 e 2012, após a descoberta de reservas; só o campo de Tupi deve receber US$ 50 bilhões em dez anos, 16,5% do orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento. (págs. 1 e B1)
- Preso pelo Exército durante o combate à guerrilha do PC do B no Araguaia, nos anos 70, o lavrador José Rodrigues da Silva diz ter visto militares enterrarem numa vala comum, em Xambioá (TO), os corpos de 12 guerrilheiros até hoje desaparecidos, relata Sérgio Torres. Selva na época da guerrilha, o local indicado pelo lavrador hoje é área de pasto em uma fazenda. (págs. 1 e A12)
- Etanol tem recorde de investimentos - Apesar dos ataques, produção brasileira de cana-de-açúcar vai crescer 16% e atrai 32 novas usinas. (págs. 1 e B1 a B10)
- Só 17 soldados vigiam 1.385 km de fronteiras na Amazônia - Fronteira com Guianas e Suriname é a mais vulnerável. (págs. 1 e A4 a A7)
- Levantamento das universidades de Brasília e Estadual do Rio com base em 2.135 pesquisadas mostra que a brasileira que faz aborto é casada, já é mãe, trabalha fora e tem, em média, entre 20 e 29 anos. É católica e tem alguma escolaridade - completou ao menos os oito anos do ensino fundamental. A decisão pela interrupção da gravidez é tomada com o parceiro. Apenas 2,5% das mulheres que abortaram ficaram grávidas ao terem uma relação eventual. (págs. 1 e A22)
- Profissão Vereador - Estado tem 283 vereadores recebendo acima do limite - Relatório do Tribunal de Contas do Estado aponta irregularidades nas câmaras. (págs. 1 e 3)
- Apenas no ano passado, as 86 fundações credenciadas pelo MEC e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia receberam R$ 825 milhões do governo federal, sem um controle eficaz de sua destinação. Alarmado com os indícios de mau uso desses recursos, o TCU começará nas próximas semanas uma auditoria nacional nas fundações de apoio. (págs. 1 e 8)
- Esperança para reduzir o hiato entre oferta e demanda de alimentos no mundo, o Brasil enfrenta barreiras: há dívidas de R$ 87 bilhões no campo e a infra-estrutura é deficiente. (págs. 1 e 34)
- Giro de ADRs em NY supera o da Bovespa
A necessidade de diversificar o portfólio, fugindo dos efeitos de uma possível recessão econômica no desempenho das empresas norte-americanas, está estimulando a procura por ADRs de empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Nova York. O volume negociado supera o da Bovespa desde 2006, mas este ano há um descolamento ainda maior. Até 14 de abril, a média diária de negócios com ADRs chegou a US$ 3,653 bilhões, superando o volume médio da Bovespa em 20%, segundo a consultoria Economática.
Além da busca por ações de empresas de países emergentes, que alguns estimam que sofrerão menos com uma recessão nos EUA, a redução de custos estimula o crescimento das ADRs. "Há vantagens ao concentrar as operações em um único mercado, com redução de custos", afirma Custis Smith, do Bank of New York Mellon. Atualmente os negócios com ADR da Petrobras superam os de gigantes como Amazon e Coca-Cola. (Págs. 1 e B1)
- A disparada da inflação dos alimentos está golpeando em cheio o Bolsa Família. Cerca de 11 milhões de famílias contempladas pelo benefício perderam poder de compra para um reajuste médio de 40% nos preços do feijão, arroz, carne, macarrão, leite, pão, biscoitos e óleo de soja. A taxa, calculada a partir de levantamento exclusivo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a Gazeta Mercantil, reflete o aumento destes alimentos básicos desde junho de 2007, mês seguinte ao último reajuste do programa.
"Faz algum tempo que nós só comemos ensopado. Muita sopa porque não está dando para fritar nada", conta a faxineira Kátia Alves, mãe de cinco filhos, para quem óleo de soja virou artigo de luxo. (Págs. 1 e A7)
- O fluxo de recursos estrangeiros para o mercado de capitais atingiu US$ 69,66 bilhões em março, cerca de US$ 10 bilhões mais que no final de 2007, e bateu novo recorde, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nas previsões do mercado, o crescimento do fluxo vai continuar e deverá ter mais um atrativo decorrente do aumento das taxas de juros. "Este mês, até ontem, o volume de entrada de novos recursos de investidores estrangeiros na custódia do Citibank já está igual ao do que entrou no mês passado", diz Pedro Guerra, diretor-executivo de serviços ao mercado de capitais do banco, o maior custo diante de recursos de estrangeiros no País.
De acordo com a Comissão, no final de março o Citi administrava 50,5% dos recursos aplicados no País. "Temos aberto cerca de 300 contas por mês", completou Guerra. (Págs. 1 e B1)
- MÁRCIO ARTUR LAURELLI CYPRIANO - É impossível dizer em que grau a elevação da Selic em 0,5 ponto nesta semana irá desacelerar a economia. Mas é certo que não provocará recessão ou forte desaceleração econômica. (Págs. 1 eA3)
- A economia informal cresce mais que a formal no Brasil. Índice da Economia Subterrânea, lançado ontem em São Paulo, mostra que, enquanto o PIB subiu 5,4% em 2007, a atividade informal saltou 8,7%. (Págs. 1 e A6)
- Um grupo de 700 pessoas, entre empresários e lideranças políticas, se reúne a partir de hoje para debater o tema "Educação Pública de Qualidade para um Brasil Melhor'', no Fórum Empresarial, na Bahia. (Págs. 1 e C4)
- A Cemig fechou contrato de R$ 10,5 bilhões com o Grupo Votorantim para fornecer 670 MW médios até 2028. O acordo é um dos maiores do País. (Págs. 1 e A8)
- Cúpula da Câmara partilha apartamentos de servidores
- Imóveis funcionais estão sendo usados para privilegiar apadrinhados de ex-presidente e outros integrantes da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O ex-deputado João Caldas (PL-AL), que administrou os apartamentos em 2005 e entregou quatro deles, admite que "não há critérios técnicos" na distribuição. (págs. 1, 2 e 3)
- Os preços dos alimentos sobem e fazem conseqüentemente, com que as famílias de baixa renda gastem mais. E com menos dinheiro para o restante das necessidades, os consumidores podem vir a dar calote nos pagamentos de compras a prazo, segundo o governo. Por isso, valor do Bolsa-Família deve ser reajustado. (págs. 1, 21, 23 e 24)
- Novas jazidas vão modificar regulamentação do petróleo
A descoberta de reservas gigantes de petróleo na camada pré-sal da costa brasileira fará o governo mudar, no mínimo, a tributação do setor. Mas, dentro e fora do governo, já ocorre um debate muito mais amplo, sobre a alteração ou não do modelo de exploração dessas reservas - o que traz dúvidas sobre a extensão das mudanças e seus impactos para investidores e para a própria Petrobras.
Se a mudança for apenas para permitir maior participação do país no lucro da indústria, ela poderá ser feita por meio de mudanças na alíquota da Participação Especial (PE), o que não exige alterar a Lei do Petróleo (9.478/97). Porém, mudanças mais profundas, que envolvam nova repartição e alteração na alíquota dos royalties ou mesmo novo modelo de exploração, teriam de ser levadas ao Congresso. Se isso acontecer, a discussão pode levar anos.
No governo, não há pressa em concluir os estudos, mas por avaliações preliminares a forma mais rápida e viável de mudança é preservar o modelo atual, de contratos de concessão, e, por decreto presidencial, aumentar as participações especiais (tributo que varia de 10% a 40% e é cobrado só de campos com alta produtividade). A cobrança justificaria-se por ter-se reduzido muito o risco de exploração no país.
Associadas à concepção do menor risco aparecem as propostas de partilha da produção. Nesse regime, as empresas que exploram petróleo entregam quantidades volumosas - às vezes mais de 80% - da produção a uma estatal. Nos países que o adotam, a estatal não tem ações em bolsa. Por isso, começam a surgir defensores de uma nova empresa pública do setor, que faria a gestão do modelo, sem furar poços. Na Petrobras, uma ala tem defendido o fechamento das áreas do pré-sal ainda sem concessão para investidores estrangeiros.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, reagiu com perplexidade à pergunta sobre a possibilidade de o governo criar uma nova empresa petrolífera: "Nunca escutei uma história dessa!"
A discussão da partilha dos royalties - hoje concentrados no Rio de Janeiro - está mais avançada. "O petróleo não pertence a A, B ou C", disse o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, ao Valor, admitindo uma revisão dos atuais critérios. (Págs. 1, A3 e A4)
- O governo brasileiro exigirá transferência de tecnologia das empresas estrangeiras que participarem da implantação do trem de alta velocidade (TAV), informou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Um projeto unificado prevê que o trem ligará Campinas a São Paulo e Rio e os principais aeroportos das três cidades. Antes, havia três projetos separados. A ministra viaja no fim de semana ao Japão e Coréia do Sul, dois países detentores de tecnologia nessa área.
A ministra disse ao Valor, que as companhias estrangeiras terão necessariamente de firmar parcerias com empresas brasileiras. A condição prévia para participação no leilão será a transferência de tecnologia, modelo semelhante ao da Coréia e da China. Ela afirmou que o governo fará um "esforço enorme" para o trem estar em pleno funcionamento durante a Copa do Mundo de 2014, que terá sede no Brasil. (Págs. 1 e A5)
- Os bancos não esperaram o anúncio do aumento da Selic, quarta-feira à noite, para elevar os juros. Novas tabelas das taxas para financiamento de veículos chegaram às revendas de automóveis na terça-feira. As altas, neste primeiro momento, foram pequenas, entre 1,2 e 1,7 ponto percentual na taxa anual (que gira em torno de 30%). Mas novas elevações devem acontecer nas próximas semanas. O crédito para empresas também ficou mais caro. Levantamento do Valor Data com informações da CMA mostra alta média de 0,12 ponto percentual na taxa efetiva do capital de giro e desconto de duplicatas. Apesar disso, a expectativa é de continuidade da expansão do crédito. (Págs. 1 e C1)
- Cláudia Safatle: reajuste da aposentadoria pelo salário mínimo criará gasto adicional de 7% do PIB em 2050. (Págs. 1 e A2)
- As vendas do comércio tiveram alta de 10,7% nos três primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2007, segundo a Serasa. O varejo especializado (eletroeletrônicos e veículos) cresceu 13,4% e os supermercados, 7,2%. (Pág 1)
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