03 abril 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

Congresso debate sumiço do prefeito

A omissão do prefeito César Maia diante da epidemia de dengue no Rio acirrou os ânimos no Congresso. Citando a manchete "O prefeito sumiu" publicada ontem no JB, senadores governistas cobraram em plenário explicações de Maia (que é do DEM) e ameaçam convocá-lo a depor. O chefe do Executivo carioca recebeu críticas de cientistas políticos, de moradores e do assessor da Presidência Marco Aurélio Garcia: "Que cuide dos mosquitos e não me obrigue a falar dele como meu aluno no Chile". (págs. 1, País A2 e A3 e Cidade A11)

A Associação Brasileira de Medicina de Grupo, que representa 270 operadoras da área de saúde no país, contesta na Justiça a decisão que introduziu, desde ontem, cerca de 100 novos procedimentos e serviços aos planos de saúde. Alega que a resolução da Agência Nacional de Saúde Complementar causa um impacto de 8% a 10% nos custos de atendimento. Já a Federação de Saúde Complementar considera que o aumento Será repassado ao consumidor. (págs. 1, Economia A19)

A Juíza Regina Coeli Medeiros de Carvalho acolheu pedido do Ministério Público e determinou a abertura de todos os postos de saúde da rede municipal por 24 horas, inclusive nos fins de semana, para atendimento a doentes com dengue. Depois de insistir na necessidade de funcionamento integral das unidades, o governador Sérgio Cabral sugeriu que César Maia está sendo irresponsável. O prefeito queria abrir apenas 15 dos 145 postos aos domingos, das 8h às 17h. (págs. 1 e Cidade A10)

Todos os 477 mil carros Fox, da Volkswagem do Brasil, produzidos desde 2003, terão de fazer ajustes no rebatedor do banco traseiro, que tem machucado e até arrancado o dedo de quem o manuseia. Segundo o Ministério da Justiça, a Volkswagem tem um prazo de 10 dias para se manifestar sobre o recall. (págs. 1 e Economia A19)

FOLHA DE SÃO PAULO

Corte nos gastos pode chegar a R$ 30 bi

A crise internacional e a sinalização do Banco Central de que pode subir os juros para conter o consumo e a alta da inflação levaram a equipe econômica a aumentar o tamanho do corte no Orçamento deste ano. Inicialmente previsto em R$ 20 bilhões, o corte agora pode ficar na casa dos R$ 30 bilhões para sinalizar ao mercado financeiro que o governo será mais prudente na área fiscal e cumprirá sua meta de superávit primário (economia feita para pagamento de juros) de 3,8% do PIB. Além dos R$ 12,5 bilhões já cortados pelo Congresso na votação do Orçamento, o presidente Lula analisa três propostas de cortes adicionais: de R$ 14,5 bilhões, R$ 16,5 bilhões ou de R$ 19,5 bilhões. Enquanto o Ministério do Planejamento avalia ser possível cumprir a meta de superávit com a adoção da primeira proposta, o Ministério da Fazenda defende que o momento exige um redução maior nos gastos, sobretudo diante das expectativas do mercado financeiro e dos empresários de alta da inflação com as incertezas internacionais e o aquecimento da demanda interna. Assim, o corte de gastos auxiliaria o BC a manter as expectativas de inflação no centro da meta (4,5%) e, espera a Fazenda, conter aumento dos juros. (Página 1)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) é vítima de "chantagem política" no episódio do vazamento e divulgação de dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista no Itamaraty, após almoçar com o presidente da Eslovênia, Danilo Türk, ele isentou a ministra de suspeições e minimizou o impacto das informações do dossiê. O petista disse que a impressão que tem do episódio -classificado por ele como lamentável- é que "alguém encontrou um osso de galinha e tentou vender para a imprensa que tinha encontrado uma ossada de dinossauro. Na hora que foi montar para saber o tamanho do dinossauro percebeu que era um franguinho". "Eu acho que a pessoa que tem a história da Dilma, a pessoa que presta um serviço ao país que a Dilma presta, não pode ser vítima de uma chantagem política de uma figura que eu não sei quem é, que roubou peças de um documento de um banco de dados e vendeu a idéia para alguém que era um dossiê. Eu não posso em algum momento ter um milésimo de suspeita contra a ministra Dilma, porque conheço ela, sei da história dela e sei que serviço ela presta ao país", afirmou. (Página 1)

"A dengue é a doença da omissão e dos sete erros", disse Edmilson Migowski, professor de infectologia pediátrica, em debate de especialistas em dengue ontem no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O grupo apontou as falhas no combate à doença que acabaram gerando a epidemia que o Rio agora tenta enfrentar. Para eles, a mobilização feita agora pelas autoridades tinha que ter ocorrido antes da epidemia. O governo fluminense foi criticado por querer trazer médicos de Estados que não têm casos de dengue. Migowski criticou a falta de uma campanha sistemática do governo. Para ele, a recusa das autoridades em assumir a epidemia fez as pessoas acharem que não havia muitos casos e relaxassem nas medidas de prevenção domésticas. O médico alerta que todos os antitérmicos devem ser evitados em pacientes com dengue, já que nenhum medicamento foi testado quanto à segurança e à eficácia contra a doença, inclusive o paracetamol (Tylenol, entre outros), que tem sido receitado. Ele enfatiza a hidratação, mesmo antes de o paciente ser diagnosticado. (Página 1)

O DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça, decidiu que a Volkswagen do Brasil terá de fazer um recall do Fox, após relatos de que o manuseio do banco traseiro teria machucado e até mutilado dedos de usuários. A empresa deve acatar a determinação e disse que, de oito consumidores feridos, fez acordo com cinco. A empresa informou que, de 2003 a 2008, já produziu 820 mil unidades do veículo nas versões Fox, CrossFox e SpaceFox. No Brasil, foram vendidos 477 mil veículos, e outros 343 mil foram exportados. Os três modelos devem ser incluídos no recall. A decisão do DPDC foi tomada após reunião com representantes dos ministérios públicos de São Paulo, Santa Catarina e Bahia, Ministério Público Federal e Procon de São Paulo, na manhã de ontem. A empresa deverá anunciar o recall nos próximos dias (ela tem prazo de dez dias para responder à determinação do DPDC). O anúncio será feito por televisão, rádio e jornais, além de envio de correspondência a todos os proprietários de modelos Fox fabricados a partir de 2003, conforme prevê o artigo 10 do CDC (Código de Defesa do Consumidor). (Página 1)O ESTADO DE S. PAULO

O GLOBO

Sindicatos celebram com Lula liberdade para gastar

Com a presença dos dirigentes de todas as centrais sindicais, foi comemorado no Palácio do Planalto o veto do presidente Lula à fiscalização dosa sindicatos pelo Tribunal de Contas da União. Exultantes, dirigentes sindicais se revezaram no microfone para agradecer a Lula o veto à medida que abriria a caixa-preta do uso de cerca de R$ 1,2 bilhão anual, da contribuição sindical obrigatória - R$ 100 milhões só das centrais. O presidente disse que nunca teve dúvida sobre o veto e que temia que a fiscalização fosse usada para perseguição política. O Ministério do Trabalho descartou a possibilidade de exercer a fiscalização. Os sindicalistas pediram a ajuda de Lula para que a contribuição assistencial, hoje opcional, também passe a ser obrigatória. Lula prometeu apoio à convenção da OIT que veta a demissão imotivada e defendeu a regulamentação do direito de greve no setor público. (págs. 1, 3 e 4)

A nova política industrial, que será anunciada no dia 15 pelo presidente Lula, dará ênfase à energia, com destaque para etanol, biodesel e energia nuclear. Só o BNDES pretende destinar R$ 6,4 bilhões a financiamentos nessa área. (págs. 1 e 25)

O presidente Lula saiu em defesa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que, segundo ele, é "vítima de uma chantagem política e de leviandade clandestina". "Não posso ter um milésimo de suspeita contra a ministra, porque a conheço, sei da história dela e do serviço que ele presta ao país", disse Lula. O presidente desdenhou do dossiê com dados sigilosos sobre o governo tucano, afirmando que o autor pensou ter encontrado uma ossada de dinossauro, mas se tratava de um osso de galinha. (págs. 1 e 8)

Forte candidato à Presidência do Paraguai, Fernando Lugo disse ontem ao presidente Lula que se vencer as eleições do dia 20 pretende renegociar o tratado da Usina de Itaipu e aumentar a tarifa paga pelo Brasil pela energia não consumida por seu país. (págs.1 e 34)

Todos os postos de saúde do município terão que ficar abertos 24 horas, inclusive nos fins de semana, para atender pacientes com dengue, enquanto durar a epidemia. A determinação é da juíza Regina Coeli Medeiros de Carvalho, da 18ª Vara Federal do Rio. O governo estadual pode pedir ajuda de médicos cubanos. Doze estados enviarão pediatras ao Rio. As embaixadas dos Estados Unidos, da França e de Portugal estão alertando cidadãos de seus países sobre a dengue no Rio. (págs. 1, 15 a 17)

Com a dengue hemorrágica lhe moendo os ossos e tirando toda sua força, o adolescente João Marcos da Silva Rodrigues, de 15 anos, ficou 22 horas na fila à espera de um leito num hospital público. O adolescente começou a via crúcis pelos hospitais na sexta-feira. Outra adolescente bateu recorde: 28 horas à espera de vaga. (págs. 1 e 16)

GAZETA MERCANTIL

Restrição a caminhões divide setor produtivo

A decisão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), anunciada terça-feira, de restringir a circulação de caminhões na cidade dividiu o setor produtivo. Entre as empresas há as que reclamam do aumento dos custos e dos investimentos feitos em frota. Para Urubatan Helou, fundador da Braspress, um dos maiores frotistas de veículos de entregas do País, Kassab terá de rever as restrições. "O prefeito não tem a mínima noção do impacto econômico e social que tal medida causa. A coisa mais sensata é liberar os caminhões." Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a extensão do rodízio de circulação de veículos para os caminhões deve elevar entre 5% e 10% os custos gerais do segmento. Cada setor terá de dar sua cota de sacrifício, disse ontem o prefeito, ao referir-se às restrições para tentar melhorar o tráfego em São Paulo. Segundo ele, o sacrifício será necessário enquanto não ficarem prontas obras do metrô e do rodoanel, estrada que pode reduzir a circulação de caminhões dentro da cidade. Isael Pinto, diretor-presidente da General Brands (GB), fabricante de refresco em pó e suco pronto, avalia que vale a pena fazer distribuição à noite, como determina a nova regra. Os custos com horas paradas no trânsito compensariam o adicional noturno da mão-de-obra. Aparentemente, restringir os caminhões na área urbana é medida simpática à maioria dos moradores, o que renderia dividendos eleitorais ao prefeito, candidato à reeleição . Mas, segundo o cientista político Carlos Mello, só após verificar o sentimento da população sobre as mudanças será possível medir seu alcance político. Mello destaca a importância que o trânsito terá na eleição. (págs. 1 e A5)

A Petrobras começa a deslocar obras importantes para seu novo dique seco, ainda em construção, situado em Rio Grande (RS). "O dique seco será a primeira grande infra-estrutura que vai permitir a docagem, a construção e o reparo de unidades de perfuração, o que até agora só era feito fora do País", disse o engenheiro geral de engenharia da estatal, Antonio Carlos Justi. Segundo ele, o empreendimento, que é utilizado para a construção e reparo de plataformas de produção de petróleo do tipo semi-submersível, deve movimentar R$ 5 bilhões em projetos nos próximos dez anos. Com investimentos totais de R$ 439 milhões, o dique será concluído só em 2009, mas já consegue atender a alguns pedidos. Tem programado, por exemplo, obras como a montagem do casco da plataforma P-55, prevista para o segundo semestre, e a reforma da P-17, a partir de 2010. (págs. 1 e C6)

Reconhecido como referência na América Latina nas operações de microcrédito, o Banco do Nordeste planeja exportar seu modelo para outras regiões do Brasil. Com a estratégia, espera financiar diretamente 1 milhão de empreendedores informais até 2011. Uma das iniciativas em curso é uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que pretende chegar aos empreendedores sem acesso a financiamentos. Dos 10 milhões de informais brasileiros, o banco estatal quer alcançar pelo menos metade com ajuda do BNB e de outros parceiros. "Batemos nosso teto de 80 mil beneficiários, com R$ 80 milhões, mas para dar escala ao microcrédito precisamos construir outras situações", disse ontem o diretor da área social do BNDES, Élvio Gaspar. (págs. 1 e B1)

Os embarques de gado vivo cresceram 60% no primeiro bimestre de 2008. Para o ano, a expectativa é de aumento de 40% ante os 431,8 mil bovinos exportados em 2007. As vendas são estimuladas por preços 150% superiores aos do ano passado e R$ 0,5 por quilo vivo a mais que a cotação no mercado local. Com essa concorrência, a Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo) pede a taxação da exportação do boi vivo. O Minerva, maior exportador do País, afirma que não falta matéria-prima no mercado. E que "a média de rentabilidade desse mercado é igual ou superior à do beef", diz o superintendente de Relações com Investidores, Ronald Aitken. (págs. 1 e C8)

Parlamentares brasileiros pedirão mudanças no acordo de livre comércio entre Israel e o Mercosul, assinado em 2007, para excluir dos benefícios as colônias instaladas em territórios palestinos. (págs. 1 e A6)

Os títulos públicos atrelados ao IGP-M, NTN-C, lideram a rentabilidade no ano, em razão do aumento dos índices de inflação, que são impulsionados pela alta dos preços no atacado. (págs. 1 e B3)

O FMI anunciou ontem que a economia mundial crescerá 3,7% em 2008, ritmo mais desacelerado desde 2002. Prevê ainda que os EUA crescerão 0,5% no ano e o risco de recessão global é de 25%. (págs. 1 e A12)

O desempenho da Bovespa neste início de 2008 não reflete o dos papéis de telecomunicação e siderurgia, que lideraram os ganhos do período. (págs. 1 e investnews.com.br)

O sonho brasileiro de atingir o "investment grade" foi concretizado ontem pelo Peru. A Fitch Ratings elevou a nota da dívida externa do Peru de BB+ para BBB-, o primeiro nível do grau de investimento. (págs. 1 e B2)

CÂMBIO - Fluxo cai mais de 48%, segundo o BC. (págs. 1 e B2)

TRIBUTAÇÃO - Proposta do PT para taxar as grandes fortunas é apresentada no Congresso. (págs. 1 e A6)

ANTONIO CORRÊA DE LACERDA - A demanda cresce forte, mas o investimento também. Os dados sobre a alta ocupação da capacidade instalada da indústria não devem ser vistos isoladamente. (págs. 1 e A3)

AUGUSTO NUNES - João Pedro Stédile peca sem perder o sono. Como despreza as leis da burguesia, delinqüe com a naturalidade de mafioso de cinema. Os bons companheiros que mantém no governo saberão socorrê-lo caso seja surpreendido. (págs. 1 e A8)

CORREIO BRAZILIENSE

Governos receberam alerta contra dengue

Relatório do Tribunal de Contas Da União produzido em 2007 identificou falhas graves no programa nacional de combate à doença executado pelo Ministério Da Saúde e pelos estados. Falta de vistoria em possíveis focos do aedes aegypti, erros na coleta de dados e indícios de superfaturamento são problemas apontados por auditoria. (págs. 1 e 18)

PLANALTO ATIRA EM TUCANOS NA CRISE DO DOSSIÊ - Boatos de que oposição vazou contas de FHC acirram briga política e provocam impasse na CPI dos Cartões. (Págs. 1, Tema do Dia, páginas 2 e 3)

VALOR ECONÔMICO

Venda parcelada no cartão dispara e preocupa bancos

O forte aumento das compras parceladas sem juros no cartão de crédito preocupa os bancos. No ano passado, 52% das compras feitas com cartões, que movimentaram R$ 182 bilhões, foram nessa modalidade, na qual a loja concede o crédito e o banco assume o risco. Em 2003, a participação da operação parcelada sem juros era de 42%, segundo estimativas da Itaucard. Atualmente, em algumas regiões do país, como o Norte, as compras parceladas já são 65% do total. Não há dados precisos sobre o parcelado sem juros. Os números que dão uma idéia mais próxima são os do Banco Central, que tem uma estatística sobre as faturas em aberto - inclui as compras à vista pagas nos tradicionais 40 dias e o parcelado feito na loja. No ano passado, o estoque chegou a R$ 35 bilhões, expansão de 54%. Se esse número for comparado com 2005, a expansão foi de 85%. Marcelo Noronha, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), fala que os bancos têm acompanhado a expansão das compras parceladas de perto, preocupados com o risco de crédito. "O monitoramento é constante". Executivos do setor de cartão contam que os bancos procuraram as duas principais bandeiras (Visa e MasterCard) no fim do ano passado para pedir um aumento da remuneração a que eles têm direito nas transações parceladas - as bandeiras definem a parcela que os bancos emissores vão receber. Com base nisso, as empresas que credenciam os estabelecimentos comerciais para aceitar os cartões (Visanet e Redecard) fixam as taxas que serão cobradas dos lojistas. Segundo uma fonte qualificada, a MasterCard aumentou o ganho dos bancos e a Visa está prestes a fazer o mesmo. Com isso, a Redecard reajustou suas tabelas de preço. O resultado pôde ser visto no Sul no mês passado, onde houve protestos gerais do varejo após o aumento das taxas. A outra modalidade de financiamento no cartão é o crédito rotativo, no qual financia-se o valor da fatura em parcelas, com juros mais altos, pelo bancos. O estoque deste financiamento cresceu a metade do parcelado sem juros (24%) e chegou a R$ 17 bilhões. (págs.1, C1 e C3)

O reaparecimento de saldos negativos nas contas externas brasileiras, após cinco anos de superávits consecutivos, mudou o tom do debate econômico dentro do governo Lula. O risco de o déficit em conta corrente sair do controle e provocar uma crise no balanço de pagamentos, interrompendo o novo ciclo de crescimento, estimulou economistas do governo e conselheiros informais do presidente a discutir possíveis alternativas à política econômica vigente. Fontes graduadas ouvidas pelo Valor revelaram que uma das possibilidades consideradas seria o Brasil adotar um regime de metas para o câmbio, com a desvalorização forçada do real até um nível a partir do qual poderia haver um piso informal, não anunciado ao público. O sistema seria semelhante ao que Coréia, Japão e outros asiáticos usam há pelo menos 30 anos. Não há ainda nenhuma decisão sobre o tema, mas uma alta fonte assegurou que o debate está sendo levado pelo ministro Guido Mantega ao Planalto. As discussões se intensificaram depois que Banco Central, preocupado com o efeito da demanda sobre a inflação, deu a entender que voltará a aumentar a taxa Selic, hoje em 11,25% ao ano, depois de quase três anos de alívio. (págs. 1 e A3)

A expectativa de que o Brasil seja agora o próximo país a ganhar o seu grau de investimento, como ocorreu ontem com o Peru, provocou uma queda significativa do dólar. A moeda americana cedeu 1,03%, sendo cotada a R$ 1,7270. (págs. 1 e C2)

A Argentina avisou o governo brasileiro que em breve adotará medida que deve afetar as vendas de eletrodomésticos do Brasil: por causa da crise, haverá maior exigência de eficiência dos aparelhos. (págs. 1 e A5)

A indústria fonográfica teve em 2007 faturamento líquido de R$ 312 milhões no Brasil, entre vendas de CDs, DVDs e música por meios digitais (celular e internet), queda de 31% em relação ao ano anterior. (págs. 1 e B4)

O leilão da usina de Jirau, segunda das duas hidrelétricas que compõe o complexo do rio Madeira, não será mais realizado no dia 9 de maio, por falta de um parecer do Tribunal de Contas da União. (págs. 1 e B10)

Os consórcios para a compra da casa própria encerraram o ano de 2007 com 50,9 mil cotas contempladas. O volume é quase 18% superior ao ano anterior. Com isso, foram liberados R$ 4 bilhões. (págs. 1 e C2)

A queda das ações da Vale destoou do comportamento geral da Bovespa, cujo índice fechou em alta. As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Bradespar, controladora da Vale, também caíram 2,52%. (págs. 1 e D2)

FMI reduz mais uma vez previsão de crescimento da economia mundial. (págs. 1 e A11)

Eliana Cardoso: volta da inflação seria a maior ameaça à popularidade do presidente Lula e de seu partido. (págs. 1 e A2)

Naércio Menezes: remuneração variável aumenta esforço de professores. (págs. 1 e A13)

ESTADO DE MINAS

Tráfico espalha o medo

Em menos de uma semana, três crimes associados ao tráfico de drogas deixaram um rastro de medo em áreas pobres da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Seguindo o implacável código de conduta dos criminosos, por causa de uma dívida que começou com R$ 5 e chegou a R$ 150, pelos reajustes impostos pelos traficantes, Davidson Antônio da Cruz Rocha, de 19 anos, e sua mãe, Maria de Lourdes Cruz Rocha, de 40, pagaram com a vida, no Bairro Solimões, na Região Norte da capital. O crime aconteceu três dias depois de um casal e dois filhos de 10 e 14 anos terem a residência incendiada com todos dentro, em Santa Luzia, porque o pai teria denunciado traficantes à polícia. Os quatro estão internados em estado grave. Antes, na sexta-feira, protesto contra a morte de dois jovens terminou em ordem para o fechamento do comércio e um ônibus queimado no Bairro Morro Alto, em Vespasiano. Outro crime que pode estar ligado ao tráfico é o estupro e assassinato de uma adolescente de 16 anos, ontem, em Ribeirão das Neves. (págs. 1, 23 e 24)

O Senador tucano Álvaro Dias (PR) admitiu ontem ter recebido o suposto dossiê sobre gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com cartões corporativos antes de as informações chegarem à imprensa. Mas negou ter sido o responsável pelo vazamento do material. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que tem sido atacada pela oposição como mandante da elaboração do dossiê, está sendo vítima de chantagem política. (págs. 1, 3 e 4)

O Ministério Público e a Advocacia-Geral da União entraram com ação na Justiça Federal para que a Fundação Renascer e o bispo primaz da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, deputado estadual por SP José Antônio Bruno, devolvam R$ 1,9 milhão que teriam desviado do Programa Brasil Alfabetizado. (págs. 1 e 12)

DENGUE CRESCE EM MG - Balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde mostra que os casos de dengue aumentaram 28,5% em uma semana em Minas, chegando a 9.385, com três mortes. Houve avanço da doença também em BH. Ontem, agentes comunitários de saúde, zoonoses, limpeza urbana e vigilância sanitária fizeram mutirão de limpeza na Região Nordeste (foto), a mais atingida. No Rio, médicos cubanos e aposentados podem ser chamados para o combate à epidemia. (págs. 1, 11 e 25)

Sem fiscalização, farra sindical fica liberada. (págs. 1 e 12)

ANTÁRTICA - Estação brasileira vira modelo para pesquisas. (págs. 1 e 22)

Carros populares ficam 140% mais caros em 10 anos. (págs. 1 e 17)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO

Chuva isola comunidades no interior

Pelo menos sete cidades do Sertão já decretaram estado de emergência. Muitas famílias estão desabrigadas. Situação é crítica em todo o Nordeste. (Página 1)

Ministério defenderá mudanças dos planos de saúde na Justiça. (página 1)

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