Os empregos estão mudando de característica. A mão-de-obra foi substituída pelo computador, a força, pela criatividade, e o medo começa a ser trocado pela motivação. O trabalho em equipe minou o individualismo, ou pelo menos está quase chegando lá. O setor de serviços tem crescido exponencialmente, e novas competências são exigidas pelas empresas. Resumindo: os empregos não estão onde sempre estiveram, e o mais dramático é que a maioria das pessoas disponíveis no mercado está desatualizada, vive correndo atrás de empregos que não existem mais.
A tecnologia que chegou para facilitar nossa vida criou uma nova "encrenca" em nossa carreira. As planilhas de custos substituíram muitas pessoas nas empresas de contabilidade, o sintetizador eletrônico substituiu muitos músicos nas gravações. Lembra aquela orquestra com dezenas de músicos? Hoje, só há um tecladista com um computador. Os caixas eletrônicos, por exemplo, estão demitindo muitos bancários. Essa é uma realidade à qual não há retorno. Precisamos nos acostumar a essas mudanças e não ficar lamentando o "leite derramado".
Quando falo em evolução tecnológica, não falo de algo necessariamente sofisticado, uma simples rede de pesca pode mudar a vida de uma vila de pescadores. Imagine a seguinte cena: uma vila onde os pescadores usam vara de pescar e conseguem, em média, 2 kg de peixe por dia. Cada um come 1 kg e vende o outro quilo por R$ 5. No fim do mês, cada um fatura algo como R$ 100, o que é mais do que suficiente para a sobrevivência da família. Tudo em perfeita harmonia.
Até que um dia, Renato, um dos pescadores, aparece com uma rede e consegue pescar 100 kg de peixe por dia. Ele come 1 kg e vende o restante por R$ 1 o quilo. Fatura R$ 99 por dia, uma pequena fortuna naquela vila.
Resultado: o equilíbrio em que a comunidade vivia foi para o espaço. Agora, os compradores não estão mais dispostos a adquirir o peixe dos outros pescadores por R$ 5. Adianta reclamar? Não, a rede do Renato matou os empregos dos pescadores que usavam vara de pescar, e outros trabalhos surgiram, então: vendedores de peixe em outras cidades, peixarias especializadas, franquias, restaurantes. Uma simples rede bagunçou a vida de muita gente. A mesma coisa acontece nas empresas.
Há muitas redes de pescar aparecendo todos os dias nos escritórios, nas fábricas, nas multinacionais. Uma revolução tecnológica, por mais simples que seja, traz sempre novas perspectivas e diferentes empregos.
Mais importante do que reclamar é fazer a si mesmo a pergunta: "O meu emprego ainda existe?". Ele só vai ter boa expectativa de vida se você souber se reciclar e estiver aberto às novidades. Não há outra saída: é assumir o controle da sua carreira e investir pesado na sua evolução profissional. Quem estaciona morre em águas turbulentas. Cresça dia-a-dia, espelhe-se em profissionais bem-sucedidos e desafie-se.
Fique de olho em alguns detalhes fundamentais:
1. Procure conhecer o mundo fora da sua empresa! Seus concorrentes vão lhe motivar a avançar.
2. Estude! Estude sempre.
3. Aprenda com as derrotas e comemore as suas vitórias.
4. Abra sua cabeça! Valorize teatro, cinema, música, literatura, a inspiração vem de sua riqueza interior e de experiências de vida.
5. Seja feliz, realize os seus sonhos, dê atenção à sua família, aos seus amigos, tenha atividades lúdicas e, principalmente, dê um tempo para você.
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