26 junho 2007

AGRICULTOR X SEM TERRA

O gasto que o governo federal tem para assentar uma família sem terra no país é de R$ 58,1 mil na região Sul e Sudeste, segundo dados do próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário, e incluem investimentos em 2004 e 2005, sem contar gastos com a manutenção da família nos primeiros anos.

Comparando estes custos acima aos investimentos feitos com o pequeno agricultor e o pequeno agro-negócio, que são produtores que às custas de muito esforço e determinação, permanecem ainda tirando seu sustento da agricultura, chegamos a triste conclusão de que há um desequilíbrio no fiel da balança, pois estes que possuem afinidades com a terra por não ter deixado nunca suas origens não têm tido a mesma sorte em receber incentivos para permanecer no campo, gerando renda. Isto nos leva a pensar: quando deixaremos de ser um país que pensa nas pessoas somente quando elas deixam de ser solução e passam a ser um problema social? Ou melhor, não pensa nas pessoas nem no país, mas sim na imagem de quem governa? Pois o dia em que um governante pensar no que é melhor para o país e para as pessoas, certamente teremos um país mais justo e melhor, onde não precisaremos esperar que um agricultor vire um sem terra e sem emprego, para receber benefícios, o que poderá ser tarde, pois este já não tem mais intimidade com a terra.


Acredito num país melhor, mas isto depende de todos nós, não só dos governantes, pois estes são eleitos por nós, o nosso voto não deve ser do mais bonzinho, ou daquele que simplesmente ajuda a pagar uma conta de água ou luz, pagar cervejas ou pinga em um bar, mas sim aquele que pensa em construir condições para que todos tenham dignidade para sustentar suas famílias de forma condizente com seu esforço na busca de uma vida melhor.

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