04 dezembro 2007

OCDE DEFENDE ADESÃO DE BRASIL E DE OUTROS EMERGENTES

Folha de S. Paulo

A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), entidade que reúne os países mais ricos do mundo, afirmou ontem que pretende aprofundar as relações com o Brasil, além de outras "economias significativas" como China, Índia e África do Sul.
A declaração foi feita em comunicado em que o organismo diz que negocia a entrada de cinco novos membros: Chile, Estônia, Israel, Rússia e Eslovênia.
Não é a primeira vez que a OCDE cogita o ingresso do Brasil na entidade e, no final de agosto, o Ministério da Fazenda anunciou a criação de um grupo de trabalho para avaliar a possibilidade de aprofundar a cooperação entre o país e a organização.
A hipótese, no entanto, vem sendo tratada com ceticismo pelas autoridades brasileiras. Em maio, o chanceler Celso Amorim disse que "o Brasil não precisa do selo de qualidade [de ser membro da OCDE], porque já o tem na sua política econômica, na sua política social e na própria política, com a consolidação da democracia".
Um dos problemas é que, ao participar de uma entidade formada pelas nações mais ricas do mundo, o país poderia perder parte da sua força nas negociações entre os emergentes. O Brasil integra, por exemplo, o G20, grupo dos países em desenvolvimento que busca reduções nos subsídios agrícolas dados pelos países ricos.
Além disso, o país precisa seguir uma série de normas, que, ainda que não seja obrigatória, costuma ser obedecida pelos integrantes.

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