Bruno Bezerra
"Da educação de seu povo dependerá o futuro de um país" Benjamin Disraeli, escritor e estadista britânico (1804-1881).
Dezembro chegando, e junto com ele chega também o espírito natalino, e junto com este, chega o florescer do lado mais humano das pessoas. Contudo, precisamos humanizar de maneira ainda mais nobre o espírito natalino, e a melhor maneira de se fazer isto, é vestindo de Papai Noel as verdadeiras riquezas que sintetizam o espírito humano... A educação, o conhecimento.
Mas para tanto é preciso também inovar, e inovar neste caso específico, significa mudança de atitude. Especialmente no espírito das campanhas de Natal.
Com o incremento do programa Bolsa Família, as camadas menos assistidas da população brasileira – principal foco das campanhas natalinas – passam a ter um melhor acesso – ou um real acesso – no quesito alimentação familiar.
Na questão dos brinquedos, o fator China, que desestruturou a industria nacional, mas por outro lado fez explodir a oferta de brinquedos a preços mínimos, com muita porcaria no meio é bem verdade, mas também com alguma coisa decente e acessível por praticamente todos.
Porém, o que observamos ainda hoje é um significativo número de campanhas natalinas – bem intencionadas... Claro! – focadas em presentear com brinquedos de baixa qualidade as crianças de regiões periféricas e presentear com alimentos básicos os adultos dessas mesmas regiões. Como se todos vivessem morrendo de fome.
Sabemos que ainda existem muitas pessoas no Brasil passando fome, e que toda e qualquer iniciativa visando amenizar ou acabar com a fome será sempre bem-vinda. Entretanto, o espírito natalino pode servir também para fazer com que as pessoas sintam novos tipos de fome.
Fome de conhecimento, fome de leitura, fome de aprendizado, fome de educação.
Ao invés distribuir apenas alimentos, por que não também conhecimento? Ao invés de distribuir apenas comida ou brinquedo, por que não também livros? Por que não aproveitar o espírito natalino para fazer do livro mais um item da cesta básica do brasileiro mais necessitado?
Só a fome de educação de qualidade pode matar de vez as muitas fomes macabras do Brasil. O Brasil precisa sentir fome de educação de qualidade.
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E mais: o Brasil precisa sentir fome de ser Brasil.
Que o povo brasileiro sinta fome, muita fome de dignidade.
E que o orgulho de uma nação não seja subjugada a uma vontade de poucos.
P.S. - o autor do artigo é o pernambucano Bruno Bezerra, do Blog Atitude Empreendedora: muito legal! Acesse: www.brunobezerra.blogspot.com
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