29 maio 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás

JORNAL DO BRASIL

- Congresso discute cota para rede pública na universidade

- Um projeto de lei em discussão no Congresso prevê a reserva de metade das vagas de instituições federais e estaduais de ensino superior para alunos da rede pública. A proposta virou tema de debate ontem na Câmara. O ministro da Educação, Fernando Haddad, saiu otimista: acha que pode ser aprovada na próxima semana. Com o novo modelo, negros e índios terão uma cota proporcional dentro dos 50% das vagas destinadas às escolas públicas.(págs.1 e País A7)

- Dos oito ministros do STF que até ontem votaram o artigo da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05), permitindo o uso de células-tronco embrionárias para pesquisa e terapia, quatro se manifestaram pela liberação. A sessão de ontem durou dez horas e será retomada hoje. Foram propostos aditivos para limitar a autorização dos estudos. Os ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e Gilmar Mendes, devem seguir o voto favorável.(págs.1 e País A2 e A3)

- Uma mulher foi ferida ontem à noite durante seqüestro relâmpago, em frente ao Shopping Rio Sul. Sete pessoas morreram durante operação policial contra o tráfico de drogas, enquanto facções criminosas voltaram a enfrentar-se no Leme. A Anistia Internacional classificou a política de segurança pública do Rio de "draconiana" e "belicosa". O governador Sérgio Cabral disse que o respeito aos direitos humanos vem do tráfico.(págs.1, Cidade A10 e A11)

- Pela primeira vez na história, o Brasil registrou um superávit nominal positivo de R$ 6,9 bilhões no primeiro quadrimestre do ano. O resultado permitiu a queda da dívida pública para 41% do Produto Interno Bruto. O superávit é a economia feita para pagar os juros da dívida. Mesmo com bons indicadores, a economista Maria da Conceição Tavares, não descarta a hipótese de o Brasil tornar-se vítima do capital especulativo.(págs.1,Economia A17 e A18)

- O novo presidente do Conselho de Ética da Câmara, Sérgio Moraes (PTB / RS), prometeu analisar em 15 dias o pedido de abertura de processo contra o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT / SP), acusado de participar do esquema de desvio de recursos do BNDES.

(págs 1 e País A7)

FOLHA DE SÃO PAULO

Brasil vai limitar terra para estrangeiro

- O governo prepara medida jurídica pra dificultar a compra de terras por empresas controladas por capital estrangeiro, relata Fernanda Odilla. Parecer da Advocacia Geral da União fixará limites às aquisições. As regras valerão para todo o país, mas o alvo principal é a Amazônia, onde estão 55% da área das terras em nome de estrangeiros. Na região, os estrangeiros detêm 3,1 milhões. De hectares - no país, 5,5 milhões.

"É preciso estabelecer regras urgentes porque há uma disputa mundial pelas terras brasileiras", diz o presidente do Incra, Rolf Hackbart, para quem as medidas são necessárias "por questão de soberania". Segundo ele, o interesse pelas terras no país cresceu diante da necessidade de produzir alimentos e buscar matrizes energéticas. Desde 2007, AGU revê o próprio parecer assinado em 1998 sobre o assunto.

O parecer extinguiu a necessidade de autorização para empresas estrangeiras sediadas no país comprarem terras. O consultor-geral da AGU, Ronaldo Jorge, disse no Senado em março não haver controle disso. Segundo ele explicou aos senadores, "as empresas estrangeiras se associam a empresas brasileiras e adquirem grandes extensões de terras sem que se possa estabelecer qualquer tipo de restrição". (págs. 1 e A9)

- O julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a lei que permite pesquisas com células-tronco embrionárias no país foi suspenso com empate em 4 a 4 e deve ser retomado hoje. O ministro Carlos Alberto Direito declarou não ver ilegalidade no uso de células dos embriões, mas ressalvou que eles não podem ser "destruídos". Sua argumentação foi seguida por Ricardo Lewandowski, Eros Grau e Cezar Peluso. Apesar do empate até aqui o STF deve liberar as pesquisas, prevalecendo a tese do relator, Carlos Ayres Britto. Informalmente, Celso de Mello adiantou seu voto favorável às pesquisas, no que deve ser seguido por Marco Aurélio Mello. (págs. 1 e Ciência)

- A Anistia Internacional, Organização que investiga a situação dos direitos humanos em 150 países, criticou a situação dos trabalhadores nas plantações de cana-de-açúcar no Brasil. Eles são "explorados e submetidos a trabalhos forçados", diz o relatório anual da entidade. Em resposta, o Ministério do Trabalho afirmou que a fiscalização do setor é prioridade. Para a Unica (entidade de usineiros), a menção no relatório foi "equivocada e fora de contexto". (págs. 1 e 10)

- O Banco Central estuda medidas para conter o crescimento do crédito e pode restringir as operações de lançamento de debêntures (títulos emitidos para captar recursos) das empresas de leasing ligadas a bancos, informa Guilherme Barros. A informação foi dada por Alvir Hoffmann, diretor de fiscalização do BC, em almoço com executivos. Ele se disse preocupado sobre tudo com operações de crédito de longo do prazo. (págs. 1 e B1)

- O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, pediu abertura de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, investigado por suspeitas de desvio de dinheiro do BNDES. Como o deputado tem foro privilegiado, seu processo deve tramitar no STF. Paulinho, que nega as acusações, disse que vai pedir reparação por danos morais. (págs. 1 e A4)

- O governo federal estuda mudar a Constituição para que direitos trabalhistas como hora extra e recolhimento obrigatório do FGTS sejam garantidos aos empregados domésticos. O que o artigo 7º da Carta restringe. Uma PEC (proposta de emenda constitucional) está em fase final de elaboração. Estima-se que a medida beneficie 6,78 milhões de pessoas. Especialistas, porém, vêem risco de a terceirização no setor crescer. (págs. 1 e B5)

- Em 11 países emergentes, só docentes uruguaios estão mais insatisfeitos com salários, diz a Unesco; estudo aponta ainda repetência alta no Brasil. (págs. 1 e C6)

- Editoriais - Leia "O outro, mesmo", que comenta caso Paulinho; e "Remediar ou prevenir", acerca de pacote agrícola. (págs. 1 e A2)

- Coluna - Rosely Sayão - Lei compartilhada revela que estamos aquém da responsabilidade. (págs. 1 e 12)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- Política industrial privilegia automóveis

- O Setor Automobilístico vai receber mais da metade dos incentivos fiscais concedidos pelo governo por meio da nova política industrial, informa repórter Marcelo Render. No total, as desonerações previstas para diversos setores da indústria, vão somar R$ 6,1 Bilhões até 2011. As montadoras de carros e os fabricantes de autopeças ficarão com R$ 3,2 bilhões, segundo cálculos do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

"Não é justificável uma concentração tão significativa dos incentivos em um único setor", diz o economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, coordenador do levantamento e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Os incentivos vêm no momento em que o setor automobilístico bate recordes de produção e faturamento. Até agora, já foram, vendidos 1,1 milhão de carros em 2008, o que representa alta de 31% na comparação com o mesmo período de 2007. (págs.1 e B3)

- Braço-direito de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, o ex-secretario-executivo João Paulo Capobianco explica, em entrevista a João Domingos, porque acha que o governo trata a pasta como órgão de segunda categoria. Para Capobianco, a prioridade do Planalto é o licenciamento de obras: "A questão ambiental não é vista como vantagem". (págs.1 e A24)

- Com 4 votos contra 4, o Supremo tribunal Federal (STF) adiou de ontem para hoje a decisão final sobre a constitucionalidade das pesquisas com células-tronco embrionárias. No Supremo, a disputa já é considerada como definida: as pesquisas devem ser liberadas do jeito que prevê a Lei de Biossegurança, como pelo menos mais dois votos favoráveis - os de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.(págs. 1, A20 e A21)

- O Procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito sobre o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), suspeito de integrar esquema que desviava verbas do BNDS. (págs. 1 e A4)

- O Governador, José Serra chamou de "especulação" a informação de que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) faria parte da negociação de venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil. "A Cesp é uma coisa, a Nossa Caixa, outra", disse. (págs. 1 e B8)

- Notas e informações - A compostura de Marina Silva nada ensinou ao seu sucessor, Carlos Minc. A contribuição do novo ministro para carnavalizar ambientalismo no País está firmemente estabelecida. (págs. 1 e A3)

- Artigo - Demétrio Magnoll: O Brasil brinca com os princípios de sua política externa. (págs.1 e A2)

O GLOBO

- Voto dúbio no STF põe em risco uso de células-tronco

- As exigências de ministros, como a garantia de manter a integridade dos embriões usados em pesquisas (processo considerado inviável por cientistas), alteraram a previsão de que a decisão sobre a constitucionalidade da Lei de Biossegurança seria tomada ontem, com resultado favorável aos que defendem o estudo de células-tronco. Após 11 horas de sessão, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), divididos, não conseguiram terminar o julgamento. A votação, foi interrompida e será retomada hoje.

Três ministros precisam votar e definir a situação. Quatro votaram a favor das pesquisas (Joaquim Barbosa, Ellen Gracie, Carmen Lucia e Carlos Ayres Britto). Mas os votos de outros quatro (Carlos Alberto Menezes Direito, Ricardo Lewandowski, Eros Grau e Cesar Peluso) foram considerados dúbios, pelas ressalvas que podem inviabilizar a lei. (págs.1 e 33)

- Pressionado pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, o governo deverá anunciar mudanças na portaria que restringiu o crédito oficial para desmatadores, uma das medidas da ex-ministra Marina Silva. A proibição de financiamento público ficará restrita às propriedades que estão no bioma Amazônia, deixando fora o cerrado. A mudança beneficiará Mato Grosso e Tocantins. (págs.1 e 12 e 13)

- O Governador Sérgio Cabral disse que o relatório da Anistia Internacional, que o acusa de adotar postura belicosa no combate à violência, não vai mudar sua política de segurança. Ele afirmou que não permitirá que o Rio seja comandado por quadrilhas. (págs.1 e 15)

Para dobrar a resistência contra a recriação da (CPMF), o governo propôs isentar quem ganha até R$3.038. Mas, sem a vitória garantida, a base adiou ontem a votação. (págs.1, 3, 4 e Cartas dos leitores)

- O novo presidente do Conselho de Ética da Câmara, Sérgio Moraes (PTB-RS), assumiu avisando que atrasará o julgamento contra Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP). Moraes responde a três processos resultantes da época em que foi prefeito: "Na minha terra, cachorro que não tem pulga, teve ou vai ter. Defeitos, todos temos.´´ A Procuradoria Geral da República mandou ao Supremo Tribunal Federal pedido de abertura de inquérito contra Paulinho. (págs. 1, 8 e 9)

- Relatório da Unesco critica os "métodos mecânicos" usados no ensino fundamental no Brasil e infra-estrutura das escolas. E afirma que a maioria dos professores só manda os alunos copiarem textos. (págs. 1 e 13)

- Uma operação conjunta da receita Federal e dos Correios no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, resultou ontem na apreensão de cerca de 3,2 quilos de cocaína dentro de 117 envelopes de cartas que seguiam de São Paulo para a Espanha. (págs. 1 e 14)

GAZETA MERCANTIL

- GM pode ter 4ª- fábrica no País se sindicato rejeitar acordo

- Dentro de cerca de 15 dias, a direção da General Motors do Brasil exporá na Câmara Municipal de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), planos de uma nova família de carros que poderá ser produzida na sua fábrica na cidade, a única das três unidades com capacidade ociosa. Vamos levar à sociedade um projeto totalmente novo para consolidar os planos da GM e aproveitar melhor o potencial da unidade, disse à Gazeta Mercantil o vice-presidente da montadora, José Carlos Pinheiro Neto.

As relações da GM com o sindicato local dos metalúrgicos andam tensas desde que a entidade rejeitou proposta da montadora para mudar a grade dos salários de vagas que seriam necessárias para mais um turno no Vale do Paraíba. Diante do impasse,a direção da GM optou por investir na fábrica de São Caetano do Sul(SP),que passou a operarem três turnos e com adicional de 1.511 empregados.

Temos de crescer. Se houver rejeição, talvez tenhamos de pensar numa quarta fábrica no Brasil, já que São Caetano do Sul está no limite e Gravataí (RS) foi desenhada para as famílias Celta e Prisma, diz Pinheiro Neto. A GM está empenhada em crescer no Brasil. Recentemente anunciou uma fábrica de motores para Joinville (SC) e um centro de distribuição de veículos para Suape (PE). (pág. 1 e C1)

- Petrobras - Sérgio Gabrielli, presidente da estatal, anuncia mais uma refinaria de petróleo. (págs. 1 e C6)

- Forte alta leva Bovespa aos 73, 153 pontos. (págs. 1 e B3)

- O Brasil registrou saldo nominal positivo nas contas públicas pela primeira vez desde o início da série histórica, iniciada em 1991. O resultado foi puxado pela forte arrecadação. O superávit nominal atingiu R$ 6,885 bilhões no quadrimestre, equivalentes a 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB), e reverteu o déficit nominal de R$ 405 milhões de igual período de 2007.

Em abril, o superávit primário consolidado atingiu R$ 18,7 bilhões, abaixo dos R$23,4 bilhões em igual mês de 2007. Para o chefe do departamento econômico do Banco Central, Altamir Lopes,este resultado foi influenciado pelo déficit deR$ 608 milhões das empresas estatais. Esse déficit deve ter sido ocasionado por uma coincidência de fluxo de caixa das empresas, declarou.

O saldo positivo decorre do desempenho do setor público que apurou um recorde de R$ 61,743 bilhões no superávit primário consolidado entre janeiro e abril. O montante corresponde a 6,82% do PIB e é bastante superior à metade 3,8% para todo o ano de 2008. (págs. 1 e A7)

- Petróleo a US$ 200 - David Neeleman, que está montando no Brasil a companhia aérea batizada de Azul, prevê o petróleo a US$ 200 o barril em janeiro de 2009, quando inicia a operação com três aviões Embraer 195. (págs. 1 e C1)

- A alta nos custos da produção de algodão poderá fazer com que os produtores deixem de honrar seus contratos de venda. A estimativa é que 65% da colheita atual e30% da safra 2008/09tenham sido comercializadas antes do plantio a preços que não estariam cobrindo os gastos. Os embarques da atual temporada devem começar no próximo mês. Ainda não existe previsão sobre quantos contratos podem ser renegociados. (págs. 1 e C8 )

- Depois de mais de 40 dias da abertura do mercado de resseguros, o IRB Brasil Re, que deteve o monopólio por quase 70 anos, ainda é o principal parceiro das companhias de seguros. Isso porque há poucas resseguradoras autorizadas a operar no País. Das 30 previstas, nove foram autorizadas, sendo que boa parte delas procura lugar para se instalar e funcionários para contratar.

Senão fosse a parceria do IRB, os contratos de resseguros estariam paralisados, diz Jacques Bergman, diretor da Itaú XL Seguros Corporativos. O grande problema é quando o IRB também não quer o risco. A Companhia Siderúrgica Nacional(CSN),por exemplo, tenta fazer com que o IRB faça o seu resseguro por meio da Justiça. O processo contabiliza nove liminares. Fora exceções como esta, o mercado começa a obter vantagens da abertura. Conseguimos condições de preços e coberturas mais vantajosas e iremos repassar para nossos clientes diz Ricardo Saad, diretor da Bradesco Auto Re. (págs. 1 e B2)

- O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,56% em maio. Apesar da queda em relação à taxa de 0,59% em abril, a expectativa é de aceleração do indicador mensal, com pressão de alimentos e serviços. (págs. 1 e A4)

- O Supremo Tribunal Federal adiou para hoje a decisão sobre o uso de células-tronco em pesquisa. O placar parcial está empatado, com quatro votos pela liberação sem restrição e outros quatro prevendo restrições. (págs. 1 e A12)

- Augusto Nunes - Um guerrilheiro não pode morrer de pijama, de- ram-se conta até os cretinos fundamentais de Nelson Rodrigues, depois de confrontados com o traje usado por Raúl Reyes em sua última noite. (págs. 1 e A10)

- As companhias brasileiras estão abusando do uso de barreiras de proteção contra aquisição hostil, batizadas de poison pill (pílulas envenenadas).A constatação foi feita pela pesquisadora da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas, Érika Gorga. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos,onde o capital das companhias é pulverizado, o que permite uma tomada hostil de controle no mercado, no Brasil são poucas as companhias que não têm um acionista que detenha a maioria das ações, o que impede esse tipo de compra.Não tem lógica uma empresa com controlador ter poison pill, afirma Gorga.

Há 71companhias com capital disperso no Brasil, ou seja, nenhum acionista detém 50% do capital com direito de voto.Mas 60% dessas empresas adotam o poison pill, que funciona da seguinte forma: cada vez que um investidor compra um determinado percentual das ações é obrigado a fazer uma oferta pública pelo controle (ver tabela).

A pesquisa, que avaliou as 84 empresas que estão nos níveis diferenciais de governança corporativada Bovespa, constatou também o uso desnecessário de um outro tipo de poison pill: o tag alongreverso.Trata-se de uma barreira pela qual quem adquirir o controle da empresa tem que pagar o mesmo valor pelas ações que comprou na bolsa seis meses antes de comprar o controle. A poison pill será o tema da próxima Carta Diretriz, instrumento escolhi do pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) para emitir parecer sobre temas polêmicos. (págs. 1 e B1)

CORREIO BRAZILIENSE

- Pacote contra o caos no trânsito

-PMs circularão de moto a partir de hoje nas áreas comerciais para impedir filas duplas e garantir fluidez nas vias. Cerco a motoristas infratores é um a das dez medidas que o governo começa a por em prática para melhorar o trânsito no DF. (págs.1, 33 E e 34)

-O STF termina hoje o julgamento da ação que tenta proibir pesquisas científicas com células-tronco embrionárias. Quatro ministros votaram pela liberação das pesquisas e outros quatro defendem restrições.(págs.1,12 A e 15)

-No primeiro quadrimestre, o setor público pagou todas suas despesas, incluindo juros da dívida, e ainda ficaram no caixa recordes de R$6,8 bilhões. Mesmo com essa folga, o governo insiste em recriar a CPMF. Mas o projeto acabou não sendo votado ontem porque a base aliada temia derrota.(págs.1, 3 A, 5E e 19)

-Seleção irá oferecer oito das 120 vagas para portadores de necessidades especiais. Inscrições serão reabertas e provas, adiadas. (págs.1 e 25)

-Valendo-se de sucessivos recursos judiciais, funcionários públicos federais conseguem morar em apartamentos da União sem desembolsar nada a título de aluguel. Alguns chegaram a ficar 15 anos sem pagar sequer taxa de condomínio, dívida que acabou sobrando para o contribuinte.

(págs.1 e 2)

VALOR ECONÔMICO

- Minc prepara normas mais rigorosas para termelétricas

- As empresas que instalarem usinas termelétricas a carvão, óleo combustível ou gás natural poderão receber uma nova e extensa lista de compensações em troca da autorização ambiental para o empreendimento. O Ministério do Meio Ambiente, agora comandado por Carlos Minc, já discute as novas regras. Para cada 100 megawatts (MW) de potência instalada em térmicas movidas a combustíveis poluentes, o plano é exigir investimentos na construção de 3 MW a 5 MW em usinas que geram energia a partir de fontes renováveis, como eólicas ou pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Uma alternativa a ser proposta é obrigar a empresa a fazer o mesmo investimento em eficiência energética. Auxiliares do novo ministro disseram que a intenção é reproduzir, nacionalmente, regras válidas desde terça-feira no estado do Rio, onde o governador Sérgio Cabral assinou decreto instituindo o "mecanismo de compensação energética de térmicas a combustíveis fósseis". Minc confirmou por intermédio de sua assessoria, que a idéia recebeu o apoio da Casa Civil e obteve sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No período entre 2007 e 2016 deverão entrar em operação no país mais dez térmicas movidas a óleo combustível ou diesel, nove usinas a gás natural e outras quatro a carvão mineral. Serão mais de 8.700 MW de térmicas "sujas" que vão mais do que dobrar a emissão de gases do efeito estufa a partir da geração de energia elétrica no Brasil. No mecanismo instituído no Rio de Janeiro, a contrapartida dos investimentos em energia renovável ou eficiência energética é de 5% para as usinas a carvão e óleo combustível e de 3% para as usinas a gás natural. O investimento deve ser feito pela empresa responsável pela construção da térmica.

- A Principal intenção de Minc é estimular a eficiência energética. Para dar caráter nacional a esse mecanismo de compensação, o ministro pode esbarrar em um problema legal: diferentemente de hidrelétricas, as térmicas costumam ser licenciadas pelos órgãos estaduais de meio ambiente, e não pelo Ibama. Uma das possibilidades para superar essas dificuldades seria propor uma nova resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) ou encaminhar ao Congresso um projeto de lei sobre licenciamento. (Págs. 1 e A6)

- Os Bancos podem ter dificuldades neste ano para cumprir a exigência de destinação dos recursos da poupança para o financiamento imobiliário. As captações da caderneta vêm crescendo a taxa aceleradas, exigindo mais operações dos bancos, que são obrigados a repassar 65% desses recursos para o crédito habitacional. Além disso, em dezembro, terminará o uso de parte da dívida do Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS) para abatimento da exigibilidade, o que exigirá R$7 bilhões em novos empréstimos quase 40% do volume concedido no ano passado (R$18,3 bilhões). Segundo agentes do setor, já há mais de R$ 1 bilhão depositado compulsoriamente no Banco Central por não cumprimento dessas metas. (Págs.1 e C1)

- Lucros e dividendo não são temas apreciados pelas montadoras instaladas no Brasil - à exceção da Renault e da Fiat, nenhuma outra divulga balanço financeiro. Mas os números do Banco Central mostram que, em apenas dois anos, o valor das remessas de lucros e dividendos das filiais brasileiras dos fabricantes de veículos cresceu quase cinco vezes e meia. Saiu de US$ 498 milhões em 2005 para US$ 2,702 bilhões no ano passado. Neste ano, somente de janeiro a abril, o total remetido chegou a US$ 1,881 bilhão, valor 238% superior ao de igual período do ano passado e que ultrapassa o volume de todo o ano de 2006.

O total enviado pelas montadoras às matrizes no primeiro quadrimestre representa 20,7% da soma de todo os lucros e dividendos remetidos para o exterior no período, de US$ 9,1 bilhões. Dentro do grupo da indústria, que registra o volume de US$ 5,3 bilhões, a participação das remessas das montadoras de veículos foi de quase 35%. Os envios de lucros e dividendos cresceram num momento em que as linhas de produção estão aceleradas e os fabricantes de autopeças lutam para acompanhar o ritmo. Um estudo do Sindipeças revela que nove sub setores já utilizam mais de 85% da capacidade instalada. A indústria de peças precisa investir R$ 3 bilhões nos próximos 12 meses para atender os pedidos da montadoras. O valor é 50% maior que o previsto pelos empresários há um ano. (Págs.1 e B6)

- Campeão de Formula Indy e duas vezes vencedor das 500 milhas de Indianópolis, Emerson Fittipaldi tinha tudo para se transformar em uma espécie de defensor informal do etanol brasileiro nos EUA. Agora também empresário do setor, ele guiou um Corvette movido a etanol na abertura das 500 milhas do último domingo, construído especialmente para a oportunidade. Em defesa do etanol, voltará a guiar um carro-madrinha na Indy em agosto, na prova de Detroit. Fittipaldi pretende inaugurar em 2010 uma usina de etanol em Maracaju (MS), um projeto de US$395 milhões que tem como sócio Bertim, BVA e o pecuarista José Carlos Bunlai. Em Minas, o plano anunciado em 2006 era de três usinas, mas Fittipaldi afirma que os esforços serão concentrados na unidade de Uberlândia. (págs.1 e B13)

- Demorou, mas ao bater às portas dos bancos a procura de fundos de investimentos com taxas, os clientes agora encontram mais opções. A razão é óbvia. Estudo do site Fortuna mostra que foram os fundos DI como taxas de administração mais altas (acima de 2% ao ano) que perderam mais recursos neste ano, enquanto os fundos com taxa menores (até 1,5%) engordaram. O Itaú, por exemplo, reduziu a aplicação mínima no seu Itaú Max Referenciado DI de R$ 150 mil para R$50 mil e o Santader criou um novo fundo DI para aplicações a partir desse mesmo valor. Os bancos oferecem também taxas de saída decrescentes. (págs. 1. e D1)

- A Câmara de Comércio Exterior vai editar nos próximos dias portaria que poderá elevar em mais de US$ 1 bilhão as receitas dos exportadores de frango para a Europa, valor que hoje vem sendo apropriado pelos importadores. A portaria vai distribuir a cota de exportação de 170 mil toneladas de frango salgado para a União Européia para empresas brasileiras, levando em consideração o histórico de vendas de cada uma. Hoje, a cota é administrada pela própria UE, que emite as licenças de importação e as fornece a comerciantes locais. Essas licenças eram vendidas e o valor pago virava abatimento no preço do exportador - o desconto chegou a ( 500. (págs.1 e B14)

-Idéias - Elina Cardoso - regime tributário é maior entrave ao crescimento. (págs.1 e A2)

- Maria Inês Nassif - Lugar da questão ética e dentro dos partidos.(Págs.1 e A7)

-Renato Schiller - é preciso ter uma política nacional de abastecimento.(Págs.1 e A12)

ESTADO DE MINAS

- Suprema esperança

- Deficientes em cadeiras de roda acompanham com apreensão, em Brasília, o julgamento do STF sobre a liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias. Eles depositam o sonho de voltar a andar nos experimentos científicos. Sessão foi interrompida à noite quando o placar estava 4 a 4. (págs. 1, 10 e 11)

- Superávit nominal de R$ 6,88 bilhões de janeiro a abril reforça posição do Brasil para investimentos. (págs. 1 e 13)

- Clima de confronto marcou ontem a sessão de votação na Câmara do projeto de lei complementar que regulamenta a Emenda 29. Os governistas incluíram no texto a recriação da CPMF, com o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS) e alíquota de 0,1% sobre toda movimentação bancária. A oposição entrou em obstrução para atrasar a análise da proposta, que não avançou até o início da noite. (págs. 1 e 13)

- Projeto aprovado na Câmara cria mais de 8 mil cargos de vereador no Brasil. Mas promete reduzir em R$ 1,2 bilhão por ano a verba para os legislativos municipais. Os repasses feitos pelas prefeituras cairiam de 5% a 8% para 2% a 4,5% da receita. (págs. 1, 8, 9 e Editorial)

- Corte de imposto derruba preço da farinha de trigo. (págs. 1 e 14)

- Até quem bebe aprova lei de tolerância zero contra motoristas alcoolizados. (págs. 1, 21 e 22)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO

- Piso de professor será R$ 950

- Valor é o menor salário que um professor passa a receber a partir de setembro. Estado foi o primeiro a antecipar o piso nacional. (pág. 1)

- Constituição pode mudar para garantir direitos a domésticos. (pág. 1)

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