16 maio 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás

JORNAL DO BRASIL

Pobres pagam mais impostos que ricos

- O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou ontem, em Brasília, que a população considerada extremamente mais pobre do país compromete 44,5% de sua renda com pagamento de impostos e contribuições. Os 10% mais ricos gastam 23% em tributos. A diferença superior a 21 pontos percentuais é atribuída à política tributária brasileira. O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, considera que o sistema atual aprofunda a desigualdade social. Os mais pobres arcaram também com maior elevação no pagamento de impostos em comparação com os ricos. (págs. 1 e Economia A17)

- O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que foi intimado a aceitar o cargo. "Meu interesse não era esse", admitiu. Avisou que vai sugerir Jorge Viana, também cotado para o cargo, para ser o coordenador-executivo do Plano Amazônia Sustentável. Ontem a ex-ministra Marina Silva falou sobre a demissão e afirmou não ter mágoa: "A minha permanência não estava mais agradando" (págs. 1 e País A3)

- Agentes da Polícia Federal, representantes do Ministério Público e técnicos da CPI do Senado que investiga a pedofilia no país encontraram 646 perfis do Orkut com conteúdo de pornografia infantil. A comissão quer agora debater o problema cm representantes de outros sites de relacionamento, como Facebook, MySpace e Bebo. (págs. 1 e País A6)

- O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acusa o Planalto e o ex-chefe de Controle Interno da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires de tentarem proteger a ministra Dilma Rousseff da responsabilidade no dossiê sobre os gastos de FHC. (págs. 1 e A2)

- O Rio receberá mais R$ 55,3 milhões do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Do total, R$ 3,7 milhões irão para a construção do batalhão provisório da PM encarregado da proteção às obras do PAC no Complexo do Alemão. A verba contempla ainda 140 mil balas, 20 computadores, 6 mil coletes, 1.464 capacetes, 450 escudos e 1.500 carabinas calibre 30. (págs. 1 e Cidade A10)

FOLHA DE SÃO PAULO

Ministro quer nova lei de licenciamento ambiental.

- O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou a burocracia da legislação para licenciamento ambiental de obras. "É preciso uma nova lei que aumente o rigor dos grandes impactos e diminua a burocracia para procedimentos inócuos e inúteis", afirmou. Minc disse que não queria o cargo e que foi quase obrigado a aceitá-lo pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e pelo presidente Lula. Disse ter pedido condições iguais às da Secretaria do Ambiente do RJ - mais verbas e nenhuma interferência para formar a equipe.

O novo ministro declarou ainda que não pretende ceder a pressões políticas para aprovar licenças ambientais. A ex-ministra Marina Silva disse que uma das fontes de pressão que enfrentava vinha da Casa Civil, que, segundo ela, reduziu a criação de áreas de conservação.

O governador Blairo Maggi (PR-MT), um dos maiores sojicultores do mundo, afirmou não ter boa expectativa sobre Minc: "Não me conhece, não conhece o Estado, não conhece a região". ( págs. 1 e B2)

- A Polícia Federal prendeu sete suspeitos de atuar num esquema de adulteração de leite em pó integral. O produto era vendido em Estados do Nordeste. Segundo a PF, a empresa paraibana Big Leite comprava grandes quantidades de leite em pó, substituía 50% por soro de leite, mais barato e menos nutritivo, e revendia sob cinco marcas. Os responsáveis pela Big Leite não foram achados. (págs. 1 e C4)

- O presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann, afirmou que os pobres no Brasil pagam 44% mais imposto, em proporção à sua renda, que os ricos. Embora os 10% mais pobres não paguem Imposto de Renda, disse Pochmann, consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica. Para ele, a reforma tributária enviada pelo governo ao Congresso não ajudará a reduzir a desigualdade. (págs. 1 e B3)

- Embora diga que o Banco Central mira o centro da meta de inflação (4,5%), o presidente do BC, Henrique Meirelles, admite em conversas reservadas que a instituição está disposta a acomodar a alta dos preços das commodities no mundo - o que deve resultar numa taxa maior, como 5%, em 2008. Segundo Meirelles, a alta dos juros visa impedir que os reajustes se espalhem para outros setores. (págs. 1 e B1)

- O ministro Tarso Genro (Justiça) defendeu julgamento e punição dos acusados de tortura no regime militar (1964-85). Segundo ele, a Lei da Anistia, de 1979, não protege os torturadores. Para Gilberto Figueiredo, que preside o Clube Militar, houve ministros que fizeram "a mesma coisa", e Tarso quer "tumultuar". O Ministério Público Federal propôs ação contra ex-chefes do DOI-Codi. (págs. 1 e A7)

- Contratos de R$ 556 milhões do Metrô de São Paulo com a empresa Alstom, que está sob investigação na França, são considerados irregulares pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). Num deles, o Metrô restaurou em 2007 um contrato de 1992 para comprar trens por R$ 500 milhões. Para o TCE, a operação deu prejuízo de R$ 70 milhões. O Metrô diz que economizou R$ 100 milhões. (págs. 1 e A8)

O ESTADO DE SÃO PAULO

Minc quer menos burocracia no licenciamento ambiental

- Convidado para ser o novo ministro do Meio Ambiente, o deputado estadual Carlos Minc (PT-RJ) disse ontem que aceitou porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe prometeu "carta verde" para montar a equipe. Mas defendeu mudança na lei de licenciamento de obras, para ficar mais rigorosa e ao mesmo tempo menos burocrática e com menos "procedimentos absolutamente inócuos e inúteis". Minc anunciou que pretende manter parte da equipe de Marina Silva e convidar o ex-governador do Acre Jorge Viana para ser coordenador-executivo do Plano Amazônia Sustentável, cargo para o qual Lula nomeou o ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Marina disse ontem que deixou o cargo por causa da forte oposição que os governadores, especialmente os de Mato Grosso e Rondônia, faziam a seus planos. (págs. 1, A4 e A6)

- A expectativa no setor elétrico é de que Carlos Minc destrave o processo de licenciamento ambiental para a construção de usinas hidrelétricas, até mesmo na Amazônia. Especialistas acreditam que o novo ministro terá atuação menos ideológica do que Marina Silva. (págs. 1 e A4)

- Minc: "O presidente Lula me elogiou pela agilidade com rigor no licenciamento ambiental para o Complexo Petroquímico do Rio". (pág.1)

- Minc: "O desmatamento zero deve ser integrado ao Plano da Amazônia Sustentável (PAS)" (pág.1)

- Minc: "Pedi carta verde (a Lula) para montar a equipe. O Mangabeira Unger no PAS foi uma decisão do presidente. Mas decisões podem ser mudadas". (pág.1)

- O governo estuda novas medidas para o setor agrícola, na tentativa de conter a alta nos preços dos alimentos. A idéia é estender para os fertilizantes benefício já concedido ao trigo - que foi liberado da taxa de 25% cobrada pela Marinha Mercante nos fretes. Pode ser ampliado, ainda, o crédito para cultivo de feijão, arroz, milho e trigo. Índice divulgado ontem, o IGP-10, aponta inflação de 1,52% em maio, o triplo do registrado em abril. (págs. 1, B1 e B3)

- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou ontem de R$ 3,4 bilhões para R$ 10,96 bilhões o limite para o aumento de gastos com o funcionalismo público federal em 2008. Por meio de medida provisória, foi alterada a lei que limitava o aumento das despesas do Executivo federal com reestruturação de cargos, carreiras e revisão de remunerações dos servidores. Os reajustes salariais vão beneficiar funcionários civis e militares. (págs. 1 e A7)

- Deputados estaduais paulistas do PT querem abrir CPI sobre suposto favorecimento do governo do Estado à multinacional francesa Alstom. O PT alega que, desde 1999, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista assinou 47 contratos com a Alstom, no valor de R$ 333 milhões. (págs. 1 e A8)

- Após curta e conturbada existência, o Banco Popular do Brasil será absorvido pelo Banco do Brasil. Criado em 2004 para expandir o microcrédito e incentivar o empreendedorismo entre as pessoas de baixa renda, o banco amargou prejuízo de R$ 144 bilhões. (págs. 1 e A16)

- Notas e Informações - Afirmar que a política ambiental não vai mudar é apenas mais um gesto retórico do presidente Lula. Seu problema real é fazer o governo trabalhar pela consecução de objetivos. (págs. 1 e A3)

- Abram Szajman: O governo quer a chave do cofre, apesar de sua incúria gerencial. (págs. 1 e A2)

O GLOBO

Novo ministro quer agilizar licenciamentos ambientais

- O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, quer uma nova lei para agilizar licenciamentos ambientais, aumentando as exigências e diminuindo a burocracia - que para ele é a mãe da corrupção. A agilidade no licenciamento marcou sua gestão como secretário do Ambiente do Rio: foram 2.068 licenças em 17 meses. Minc afirmou que só aceitou o cargo diante de garantias dadas pelo presidente Lula de financiamento para o ministério. Ele sugeriu o nome do ex-governador do Acre Jorge Viana para coordenar o Programa Amazônia Sustentável, mas Viana, que já recusara o ministério, não aceitou. Minc afirmou que não mudará as diretrizes deixadas por Marina Silva, que saiu em meio a uma crise. Ontem, a ex-ministra disse que os governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e de Rondônia, Ivo Cassol, pressionavam o Planalto para rever o plano de combate ao desmatamento da Amazônia. (págs. 1, 3 a 10, Luiz Garcia e Miriam Leitão)

- Os 10% mais pobres da população brasileira têm 32,8% de sua renda engolidos por impostos diretos e indiretos, mostra estudo do Ipea, que aponta o sistema tributário do país como fator a agravar a desigualdade. (págs. 1, 27 e 28)

- O ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu que os acusados de tortura durante a ditadura militar sejam julgados. Segundo ele, a tortura não é crime político e não está coberta pela Lei da Anistia. Em São Paulo, o Ministério Público entrou com ação pedindo que dois ex-comandantes do DOI-Codi sejam responsabilizados pelas torturas e devolvam à União indenizações pagas a presos políticos. (págs. 1 e 12)

- Quando soube que chegaria material para estoque no valor de R$ 64 mil, Erotides Alves de Moura, o encarregado do almoxarifado central da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), tratou de reservar espaço nas prateleiras. Mas a encomenda era apenas uma caixa com cem chapas de alumínio para impressão, material que pode ser adquirido no mercado por apenas R$ 500. O funcionário levou um susto e denunciou o caso ao Ministério Público estadual, que chamou a Delegacia de Polícia Fazendária, da Polícia Civil. O resultado é que a Faetec, vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia do estado (SECT), está sendo alvo de investigações, acusada de superfaturamento na compra de material, sem licitação. O rombo é muito maior do que supunha Erotides: pode chegar a R$ 2 milhões. (págs. 1 e 17)

GAZETA MERCANTIL

Petrobras construirá refinaria de US$ 10 bi na terra de Lobão

- A Petrobras planeja investir de US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões na construção de uma nova refinaria de petróleo, localizada em São Luís, no Maranhão. A revelação foi feita ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, à agência Bloomberg News, e confirmada mais tarde por sua assessoria em Brasília. "Já está decidido que a refinaria será no Maranhão", disse. "As decisões finais estão

sendo tomadas para a compra da terra, de modo que a construção possa começar no primeiro trimestre de 2009", acrescentou o ministro, que nasceu na cidade maranhense de Mirador e foi governador do estado entre 1991 e 1994. Procurada pela Gazeta Mercantil,

a Petrobras não quis comentar o assunto.

A refinaria, segundo Lobão, terá capacidade para processar de 400 mil a 500 mil barris por dia de petróleo pesado brasileiro. Será, quando sair do papel, a maior usina petrolífera do País e com o dobro da capacidade das maiores refinarias em operação. A estratégia da Petrobras é transformar a nova refinaria em uma plataforma de exportação de derivados de petróleo, como a gasolina, sobretudo para os Estados Unidos. Hoje, um dos pontos fracos da Petrobras é justamente a falta de refinarias para processar o óleo pesado, o que obriga a estatal a vendê-lo ao mercado externo a preços baixos e, ao mesmo tempo, importar o petróleo leve, bem mais caro, porém necessário para a produção de derivados nobres.

O resultado dessa operação é um forte déficit na balança comercial do petróleo e derivados, que somente nos três primeiros meses do ano apresentou um saldo negativo de US$ 1,877 bilhão, segundo dados divulgados esta semana pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Além de investimentos em novas refinarias, a Petrobras elevará, no futuro próximo, suas exportações de petróleo e derivados por conta das descobertas dos megacampos de Tupi e Carioca, situados na camada pré-sal, na bacia de Santos. No momento, a estatal já conseguiu contratar 80% dos navios-sonda (para perfuração em águas profundas) existentes no mundo, desbancando suas concorrentes

e inflacionando o mercado. O ministro Edison Lobão ainda disse que o Brasil está cada vez mais próximo de quebrar o monopólio estatal sobre a mineração de urânio. A idéia é permitir que empresas privadas vendam combustível nuclear nos mercados interno e externo. (págs. 1,C1 e C2)

- Flex na Alemanha: A chanceler alemã Angela Merkel disse, em visita à Volkswagen, no ABC paulista, que o motor flex fuel pode ser adotado na Alemanha. Merkel mostrou-se preocupada com a concorrência entre alimentos e biocombustíveis em países sem áreas agrícolas disponíveis, o que não é o caso do Brasil, lembrou. (págs. 1 e C3)

- Os índices de preços continuam a espelhar a tendência desaceleração da inflação no País. Com a maior pressão de custos no atacado, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,52% neste mês, ante 0,45% em abril. Com o resultado de maio, a maior alta desde dezembro, quando a Fundação Getúlio Vargas registrou variação de 1,59%, a taxa acumulada ficou em 10,71% em 12 meses e em 4,47% no ano. Para economistas, a alta dos preços, especialmente dos alimentos, deve provocar impacto sobre o poder de compra dos consumidores, o que contribuirá para desaceleração das vendas no comércio varejista nos próximos meses. Contudo, no primeiro trimestre, segundo pesquisa divulgada ontem pelo IBGE, o setor ampliou em 12% o volume de vendas e em 16,6% a receita nominal em relação ao mesmo período de 2007, as maiores variações trimestrais desde 2001.

De qualquer maneira, o consumidor pode voltar a pagar menos pelo pãozinho - recém-guindado ao posto de vilão da inflação -, biscoitos e massas. Pelo menos, se depender das indústrias processadoras de trigo, afirma Lawrence Pih, presidente do maior moinho do País, o Pacífico. Ele afirmou ontem que o preço da farinha deve baixar entre 8,5% e 8,6% no mercado, e isso acontecerá no dia seguinte à publicação da medida provisória (MP) prometida pelo governo na última quarta-feira. Entre outras medidas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que irá suspender a cobrança de PIS/Cofins (9,25%) para trigo, farinha e pão francês. "Os maiores moinhos vão baixar o preço e o setor todo terá que acompanhar". (págs. 1, A5 e C4)

- A Medida Provisória que altera de 9% para 15% a alíquota da CSLL para bancos e instituições financeiras - já aprovada na Câmara - foi eleita como o primeiro alvo a ser atacado pela bancada de oposição ao Palácio do Planalto no Senado. A idéia dos partidos oposicionistas, principalmente DEM e PSDB, é acirrar a ofensiva contra projetos de interesse do governo. Não satisfeitos com a postura do Planalto em insistir na edição de MPs, os líderes dos dois partidos já mandaram recado para suas bancadas dificultarem a aprovação das 13 MPs que passam a trancar a pauta da Casa na próxima semana. (págs. 1 e A9)

- O Projeto de Lei 7.161/06 contribuirá para regulamentar consórcios e possibilitará financiamentos de serviços educacionais e odontológicos. (págs. 1 e Investnews.com.br)

- Depois de captar US$ 525 milhões com bônus soberano Global 2017, o Tesouro estuda reabrir a emissão de bônus soberano Global 2037 ainda este ano. (págs. 1 e B1)

- Opinião: Roberto Rodrigues: Por influência do poderoso lobby rural americano, o etanol importado do Brasil pelos EUA paga tarifa, o que não ocorre com o produto procedente de outros países. (págs. 1 e A3)

- Klaus Kleber: Ainda que o governo corte seus gastos correntes para elevar o superávit primário, resta o problema do pagamento de juros sobre a dívida interna, equivalente a 6,1% do PIB. (págs. 1 e A2)

CORREIO BRAZILIENSE

Mais um preso por crime no trânsito

- Internado no Hospital de Base, onde se recupera do acidente que provocou ao invadir a pista contrária e atingir um Logan na via de acesso à Ponte JK, no Dia das Mães, o motorista Felipe Gonçalves de Sousa Cruz já tem destino ao receber alta: a cadeia. Acusado de tentativa de homicídio doloso contra a família do engenheiro agrônomo André Vicente de Sanches, que seguia o Logan, Felipe teve a prisão decretada ontem à tarde pela Justiça, com base em laudo do IML comprovando que ele estava sob efeito de álcool e maconha. Perícia da Polícia Civil provou que o analista de sistemas Igor de Rezende Borges seguia na contramão, também movido a álcool, a 100 km/h quando matou cinco pessoas em acidente na DF-001. Enquanto isso, alegando necessidade de evitar congestionamentos aos domingos, o secretário de Transportes, Alberto Fraga, confirma o fim do Eixão do Lazer. Milhares de brasilienses caminham correm ou pedalam na avenida desde 1991, em busca de qualidade de vida. Mesmo assim, Fraga insiste na tese de que apenas 90 pessoas utilizam semanalmente o espaço. (págs. 1 e 29 a 31)

- Ex-ministra do Meio Ambiente se despede atirando, admite que ficou isolada no governo e alerta sobre retrocesso. Antes de assumir, Carlos Minc compra briga com aliados de Lula. (págs. 1 e 2 a 5)

- Inflação dá salto e pressiona preços ao consumidor. Índice que mede a prévia de maio chega a 1,52%, valor três vezes superior ao de abril: No acumulado dos últimos 12 meses, alta chega a 10,71%. Situação preocupa o Banco Central porque, com o consumo em patamares elevados, há espaço para a indústria e o comércio reajustarem preços. (Tema do Dia, págs. 17 e 18)

VALOR ECONÔMICO

No trimestre da crise, lucro das empresas aumenta 19%.

- As grandes empresas brasileiras de capital aberto praticamente ignoraram no primeiro trimestre a crise financeira internacional, as previsões de recessão nos Estados Unidos e até as ameaças de aumento dos juros internos. Dados consolidados dos balanços trimestrais de 151 companhias, calculados pelo Valor, mostram faturamento em alta e lucros crescentes. Os lucros dessas empresas cresceram 9% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e atingiram R$ 20,4 bilhões. Sem considerar Vale do Rio Doce e Petrobras, cujos números gigantes influenciam demais as médias, o resultado das companhias aumenta ainda mais, 19%. A Vale sofreu perdas contábeis de US$ 318 milhões no trimestre, por conta de operações de hedge com derivativos. Já a Petrobras teve o lucro (R$ 6,9 bilhões) melhorado em razão da alta nos preços do petróleo.

"A melhora geral nos resultados das companhias se deve ao crescimento econômico doméstico", explica a estrategista da Fator Corretora, Lika Takahashi. Com a forte demanda interna, as empresas elevaram as vendas de produtos e serviços e a receita líquida média das 151 aumentou 22%. Desconsiderando-se Vale e Petrobras, o aumento atingiu 29%. As despesas operacionais, relacionadas à própria atividade das companhias, sem impacto da linha financeira, cresceram apenas 13%. O consumo doméstico foi muito influenciado pelo crédito, o que beneficiou claramente a construção civil. O lucro de 22 empresas desse setor cresceu 615%, saindo de R$ 81 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 579 milhões agora. Outros setores com desempenho de destaque foram o financeiro e o de empresas ligadas à indústria automotiva, inclusive as concessionárias. Para atender a demanda interna, muitas companhias desviaram produtos de exportação para a venda local, principalmente siderúrgicas e montadoras. A mudança de estratégia também foi uma forma de as empresas se protegerem do câmbio, uma vez que a desvalorização teve impacto muito forte nas receitas de exportação no primeiro trimestre. (págs. 1 e D3)

- Causou preocupação no Itamaraty a confirmação, pela Interpol, de que não foram manipuladas as informações contidas nos computadores das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), com dados que supostamente confirmam ligações entre os guerrilheiros e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O governo brasileiro poderá ser levado a condenar a ação de Chávez publicamente, segundo informaram diplomatas brasileiros ao Valor. O tema deve aquecer hoje as conversas entre chefes de Estado que estão em Lima para a reunião de cúpula União Européia-América Latina. Há expectativa, entre os diplomatas brasileiros, sobre as reações de Chávez e do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, ao anúncio da Interpol. Para evitar o agravamento dos atritos com o vizinho - um dos principais consumidores de alimentos e produtos industrializados colombianos -, acredita-se, no Itamaraty, que Uribe poderá baixar o tom das acusações contra Chávez. (págs. 1 e A13)

- Após as brigas ideológicas, é a prosaica falta de dinheiro que agora paralisa as decisões da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Em maio, ela completou oito meses sem votar novas liberações comerciais de organismos geneticamente modificados no país. O Ministério da Ciência e Tecnologia ainda não pagou os pareceres encomendados a 35 consultores externos designados para avaliar 43 processos em tramitação na comissão. Esses relatórios orientarão o voto dos membros do colegiado em processos de aprovação comercial de uma lista de dez variedades de sementes de milho, algodão, soja e arroz transgênicos, e de duas vacinas geneticamente modificadas contra a circovirose suína. Reconduzido ao cargo, o presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, reconhece o atraso, mas promete acelerar as avaliações no segundo semestre. (págs. 1 e B11)

- O número de investidores cadastrados no sistema de venda de títulos públicos pela internet, Tesouro Direto, chegou a 115.663 pessoas, aumento quase 401% em 12 meses. O volume movimentado foi de R$ 108,4 milhões, alta de 30,6% sobre abril de 2007.(págs. 1 e D2)

-Criado em 2003 como parte do esforço do governo para democratizar o crédito e bancarizar a população, o Banco Popular, subsidiária do Banco do Brasil, será desativado sem jamais ter dado lucro. (págs. 1 e C3)

- Até agora, 67% da cana processada na safra 2008/09 no Centro-Sul foi direcionada à produção de álcool, o maior percentual já alcançado, segundo levantamento da Unica. A previsão da entidade para o fim do ciclo era de 58% em favor do álcool. (págs. 1 e B12)

-Cláudia Safatle: Resolução da Antac pode estar travando investimentos de US$ 8,4 bilhões em terminais portuários. (págs. 1 e A2)

-Maria C. Fernandes: Saída de Marina dá a seu grupo político um discurso crítico ao governo com legitimidade. (págs. 1 e A5)

ESTADO DE MINAS

PT estadual aprova aliança

- Por 29 votos a 26 e três abstenções, o Diretório Estadual do PT aprovou ontem a aliança com o PSDB para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte, com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda (PSB), na cabeça da chapa e o deputado estadual petista Roberto Carvalho de vice. O placar apertado e a tensão do encontro, cheio de embates e acusações, expuseram o racha

no partido. O grupo ligado ao prefeito Fernando Pimentel comemorou, e os mais próximos ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, lamentaram. Os partidários da coligação, que já tinha o aval do Diretório Municipal, estão certos de que o resultado de ontem levará a cúpula do PT a rever a posição da Executiva Nacional, que por 13 votos a 2 vetou a participação dos tucanos. Os contrários à parceria, no entanto, acreditam que a divisão demonstrada na votação reforça a tendência de que o veto seja mantido. A decisão final caberá ao Diretório Nacional, que vai se reunir no dia 30. (págs. 1, 5 e 8)

- O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu ontem a criação de uma nova lei de licenciamento ambiental no país, mais rigorosa, mas com menos burocracia, para agilizar a liberação de projetos de investimento. Ele exige liberdade para vetar grandes empreendimentos, se necessário. (págs. 1, 3 e 4)

- Estudo do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, divulgado ontem, mostra que os 10% mais ricos concentram 75,4% da renda do país. Além disso, comprometem 23% de seus rendimentos com o pagamento de impostos, enquanto entre os 10% mais pobres os tributos consomem 33% dos ganhos. Por isso, defendeu reforma para tornar o sistema tributário mais justo. (págs. 1 e 15)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMÉRCIO

- PF prende 8 por adulterar leite. (pág. 1 )

- Marina Silva acusa governadores por sua saída. (pág. 1)

- Padarias mantêm o preço do pão. (pág. 1)

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