- Ameaçada a transmissão exclusiva do Brasileirão
- A Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça acolheu denúncia contra negociação entre o Clube dos 13 e a TV Globo dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de futebol. A SDE considerou agressão à livre concorrência a venda em forma de pacote para tevê aberta, fechada, internet e celular. O modelo foi adotado inicialmente entre 1997 e 1999 e repetiu-se até hoje. Também são abusivas as cláusulas de exclusividade e de preferência na renovação dos contratos. O vice-presidente do Clube dos 13, Eurico Miranda, declarou que a entidade vai recorrer da decisão. (págs. 1 e País A3)
- O futuro dos negócios com commodities, que respondem por 65% das exportações brasileiras, entra em debate no cenário de euforia motivado pela conquista do grau de investimento para a economia brasileira. Teme-se o efeito da valorização do real em relação ao dólar. "Nada impede que o Brasil tenha déficit na balança comercial em 2009", avalia José Augusto de Castro, da Associação dos Exportadores Brasileiros, que reivindica redução na taxa de juros. (págs. 1 e Economia A17)
- O Tribunal Regional Eleitoral vai fiscalizar a Marcha da Maconha, marcada para amanhã, no Arpoador. O tribunal quer reprimir as máscaras com as quais os simpatizantes da liberalização da droga pretendem desfilar, com rostos de candidatos à prefeitura do Rio, como o do deputado Fernando Gabeira. (págs. 1 e Cidade A10)
- No pior resultado em 40 anos, o Partido Trabalhista, no poder desde 1997, perdeu a prefeitura de Londres e 331 vereadores. O resultado obriga o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, a rever a estratégia para o pleito nacional de 2010. (págs. 1 e Internacional A21)
- Bolsa tem dia de recordes após grau de investimento
- Ainda sob o impacto da elevação do Brasil a grau de investimento, a Bovespa bateu novos recordes ontem. Fechou em inéditos 69.366 pontos e computou um número nunca antes alcançado de transações, 385,7 mil.
A nova avaliação do país feita pela agência Standard & Poor's, saiu na quarta. No primeiro pregão após o feriado de anteontem, a Bolsa de São Paulo negociou R$ 11,09 bilhões. A média diária do ano é de R$ 5,9 bilhões
A Bovespa fechou ontem em alta de 2,2%, mas chegou a subir 4,57% e bateu em 70.973 pontos. Recuou um pouco porque investidores se desfizeram de ações para embolsar os rápidos lucros obtidos por muitos papéis.
O dólar caiu e terminou cotado a R$ 1,65, o menor valor desde maio de 1999. Para analistas, o mercado não esperava a obtenção do grau de investimento agora, o que explica a movimentação intensa na Bolsa. (págs. 1 e B1)
- Nos 36 municípios da Amazônia que mais desmataram no final do ano passado, apenas 20% das 15,4 mil propriedades rurais com área superior a quatro módulos fiscais (de 60 a 80 hectares, dependendo do município fizeram o recadastramento exigido pelo governo.
O recadastramento foi uma das principais medidas para tentar conter o desmatamento na região, que se acelerou no fim de 2007. As fazendas que deixaram de se recadastrar estão impedidas de vender as terras e obter créditos bancários. (págs. 1 e A11)
- O superávit da balança comercial brasileira diminuiu 64,5% nos primeiros quatro meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ele recuou de US$ 12,91 bilhões, em 2007, para US$ 4,58 bilhões.
A deterioração do saldo deve-se principalmente à desvalorização do dólar, que favorece as importações. No primeiro quadrimestre, o montante importado foi de US$ 48,17 bilhões, alta de 43,6% sobre igual período em 2007. As exportações cresceram 13,6%. (págs. 1 e B4)
- As vendas de automóveis em abril bateram recorde no país, com 248.945 veículos comercializados, entre carros de passeio e comerciais leves. Em relação a abril do ano passado, o crescimento chegou a 46,6%. No primeiro quadrimestre, a alta foi de 35,6% na comparação com igual período de 2007. (págs. 1 e B14)
- Editoriais: Leia "Tragédia boliviana" acerca do referendo em Santa Cruz; e "Adoção digital", sobre criação de cadastro nacional. (págs. 1 e A2)
- César Benjamin - A coligação rentista, que nos governa, está em festa: somos "investiment grade". As empresas poderão agora tomar mais recursos no exterior para aplicá-los nos papéis mais rentáveis do mundo, remunerados pelo Estado brasileiro. Não importa em quanto irá aumentar nosso passivo externo líquido. Nem saber que uma reversão do ciclo internacional nos imporá altíssimo preço. Recebemos de presente uma maçã podre. (págs 1 e B2)
- Agência de risco pede corte de gastos no País
- Para continuar a melhorar na classificação de risco da agência Standard & Poor's, o Brasil precisa perseguir reformas econômicas que reduzam a dívida pública, afirmou ontem a diretoria para ratings soberanos da instituição, Lisa Schineller. Ela deu entrevista para detalhar a concessão, quarta-feira, do grau de investimento ao País. A classificação melhorou, disse Lisa, por causa da confiança dos investidores "na capacidade e disposição do governo de reduzir a dívida", que, para a agência, ainda está acima do ideal. Lisa defendeu o corte de gastos públicos como caminho. Também disse acreditar que o real vai se enfraquecer ainda em 2008, apesar da entrada de capitais que o grau de investimento deve provocar. E apostou em desaceleração da economia brasileira neste ano, para 4% a 4,5%. (págs. 1, B1 a B4)
- As taxas de juros de longo prazo tiveram redução significativa ontem, por causa do grau de investimento obtido pelo Brasil. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em novo recorde de pontos (69.366,4 com alta de 2,21%) e de volume financeiro (R$ 11,088 bilhões). O dólar à vista recuou 0,78% cotado a R$ 1,65, menor nível desde maio de 1999. (págs. 1 e B8)
- A executiva nacional do PDT vai se reunir na terça-feira para cobrar explicações do deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP),o Paulinho, suspeito de envolvimento no esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES). Segundo o presidente do partido, deputado federal Vieira da Cunha (RS), o fato é constrangedor, mas Paulinho "merece a confiança do PDT". Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, Paulinho é inocente. Mas não coloca a "mão no fogo". (págs. 1 e A4)
- A demanda pela homeopatia cresce no País a índices 20% maiores do que o aumento da população desde o início da década, segundo o governo federal. Em 2007, a homeopatia foi responsável por mais de 300 mil consultas do Sistema Único de Saúde, ou 10% das consultas de atenção básica. Ainda assim, apenas 110 dos mais de 5 mil municípios do País adotam a especialidade na rede pública. (págs. 1 e C1)
- O Brasil estará melhor com a redução do protecionismo, quem quer que seja o futuro presidente dos EUA, afirma ao Estado o ex Bill Clinton. E qualquer um dos três atuais pré-candidatos será melhor que Bush para os americanos, diz a Sonia Racy. (págs. 1 e B5)
- Notas e Informações: O governo decidiu abrir mão de parte da receita tributária - cuja preservação dizia ser essencial à política fiscal - para reduzir ao máximo o efeito da alta dos combustíveis. (págs. 1 e A3)
- Miguel Reale Jr.: A liberdade de informar não pode tornar a mídia tribunal sem apelação. (págs. 1 e A2)
- Capital externo aumenta e bolsa bate novo recorde
- Com a forte entrada de investidores estrangeiros no mercado brasileiro após o país obter o grau de investimento (mais seguro para se investir), a Bolsa de São Paulo viveu ontem um dia de euforia e bateu novo recorde, com alta de 2,21% e 69.336 pontos. O volume de negócios atingiu R$ 11 bi, nova marca histórica e o dobro da média. Já o dólar caiu 0,84%, para R$ 1,650, o menor nível desde 1999, e o risco-Brasil recuou 4,83%. Com o real forte, o saldo comercial do país despencou 64% no 1º quadrimestre, para US$ 4,5 bi. (págs. 1, 29 e 31)
- Os gastos secretos da Presidência representaram, em março, 97,8% dessas despesas. Em 2007, 91,7% foram mantidos sob sigilo. Já a média mensal de gastos com cartões corporativos do governo caiu quase pela metade. (págs. 1 e 8)
- Para a PF, a investigação de fraudes contra o BNDES vazou antes para suspeitos como o advogado Ricardo Tosto. O PDT cobrará do deputado Pulinho explicações sobre propina que teria recebido. Ele ontem se calou. (págs. 1, 3 e 4)
- Os postos do Rio reajustarão o álcool em até 4%, devido aos efeitos da chuva na safra de cana. Já o diesel subiu ontem mais de 10% acima do previsto. Com isso, alimentos vão aumentar de 4% a 8%. (págs. 1 e 33)
- Depois dos caveirões e do helicóptero blindado, a PM usará retroescavadeiras e pás mecânicas com blindagem para derrubar as barreiras erguidas pelo tráfico, com o objetivo de impedir a entrada da polícia. Só na última semana, policiais do 14º BPM (Bangu) recolheram cerca de 40 toneladas de barreiras em duas favelas. Agora, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) vai criar a Unidade de Demolição Tática. Um tiroteio entre PMs e bandidos deixou cinco mortos e três feridos em Manguinhos. O serviço de trens foi suspenso por uma hora e o trânsito interditado na Leopoldo Bulhões por mais de sete horas. (págs. 1, 14 e 15)
- Grau de investimento atrairá recurso externo
- O grau de investimento concedido pela Standard & Poor's ao Brasil, na última quarta-feira, vai promover um aumento da participação de fundos "private equity" (de participação direta) nas companhias brasileiras. Essa participação deverá ser recorde neste ano, segundo especialistas no setor. Estima-se que nos últimos dois anos os private equity captaram de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões para investir em aquisições de empresas no País. Em 2008, o valor poderá aumentar entre 30% e 40%, projeta o sócio da Ernst Young Carlos Asciutti. "Com o grau de investimento, os private equity poderão captar recursos de fundos de pensão norte-americanos para investir no Brasil", afirma. Com a nova classificação de risco, o Brasil passa a fazer parte do grupo de países considerados seguros para investir e fica em condições de igualdade em relação aos seus principais concorrentes nos mercados emergentes - a Rússia, a China e a Índia. A classificação, que passou de BB+ deu BBB-, representa o primeiro degrau na escala dos países bons para investir. Várias empresas brasileiras já receberam o grau de investimento de agências de risco. As primeiras foram a mineradora Vale do Rio Doce e a indústria de bebidas Ambev. Para Júlio Gomes de Almeida, consultor do Iedi, boa parte dos benefícios do grau de investimento já havia sido antecipada e a vinda de recursos para o setor produtivo irá fortalecer as áreas industrial e de serviços. (págs. 1, E1 A E8)
- A elevação do Brasil ao grau de investimento (investment grade) é a mais relevante - e bem-vinda - notícia econômica que oPaís poderia receber desde a estabilização da moeda e o advento do Real em meados da década de 90. Tanto mais por dar-se em meio à preocupante turbulência que há meses sacode mercados ao redor do mundo.
Com a promoção, o Brasil passa a destino privilegiado de novas e pujantes fontes de liquidez da economia global - fundos de pensão, seguradoras, etc. Reforçada com a boa nova, a economia brasileira deverá receber em 2008 o maior fluxo de Investimentos Estrangeiros Diretos (IEDs) de sua história.
Mais do que motivo de celebração, o grau de investimento é, a um tempo, um rito de passagem e uma janela de oportunidade. Nenhuma economia vertebrada à globalização pode dar-se ao luxo de
não gozar de bom conceito junto a classificadores de risco. Ainda que a credibilidade de agências, como a Standard & Poor's, tenha se abalado ante a recente crise da economia norte-americana, os efeitos da promoção - mesmo os de natureza psicológica - sobre investidores e outros tomadores de decisão serão dos mais benéficos para o País.
Muitas razões alicerçaram o investment grade. A vitalidade das exportações nos últimos cinco anos, o encolhimento da dívida soberana, o profissionalismo na condução do Banco Central. A modernização, enfim, por mais tardia e incompleta, das relações capitalistas no País.
O cenário externo favorável, contemporâneo a grande parte da presidência Lula, aguçou um voraz apetite mundial por commodities. Animaram-se as perspectivas para o Brasil como potência energética. Convergem, assim, forças que deslocam o Brasil ao centro do interesse econômico mundial.
Há seis anos, muitos acreditavam no derretimento da base monetária - à semelhança do que ocorrera na Argentina um ano antes. O economista-chefe do banco Bear Stearns augurava, em 2002, que o Brasil declararia moratória antes mesmo do pleito que levou Lula à Presidência da República. Na última quarta-feira, o Brasil recebeu o grau de investimento. O Bear Stearns encontra-se varrido do mapa pela crise dos subprimes.
Ao lado da diminuição dos juros internos e da grande chance para as tão necessárias reformas fiscal e trabalhista, o momento é de novo desafio. Romper práticas e legislações que ainda fazem do País um dos mais difíceis lugares do mundo para a realização de negócios.
Se o governo não calçar o "salto alto" do grau de investimento e juntar-se à sociedade na simplificação da vida empresaria l, o Brasil pode rumar firme para a obtenção do "business grade". E consolidar-se, ao lado de China, Índia e Rússia, no quadro dos novos protagonistas econômicos do século XXI.
- Com a obtenção do grau de investimento e o aumento do diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos (EUA), os títulos de renda fixa devem ser os investimentos mais procurados por estrangeiros no curto prazo. As aplicações externas nesses papéis dispararam em março e somaram US$ 4,065 bilhões, valor 7,5% maior que o alcançado em março do ano passado. Segundo o diretor de investimentos do Safidié Private Banking, Otávio Vieira, a partir do momento que um país recebe o grau de investimento de no mínimo duas agências reconhecidas de classificação de risco, seus títulos de dívida soberana passam a integrar os principais benchmarks do mercado externo em renda fixa, como o índice do Lehman Brothers, Global Aggregate
Bond Index, e o World Govern ment Bond Index (WGBI) do Citigroup, que inclui os papéis mais líquidos do mercado de bônus, de países com grau de investimento. Além disso, a medida deve beneficiar os bônus de dívida de empresas brasileiras.
Para o diretor-presidente do BNP Paribas Asset Management, Marcelo Giufrida, com a perspectiva de aumento da Selic, hoje em 11,75%, em contraposição ao cenário de queda dos juros norte-americanos para 2% nesta semana, os investidores estrangeiros tendem a migrar para os títulos públicos brasileiros. Vieira destaca que a grande procura deve ser por papéis de longo prazo, com vencimento a partir de 2012. (págs. 1 e E5)
- A elevação do Brasil a grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, na quarta-feira, provocou uma corrida dos gestores para a reprecificação dos ativos brasileiros. A avaliação é de que o grau de investimento ainda não estava embutido no preço dos papéis, que vinham sendo negociados com desconto em relação aos ativos de outros mercados emergentes, disse o diretor-presidente do BNP Paribas Asset Management, Marcelo Giufrida.
A reprecificação será feita mesmo com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sendo a líder em valorização entre todas as bolsas do mundo neste ano, ao fechar abril com acumulado de 6,23%. A Bolsa deve se posicionar entre as principais apostas dos investidores institucionais estrangeiros, como fundos de pensão, seguradoras e hedge funds, que antes tinham limitações para investir no Brasil. (págs. 1 e E5)
- Ibama mantém embargo de 33 empresas do pólo gesseiro do Araripe (PE).(págs. 1 e A5)
- O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ontem a expropriação de cinco empresas. Na Venezuela, Hugo Chávez fez
o mesmo com a siderúrgica Sidor. (págs. 1 e C12)
- Uma empresa boliviana é exemplo do potencial do microsseguro. O Banco Mundial estima em US$ 509 bilhões o mercado na América Latina. (págs. 1 e investnews.com.br)
- Paulo Skaf: O setor industrial é protagonista no processo de consolidação do Brasil como uma economia exportadora. (págs. 1 e A3)
- Sobrou para quem anda de ônibus
- Decisão do governo de reduzir o impacto da alta no preço da gasolina beneficia quem usa o próprio carro como meio de transporte. Mas aqueles que sacolejam em ônibus urbanos, intermunicipais e interestaduais podem ir preparando o bolso. Empresários do setor pretendem reajustar as tarifas em pelo menos 6% devido ao aumento de 8,8% no litro do óleo diesel. No DF, o secretário de Transportes admite que a correção no valor das passagens pode sair já neste mês. (págs. 1 e 12)
- Concurso do Banco do Brasil é suspenso. (págs. 1 e 19)
- Na conversa, descrita em relatório da Polícia Federal, dois empresários negociam a divisão de dinheiro desviado de empréstimo concedido pelo BNDES e acertam o valor de cheque supostamente destinado ao deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força. (págs. 1, Tema do Dia 2 e 3)
- No segundo pregão após o Brasil ter recebido o grau de investimento, a Bolsa de Valores de São Paulo atingiu inéditos 69.336 pontos, acumulando uma valorização de 8,68% em apenas dois dias. A moeda norte-americana recuou 0,78%, fechando no menor valor desde maio de 1999. (págs. 1, 14 e 15)
- Setor privado já corta custos com o grau de investimento
- Para Renato Vale, presidente da CCR, uma das maiores concessionárias de rodovias do país, o Dia do Trabalho foi um feriado e tanto. A CCR, que conquistou em março a concessão de um trecho do Rodoanel de São Paulo, negocia financiamento de R$ 1,6 bilhão no mercado externo para pagar o governo de São Paulo. A promoção do Brasil a grau de investimento, na quarta-feira, vai reduzir o custo dessa captação em alguns milhões de dólares.
O caso da CCR mostra os benefícios imediatos da reclassificação do Brasil pela Strandard & Poor's. Além de aumentar o fluxo de recursos, essa promoção reduz os custos de capital e financiamentos para o setor privado. O próprio mercado já cuidou de expor os setores que devem ser mais favorecidos: construção, varejo e bancos. As ações da CCR, por exemplo, subiram 15,6% na quarta-feira, na Bovespa. Cirela e Gafisa, da área imobiliária, tiveram desempenho semelhante. No varejo, Lojas Renner avançou 14% e Cosan, que entrou no varejo de combustíveis com a compra da Esso, 15%. As ADRs dos dois maiores bancos privados brasileiros, Bradesco e Itaú, subiram ontem 8,1% e 5,7%, respectivamente, em Nova York.
A promoção do Brasil vai colocar o país no radar de muitos administradores estrangeiros, mas não deve provocar uma enxurrada de dólares de um dia para o outro. Fundos de pensão e outros investidores institucionais, embora fossem impedidos de aplicar no país antes do investiment grade, já haviam adotado normas mais flexíveis que permitiam aplicar em ações e outros papéis de países como o Brasil. O Calpers, maior fundo de pensão dos Estados Unidos, já tem US$ 885 milhões em ações de companhias brasileiras. Por outro lado, fundos mais conservadores podem exigir o grau de investimento de mais de uma agência para aplicar. "Fazemos revisões de nossa alocação a cada três anos e não mudamos rapidamente de posição", disse ao Valor Clark McKinley, do Calpers.
O índice de risco Brasil do JPMorgan caiu 8% nesta quinta-feira, para 207 pontos básicos. Analistas acreditam que o governo brasileiro poderá aproveitar a oportunidade para captar recursos no mercado externo, o que não faz desde que o início da crise nos EUA, em junho do ano passado. (págs. 1, C1 a C12 e D1)
- Maria Cristina Fernandes: imaturidade do PT par alianças tira suas chances de poder nos Estados. (págs. 1 e 5)
- A Procuradoria da Fazenda Nacional intensificou o uso de instrumento que reabre discussões tributárias já encerradas e ganhas pelas empresas. São as ações rescisórias que, nas contas da Fazenda, têm êxito de 80%. Em São Paulo foram ajuizadas 23 delas entre 2003 e 2006. Em 2007, foram 27 num ano só e, em Brasília, 35 desde 2006. O número é considerado alto porque em tese estes pedidos só são usados em casos excepcionais. O alvo das ações na maioria das vezes envolve valores milionários. A Lojas Americanas enfrenta rescisória na qual a Fazenda tenta reverter uso de créditos de IR. Ações contra Certisign e a Volkswagen rediscutem Cide e IPI, respectivamente. (págs. 1 e A3)
- As primeiras transações comerciais entre Brasil e Argentina em moeda local deverão começar a ser feitas entre agosto e setembro. Ainda em maio, os bancos centrais dos dois países iniciam testes do software com os bancos comerciais. (págs. 1 e A2)
- Só o milho escapou da onda baixista no mercado de commodities agrícolas em abril. Levantamento do Valor Data, baseado nos preços médios mensais dos contratos futuros mais líquidos, mostra que açúcar, café, cacau, suco, algodão, soja e trigo recuarem em relação a cotações de março. A queda é temporária: os preços não deverão entrar em queda livre em razão do cenário de longo prazo. A soja, com ganho de 76,6% em 12 meses, pode recuar de novo em maio, antes de um reaquecimento forte do mercado em junho e julho, diz Fernando Muraro, da AgRura. A cotação do trigo caiu em abril e está com viés de baixa. (págs. 1 e B14)
- A alta das cotações do açúcar no início do ano fez com que as usinas do centro-sul do país iniciem a colheita de cana da safra 2008/09 com pelo menos 90% da produção com os preços fixados. No mesmo período do ano passado, esse percentual era inferior a 50%. (págs. 1 e B14)
- Não se espere, no curto prazo, redução da taxa básica de juros (Selic) como decorrência do grau de investimento concedido ao Brasil. O Banco Central retomou o ciclo de aperto monetário em abril para reverter a expectativa inflacionária crescente, provocada pelo consumo. Essa situação não se alterou. A decisão da S & P, porém, deverá levar a economia a conviver, no futuro, com taxas de juros de equilíbrio mais baixas.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse ao Valor que não se pode "singularizar" as decisões sobre taxa de juros. Segundo ele, não há garantia de que o grau de investimento vai apreciar a moeda. "O câmbio é um mecanismo de transmissão da política monetária, mas não o único", afirmou. Há outros fatores que determinam o câmbio: o real se apreciou nos últimos anos; o quadro das contas externas mudou; o Brasil cresce a taxas mais elevadas; e a economia mundial é mais instável. (págs. 1, A2 e C12)
- É voz corrente em La Paz o dito de que os bolivianos costumam se empurrar uns aos outros até a beira do precipício; aí, dão um passo atrás e começam tudo de novo. O referendo sobre o Estatuto de autonomia de Santa Cruz, marcado para domingo, parece confirmar essa idéia: o presidente Evo Morales eleva o tom contra os autonomistas e até parece que a Bolívia irá a uma guerra civil. Mas os empresários de Santa Cruz dependem da parte ocidental do país e Morales não teria força para uma intervenção militar.
Tudo indica que, ao final, irá prevalecer a negociação entre as duas partes. Ao menos até a próxima crise. (págs. 1 e A7)
- Bolívia e Equador estatizam empresas de petróleo e telefonia. (págs. 1 e A7)
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Empresas de ônibus pedem novo aumento. (pág. 1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário