05 maio 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

- Osvaldão, da guerrilha, tinha lavra no Araguaia

- A derrota da guerrilha do PC do B no Araguaia não se resume à morte de 59 integrantes, cujos restos ficaram nas matas, entre 1972 e 1975. Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, engenheiro de minas e líder do grupo, havia percorrido a região montando a estratégia de sustentar o território independente que buscava criar com a lavra de ouro, diamante, cristais e manganês. Seria dono de uma mineração onde hoje está a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), à época estatal. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)

- Formado em ciência política e administração pela Wharton School e com mestrado pela Universidade de Yale, o economista Gustavo Yoschpe afirma que o sistema educacional com baixa quantidade de matrículas afeta a produtividade do Brasil. (pág. 1 e Economia, pág. A17)

FOLHA DE SÃO PAULO

- Plano de energia está uma Itaipu atrasado

- Levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica revela um atraso na construção de usinas de geração de energia que, somadas, equivalem ao potencial da hidrelétrica de Itaipu, fornecedora de 20% da eletricidade consumida no Brasil. No total, metade da capacidade de geração prometida por empreendedores, incluindo concessões de hidrelétricas e autorizações de pequenas centrais hidrelétricas, parques eólicos ou termelétricas, não tem data para entrar em operação. Juntas, as usinas gerariam 29,5 mil megawatts, elevando em 30% a capacidade de geração do país. Pelos relatos da Aneel, 15 mil MW não têm previsão de instalação devido a "graves impedimentos". Há problemas menos graves em 17,8% das obras (5.240 MW), que não foram iniciadas ou também esperam licença ambiental. O governo mantém a promessa de que não vai faltar energia, esperando que mais 2.583 MW sejam incorporados ao sistema elétrico até dezembro. Para 2009, a expectativa é um acréscimo de mais 4.825 MW. (págs. 1 e B1)

- O Congresso suspendeu pagamentos em 54 obras da União, com base em relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) que apontou "irregularidades graves". As falhas se referem a preços cobrados e a projetos. O órgão analisou 235 e havia pedido a paralisação de 77 (33%), mas 23 delas já tiveram os problemas sanados. Empreiteiras envolvidas negam irregularidades. (págs. 1 e A7)

- Um estatuto que amplia os poderes do governo do departamento boliviano de Santa Cruz, controlado pela oposição, foi aprovado por 85% dos votos válidos, segundo pesquisas de boca-de-urna. Para o presidente Evo Morales, o referendo, com abstenção em torno de 40%, foi um fracasso. (págs. 1 e A10)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- Escalada da inflação domina cúpula dos bancos centrais

- A inflação substituiu a recessão como foco das preocupações dos presidentes de bancos centrais reunidos na sede do Banco Internacional de Compensações, na Suíça. A elevação dos preços de alimentos e commodities tornou-se protagonista das discussões. Desde setembro, quando o Federal Reserve deu início à redução do juro americano, hoje em 2% ao ano, o barril de petróleo subiu 39% e as matérias-primas, 24%. Na zona do euro, a inflação chegou a 3,5%, recorde desde 1999. Segundo um participante do encontro, a decisão do BC brasileiro de aumentar o juro para 11,75% ao ano foi um dos fatores que teriam levado a agência Standard & Poor's a elevar a classificação do País para grau de investimento em pela crise. "O Brasil tomou medidas contra a inflação no momento em que alguns países estão hesitando". Ontem, os presidentes dos BCs de México, Turquia e Argentina afirmaram que o novo rating do Brasil deve atrair investimentos com tempo de permanência maior que o do capital especulativo. (págs. 1, B1 e B3)

- O Supremo Tribunal Federal vai decidir se manda abrir inquérito para investigar o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que tem foro privilegiado. Ele é citado pela Polícia Federal como "possível" destinatário de parte dos recursos desviado do BNDES. Na semana passada, a Justiça abriu processo contra 13 acusados de participar da fraude com verba pública. Cópia dos autos chega hoje ao STF. (págs. 1 e A4)

- A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estuda uma nova forma de cobrar R$ 472 milhões dos planos de saúde, por 460 mil internações de seus associados em hospitais da rede publica. Apenas 19% da d´viida foi paga pelos planos. O atual sistema de cobrança é considerado ultrapassado, permitindo recursos que postergam o pagamento. Mas as operadoras contestam a cobrança. (págs.1 e A12)

O GLOBO

- Fraudes levam o governo a rastrear venda de remédios

- Todos os remédios vendidos no Brasil serão rastreados, desde a produção até as farmácias, para evitar a sonegação, coibir o roubo de cargas e a venda ilegal. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve implantar o sistema já no primeiro semestre do ano que vem. As embalagens terão código de barras, de pontos, números ou chips que identificarão o medicamento. O processo custará R$ 70 milhões por ano e pelo menos parte da conta pode sobrar para o consumidor. (págs. 1 e 15)

Bolívia aprova autonomia de Santa Cruz - O "sim" à autonomia do departamento boliviano de Santa Cruz de la Sierra ganhou ontem com 86% dos votos apurados. A abstenção foi muito alta, cerca de 40%, segundo os institutos de pesquisa. Houve 35 feridos em diversos protestos. (págs. 1 e 21)

GAZETA MERCANTIL

- Companhias aceleram ajuste a regra contábil

- As empresas brasileiras aceleram sua transição do atual modelo contábil para o International Financial Reporting Standards (IFRS), norma adotada em mais de 100 países e à qual o Brasil terá de adequar-se dentro de dois anos. Estão em andamento processos de preparação para as novas regras em diversas companhias. Mas duas se adiantaram e adotaram o modelo completo, ainda não regulamentado no Brasil. É o caso da Gerdau e da Romi. Setores com histórico recente na Bovespa também se preparam na expectativa de melhorar o desempenho das ações. Nesse grupo estão empresas como Klabin Segall e Lopes, de construção civil. O maior benefício do IFRS, dizem empresários, é a melhor compreensão dos balanços por investidores estrangeiros, que participam com força das ofertas de ações na Bolsa. Pesquisa da KPMG constatou que esse é um dos principais atrativos da mudança, diz Ramon Jubels, sócio de auditoria da consultoria. (págs. 1 e B3)

- O reajuste do preço da gasolina e do diesel, anunciado semana passada, elevará a receita da Petrobras em cerca de R$ 10 bilhões em um ano. Calculado pela Gazeta Mercantil a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor foi confirmado pelo diretor-financeiro da estatal, Almir Barbassa. A expectativa é de a empresa gerar uma receita bruta de cerca de R$ 230 bilhões em 2008 e voltar a um retorno médio de 20% a 25% do capital empregado. No primeiro trimestre, foram vendidos cerca de 11 milhões de metros cúbicos de óleo diesel. Para cada litro, a Petrobras passa a receber R$ 0,17, um ganho trimestral de R$ 1,7 bilhão e de R$ 6,8 bilhões em um ano. "Neste momento (a quantia) é suficiente para a Petrobras. Vamos remunerar nossos acionistas e manter o fôlego dos investimentos", afirmou o diretor. Na gasolina, 5,9 milhões de metros cúbicos vendidos de janeiro a março e reajuste de R$ 0,1 por litro, serão R$ 600 milhões a mais por trimestre e R$ 2,4 bilhões no ano. (págs.1 e A4)

CORREIO BRAZILIENSE

- Funerárias lucram com seguro de vítimas

- Empresários do setor aproveitam a falta de informação e a vulnerabilidade das famílias que perderam parentes em acidentes de trânsito e se apropriam de uma porcentagem do seguro obrigatório, o DPVAT. (págs. 1 e 6)

- Três vezes Lula, não! - Chinaglia descarta votação de terceiro mandato para presidente. (págs. 1 e 3)

- Mordomia em casa - Senadores moram em residência própria, mas não dispensam auxílio. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 2)

VALOR ECONÔMICO

- Grau de investimento abre espaço para ação de 2ª linha

- A "segunda linha" vem aí. Com a perspectiva de risco menor para aplicações no país - agora chancelado como investimento seguro - e a chegada de dinheiro novo, o investidor tende a procurar por opções diferentes, além do ramerrame de Petrobras e Vale, que deram ganho certo nos últimos meses e sustentaram a valorização recente do principal índice de ações da bolsa de valores. Enquanto refazem suas planilhas para o futuro, os analistas apostam que o grau de investimento fará mais diferença para os papéis de menor liquidez - mesmo porque empresas como Vale e Petrobras já haviam sido promovidas antes mesmo que o país e se beneficiavam dos menores custos de captação. O jogo agora é identificar as pérolas escondias em meio ao aperto de liquidez mundial. Se não dá para afirmar que todas as ações de segunda linha estão subavaliadas, sabe-se que há muitas empresas de qualidade que valem mais do que o mercado vinha pagando por elas. (págs. 1, D1, D2, D3 e D4)

- Antes de o Brasil obter o grau de investimento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi a Nova York para garantir aos dirigentes das três maiores agências de rating - a S & P, a Fitch e a Moody's - que a moldura da política econômica não mudará. E que o governo cumprirá a meta fiscal de 3,8% do PIB, provavelmente nem usando a folga aberta com os projetos piloto de investimento (PPI). Ao Valor, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, foi categórica na confirmação do tripé macroeconômico - câmbio flutuante, superávit primário e sistema de metas para a inflação. "Fico me perguntando por que alguém mudaria uma coisa que está dando certo. Nosso governo não fará isso em hipótese alguma", assegurou. Nesse contexto, o resultado fiscal muito favorável do primeiro trimestre não foi casual. Ainda que não anuncie, o governo poderá até aumentar o esforço fiscal. (pág. 1 e Rumos da Economia)

- O governo federal está prestes a abrir um contencioso com as entidades patronais, com uma proposta legislativa que mudará os critérios de repartição de recursos para o sistema S, que reúne Senai, Senac, Senar, Senat, Sescoop, Sebrae, Sesc, Sesi e Sest. Segundo proposta do ministro da Educação, Fernando Haddad, haverá uma inversão na repartição dos recursos arrecadados pelo sistema: 60% dos cerca de R$ 8 bilhões amealhados irão para atividades educacionais e 40%, para sociais. Os recursos para Educação passarão para o Fundo Nacional de Formação Técnica e Profissional (Funtep), antes de chegar às entidades do sistema S. Cada serviço de aprendizagem receberia 80% dos repasses do Fundo, de natureza contábil conforme o número de vagas gratuitas que oferecer. Os restantes 20% seriam divididos de acordo com a população economicamente ativa de cada Estado. A reforma esbarra, porém, na resistência das associações patronais. Armando Monteiro, presidente da CNI disse ao Valor que o Sistema S "não foi criado para dar suporte às políticas públicas de educação, mas ao desenvolvimento da indústria". (págs. 1 e A6)

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