09 maio 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás

JORNAL DO BRASIL

PF identifica o espião

- A Polícia Federal e uma sindicância da Presidência da República identificaram o secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, como autor do vazamento da planilha com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique e sua mulher, Ruth. Houve troca de e-mails entre o servidor e um assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Jose aparecido é militante do PT e foi levado para a Casa Civil pelo ex-ministro José Dirceu. (Págs. 1, País A3 e Editorial A8)

- No meio da polêmica em torno da reserva indígena de Roraima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto obrigando a presença de unidades militares nas terras destinadas aos índios em áreas de fronteira, como forma de defender a soberania nacional. Lula anunciou ainda um programa prevendo R$ 1 bilhão em crédito para projetos de reflorestamento na Amazônia. (Págs. 1 e País A2)

- O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, revelou que governo enviará nos próximos dias ao Congresso medida provisória com a proposta de reajuste para 800 servidores civis federais, divididos em 17 categorias. Também está na fase final de montagem o reajuste dos militares. (Págs. 1 e País A6)

- O Brasil foi, entre os países da América Latina, o porto mais atraente para investidores estrangeiros. Em 2007, respondeu por cerca de US$ 35 bilhões dos US$ 106 bilhões aplicados na região. (Págs. 1 e Economia A17)

- Pesquisa traz boa notícia para os ricos brasileiros: até 2017, o país se tornará o líder em número de milionários entre os Brics, grupo de nações emergentes que reúne, além do Brasil, Rússia, Índia e China. Serão 675 mil domicílios com riqueza superior a US$ 1 milhão anual. (Págs. 1 e Economia A17)

FOLHA DE SÃO PAULO

Aliado de José Dirceu vazou dossiê

- A Polícia Federal e uma sindicância interna apontaram José Aparecido Nunes Pires, secretário de Controle Interno da Casa Civil, como o vazador do dossiê sobre tucanos, relatam Leonardo Souza e Marta Salomon.Funcionário de carreira do Tribunal de Contas da União, Aparecido é militante histórico do PT, assessorou o deputado petista em CPIs e foi levado para a pasta por José Dirceu, o antecessor de Dilma Rousseff.

A investigação detectou troca de e-mails entre Aparecido, único dos cinco secretários da Casa Civil a ter o computador apreendido na sindicância, e André Fernandes, assessor do senador tucano Álvaro Dias. A folha apurou que a PF e a sindicância têm provas de que foi anexada em uma dessas mensagens, datada de 20 de fevereiro, a planilha de 27 páginas com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Aparecido nega ter vazado o dossiê: "Nunca faria um negócio desses". Fernandes confirmou ter recebido o e-mail com o documento e disse ter informado o senador paranaense. Dirceu não se pronunciou.

A Casa Civil disse que não comentará o caso até o fim da sindicância. O governo quer evitar tratar o vazamento como crime, o que permitiria aplicar punição administrativa e afastar Aparecido do cargo. (Págs. 1 e A4)

- No baile político, todos querem dançar com o governo, de Maluf e Collor à esquerda do PT: "Hay govierno? Soy a favor!" Isso é bom para a democracia? Ou, além da jabuticaba, o Brasil quer surpreender o mundo com a novidade de democracia sem oposição? (Págs. 1 e A2)

- Cana de açúcar passa energia hidráulica e já é 2ª matriz energética do País. (págs. 1 e B4)

- Levantamento da Comissão Pastoral da Terra mostra que não há hoje no Pará ninguém preso por ter sido apontado como mandante de crime relacionado a conflito agrário. De 1971 a 2007, de acordo com a CPT, houve 819 mortes em razão de disputas por terra no Estado.

Dos seis condenados, um está foragido, um morreu, um teve perdão judicial e dois esperam novo júri. O sexto é Vitalmiro Bastos de Moura, condenado por matar Dorothy Stang e recém-absolvido em novo júri - o presidente Lula se declarou "indignado". (Págs. 1, A12 e A13)

- Apesar da resistência do PSB local em apoiar a candidatura do PT à Prefeitura de SP, a deputada e ex-prefeita Luiza Erundina disse que aceita "tranqüilamente" ser vice na chapa de Marta Suplicy. Segundo Erundina, a própria ministra a convidou. Para Marta, que não assumiu a pré-candidatura, cabe ao PT definir alianças. (págs. 1 e A9)

- Kassab anuciará apoio do PR na próxima semana. (págs. 1 e A8)

- Auditores da Receita suspendem greve por 21 dias a partir de 2ª. (Págs. 1 e B12)

- O Ministério da Agricultura da China prepara um plano para estimular empresas agrícolas do país a adquirir terras aráveis no exterior, especialmente na América do Sul e na África. Com o programa de apoio, o governo visa tentar garantir a segurança alimentar chinesa. Pequim já tem programas semelhantes para estimular o investimento de bancos estatais, indústrias e empresas petroleiras. A China tem cerca de 40% dos agricultores do mundo, mas só 9% das terras aráveis. (págs. 1 e B1)

- O presidente da Bolívia, Evo Morales, aceitou convocar referendos para confirmar ou revogar o mandato do presidente da República, do vice e dos governadores. A proposta, de autoria dele próprio, fora aprovada pelo Senado, de maioria oposicionista. A votação terá de ser em até 90dias. (págs. 1 e A16)

O ESTADO DE SÃO PAULO

Governo prevê R$ 25 bilhões para estimular indústrias

- O governo federal lança segunda-feira a nova política industrial, que terá o nome de Plano de Desenvolvimento Produtivo, informa a repórter Adriana Fernandes. O custo fiscal deve variar entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões até 2011, dinheiro que envolve desoneração tributária (cerca de R$ 8 bilhões) e redução dos juros em empréstimos do BNDES. O Ministério da Fazenda ainda procura acomodar as demandas de setores industriais que querem ampliar o tamanho das medidas.

A nova política buscará incentivar investimentos, inovação tecnológica e, sobretudo, exportações - o governo tem como prioridade estimular as vendas ao exterior, para reverter a escalada no déficit em conta corrente. A indústria naval, considerada importante para reduzir os custos de logística e, conseqüentemente, aumentar a competitividade da produção nacional, está entre os setores beneficiados. O Palácio do Planalto quer, na divulgação do programa, a mesma magnitude que foi dada ao Plano de Aceleração do Crescimento e convidou para a solenidade os 27 governadores, parlamentares e empresários. (Págs. 1 e B1)

- Sindicância da Casa Civil concluiu que o responsável pelo vazamento do dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o secretário de Controle Interno, José Aparecido Nunes Pires, nomeado por José Dirceu. (Págs. 1 e A6)

- Notas e Informações: Quem acompanhou a íntegra do depoimento da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Senado tem razões de sobra para discordar de que seu desempenho tenha sido um sucesso. (Págs. 1 e A3)

- O governo apresentou ontem, após cinco anos de discussão, o Plano Amazônia Sustentável, cuja meta original era preservação ambiental. Não há, porém, detalhamento de mecanismos para isso. Das 24 páginas do livreto distribuído na solenidade, 19 são sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê construção de estradas e usinas. O material também não menciona dinheiro para preservação. (Págs. 1 e A19)

- A ONG Meu Guri recebeu do BNDES R$ 1,199 milhão como doação, em 2002 e 2003, quando o lobista João Pedro de Moura integrava o Conselho de Administração do banco. A ONG é presidida por Elza de Fátima Costa Pereira, mulher do deputado Paulinho da Força (PDT), e Moura é amigo e ex-assessor do parlamentar. O lobista também é acusado pela Polícia Federal de liderar desvios de recursos do BNDES. (Págs. 1 e A4)

- A cana-de-açúcar virou a segunda principal fonte de energia do Brasil, atrás apenas do petróleo. Alta de 46,1% no consumo de álcool combustível em 2007 fez com que a cana fosse responsável por 16% de toda a energia consumida no País, indicam dados do Balanço Energético Nacional. Até o ano passado, a segunda maior fonte de energia eram as usinas hidrelétricas. (Págs. 1 e B7)

- Caso Dorothy: Temor é de que absolvição de fazendeiro agrave quadro no Pará. (Págs. 1 e A14)

- Didáticos com nova ortografia -MEC autoriza editoras a fazer adaptação nas obras para 2009. (Págs. 1 e A22)

- Artigo: Dionísio Dias Carneiro: É preocupante que a Fazenda tente reciclar manobras. (Págs. 1 e B2)

-Análise: O potencial inovador do PAS foi enterrado, depois que burocratas de plantão diluíram sua concepção original. (págs. 1 e A19)

O GLOBO

Governo e BNDES ajudam ONGs ligadas a Paulinho

-Verbas do Ministério do Trabalho e do BNDES beneficiaram a ONG Meu Guri, presidida por Elza Pereira, mulher do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical. Paulinho é citado na investigação sobre fraudes em empréstimos do banco. Só do BNDES, a ONG da mulher de Paulinho recebeu doação de R$ 1,2 milhão. Já o Ministério do Trabalho, comandado pelo pedetista Carlos Lupi, repassou desde 2005 cerca de R$ 6 milhões ao Instituto DataBrasil, ligado à Força Sindical e que tem parcerias com a Meu Guri. O DataBrasil aparece na investigação sobre fraudes no BNDES: um lobista preso afirma, em conversa interceptada pela Polícia Federal, que tem dinheiro a receber do presidente da ONG. A Justiça bloqueou bens de 11 acusados no processo. (Págs. 1, 3 a 5)

- O presidente Lula disse estar indignado com a absolvição do fazendeiro Bida, acusado de mandar matar a missionária Dorothy Stang. Para ele, a decisão depõe contra a imagem do país no exterior. (Págs. 1 e 14)

- O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou que a crise dos alimentos deve ser prolongada. O presidente Lula pediu que seus ministros apresentem, em 30 dias, um plano de emergência para ampliar a próxima safra. (Págs. 1 e 35)

- Indicado pelo ex-ministro José Dirceu, o secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, é um dos principais responsáveis pelo vazamento do dossiê com informações sobre os gastos do governo FH, segundo apontam as investigações da Polícia Federal. Perícia mostrou que ele mandou para um gabinete tucano, por e-mail, planilha de 28 páginas com dados do dossiê. (Págs. 1 e 8)

- No ano passado, a cana-de-açúcar, que serva para a produção de etanol, transformou-se na segunda principal fonte de energia do Brasil, desbancando as hidrelétricas, pela primeira vez na História. Na liderança, o petróleo também perdeu espaço. (Págs. 1 e 33)

- O aumento da pena máxima para crises de lavagem de dinheiro de 10 para 18 anos foi aprovado ontem pelo plenário do Senado. O valor da fiança seria igual à quantia movimentada criminosamente. O projeto ainda será votado na Câmara. (Págs. 1 e 17)

GAZETA MERCANTIL

Mais empresas pagam dividendos menores

- Apesar do aumento de empresas listadas na Bovespa em 2007, com o recorde de 64 ofertas públicas de ações (IPOs), os proventos - dividendos e juros sobre capital próprio - distribuídos em dinheiro aos acionistas foi menor que no exercício anterior. De acordo com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), o montante entregue aos acionistas no ano passado foi de R$ 21,76 bilhões, enquanto em 2006 chegou a R$ 23,16 bilhões.

Para o economista Alexandre Assaf Neto, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), a explicação está no fato de as novatas não terem contribuído para a quantia distribuída, já que estavam equilibrando as contas devido aos gastos com o IPO. E as demais empresas voltarem a se ater à distribuição do mínimo obrigatório de dividendos - ou seja, 25% do lucro líquido obtido. "Agora que o País saiu de um crescimento quase vegetativo do PIB, as empresas têm que reduzir a distribuição e reinvestir o lucro para crescer, em vez de agradar o acionista com mais proventos", afirma Assaf Neto.

A estimativa é que o valor em 2008 supere o do ano passado devido aos resultados operacionais das novatas da bolsa paulista, mas sem grandes saltos no bolso do investidor. A incorporadora Gafisa, por exemplo, dobrou o volume de proventos ajustados por ação, de R$ 0,10 em 2007 para R$ 0,20 em 2008 (até 5 de maio), segundo a Economática. É conseqüência do lucro dobrado no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período de 2007. Mas a empresa confirma que vai distribuir o mínimo de lucro para continuar fomentando a operação. (Págs. 1 e B1)

- A geração de energia elétrica a partir da cana-de-açúcar ganha força no Brasil e começa a atrair a atenção das empresas comercializadoras, que atuam no mercado livre, no qual os consumidores negociam a eletricidade sem a participação das concessionárias. Esse movimento reforça o rápido avanço do setor, demonstrado ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a EPE, em 2007, pela primeira vez na história, o álcool ultrapassou a geração hídrica como matriz energética nacional, ao abocanhar participação de 16%, ante 14,7% da energia oriunda das hidrelétricas.

A Comerc, uma das líderes do mercado livre de eletricidade, prevê ampliar em 50% seu faturamento com a gestão da energia gerada pelas usinas sucroalcooleiras. "Fechamos contratos com oito usinas, que somam 310 megawatts de geração (a partir do bagaço da cana)", disse à Gazeta Mercantil Cristopher Vlavianos, presidente da empresa, que agora buscará clientes para consumir essa energia. Com a expansão do setor, "as novas usinas não pensam mais em produzir açúcar e álcool, e sim etanol e eletricidade", acrescenta.

O álcool brasileiro também começa a ganhar importância no exterior. A Petrobras prevê exportar quase um milhão de litros para o Japão em cinco anos. (Págs. 1 e C4)

- As sociedades de consórcios - empresas formadas para a realização de empreendimentos, em especial na área da construção civil - agora são obrigadas a ter escrituração contábil própria. Uma instrução normativa da Receita Federal define as regras que essas empresas devem seguir. "Até a publicação dessa norma, os procedimentos dos consórcios eram guiados por práticas que a própria contabilidade sugeria, não havia nenhuma regra", diz o advogado Edemir Marques de Oliveira, do escritório Marques de Oliveira e Gribl Advogados.

Alessandra Dalla Pria, advogada do escritório Emerenciano, Baggio e Associados Advogados, afirma que a medida permitirá que a Receita tenha mais rigor na fiscalização. "O lançamento de despesas ou créditos tributários deve ser feito de acordo com a participação da empresa no consórcio", afirma Alessandra. "Antes, qualquer consorciada podia lançar qualquer despesa ou usar crédito independentemente da sua participação", complementa a advogada.

De acordo com nota oficial divulgada pela Receita, pela instrução normativa as empresas consorciadas são responsáveis pelo pagamento dos tributos incidentes nas operações dos consórcios. (Págs. 1 eA10)

- Safra recorde - Colheita alcançou 142 milhões de toneladas. (Págs. 1 e C8)

- O mercado brasileiro atrapalhou o desempenho da Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) no primeiro trimestre. Isoladamente, a operação brasileira registrou queda de 0,4% nas vendas em volume. (Págs. 1 e C5)

- O Senado aprovou ontem projeto que tornou mais rígida a legislação sobre os crimes de lavagem de dinheiro. O texto aprovado aumenta a pena de prisão de 10 para 18 anos. O projeto segue para a Câmara. (Págs. 1 e A9)

- A Pioneer inaugura fábrica em Manaus, onde pretende produzir neste ano 1 milhão de unidades de som automotivo, para combater a pirataria. (Págs. 1 e C3)

- O dólar atingiu o menor nível em nove anos e ameaça as exportações de bens manufaturados, que sofrem com a competitividade externa. (Págs. 1 e Investnews. com.br)

- Opinião : Márcio Cypriano - O grau de investimento poderia ter vindo antes. Mas o desafio, agora, é fazer reformas para estar no rol de economias maduras. (Págs. 1 e A3)

- Opinião: Claudia Mancini - Multinacionais brasileiras sentem falta de uma política pública de incentivo ao investimento direto do País em outros mercados. (Págs. 1 eA2)

-Depois do grau de investimento, surge uma boa notícia para a economia brasileira. (Págs. 1, A11 a A14)

- Transporte marítimo - Greve sobrecarregou os portos, diz Justo, da NYK. (Págs. 1 e A6)

CORREIO BRAZILIENSE

Aliado de Dirceu vazou o dossiê

- Uma auditoria em computadores da Casa Civil descobriu que quem vazou o arquivo com gastos do ex-presidente FHC e de dona Ruth foi o secretário de Controle Interno da Presidência da República, José Aparecido Nunes Pires. Ele mandou o dossiê por e-mail para André Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O tucano negou ter vazado o documento à imprensa, divulgado como uma suposta chantagem à oposição, mas que resultou mesmo foi em desgaste à ministra Dilma Rousseff. Nunes, que é ligado ao PT e foi levado para a Casa Civil pelo então ministro José Dirceu, admite a troca de e-mails com Fernandes, mas nega ter enviado o dossiê. O PSDB já planeja convocá-lo para depor na CPI dos Cartões. A Casa Civil informou que só se pronunciará sobre o caso quando a investigação for concluída. (Págs. 1, Tema do Dia, 2 a 4)

- O presidente Lula assinou ontem a medida provisória que garante aos policiais militares e bombeiros, incluindo inativos, reajuste salarial de 14,2%. A correção, que é retroativa a fevereiro e custará R$ 18 milhões, virá no contracheque do próximo dia 5. (Págs. 1 e 33)

- Governo lança pacote que destina R$ 1 bilhão para projetos de financiamentos e permite o uso das florestas nativas como garantia dos empréstimos. (Págs. 1 e 15)

- BNDES deu R$ 1,2 milhão à ONG da mulher de Paulinho. Págs. 1 e 6)

- Alta do petróleo e de outras matérias-primas, como o aço, vai elevar o preço de automóveis, geladeiras, eletroeletrônicos e brinquedos. (Págs. 1 e 17)

VALOR ECONÔMICO

Lucratividade dos bancos tem queda no 1º trimestre

- O primeiro trimestre trouxe uma novidade que não se via há muito tempo: o crescimento que os bancos vinham exibindo nos lucros a cada trimestre caiu pela metade, da faixa dos 20% para cerca de 10%.

Além disso, a lucratividade também caiu. Os balanços já divulgados dos cinco maiores bancos privados - Bradesco, Itaú, Real, Unibanco, Santander - e do BicBanco mostram que o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido ficou em 24,5% em comparação com 26,8% no primeiro trimestre do ano passado.

Ficou mais difícil para os bancos ganhar dinheiro com a redução do juro básico, a mudança do mix das carteiras de crédito e o aumento dos custos de captação. Essa nova realidade reduziu a margem financeira dos bancos, também chamada de spread, medida pela relação entre as receitas de intermediação financeira e os ativos.

A redução da margem era esperada por causa da queda da Selic. Mas o efeito "foi amplificado" por causa do encarecimento das captações no mercado doméstico, disse Geraldo Travaglia, vice-presidente do Unibanco, o único entre os grandes bancos privados em que a rentabilidade cresceu.

No início do ano, com a dificuldade para captar no exterior e a forte demanda por crédito, os grandes bancos aumentaram a emissão de certificados de depósito bancário (CDB), cujo juro médio subiu de 101% para 105% da taxa interbancária. No Unibanco, a margem caiu de 9,3% para 7,8% entre o primeiro trimestre de 2007 e igual período deste ano, no Bradesco, de 7,4% para 7,1% e no Itaú, a redução foi de 8,1% para 7%. O impacto varia conforme o mix da carteira de crédito. Os bancos que investiram mais no consignado e no financiamento de veículos ganham juro menor, mas têm inadimplência baixa. Para complicar, a pressão do Banco Central conteve o aumento das receitas com serviços em 8% entre o primeiro trimestre deste ano e o de 2007. Mas os resultados dos bancos foram beneficiados pelo aumento das carteiras de crédito e redução da inadimplência, que diminuiu o gasto com provisões. (Págs. 1 e C8)

- A União Européia avisou o Brasil que pretende fazer um acordo bilateral sobre etanol. Se quiser exportar para o mercado comunitário, o país terá de respeitar duros critérios sociais e ambientais na produção do biocombustível. Os custos para monitorar a aplicação das exigências de Bruxelas ficarão com os exportadores brasileiros. A UE enviará missões para avaliar a produção, como já ocorre com a carne bovina.

O plano de Bruxelas ainda precisará de reparos, porque os 27 países membros travam verdadeira batalha para se entenderem sobre o nível de endurecimento dos critérios na produção do etanol destinado a cobrir 10% do consumo do transporte europeu até 2020. Essa meta obrigatória está ameaçada, em meio à campanha violenta contra o etanol. O relator do projeto sobre energias renováveis no Parlamento Europeu, deputado Claude Turmes, qualificou a meta de "irrealista" e, em seu relatório preliminar, retirou os 10% do texto. Para analistas, o mais provável será a redução do percentual e não sua eliminação. (Págs. 1 e A14)

- A indústria de alimentos prevê que seus preços subam em média 5% no próximo mês. Em alguns casos, como o das massas, a elevação pode chegar a 8%, segundo os fabricantes, por conta da disparada no preço do trigo. A Vilma Alimentos, fabricante de farinha de trigo, massas e misturas prontas, já observa redução no crescimento do consumo por causa dos reajustes.

Para não perder vendas, a maioria das empresas deve parcelar o aumento, para que ele seja melhor aceito pelo consumidor, como diz Edmundo Klotz, presidente da Abia, que representa o setor. "A indústria segurou os reajustes o quanto pôde". No Nordeste, como o poder aquisitivo do consumidor é menor, as fábricas não estão conseguindo repassar o aumento dos preços das matérias-primas. Em abril, as indústrias de alimentos tiveram alta na produção pelo quarto mês consecutivo, mas a lucratividade está em queda. (Págs. 1 e B4)

- A nova política industrial que será anunciada na segunda-feira trará uma primeira iniciativa do governo para desonerar a folha de salários das empresas de uma parte da contribuição patronal à Previdência Social. O alívio, por enquanto, será apenas para as empresas que exportam software - uma antiga reivindicação do setor, no qual a mão-de-obra representa quase a totalidade do custo de produção.

Haverá também um pacote de incentivos fiscais para a indústria, de cerca de R$ 20 bilhões entre este ano e 2010, além de medidas de redução dos custos financeiros, de investimentos e de exportações. Com o nome de "Política de Desenvolvimento Produtivo", o programa deverá prever investimentos de R$ 250 bilhões nos próximos três anos, em 24 setores, destinados à ampliação da capacidade de produção, inovação tecnológica e modernização. (Págs. 1 e A2)

- OCDE investiga o envolvimento de empresas brasileiras em corrupção internacional. (Págs. 1 e A20)

- O índice Nacional da Construção Civil (INCC) subiu 0,37% em abril, recuando 0,47 ponto percentual em relação ao índice de março (0,84%). O custo médio por metro quadrado ficou em R$ 618,36. (Pág. 1)

- Sete meses após receber um aporte de R$ 56 milhões do BNDES, a BRQ - especializada em serviços de tecnologia da informação - comprou a ThinkInternational, dos EUA, com a qual já mantinha parcerias comerciais. O valor não foi divulgado. (Págs. 1 e B1)

- Incentivos fiscais, expansão do crédito e aumento da renda levarão o país a dobrar o número de computadores pessoais até 2012, ultrapassando a marca dos 100 milhões de equipamentos (domésticos e corporativos). (Págs. 1 e B2)

- Suez, Camargo Corrêa e as estatais Eletrosul e Chesf fecharam o consórcio para enfrentar Odebrecht e Furnas no leilão da segunda hidrelétrica do rio Madeira, Jirau. A multinacional franco-belga lidera o grupo, com 50,1%. (Págs. 1 e B8)

- Uma disputa tributária em torno de repasses da Lei Kandir levou o Mato Grosso a vetar prorrogação de convênio que reduz a base de cálculo do ICMS sobre insumos agrícolas a partir de 31 de julho. A medida pode elevar ainda mais os custos do setor. (Págs. 1 e B12)

- A interrupção das altas para realizar lucros de curto prazo foi breve na bolsa. O Ibovespa voltou ao azul puxado pelos estrangeiros. Após o recorde de abril, o saldo do capital externo no mês, até dia 5, já supera R$ 1 bilhão. (Págs. 1 e D2)

- Ministério Público Federal e Comissão de Valores Mobiliários firmam convênio para cooperação e troca de informações na repressão a casos de uso de informação privilegiadas no mercado de capitais. (Págs. 1 e D2)

- Em uma assembléia marcada pela ausência de pequenos acionistas, uma senhora de 72 anos roubou a cena, ontem, na reunião que criou, oficialmente, a terceira maior bolsa de valores do mundo. Com questionamentos sobre os mais diversos pontos do processo de união entre a Bovespa Holding e a BM&F, Elizabeth Cruz de Oliveira deixou desconcertados os banqueiros e corretores que comandavam a reunião e que vão mandar na recém-nascida BM&F Bovespa S.A. Elizabeth levantou dúvidas que iam desde a operação de integração até o formato da assembléia. E nem o nome da nova empresa escapou das observações da investidora, que achava que o correto seria Bovespa BM&F, já que a bolsa de valores é mais popular.

Elizabeth trabalha no ramo imobiliário, estuda filosofia há 50 anos e diz que "gosta de todos os pingos no is". Com um blusão de lã colorido, desafiou homens de terno e foi praticamente uma voz solitária dos minoritários na assembléia, considerada um marco histórico e impensável há alguns anos. No salão, alguns riam e outros - ainda não acostumados com a crescente democratização do mercado de capitais - se irritavam. (Págs. 1 e D1)

- Idéias - Márcio Garcia: fundo soberano trará prejuízos ao Tesouro Nacional. (Págs. 1 e A19)

- Idéias - Maria C. Fernandes: caso Alstom realça gênese de crise no PSDB. (Págs. 1 e A6)

ESTADO DE MINAS

Minas aperta o cerco a bebida nas rodovias

- O combate à perigosa mistura de álcool e volante nas estradas estaduais de Minas passará a contar, pela primeira vez desde que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) entrou em vigor, há 10 anos, com aparato tecnológico. O governo do estado vai comprar 56 etilômetros - aparelhos que medem o teor alcoólico por meio do ar expelido pelo pulmão, conhecidos popularmente como bafômetros -, que serão distribuídos às 14 unidades da Polícia Rodoviária Estadual. A expectativa é de que comecem a ser usados até julho.

O lançamento da licitação para a aquisição dos equipamentos ocorre em meio à regulamentação da Lei Seca nas MGs, cuja minuta deve ser enviada hoje à Advocacia-Geral do Estado. A proposta prevê a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas rodovias mineiras, com penas semelhantes às da MP com regras para as BRs aprovada na Câmara e enviada ao Senado. O comerciante que não tiver autorização e insistir pode ser multado em R$ 1,5 mil. Na reincidência, o valor dobra, com interdição do acesso do estabelecimento à estrada. (Págs 1 e 25)

- Fala de Dilma pode encerrar CPI dos Cartões. (Págs. 1, 3 e 4)

- Servidor federal - Projeto do governo vai propor reajuste a 800 mil. (Págs. 1 e 16)

- Cana já é a 2ª matriz energética. (Págs. 1 e 17)

- Por determinação do Supremo Tribunal Federal, o governo do estado começa hoje a exonerar 125 defensores públicos, que estavam no cargo desde 2003. Eles foram contratados, sem concurso, em 1994, como assistentes judiciários da extinta Secretaria de Segurança Pública. (Págs. 1 e 11)

- Duas pessoas morreram com sintomas de dengue hemorrágica no Vale do Aço, em menos de uma semana. Ao todo, sete óbitos estão sendo investigados no estado. Três mortes já foram confirmadas. (Págs. 1 e 27)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO (PE)

- Barragens garantem água para o verão. (Pág. 1)

- "Afilhado" de Dirceu é maior suspeito pelo vazamento de dossiê. (Pág. 1)

- Mais três mortes por dengue (Pág. 1)

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