25 maio 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

- Alunos na linha de tiro

- A realidade para mais de 63 mil crianças matriculadas na rede municipal de ensino do Rio passa ao largo das oportunidades da educação. Instaladas em áreas violentas, 107 escolas incluem na vivência cotidiana o risco de vida e o medo trazidos pelo estouro dos foguetes, tiros e a correria das invasões, seja da parte de traficantes, seja de policiais. De susto em susto, as marcas vão se tornando profundas: na Vila Cruzeiro, palco de repetidos confrontos, ao pedir que os alunos se manifestassem, o professor recebeu caveirões e bandidos armados na maioria dos desenhos. (pág. 1 e Cidade, págs. A15 e A16)

- Estudo sobre aproveitamento de alunos negros em quatro universidades brasileiras informa: beneficiados pelo sistema de cotas exibem desempenho próximo, similar ou melhor em relação aos não-cotistas. Os dados, referentes a instituições de Salvador, Brasília, Campinas e Rio, são do Ipea. As boas notas derrubam o mito de que a defasagem prejudicaria os negros. Mas a polêmica continua. Críticos condenam a "discriminação racial ao contrário" do sistema de cotas. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)

- Instituto revela futuro catastrófico para Mato Grosso graças ao desmatamento. O estudo é o centro da briga entre o ministro Carlos Minc e o governador Blairo Maggi. (pág. 1 e Ciência Hoje, pág. A32)

- Presos, seus nomes estão em lista de troca proposta pelas Farc. A cadeia, no entanto, os transformou. Eles não querem voltar à guerrilha na Colômbia. Dos 1.700 militantes detidos, 650 são desertores. (pág. 1 e Internacional, pág. A26)

FOLHA DE SÃO PAULO

- Seguro-desemprego cresce e governo estuda restrições

- O seguro-desemprego no Brasil se expande em ritmo acima do previsto e caminha para se tornar o segundo maior programa social da União, atrás apenas da Previdência. O governo recalculou de R$ 13,8 bilhões para R$ 15 bilhões os gastos previstos para ele neste ano.

O motivo principal da alta das despesas é o surpreendente aumento do total de requerentes atendidos, que em 2007 passou de estimados 5,9 milhões para 6,4 milhões. Em documentos oficiais, o fenômeno é justificado pela maior formalização da mão-de-obra nacional.

O número de empregos formais saltou de 22,3 milhões em 2002 para 29,1 milhões no final do ano passado. O seguro-desemprego só atende a trabalhadores com carteira assinada e demitidos sem justa causa: sua expansão é um efeito colateral do crescimento econômico.

A escalada dos gastos já inspira estudos para restringir o benefício. Uma das idéias em discussão no Ministério do Trabalho é elevar de seis meses para um ano o prazo de trabalho obrigatório, com registro em carteira, exigido para o pedido do seguro-desemprego. (págs. 1 e B1)

- Além de Raposa/Serra do Sol (RR) e do ataque de caiapós ao engenheiro da Eletrobrás Paulo Rezende, conflitos envolvendo índios se espalham pelo território nacional. Há registros em todo o país de extração ilegal de madeira, agronegócio irregular, grilagem e cooptação de índios por fazendeiros.

Esses conflitos ocorrem até em terras já homologadas pelo governo e que constam nos registros da Funai como regularizadas. (págs. 1 e A8)

- O PT pagou, com recursos públicos do fundo partidário, o condomínio de cobertura usada por familiares do presidente Lula no ABC paulista, segundo análise do Tribunal Superior Eleitoral.

A legislação veta o uso do fundo para custear despesas pessoais dos dirigentes das legendas. O Planalto disse que a ocupação do apartamento deveu-se a uma "necessidade de segurança da Presidência", e o PT afirmou ter cumprido a lei. (págs. 1 e A4)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- Economia desacelera e indústria refaz projeções

- Após um período de forte aceleração, a economia brasileira dá sinais de redução no ritmo de crescimento. Fabricantes de alimentos, embalagens, eletrodomésticos e eletrônicos constatam redução na velocidade dos negócios neste trimestre. Não se trata por enquanto de uma virada, mas de uma acomodação. Sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que caiu de 43,8% para 39,8% o total de indústrias que pretendem aumentar a produção. A menor demanda externa, a alta de juros e o aumento da inflação são apontados como causas no esfriamento da atividade. "O mercado está andando de lado", diz Sérgio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, fabricante de embalagens de papelão. Um setor que se mantém à margem dessa tendência é a indústria automobilística, que continua a bater recordes de produção e vendas. (págs. 1, B1 e B3)

- O brasileiro está evitando comprar alimentos apontados como vilões da inflação. A venda de feijão caiu 10% em seis meses. A de massas recuou 5%. "O consumidor substitui marcas e percorre várias lojas para manter o nível de consumo", diz Martinho Moreira, da Associação de Supermercados. (págs. 1 e B6)

- No Estado venezuelano de Barinas, a família de Hugo Chávez vive seu reinado particular. O clã presidencial começou a dominar Barinas em 1998, quando o pai de Chávez, Hugo de Los Reyes, foi eleito governador. Ao sofrer um enfarte, ele nomeou o filho Argenis para substituí-lo. Outros três irmãos do presidente ocupam cargos públicos estratégicos. (págs. 1 e A12)

O GLOBO

- Cartórios faturam R$ 4 bi por ano com burocracia

- Um levantamento inédito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) jogou luz sobre a milionária indústria da burocracia no país. Somente em 2006, os cartórios brasileiros faturaram R$ 4 bilhões, oferecendo serviços que vão das certidões de nascimento a procurações e o reconhecimento de firmas. Dos 13.595 cartórios, 11.639 enviaram dados: o mais rentável do Brasil, no Estado do Rio, faturou R$ 28,3 milhões naquele ano. Apesar de sua função social, esses estabelecimentos, em sua maioria, são regidos pela lógica do lucro, informam Chico Otavio, Carolina Brígido e Isabel Braga. Os que mais arrecadam, como os de registro de imóveis, são alvo de disputas judiciais, enquanto os que emitem certidões gratuitas estão jogados no limbo e correm até o risco de fechar. (págs. 1, 3 e 4)

- Metade dos municípios do Rio é muito dependente de royalties de petróleo, que somam R$ 1,6 bi por ano, e negligencia na arrecadação de impostos. Isso põe em risco o caixa das cidades se essa fonte secar, alerta a Confederação Nacional dos Municípios. (págs. 1 e 29)

- Do México à Argentina, o tráfico de drogas tornou-se uma ameaça aos países da região, desafiando a ação dos governos e causando um aumento na violência, informa uma reportagem especial do Grupo de Diários América (GDA). (págs. 1 e 36)

GAZETA MERCANTIL

- Remessas de dividendos e lucros crescem 120%

- Pressionado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos e pelas importações, o fluxo cambial caminha para uma forte queda neste ano em relação a 2007. No acumulado de 2008 até 16 de maio, a diferença entre a entrada e a saída de dólares está positiva em US$ 17,226 bilhões, uma queda de 45% sobre igual período de 2007. E no acumulado do ano até março, as empresas enviaram ao exterior US$ 8,662 bilhões, quantia 120% superior ao registrado em igual período de 2007. "Com o dólar baixo, as empresas são estimuladas a comprar moeda e remeter lucros e dividendos ao exterior", diz Sidnei Nehme, sócio-diretor da corretora NGO.

O crescimento forte das importações, de 38% no ano até metade de maio, para US$ 47,93 bilhões, também ajuda a derrubar o ingresso líquido de dólares. Mesmo que o grau de investimento dado ao Brasil pela Standard & Poor's atraia recursos para o País, dificilmente 2008 será tão bom quanto os anos anteriores. No ano passado o fluxo foi positivo em US$ 87 bilhões, um avanço de 135% sobre 2006. "Este crescimento tão forte não deve se repetir", diz Nehme. (págs. 1 e B1)

- O Banco do Brasil (BB) poderá pagar cerca de R$ 10 bilhões pela Nossa Caixa, se concretizadas as negociações de incorporação iniciadas e anunciadas oficialmente na quarta-feira. O Estado de São Paulo, que detém o controle do banco com 71,25% do total das ações, ficaria com a maior parte do bolo. O restante dos papéis está no mercado.

O valor é baseado nas estimativas da agência classificadora de risco Austin Rating. Conforme o presidente da empresa, Eriberto Rodrigues, a precificação de um negócio desse porte gira em média de 3 vezes a 3,5 vezes o valor do patrimônio líquido. Com a compra, o BB consolida sua liderança no mercado brasileiro, frente à concorrência privada, e ganha escala no estado mais rico do País. (págs. 1 e B1)

- Governo quer R$ 102 bi a mais neste ano. (págs. 1 e A5)

- Os preços dos insumos agrícolas e dos alimentos podem ficar ainda mais altos a partir de 1º de agosto, caso o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) não renove, em julho, o benefício fiscal de 60% de ICMS a defensivos, fertilizantes e sementes. A não renovação pode pressionar ainda mais a inflação. Na última reunião, Mato Grosso negou-se a prorrogar o incentivo até dezembro, para barganhar mais recursos do bolo da Lei Kandir. (págs. 1 e C6)

- Em 2007 foram aplicados US$ 366 milhões em pesquisa mineral no Brasil. O número, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), mostra um aumento de 20% na comparação com o total executado em 2006. A elevação é fruto do esforço crescente de mineradoras e siderúrgicas que aproveitam o bom momento da demanda, o que garante altas significativas nos preços.

"Muitos países, em especial os emergentes, têm registrado crescimento expressivo no número de novos consumidores, o que exige sempre mais investimentos em infra-estrutura, habitação e produtos de consumo, como automóveis e produtos da linha branca", afirmou Miguel Nery, diretor-geral do DNPM.

Entre os diversos tipos de metal, o ouro foi o que recebeu maior atenção por parte dos investidores, US$ 68,7 milhões, ou 29% do total, seguido por níquel, US$ 61,4 milhões, com 24%. Nery destacou, entretanto, que a quantia é pequena se considerado o valor mundial investido anualmente em pesquisa mineral, que no ano passado alcançou US$ 10,3 bilhões. "O Brasil responde por apenas 3% do investimento mundial", afirmou Nery. Mas não à toa o Brasil está no foco das atenções. A estimativa de geólogos é de que apenas 20% do território brasileiro já têm estudos mais aprofundados sobre as riquezas minerais do solo.

Atualmente existem no País 53 empresas de capital canadense desenvolvendo 176 projetos de mineração. (págs. 1 e C5)

- O preço do barril do petróleo atingiu novo recorde durante o pregão de ontem de Nova York ao ser negociado a US$ 135,14. Porém, fechou em baixa de US$ 2,36, a US$ 130,81, após movimento de realização de lucro. (págs. 1 e A11)

- O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apurou queda no desemprego em abril. O indicador fechou em 8,5% no mês, a menor taxa desde 2002. (págs. 1 e A6)

- Para a Standard & Poor's, já há fortes fundamentos que fomentarão o desenvolvimento de securitizações de empréstimos garantidos por imóveis. (pág. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

- Opinião - EVERARDO MACIEL - Em países com mesmo grau de desenvolvimento, temos o maior gasto per capita em saúde pública. Alguém duvida da ineficiência dos gastos? (págs. 1 e A3)

- Opinião - CLOVIS CORRÊA DA COSTA - Tornar uma empresa local em global é um jogo de paciência, persistência, velocidade, aceitação de riscos e muito trabalho. (págs. 1 e C9)

- Opinião - MARCELO COPELLO - A Cabernet Sauvignon cresce em grande diversidade de terrenos. E no Novo Mundo, a cepa faz bonito, em especial na Califórnia. (págs. 1 e C12)

- Opinião - DURVAL GUIMARÃES - "Vítima de pertinaz enfermidade, o Vale do Jequitinhonha morreu ontem..." Receio que o Vale tenha o destino temido por Maciôla. (págs. 1 e A2)

- José Auriemo, Zeco para alguns, é um homem de fala mansa e um "cara pilhado", segundo a definição de Rogério Fasano, seu sócio em alguns empreendimentos da JHSF, empresa do ramo de incorporações, shoppings e edifícios comerciais, dirigida por sua família. O pai, Fabio, fica na presidência do conselho, Zeco, o CEO, na presidência executiva, a irmã Ana cuida do mix das lojas dos shoppings e a irmã Marina se dedica ao marketing. (págs. 1, C10 e C11)

- A doação do casarão que abriga todo o acervo de filmes e de documentos do cineasta baiano Glauber Rocha, o Tempo Glauber, no Rio de Janeiro, foi anunciada com pompa e circunstância pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, em 2006. Mas nunca saiu do papel, revelaram seus filhos Paloma e João Rocha à Gazeta Mercantil. Mesmo depois de duas décadas, o espaço corre o risco de ser despejado pelo INSS, proprietário do prédio em Botafogo. (págs. 1, D1 e D2)

CORREIO BRAZILIENSE

- AeroLula - Servidores que viajam com Lula levam calote

- O governo federal está devendo R$ 500 mil em diárias a funcionários que acompanham o presidente em viagens internacionais. Desde dezembro, seguranças, assessores e tripulantes não recebem o reembolso do que gastaram nas missões oficiais. Dúvida jurídica sobre quem deve bancar a despesa emperra o pagamento. (págs. 1 e 2)

- Custo de vida - Inflação avança na América Latina - Depois de mais de uma década sob controle, os índices inflacionários em 10 países da região já acumulam aumentos superiores a 10%. A alta de preço dos alimentos e do petróleo é a principal ameaça. Como conseqüência, crescimento deverá sofrer desaceleração. (págs. 1 e 21)

- Novas acusações contra Paulinho da Força. (págs. 1 e 4)

VALOR ECONÔMICO

- Salários começam a subir acima da produtividade

- Os salários começaram a subir mais que a produtividade e se a tendência se consolidar, serão um novo fator a impulsionar a recente alta da inflação. (...) (págs. 1 e A3)

- Continua crescendo o número de empresas que pagam valores a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que é optativo. De acordo com pesquisa salarial da Catho Online, há oito anos 59% das empresas pagavam a participação. Hoje, esse percentual está acima dos 93%. (...) (págs. 1 e A3)

- A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, vai investir em hotéis econômicos, o segmento que mais cresce no país. (...) (págs. 1 e B4)

- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só espera o encaminhamento da ação movida contra o ex-ministro Antonio Palocci no Supremo Tribunal Federal para levá-lo de volta ao governo. Esperava poder fazê-lo na substituição dos ministros petistas candidatos a prefeito - Marta Suplicy (Turismo) e Luiz Marinho (Previdência), que tentarão a sorte em São Paulo e São Bernardo do Campo -, mas a indefinição do ministro Gilmar Mendes, relator do caso, adiou a decisão. A expectativa no PT é de que o crescimento econômico poderia fazer de Palocci um candidato mais competitivo em 2010 do que a ministra Dilma Roussef. (...) (págs. 1 e A5)

- A transferência do controle acionário da Nossa Caixa para o Banco do Brasil (BB) poderá dar ao governador José Serra o que ele quer: mais dinheiro para investir em São Paulo. "As contas estão arrumadas, mas não há dinheiro suficiente para investimento", disse Serra a interlocutores depois que foi anunciada, na quarta-feira, a abertura das negociações. (...) (págs. 1, C1 e C2)

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