28 maio 2008

SINOPSES DE JORNAIS

Radiobrás


JORNAL DO BRASIL

-Juro do cheque especial sufoca a classe média

- Os bancos elevariam a taxa de juro do cheque especial de 149,8% ao ano, em março, para 152,7% em abril. O crescimento de 2,9 pontos percentuais nesta modalidade de crédito foi divulgado ontem pelo Banco Central. Especialistas consideram de baixa qualidade essa linha de financiamento, usada principalmente pala classe média endividada. O cheque especial só é considerado interessante para cobrir dívidas pessoais de um ou dois dias, no máximo. Para usar R$500,00 por 12 meses, por exemplo, o correntista pagará R$759 de juros. Na modalidade de crédito pessoal consignado, esse valor cai para R$300,52. (págs. 1 e A17)

- O presidente Lula aproveitou a chegada de Carlos Minc como ministro do Meio Ambiente para reaproximar-se da ex-ministra Marina Silva. Minc lembrou Raul Seixas e advertiu: "Não sou o carimbador maluco". (págs.1 e A5)

- A Câmara voltou a proibir a venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais, mas só em zonas rurais. Pelo texto, que irá a sanção presidencial, o motorista pego com qualquer teor de álcool no sangue terá a carteira suspensa por um ano, e a infração será considerada gravíssima. (págs. 1 e A4)

- A Anistia Internacional divulgou as zonas de maior desrespeito aos direitos humanos: Darfur, no Sudão, Gaza e Mianmar. Para a entidade, o ocidente não cumpriu a declaração Universal dos Direitos Humanos. Ao Brasil, pede esforços na segurança. (págs 1 e A20)

FOLHA DE SÃO PAULO

-Lula dá alívio recorde a agricultores

-O governo Lula anunciou ajuda financeira recorde a agricultores endividados. O pacote envolve R$75 bilhões em dívidas que poderão ser negociadas com descontos do saldo devedor, juros menores, ampliação de prazos e abatimento de até 80% dos débitos antigos. No total, os agricultores poderão ter um desconto de até R$9 bilhões nas suas dívidas, disse o ministro Guido Mantega (Fazenda). A renegociação deverá beneficiar 2,8 milhões de produtores, sendo 1,8 milhão de agricultores familiares e assentados da reforma agrária. A última grande renegociação, segundo a Fazenda, foi em 2001 e envolveu R$15 bilhões. Hoje, a dívida do setor agrícola é de R$130 bilhões, mas parte está em dia. Para representantes dos produtores, o pacote é um avanço, mas é insuficiente. Eles cobraram investimentos em outras áreas. (págs. 1 e B3)

-Empréstimos concedidos pelos bancos chegam a R$ 1 trilhão. Total equivale a 36% do PIB, segundo dados do Banco Central; desde início da gestão Lula, volume de crédito cresceu R$633 bilhões. (págs. 1 e B5)

-A base governista no Congresso decidiu apresentar hoje a proposta de criação da CSS (Contribuição Social para a Saúde), nos moldes da CPMF, mas com alíquota de 0,1% ante 0,38% do antigo tributo. Os R$10 bilhões anuais esperados iriam integralmente para saúde. A proposta por projeto de lei complementar, é juridicamente polêmica: a Constituição só permite criar por esse instrumento tributos não-cumulativos. (pág 1 e A9)

-A investigação da contabilidade de Paulinho mostrou algo de novo. No collorato a Força Sindical beliscava o patronato paulista. Paulo Pereira da Silva promoveu a estatização. Podem acusá-lo de tudo, menos de ter incomodado o patrão. (págs. 1 e A6)

-O corregedor-geral da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PR-PE), recomendou a cassação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, e encaminhou relatório ao Conselho de Ética. Paulinho é suspeito de participar do desvio de recursos públicos. O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, também decidiu dar início a uma investigação para analisar as denúncias feitas contra o sindicalista. Paulinho negou ter cometido irregularidades e disse que é "vítima de perseguição política implacável". (págs 1 e A4)

O ESTADO DE SÃO PAULO

- A Câmara cumpriu ontem as últimas etapas antes da abertura de processo contra o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), acusado de participação em esquema que desviava verbas do BNDES. O corregedor da Casa, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), apresentou ontem o pedido de abertura do processo de perda de mandato. Em seguida, a recomendação foi aprovada por unanimidade pela Mesa Diretora da Câmara e encaminhada ao Conselho de Ética - que deve escolher hoje seu novo presidente, em substituição a Ricardo Izar (PTB-PR), morto no início do mês. Em seu parecer, o corregedor afirma que Paulinho usou verbas da Câmara para pagar dois profissionais ligados a integrantes do esquema do BNDES e à Força Sindical, central cujo presidente é o próprio deputado. (págs 1 e A4)

- Com o nome de Contribuição Social para Saúde, a base aliada do governo tentará aprovar hoje na Câmara a recriação da CPMF. A proposta é que o novo imposto sobre movimentações financeiras tenha alíquota de 0,1% e arrecade R$10 bilhões ao ano. Os recursos seriam destinados à saúde. Para aprovar a CSS, é necessário o apoio da maioria absoluta dos parlamentares na Câmara e no Senado (257 deputados e 41 senadores). (págs. 1 e A6)

- Diante da ameaça de redução da safra de grãos, o governo prepara mudanças na portaria que limitou a concessão de crédito agrícola na Amazônia. Editado pela ex-ministra Marina Silva, o texto em vigor inclui 106 municípios que ficam em região de cerrado e não de floresta. Esses municípios agora deverão ser retirados da área de restrição. O presidente Lula empossou ontem Carlos Minc no Ministério do Meio Ambiente, em substituição a Marina. Em solenidade realizada no Planalto, Lula admitiu divergências com a ex-ministra, mas a comparou a Pelé. (págs. 1, A15 e A16)

- Imagens do horror nos maços de cigarro. Objetivo do Ministério é desestimular iniciação dos jovens no tabagismo. (págs. 1 e A17)

- A Companhia Energética de São Paulo entrou nas negociações para a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil (BB). A intenção do governador José Serra (PSDB-SP) é vender a instituição em uma operação que entre outros fatores, mantenha os bancários como funcionários públicos para evitar prejuízo nas eleições deste ano e de 2010. Ao governo federal o negócio interessa por expandir o alcance do BB. A boa vontade de lado a lado já mudou o discurso de Brasília sobre a renovação das concessões para geradoras de energia como a Cesp. (págs. 1 e B3)

- O Congresso aprovou projeto que libera a venda de bebidas nos trechos urbanos das estradas federais, mas torna mais rigorosas as penas para motoristas que dirigirem após consumir álcool, mesmo que não se envolvam em acidentes. Quem for flagrado, estará sujeito a pena que pode ir de pagamento de multa a prisão se tiver mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue. (págs 1 e C1)

- Pesquisa mostra que em 16 meses, o produto teve reajuste de quase 100%. (Pág.1)

- O novo líder das Farc deseja negociar a legalização do bando como partido político. As Farc estão debilitadas, mas não o suficiente para que o governo colombiano reduza sua intransigência. (págs. 1 e A3)

- O Supremo Tribunal Federal retoma hoje o julgamento sobre o uso de células-tronco embrionárias em pesquisas. A expectativa é de que a discussão entre os ministros não se restringirá à liberação ou não de estudos. (págs. 1 e A17)

- O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, abriu investigação para apurar suposta ligação do deputado Paulo Pereira da Silva no desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. (págs. 1 e A4)

- Artigo: Marcos Sá Corrêa - A Amazônia é nossa. Sim, tem dono, mas só será nossa enquanto existir. (págs. 1 e A6)

O GLOBO

-Aliados dão nome novo para recriar velha CPMF

- Os aliados do presidente Lula tentarão ressuscitar hoje a CPMF, rejeitada em 2007 no Congresso, com novo nome: Contribuição Social para a Saúde (CSS), com alíquota de 0,1%. O tributo foi incluído no projeto que regulamenta a Emenda 29. A posição irá ao STF contra a CSS. Mesmo sem a CPMF, o governo cumpriu com folga a meta de superávit primário do primeiro quadrimestre. O aumento da arrecadação permitiu superávit de R$ 48 bilhões: a meta era R$ 33,6 bilhões. (págs. 1, 3 e 22, Cartas dos Leitores e editorial "Manobra primária")

- Na posse do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), o presidente voltou a reclamar da imprensa e de notícias sobre a demissão de Marina Silva. Minc disse que será criado, por decreto, um fundo privado para proteger a Amazônia. A Noruega dará US$ 100 milhões. (págs. 1, 8 e Miriam Leitão)

- A taxa de desmatamento da Mata Atlântica teve uma redução de 69%, entre 2000 e 2005. Porém, não há motivo para comemorar: restam apenas 7,26% da área original . Santa Catarina é o estado que mais derruba a floresta. O Rio teve o menor índice de desflorestamento. (págs. 1 e 31)

- O corregedor da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE), disse ontem que a situação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, é "gravíssima" e que o caso é de cassação. A representação contra Paulinho foi enviada ao Conselho de Ética: o deputado disse que não renuncia. (págs. 1 e 4)

- Pela primeira vez na História, o volume de crédito no país ultrapassou R$ 1 trilhão em abril, equivalente a 36% do Produto Interno Bruto (PIB). Só no último ano, a expansão do total de empréstimo a pessoas físicas e empresas foi de 30%. (págs. 1 e 21)

- Um feto morto, dedos com gangrena e um rosto envelhecido são algumas das novas imagens selecionadas pelo Ministério da Saúde para impressão obrigatória nos maços de cigarro. O objetivo é provocar a repulsa entre jovens, alvo da campanha. (págs. 1 e 10)

- A empresa Energia Sustentável do Brasil, vencedora da licitação da hidroelétrica de Jirau (RO), disse que não vai erguer a usina, se não for aprovado projeto que desloca em 9km a obra, o que resultou em economia de R$ 1 bi. (págs. 1 e 23)

- Elio Gaspari: É raro o país onde o movimento sindical passou da delegacia de ordem política à de defraudações numa só geração. (págs. 1 e 7)

- STF deve liberar hoje a célula-tronco. (págs. 1 e 31)

GAZETA MERCANTIL

-Indústrias trocam produção nacional pela importada

- A queda nas vendas de papelão ondulado, tradicional termômetro da economia do País, mostra que o crescimento da antecipação dos importados começa a alterar o perfil da indústria nacional. De janeiro a abril, as vendas acumularam queda de 0,6%, traçando uma trajetória inversa em relação ao varejo, que continua crescendo. Isso significa que "o papelão já deixou de ser um medidor das condições do Produto Interno Bruto há algum tempo. Muita coisa é produzida lá fora e já vem embalada", afirma Ricardo Amoroso, presidente do Grupo Orsa, que produz papel para embalagem mas está diversificando sua linha em razão desse cenário.

-O câmbio explica em grande parte o descompasso entre produção e demanda neste início de ano. "O comércio mais forte que a indústria pode indicar que o País está importando mais para cobrir a demanda doméstica", diz o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) , Welber Barral, a questão cambial afeta empresas que dependem de insumos e mão-de-obra locais, como as têxteis e de calçados. Na fabricante de brinquedos Grow, os importados passaram a responder por 20% da linha de produtos.

A gaúcha West Coast deverá receber nos próximos dias botas da China. Fabricante de sandálias, botas e calçados masculinos, a empresa começa a se preparar para substituir parte de sua produção com produtos asiáticos, diz Sérgio Baccaro, gerente da empresa. Para ele, esta tendência deve ser mantida no setor. Segundo André Rebelo, do Departamento de Economia da Fiesp, pesquisa realizada pela Ipsos com 1,6 mil empresas paulistas revelou que 20% dos empresários substituíram produtos de seu portfólio por importados e 25% aumentaram a fatia de insumos comprados no mercado externo. Segundo José Velloso Dias Cardoso, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), vários associados se tornaram importadores de máquinas, se desligaram da entidade e passaram a utilizar toda a experiência e conhecimento para se dedicar à importação e comercialização de máquinas. (págs. 1, A6 E A7)

- O setor ferroviário colhe resultados da privatização pela qual passou. Depois da revitalização da fabricação de vagões, chegou a vez das locomotivas. Com a presença do presidente Lula, a General Electric apresentou ontem a primeira locomotiva de grande porte feita em Contagem (MG). (págs. 1 e C3)

- Os ADRs (American Depositary Receipts, recibos de ações) das companhias brasileiras são os mais valorizados na Bolsa de Nova York. Desde o começo do ano, o índice de ADRs do Brasil acumula alta de 17,6%, o maior entre os países do grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), segundo o The Bank of New York. No levantamento do banco, que acompanha o desempenho dos ADRs de 38 países, o Brasil só perde para o índice da Noruega, que sobe 27,59% no ano. O desempenho mostra um descolamento da crise do crédito imobiliário norte-americano (subprime). Na opinião de Manoel Félix Cintra Neto, conselheiro da BM&F Bovespa, a América Latina é o novo centro de capital e de investimento global. Segundo ele, depois do subprime há investidores retomando os negócios ao lado dos novos vindos do Oriente Médio. "Se existe uma guerra hoje no mundo, essa guerra é por atração de capital. A China vinha vencendo as batalhas, mas agora é a vez da América Latina, onde o Brasil é o principal centro de atração da região", afirma. (págs. 1 e B1)

- A repressão à formação de cartéis tem sido a prioridade dos órgãos que formam o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). Entre 2003 e 2005, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) emitiu 11 mandados de busca e apreensão contra empresas acusadas de formação de cartel e duas prisões. Em 2006 foram 19 e no ano passado, 84 mandados, com 30 prisões. "Cerca de 75% dos recursos da SDE são voltados para a repressão de cartéis", disse Mauro Grinberg, ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e advogado do escritório Barcellos Tucunduva Advogados, ao apresentar as medidas tomadas no Brasil para combate aos cartéis. Um dos instrumentos usados pelo Cade e pela SDE é a delação premiada. Isso acontece quando um empresário delata envolvidos em um cartel em troca de imunidade ou diminuição de pena. Até agora, dez delações premiadas já foram acordadas e assinadas. Somente o líder do cartel não tem direito ao instrumento. Em março, a secretaria divulgou os requisitos exigidos para aceitar o mecanismo, como a desistência de ações judiciais pelo delator. Na semana passada, o Cade aplicou, pela primeira vez, a maior condenação por formação de cartel: uma multa de 30% do faturamento da empresa. "Antes, a média era de 10% a 15% do faturamento anual. Agora a média é de 20%", diz o advogado. (págs. 1 e A12)

- Mais uma peripécia financeira pode ser adicionada, em breve, à lista do empresário Eike Batista. O volume de captação com a oferta pública de ações (IPO) da OGX Petróleo e Gás, companhia que criou e da qual é acionista controlador, pode bater o recorde na bolsa paulista. Se a ação for vendida pelo maior preço estimado, de R$ 1.131, com os lotes adicional e suplementar somará R$ 7,55 bilhões em captação. Até então, as maiores captações no País são da própria Bovespa, com R$ 6,62 bilhões, e da BM&F, que captou R$ 5,98 bilhões. Mesmo com a negociação ao preço mínimo, de R$ 883 a ação, a OGX fica bem posicionada como a terceira maior captação, de R$ 5,89 bilhões. O feito é relevante porque, ao contrário das antecessoras, a distribuição da OGX não incluirá investidores do varejo. Eike Batista quer apenas investidores qualificados, como fundos e entidades de previdência complementar. Por isso, a negociação será feita em lotes mínimos de 100 ações, sem opção de compra fracionada. O empresário ganhou destaque no início deste ano pela negociação de US$ 5 bilhões com a Anglo American, à qual vendeu o controle de sua mineradora MMX. Na época, gabou-se de ter multiplicado por cinco o valor para o acionista em um ano e meio, fórmula que pode atrair investidores para sua nova oferta. Mas também recebe críticas em relação à velocidade meteórica com que cria e se desfaz de companhias. (págs. 1 e B4)

- O Governo Central registrou superávit primário de R$ 48 bilhões no primeiro quadrimestre de 2008, cifra equivalente a 5,31% do PIB, mais que o dobro da meta de 2,2% estipulada para este ano. (págs. 1 e A5)

- A base do governo na Câmara vai propor hoje a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), que funcionará nos mesmos moldes da CPMF, mas com alíquota de 0,1% e destinação exclusiva ao setor. (págs. 1 e A11)

- A isenção do PIS/Cofins para o trigo, a farinha e o pão começa a valer a partir de hoje, quando será publicada no Diário Oficial a medida provisória enviada ontem ao Congresso pelo presidente Lula. (pág. 1)

- A Log-In Logística Intermodal informa que assinou com o BNDES contrato para cinco porta-contêineres no Estaleiro Ilha (Eisa). O banco liberará R$ 625,2 milhões, de acordo com as etapas da construção. (pág. 1)

- A alemã DVA, que atua no setor de defensivos agrícolas, investirá US$ 100 milhões em fábrica no Brasil. O potencial agrícola do País atraiu a empresa, que concentrará 50% da produção aqui. (págs. 1 e C8)

- A receita dos bancos com serviços saltou de R$ 9,1 bilhões para R$ 28 bilhões de 2000 a 2007, o que representa crescimento de 94,4%, informou o Banco Central. (págs. 1 e B2)

-OPINIÃO: ANTONIO PENTEADO MENDONÇA - Neste mês se comemora a abolição da escravatura. Mas a Lei Áurea é imbatível no quesito "vieses negativos". Um dos piores aspectos é desamparar milhões de ex-escravos. (págs. 1 e A3)

- OPINIÃO: LEONARDO TREVISAN - Na Unasul, a busca de lugar no mapa de poder do mundo não foi o essencial. Na verdade,

a América do Sul não sabe se quer ser algo mais do que um conceito geográfico. (págs. 1 e A2)

- CARTA DE CRÉDITO - Saldo alcança 36,1% sobre o PIB em abril. (págs. 1 e B1)

CORREIO BRAZILIENSE

-Uma segunda chance

- Esperança de vida para os portadores de doenças degenerativas, o artigo 5º da Lei de Biossegurança, que permite a utilização de células- tronco embrionárias em pesquisas científicas, volta a julgamento no Supremo Tribunal Federal sob forte pressão de grupos religiosos contrários à medida. Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o artigo, apresentada há três anos, será derrubada hoje à tarde, por 6 votos a 5 ou por 7 a 4, prevêem ministros do STF. (pág. 12 a 14 e 24)

- Com alíquota menor e novo nome, imposto do cheque pode ressuscitar hoje, pelas mãos dos aliados do governo. (págs. 1, 2 e 3)

- Pela primeira vez, o volume de empréstimos feitos a pessoas físicas e empresas ultrapassa a barreira de R$ 1 trilhão, atingindo 36,1% do PIB. Apesar do volume inédito, a economia começa a dar sinais de desaceleração. Para os economistas, culpa da inflação e do aumento dos juros. (págs. 1, 16 e 17)

- Criticado, Senado desiste de criar cargo de confiança. (págs. 1 e 5)

VALOR ECONÔMICO

-Dividendos crescem 70% e atingem R$ 12,7 bilhões

- Os dividendos encheram os bolsos dos investidores em ações neste ano. A parcela dos lucros distribuída pelas empresas aos acionistas até abril atingiu R$ 12,731 bilhões, quantia 70% superior aos R$ 7,245 bilhões do mesmo período do ano passado, segundo dados da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. Com lucros em alta - de 26,9% em 2007 e 12,4% no primeiro trimestre, segundo o Valor Data - muitas empresas anteciparam o pagamento para o início do ano.O aumento da distribuição de dividendos se mantém mesmo quando se retira do total as gigantes Petrobras e Vale, que pagaram R$ 4,6 bilhões. O benefício das demais empresas somou R$ 7,7 bilhões, 72% acima do de 2007.Não apenas o bolo cresceu e uma fatia ampliada foi dividida, mas também um número maior de empresas passou a repartir lucros.

Foram 248 até abril, ante 196 no mesmo período do exercício anterior. Esse avanço foi desenhado pela estratégia das empresas de mostrar números bons quando a bolsa ia mal. Como os investidores estrangeiros ficaram sem caixa, pagar logo o dividendo passou a ser um atrativo extra.A contribuição das novatas na bolsa foi relevante. As empresas que abriram capital ou entraram no mercado para valer a partir de 2004 contribuíram com R$ 1,028 bilhão em lucros para o bolso dos investidores. Só a Cosan pagou R$ 342 milhões. O Valor contou 48 novatas que pagaram pelo menos R$ 1 milhão aos acionistas até abril.A boa notícia é que o crescimento dos lucros continua neste exercício, como apontam as projeções de ganhos feitas pelos analistas de bancos e corretoras. Walter Mendes, do Itaú, estima que as cem empresas do IBrX terão um lucro 31% maior e as do Ibovespa, 30% superior. Para Marco Melo, da corretora Ágora, o lucro médio das empresas do Ibovespa deve crescer entre 20% e 25%.O aumento dos dividendos neste ano se relaciona também às commodities, lembra Lika Takahashi, da Fator Corretora. "Há forte dependência dos principais papéis do Índice Bovespa dos mercados internacionais e a grande questão é para aonde vão os preços nos próximos meses", afirma. Ela prevê avanço de 17% nos lucros.(págs. 1,D1 e D2)

-O efeito corrosivo da inflação dos alimentos sobre o poder de compra dos trabalhadores já aparece nos números relativos ao primeiro quadrimestre. Em abril, de acordo com o Dieese, comprar a cesta básica exigiu 52,8% do salário mínimo, percentual superior aos 50,5% gastos em março.Segundo previsões de consultores, a cesta básica comprometerá neste ano 10,1% da renda bruta das famílias, acima dos 9,2% de 2007. Já os gastos com energia elétrica, telefonia, gás e transportes terão aumentos mais modestos que os do ano passado. Em conseqüência, a parcela da renda familiar destinada a esses serviços deverá cair para 25,2%, frente a 26,2% em 2007. Um gasto compensará o outro. "Com isso, a renda disponível vai ficar praticamente estável em 62,8%", observa Fábio Silveira, sócio da RC Consultores. Em 2009 a situação se inverte. As altas da cesta básica deverão ser menores com o fim da escalada da inflação dos alimentos, que no mercado internacional já dá sinais de estabilização, ainda que em níveis elevados. Mas o aumento dos preços administrados deverá ser maior, com a expectativa de que o IGP-M supere os 10% no ano.(págs.1 e A3)

-A indústria naval brasileira não tem condições de atender as encomendas da Petrobras para os primeiros 12 navios-sonda e plataformas semi-submersíveis de perfuração que deverão ser entregues até 2012. O Sinaval - sindicato que reúne as empresas do setor - encaminhou documento à estatal e também à ministra Dilma Rousseff indicando que não irá se opor à contratação desses equipamentos no exterior - desde que as 28 unidades restantes e eventuais excedentes do primeiro lote sejam contratados no país.

Os estaleiros nacionais já operam no limite da capacidade. Além disso, há também dificuldades tecnológicas para a produção local dos principais equipamentos.(págs.1 e B1)

- O Brasil tem mais trabalhadores qualificados do que sua economia pode absorver, segundo estudo divulgado ontem no Fórum Nacional. A distorção é decorrência de duas décadas de baixas taxas de crescimento.

- Ataques aos biocombustíveis não afetarão os planos de investimentos da Brenco, estimados em R$5,5 bilhões até 2015, afirma Philippe Reichstul. "Diante dos preços do petróleo, é cada vez mais uma idéia acertada", diz o executivo.

- O volume de crédito do sistema financeiro atingiu em abril a marca histórica de R$1,017 trilhão, equivalente a 36,1% do PIB. A parcela de empréstimo com recursos livres registrou o maior crescimento. (págs. 1 e C1)

- O IPCA-15 de maio, divulgado hoje, definirá o resultado da reunião do Copom, na próxima semana. Especulação sobre um índice superior a 0,65% reintroduziram a hipótese de uma elevação de 0,75 ponto da Selic. (págs. 1 e C2)

- Com o petróleo ao preço recorde de US$ 130 o barril, mais 100% acima do valor de uma década atrás, os temores sobre o fim da era dos hidrocarbonetos se generalizam. O banqueiro de investimentos Mathew Simmons constatou que o mundo depende de apenas uns poucos gigantescos antigos e decaídos campos de petróleo - e quase nada que se iguale a eles foi descoberto desde a década de 70. Um em cada cinco barris de petróleo consumidos no mundo a cada dia é extraído de um campo com mais de 40 anos. Nenhum campo descoberto nos últimos 30 anos foi capaz de produzir mais de 1 milhão de barris/dia. Analistas e executivos da indústria consideram catastrófica a opinião de que a produção de óleo atingiu seu pico. (págs. 1 e A14)

- A operação que culminou na noite de 25 de abril com a assinatura dos mais de 40 contratos que envolveram a compra da Brasil Telecom pela Oi foi precedida de uma intensa movimentação em escritórios de advocacia do Rio de Janeiro, que teve início ainda no mês de dezembro. Mais de dez bancas foram envolvidas nas negociações e cerca de 60 advogados participaram diariamente de reuniões, algumas simultâneas, com o consumo de muitas xícaras de café e vidros de energéticos. Várias noites foram passadas em claro e até sem banho. O quartel-general do batalhão de advogados que atuou na criação da "supertele" foi o centro do Rio, onde estão dois dos escritórios que foram sede de reuniões- um deles considerado "território neutro", para receber representantes de lados opostos, como Citigroup, fundos de pensão e Opportunity. (págs. 1 e E1)

ESTADO DE MINAS

- Lula intervém para garantir aliança em BH

- O presidente Lula decidiu interferir para derrubar o veto da Executiva Nacional petista à aliança com os tucanos na disputa pela Prefeitura de BH, tendo como candidato o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda (PSB). A parceria é articulada pelo governador Aécio Neves (PSDB) e o prefeito da capital, Fernando Pimentel (PT). Em Contagem, na apresentação da primeira locomotiva de grande porte fabricada no Brasil, quando se encontrou com Aécio, Pimentel e Lacerda, Lula ligou para o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e disse não concordar com a negativa da cúpula do partido. Ele avisou que iria conversar com outros membros do partido para tentar inverter a situação na reunião do Diretório Nacional, marcada para sexta-feira. (págs. 1, 8, 9 e 15)

- Câmara deve aprovar hoje nova CPMF. - Imposto vai se chamar CSS. Objetivo é descontar 0,1% sobre toda movimentação na conta bancária de pessoas e empresas . No Senado, oposição promete barrar criação do tributo. (págs 1 e 3)

- Ministério da Saúde lança campanha contra o cigarro usando imagens mais fortes. (págs. 1 e 12)

- Células-tronco - Uma decisão de vida e morte no STF. (págs. 1,10, 11 e Editorial)

- Depois do arroz, do feijão e do trigo, o milho é o novo vilão da carestia. Alta no preço cobrado pelo produtor chega a 38,8% em 12 meses e deve respingar no custo do frango e de suínos. (págs. 1 e 13)

- Índios bloqueiam a MG-232, acesso a Carmésia, no Vale do Rio Doce. Eles exigem da empresa MMX Mineração e Metálicos compensações para que carretas carregadas de tubos trafeguem pela rodovia. Inicialmente haviam exigido um trator agrícola. (págs. 1 e 24)

OUTROS JORNAIS

JORNAL DO COMMERCIO

O maior superávit primário da história

- Diferença entre receita e despesa do governo central chega a R$ 48,03 bi. (pág. 1 )

- Governo tenta recriar hoje a CPMF. (pág. 1)

- Déficit preocupa Mantega. (pág. 1)

- Brasil exportará locomotivas de grande porte da GE. (pág. 1)

- Grupos estrangeiro e brasileiro no trem-bala. (pág. 1)

- Volume de crédito passa de R$ 1 trilhão. (pág.

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