De Veja:
"Eu fico imaginando que, se aceitar a diminuição da idade para 16 anos, amanhã vão pedir para 15, depois para 9, depois para 10, quem sabe algum dia queiram punir até um feto."
Do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diminuindo de 9 para 10 suas preocupações com a delinqüência juvenil
"Havia o risco de ser detectado o envolvimento de Lula."
Trecho revelado pela Folha de São Paulo das memórias de Hélio Bicudo em que ele se mostra arrependido por não haver levado adiante as investigações sobre negócios entre prefeituras do PT e a CPEM, empresa de Roberto Teixeira, compadre do presidente
26 fevereiro 2007
SEXO, NÃO. CÂNCER,SIM
André Petry
"É um desvio típico do fundamentalismo religioso lá e cá: eles não se contentam em viver segundo seus dogmas. Precisam que a humanidade inteira também o faça."
Os conservadores religiosos voltaram a atacar – e, como já deixou de ser surpresa, estão defendendo uma moral que mata. O caso agora envolve a descoberta da vacina contra o HPV, vírus que responde por 70% dos casos de câncer do colo uterino. Como a vacina só exerce sua eficácia plena em mulheres que nunca tiveram contato com o HPV, e o meio mais comum de transmissão do vírus é a relação sexual, os especialistas recomendam o óbvio: que a vacina seja aplicada antes que as meninas comecem a ter vida sexual ativa.
É nesse ponto que os fundamentalistas cristãos comparecem. Eles acham que vacinar uma menina de 11, 12 ou 13 anos pode estimular a prática do sexo. E, como sexo só pode ser feito depois do casamento, essa vacina tem de ser coisa do demônio. Isso quer dizer o seguinte: a proteger as meninas contra um câncer dando-lhes uma vacina comprovadamente eficaz, ainda que isso possa estimular a prática sexual, eles preferem ficar atolados na aposta cega da castidade e deixar as meninas sob o risco de contrair uma doença que mata – e que, pior ainda, pode ser contraída por meios que não os sexuais.
A histeria conservadora chegou ao ápice nos Estados Unidos nos últimos dias, quando o governo do Texas baixou uma medida tornando a vacina obrigatória. Além da reação dos conservadores, o governador foi acusado de ceder às pressões subterrâneas do fabricante da vacina, o laboratório Merck, que aliás deu 6.000 dólares para sua campanha à reeleição, mas manteve sua decisão – por enquanto. A medida adotada no Texas, e sob estudo de outros estados americanos, permite que os pais se recusem a aplicar a vacina em suas filhas. Ou seja: a vacina é obrigatória, para o bem da saúde pública, mas abre exceções. Nem isso acalmou a turma. É um desvio típico do fundamentalismo religioso tanto lá como cá: eles não se contentam em viver segundo seus dogmas, suas verdades absolutas e suas revelações divinas. Precisam que a humanidade inteira também o faça.
O câncer de colo de útero mata cerca de 230.000 mulheres em todo o mundo a cada ano. É o segundo tipo de câncer mais comum em mulher. No Brasil, a incidência é desigual. A taxa mais alta fica no Rio Grande do Sul, onde afeta mais de trinta mulheres em cada grupo de 100.000, e a mais baixa ocorre na Paraíba, atingindo menos de dez mulheres em cada 100.000.
Em agosto do ano passado, o governo brasileiro aprovou a vacina, e o Ministério da Saúde estuda a melhor forma de oferecê-la nos postos de saúde da rede pública. Como a vacina é caríssima e é preciso definir a faixa etária em que a imunização será feita, ninguém acredita que se terá uma decisão ainda neste ano. Quanto mais demorar, pior. Mas quando (e se) a vacina aparecer nos postos de saúde é bom que se esteja preparado para a repetição por aqui do mesmo clamor conservador ouvido nos Estados Unidos. Afinal, entre nós já apareceu até autoridade da Igreja Católica demonizando o uso de preservativo, apesar da epidemia da aids. É a mesma moral que mata.
"É um desvio típico do fundamentalismo religioso lá e cá: eles não se contentam em viver segundo seus dogmas. Precisam que a humanidade inteira também o faça."
Os conservadores religiosos voltaram a atacar – e, como já deixou de ser surpresa, estão defendendo uma moral que mata. O caso agora envolve a descoberta da vacina contra o HPV, vírus que responde por 70% dos casos de câncer do colo uterino. Como a vacina só exerce sua eficácia plena em mulheres que nunca tiveram contato com o HPV, e o meio mais comum de transmissão do vírus é a relação sexual, os especialistas recomendam o óbvio: que a vacina seja aplicada antes que as meninas comecem a ter vida sexual ativa.
É nesse ponto que os fundamentalistas cristãos comparecem. Eles acham que vacinar uma menina de 11, 12 ou 13 anos pode estimular a prática do sexo. E, como sexo só pode ser feito depois do casamento, essa vacina tem de ser coisa do demônio. Isso quer dizer o seguinte: a proteger as meninas contra um câncer dando-lhes uma vacina comprovadamente eficaz, ainda que isso possa estimular a prática sexual, eles preferem ficar atolados na aposta cega da castidade e deixar as meninas sob o risco de contrair uma doença que mata – e que, pior ainda, pode ser contraída por meios que não os sexuais.
A histeria conservadora chegou ao ápice nos Estados Unidos nos últimos dias, quando o governo do Texas baixou uma medida tornando a vacina obrigatória. Além da reação dos conservadores, o governador foi acusado de ceder às pressões subterrâneas do fabricante da vacina, o laboratório Merck, que aliás deu 6.000 dólares para sua campanha à reeleição, mas manteve sua decisão – por enquanto. A medida adotada no Texas, e sob estudo de outros estados americanos, permite que os pais se recusem a aplicar a vacina em suas filhas. Ou seja: a vacina é obrigatória, para o bem da saúde pública, mas abre exceções. Nem isso acalmou a turma. É um desvio típico do fundamentalismo religioso tanto lá como cá: eles não se contentam em viver segundo seus dogmas, suas verdades absolutas e suas revelações divinas. Precisam que a humanidade inteira também o faça.
O câncer de colo de útero mata cerca de 230.000 mulheres em todo o mundo a cada ano. É o segundo tipo de câncer mais comum em mulher. No Brasil, a incidência é desigual. A taxa mais alta fica no Rio Grande do Sul, onde afeta mais de trinta mulheres em cada grupo de 100.000, e a mais baixa ocorre na Paraíba, atingindo menos de dez mulheres em cada 100.000.
Em agosto do ano passado, o governo brasileiro aprovou a vacina, e o Ministério da Saúde estuda a melhor forma de oferecê-la nos postos de saúde da rede pública. Como a vacina é caríssima e é preciso definir a faixa etária em que a imunização será feita, ninguém acredita que se terá uma decisão ainda neste ano. Quanto mais demorar, pior. Mas quando (e se) a vacina aparecer nos postos de saúde é bom que se esteja preparado para a repetição por aqui do mesmo clamor conservador ouvido nos Estados Unidos. Afinal, entre nós já apareceu até autoridade da Igreja Católica demonizando o uso de preservativo, apesar da epidemia da aids. É a mesma moral que mata.
24 fevereiro 2007
A FÁBRICA DE FRANKENSTEINS
Lya Luft
"A omissão pode ser tão fatal quanto o crime. Sem atitudes firmes, continuaremos peças na engrenagem dessa fábrica de jovens Frankensteins, que vão nos brutalizar na primeira esquina"
Filha de fundador, professor e diretor de uma faculdade de direito, cedo percebi que a Senhora Justiça, se vendada para ser imparcial, por vendada nem sempre enxerga bem. Talvez ela nem queira ver em que sociedade doente estamos nos transformando. Um dos sintomas é o número crescente de crimes juvenis. Colabora para isso um Estado ausente ou trapalhão, que vira o rosto diante das multidões de crianças pedintes em nossas esquinas, onde boa parte da tragédia começa.
Enquanto se noticia que nos Estados Unidos uma fêmea de gorila salva um menino de 3 anos que caiu na jaula, aqui uma turma de adolescentes praticamente esquarteja uma criança de 6 anos, arrastando-a de carro como não fariam com um cachorro vadio. Segundo a polícia, ao ser presos portaram-se com indiferença, talvez seguros de uma punição mínima para tão horrendo crime. É preciso aproveitar a alavanca da nossa revolta para reivindicar (apesar de tudo, sejamos otimistas) providências imediatas. Não há tempo para teorizar mais. Reunir-se em solidariedade com familiares de vítimas é bonito, mas, sinto muito, não basta. Temos de juntar mais e mais gente de todas as classes para exigir uma Justiça realista, aplicação do que já existe de eficaz, prisões humanas, porém rigorosas, e leis severíssimas, também para os ditos menores.
Entre essas mudanças, sou totalmente a favor da redução da idade em que o jovem é considerado consciente de seus atos. Drogados ou lúcidos, os meninos começam a roubar e matar, às vezes com requintes de crueldade, aos 12 anos, pouco mais, pouco menos. Se apanhados, nem todos poderão ser reintegrados à sociedade. Voltarão para cometer novos crimes. Quando em outros países a idade mínima é de 14 anos, 12 anos e até menos, aqui aos 16 podemos mudar o país através do voto, mas se estupramos, matamos, roubamos antes dos 18 pegamos uma leve – e breve – pena em uma instituição que (com raras exceções) reeduca os passíveis de melhoria e deixa os psicopatas mais loucos.
Uma política séria e atuante, que buscasse o bem do povo, já teria reformulado leis desatualizadas e aplicaria com rigor as existentes. Não é o que vemos. Dirão: "Não há recursos". Pois é. O dinheiro roubado do povo no mensalão, nas sanguessugas, nos valeriodutos (esses termos começam a ser politicamente incorretos, por isso os devemos usar) daria para criar várias instituições adequadas para punir, reeducar, preparar para uma vida positiva e reintegrar criminosos à comunidade, mantendo presos pelo resto da vida os mais graves e incorrigíveis. Prisão perpétua, sim, senhores.
Mudar regras pode não resolver os problemas, trágicos e vastos, da violência. Mas há de nos conferir alguma esperança. Todos partilhamos da responsabilidade de escolher os líderes que nos conduzem (ou nos confundem) também nesse aspecto de nossa vida enquanto cidadãos: a segurança. A Dama Justiça há de tremer de indignação se espiar por baixo daquela venda: leis descumpridas com a maior naturalidade, presos amontoados feito lixo humano, presos gozando de benesses e em condições de tramar crimes a ser cometidos lá fora, indultos e saídas em Dia das Mães, Natal e outros – boa parte desses que saem vai cometer novos crimes, pois é o que sabem fazer. A prisão, que deveria lhes dar disciplina, profissão e esperança, é um doutorado no crime.
Acusa-se pela criminalidade juvenil a família, que às vezes é apenas outra vítima, ou "a sociedade", conceito vago que nos isenta de uma ação enérgica. Pululam projetos inconsistentes, vicejam teorias, cultivam-se vaguidões, vende-se a alma por um pouco mais de prestígio, pois nossa política virou um mercado persa de cargos, favores e poderes, e a frouxa postura nos parece normal (consideramos "normal" até mesmo o pior). Sem linha clara de pensamento, conduta coerente e coragem, nada vai melhorar. Alguns governantes heróicos vão à luta e procuram mudar a situação, mas – surpresa, surpresa – são criticados. Se não abrirem o olho, vão para um metafórico paredão neste triste país do Big Brother.
Tirem de cena os projetos jamais votados, as teorias abstrusas e os políticos interesseiros, recusem continuar na hipocrisia e botem no centro desse palco o chamado povo brasileiro: eu, tu, nós, vós, eles – os que tentamos miseravelmente sobreviver nesta selva.
A omissão pode ser tão fatal quanto o crime: sem atitudes firmes, continuaremos peças na engrenagem dessa fábrica de jovens Frankensteins, que, muitas vezes não tendo nem força para empunhar uma arma, vão nos brutalizar na primeira esquina.
"A omissão pode ser tão fatal quanto o crime. Sem atitudes firmes, continuaremos peças na engrenagem dessa fábrica de jovens Frankensteins, que vão nos brutalizar na primeira esquina"
Filha de fundador, professor e diretor de uma faculdade de direito, cedo percebi que a Senhora Justiça, se vendada para ser imparcial, por vendada nem sempre enxerga bem. Talvez ela nem queira ver em que sociedade doente estamos nos transformando. Um dos sintomas é o número crescente de crimes juvenis. Colabora para isso um Estado ausente ou trapalhão, que vira o rosto diante das multidões de crianças pedintes em nossas esquinas, onde boa parte da tragédia começa.
Enquanto se noticia que nos Estados Unidos uma fêmea de gorila salva um menino de 3 anos que caiu na jaula, aqui uma turma de adolescentes praticamente esquarteja uma criança de 6 anos, arrastando-a de carro como não fariam com um cachorro vadio. Segundo a polícia, ao ser presos portaram-se com indiferença, talvez seguros de uma punição mínima para tão horrendo crime. É preciso aproveitar a alavanca da nossa revolta para reivindicar (apesar de tudo, sejamos otimistas) providências imediatas. Não há tempo para teorizar mais. Reunir-se em solidariedade com familiares de vítimas é bonito, mas, sinto muito, não basta. Temos de juntar mais e mais gente de todas as classes para exigir uma Justiça realista, aplicação do que já existe de eficaz, prisões humanas, porém rigorosas, e leis severíssimas, também para os ditos menores.
Entre essas mudanças, sou totalmente a favor da redução da idade em que o jovem é considerado consciente de seus atos. Drogados ou lúcidos, os meninos começam a roubar e matar, às vezes com requintes de crueldade, aos 12 anos, pouco mais, pouco menos. Se apanhados, nem todos poderão ser reintegrados à sociedade. Voltarão para cometer novos crimes. Quando em outros países a idade mínima é de 14 anos, 12 anos e até menos, aqui aos 16 podemos mudar o país através do voto, mas se estupramos, matamos, roubamos antes dos 18 pegamos uma leve – e breve – pena em uma instituição que (com raras exceções) reeduca os passíveis de melhoria e deixa os psicopatas mais loucos.
Uma política séria e atuante, que buscasse o bem do povo, já teria reformulado leis desatualizadas e aplicaria com rigor as existentes. Não é o que vemos. Dirão: "Não há recursos". Pois é. O dinheiro roubado do povo no mensalão, nas sanguessugas, nos valeriodutos (esses termos começam a ser politicamente incorretos, por isso os devemos usar) daria para criar várias instituições adequadas para punir, reeducar, preparar para uma vida positiva e reintegrar criminosos à comunidade, mantendo presos pelo resto da vida os mais graves e incorrigíveis. Prisão perpétua, sim, senhores.
Mudar regras pode não resolver os problemas, trágicos e vastos, da violência. Mas há de nos conferir alguma esperança. Todos partilhamos da responsabilidade de escolher os líderes que nos conduzem (ou nos confundem) também nesse aspecto de nossa vida enquanto cidadãos: a segurança. A Dama Justiça há de tremer de indignação se espiar por baixo daquela venda: leis descumpridas com a maior naturalidade, presos amontoados feito lixo humano, presos gozando de benesses e em condições de tramar crimes a ser cometidos lá fora, indultos e saídas em Dia das Mães, Natal e outros – boa parte desses que saem vai cometer novos crimes, pois é o que sabem fazer. A prisão, que deveria lhes dar disciplina, profissão e esperança, é um doutorado no crime.
Acusa-se pela criminalidade juvenil a família, que às vezes é apenas outra vítima, ou "a sociedade", conceito vago que nos isenta de uma ação enérgica. Pululam projetos inconsistentes, vicejam teorias, cultivam-se vaguidões, vende-se a alma por um pouco mais de prestígio, pois nossa política virou um mercado persa de cargos, favores e poderes, e a frouxa postura nos parece normal (consideramos "normal" até mesmo o pior). Sem linha clara de pensamento, conduta coerente e coragem, nada vai melhorar. Alguns governantes heróicos vão à luta e procuram mudar a situação, mas – surpresa, surpresa – são criticados. Se não abrirem o olho, vão para um metafórico paredão neste triste país do Big Brother.
Tirem de cena os projetos jamais votados, as teorias abstrusas e os políticos interesseiros, recusem continuar na hipocrisia e botem no centro desse palco o chamado povo brasileiro: eu, tu, nós, vós, eles – os que tentamos miseravelmente sobreviver nesta selva.
A omissão pode ser tão fatal quanto o crime: sem atitudes firmes, continuaremos peças na engrenagem dessa fábrica de jovens Frankensteins, que, muitas vezes não tendo nem força para empunhar uma arma, vão nos brutalizar na primeira esquina.
Livro mostra o poder dos blogs
O Globo Online
RIO - Bem mais do que inocentes diários eletrônicos, os blogs hoje representam uma mudança radical no uso da informação. Podem ser perigosos para quem não entende a velocidade e a força dos posts, mas também podem ser uma alavanca de sucesso para quem souber tirar proveito deles.
Em "Blog - Entenda a revolução que vai mudar seu mundo", Hugh Hewitt, um influente blogueiro que possui uma coluna semanal no The Daily Standard, a edição on-line de The Weekly Standard, e no WorldNetDaily.com., mostra que empresários, políticos e executivos de marketing precisam logo ocupar espaço nesse movimento.
Hewitt vem se tornando um historiador em tempo real (como é próprio da internet) do que foi batizado como Blogosfera. De forma ativa, ele vivenciou os processos deflagrados por importantes blogs americanos que resultaram em recentes escândalos nacionais. O primeiro envolvendo o senador republicano Trent Lott e o outro, John Kerry, candidato à presidência dos Estados Unidos contra George W. Bush.
Lott teve uma declaração de apoio a antigo político racista discutida exaustivamente na internet, o que o levou a renunciar à liderança de seu partido no Senado. Já Kerry foi pego em uma mentira. Para atacar o comando militar do país, disse ter sido enviado clandestinamente ao Camboja, nos anos 1970, quando na verdade não esteve lá. O episódio comprometeu sua campanha.
Com base nos casos desses dois políticos, entre outros contados em Blog, Hewitt defende que as pessoas tenham muita atenção a essa nova mídia para não perderem espaço no mercado em pouco tempo. O escritor sustenta que os blogs são os megafones da mídia. E o que ocorreu com os políticos ocorre também com as empresas.
RIO - Bem mais do que inocentes diários eletrônicos, os blogs hoje representam uma mudança radical no uso da informação. Podem ser perigosos para quem não entende a velocidade e a força dos posts, mas também podem ser uma alavanca de sucesso para quem souber tirar proveito deles.
Em "Blog - Entenda a revolução que vai mudar seu mundo", Hugh Hewitt, um influente blogueiro que possui uma coluna semanal no The Daily Standard, a edição on-line de The Weekly Standard, e no WorldNetDaily.com., mostra que empresários, políticos e executivos de marketing precisam logo ocupar espaço nesse movimento.
Hewitt vem se tornando um historiador em tempo real (como é próprio da internet) do que foi batizado como Blogosfera. De forma ativa, ele vivenciou os processos deflagrados por importantes blogs americanos que resultaram em recentes escândalos nacionais. O primeiro envolvendo o senador republicano Trent Lott e o outro, John Kerry, candidato à presidência dos Estados Unidos contra George W. Bush.
Lott teve uma declaração de apoio a antigo político racista discutida exaustivamente na internet, o que o levou a renunciar à liderança de seu partido no Senado. Já Kerry foi pego em uma mentira. Para atacar o comando militar do país, disse ter sido enviado clandestinamente ao Camboja, nos anos 1970, quando na verdade não esteve lá. O episódio comprometeu sua campanha.
Com base nos casos desses dois políticos, entre outros contados em Blog, Hewitt defende que as pessoas tenham muita atenção a essa nova mídia para não perderem espaço no mercado em pouco tempo. O escritor sustenta que os blogs são os megafones da mídia. E o que ocorreu com os políticos ocorre também com as empresas.
Americanos usam blogs para controlar dívidas
Agência EFE
NOVA YORK - Nos Estados Unidos, os consumidores encontraram no fenômeno dos blogs uma boa solução para controlar dívidas e evitar que os cartões de crédito destruam o orçamento familiar. Há alguns meses, surgiram centenas de diários digitais onde são narradas as penúrias econômicas de inúmeros cidadãos. Os sites também oferecem ajuda e planejamento financeiro a quem precisar.
NOVA YORK - Nos Estados Unidos, os consumidores encontraram no fenômeno dos blogs uma boa solução para controlar dívidas e evitar que os cartões de crédito destruam o orçamento familiar. Há alguns meses, surgiram centenas de diários digitais onde são narradas as penúrias econômicas de inúmeros cidadãos. Os sites também oferecem ajuda e planejamento financeiro a quem precisar.
IA SER DRÁSTICO, MAS IA SER LEGAL
Diogo Mainardi
"Trinta por cento da cocaína que passa pelo Brasil vem da Bolívia. Nós acabamos de dar um monte de dinheiro aos bolivianos: 100 milhões de dólares ao ano. O que Lula acha de exigir uma contrapartida de Evo Morales, condicionando a esmola da Petrobras à luta contra os produtores de droga?"
Luana Piovani foi ao Sambódromo. Festejou a noite toda. Depois declarou que se sentia quase culpada por estar se divertindo em meio às notícias sobre o assassinato do menino carioca. Ela até comentou minha coluna da semana passada, em que eu pedia o cancelamento do Carnaval:
– Ia ser drástico, mas ia ser legal.
Nizan Guanaes mandou espalhar cartazes pelo Rio de Janeiro. Os cartazes dizem: "Um garoto de 6 anos foi arrastado cruelmente por 7 km. E aí... Nós não vamos fazer nada?" O publicitário esclareceu o sentido de sua campanha. Para ele, só há uma maneira de acabar com a criminalidade:
– É a sociedade que tem que resolver isso.
Luana Piovani está errada. Nizan Guanaes está errado. Quem tem de se sentir culpado pelo assassinato do menino carioca é o Estado. Quem tem de fazer algo contra a criminalidade é o Estado. Por mais que Luana Piovani e Nizan Guanaes esperneiem, por mais que Kelly Key chore, por mais que a sociedade se mobilize, o Estado continuará a tolerar os criminosos.
Lula sempre foi claro quanto a isso. Em 2003, durante uma onda de atentados do crime organizado, ele afirmou que, em vez de subir os morros à procura dos bandidos, a polícia deveria vasculhar as coberturas das grandes cidades, onde estariam escondidos, segundo ele, "os verdadeiros culpados".
Na época, notei que o próprio Lula era dono de uma cobertura, adquirida de maneira nebulosa alguns anos antes. Para quem se interessar pelo assunto, recomendo as reportagens de Luiz Maklouf Carvalho que tratam dos negócios de Roberto Teixeira com o presidente e com as prefeituras do PT. Mas o fato é outro. O fato é que, para Lula, o pobre que rouba um Corsa nunca poderá ser plenamente responsabilizado por seu crime. O culpado – o verdadeiro culpado – é o proprietário do Corsa.
Os criminosos têm de ser enfrentados com mais policiamento, com mais armas, com mais cadeias, com penas mais duras, com mais tecnologia. O resto é lulice. Quem atribui à sociedade um papel na luta contra o crime só está acobertando o poder público. E o poder público já escolheu seu lado. É o lado de lá. É o lado do inimigo. O que aconteceu nas últimas semanas, desde que o menino carioca foi morto? Os prefeitos se mexeram? Os governadores se mexeram? O presidente se mexeu? Ninguém se mexeu.
Lula já deu seu palpite sobre a maioridade penal. Eu quero saber o que ele pensa a respeito de algo mais prático, mais elementar, como o uso de tornozeleiras eletrônicas. É bom? É ruim? Outro exemplo: 30% da cocaína que passa pelo Brasil vem da Bolívia. Nós acabamos de dar um monte de dinheiro aos bolivianos: 100 milhões de dólares ao ano. O que Lula acha de exigir uma contrapartida de Evo Morales, condicionando a esmola da Petrobras à luta contra os produtores de droga?
Ia ser drástico, mas ia ser legal.
"Trinta por cento da cocaína que passa pelo Brasil vem da Bolívia. Nós acabamos de dar um monte de dinheiro aos bolivianos: 100 milhões de dólares ao ano. O que Lula acha de exigir uma contrapartida de Evo Morales, condicionando a esmola da Petrobras à luta contra os produtores de droga?"
Luana Piovani foi ao Sambódromo. Festejou a noite toda. Depois declarou que se sentia quase culpada por estar se divertindo em meio às notícias sobre o assassinato do menino carioca. Ela até comentou minha coluna da semana passada, em que eu pedia o cancelamento do Carnaval:
– Ia ser drástico, mas ia ser legal.
Nizan Guanaes mandou espalhar cartazes pelo Rio de Janeiro. Os cartazes dizem: "Um garoto de 6 anos foi arrastado cruelmente por 7 km. E aí... Nós não vamos fazer nada?" O publicitário esclareceu o sentido de sua campanha. Para ele, só há uma maneira de acabar com a criminalidade:
– É a sociedade que tem que resolver isso.
Luana Piovani está errada. Nizan Guanaes está errado. Quem tem de se sentir culpado pelo assassinato do menino carioca é o Estado. Quem tem de fazer algo contra a criminalidade é o Estado. Por mais que Luana Piovani e Nizan Guanaes esperneiem, por mais que Kelly Key chore, por mais que a sociedade se mobilize, o Estado continuará a tolerar os criminosos.
Lula sempre foi claro quanto a isso. Em 2003, durante uma onda de atentados do crime organizado, ele afirmou que, em vez de subir os morros à procura dos bandidos, a polícia deveria vasculhar as coberturas das grandes cidades, onde estariam escondidos, segundo ele, "os verdadeiros culpados".
Na época, notei que o próprio Lula era dono de uma cobertura, adquirida de maneira nebulosa alguns anos antes. Para quem se interessar pelo assunto, recomendo as reportagens de Luiz Maklouf Carvalho que tratam dos negócios de Roberto Teixeira com o presidente e com as prefeituras do PT. Mas o fato é outro. O fato é que, para Lula, o pobre que rouba um Corsa nunca poderá ser plenamente responsabilizado por seu crime. O culpado – o verdadeiro culpado – é o proprietário do Corsa.
Os criminosos têm de ser enfrentados com mais policiamento, com mais armas, com mais cadeias, com penas mais duras, com mais tecnologia. O resto é lulice. Quem atribui à sociedade um papel na luta contra o crime só está acobertando o poder público. E o poder público já escolheu seu lado. É o lado de lá. É o lado do inimigo. O que aconteceu nas últimas semanas, desde que o menino carioca foi morto? Os prefeitos se mexeram? Os governadores se mexeram? O presidente se mexeu? Ninguém se mexeu.
Lula já deu seu palpite sobre a maioridade penal. Eu quero saber o que ele pensa a respeito de algo mais prático, mais elementar, como o uso de tornozeleiras eletrônicas. É bom? É ruim? Outro exemplo: 30% da cocaína que passa pelo Brasil vem da Bolívia. Nós acabamos de dar um monte de dinheiro aos bolivianos: 100 milhões de dólares ao ano. O que Lula acha de exigir uma contrapartida de Evo Morales, condicionando a esmola da Petrobras à luta contra os produtores de droga?
Ia ser drástico, mas ia ser legal.
23 fevereiro 2007
ENERGIA NÃO PODE SER CORTADA PARA FORÇAR PAGAMENTO
Concessionária de energia elétrica não pode interromper serviço de fornecimento para receber diferença de valor cobrado de consumidor. O entendimento é da 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. A Turma negou recurso da Light Serviços de Eletricidade.
A Ligth comprovou que houve irregularidades na medição do fornecimento, mas não conseguiu demonstrar a existência de fraude no equipamento. Segundo a concessionária, a fraude gerou uma diferença de 33% entre o que foi efetivamente utilizado pelo consumidor e o que ficou registrado no medidor irregular.
Como o consumidor vem pagando as faturas mensais regularmente, a Justiça fluminense entendeu que o corte de energia elétrica seria uma forma de coação para forçar o pagamento da diferença apontada, procedimento inadmissível no sistema jurídico.
No recurso ajuizado no STJ, a concessionária sustentou que a falta de pagamento dos valores relativos a diferenças apuradas ante a constatação de irregularidades no medidor permite o corte no fornecimento da energia elétrica. A 2ª Turma não acolheu os argumentos.
O relator, ministro Herman Benjamin, considerou que a concessionária queria usar o corte de energia para forçar o consumidor a reconhecer as condições técnicas que ela concluiu unilateralmente.
A Ligth comprovou que houve irregularidades na medição do fornecimento, mas não conseguiu demonstrar a existência de fraude no equipamento. Segundo a concessionária, a fraude gerou uma diferença de 33% entre o que foi efetivamente utilizado pelo consumidor e o que ficou registrado no medidor irregular.
Como o consumidor vem pagando as faturas mensais regularmente, a Justiça fluminense entendeu que o corte de energia elétrica seria uma forma de coação para forçar o pagamento da diferença apontada, procedimento inadmissível no sistema jurídico.
No recurso ajuizado no STJ, a concessionária sustentou que a falta de pagamento dos valores relativos a diferenças apuradas ante a constatação de irregularidades no medidor permite o corte no fornecimento da energia elétrica. A 2ª Turma não acolheu os argumentos.
O relator, ministro Herman Benjamin, considerou que a concessionária queria usar o corte de energia para forçar o consumidor a reconhecer as condições técnicas que ela concluiu unilateralmente.
21 fevereiro 2007
Ministério dá prazo curto para projetos
Prefeituras e Estados têm prazo até o dia 5 de março para entregar projetos atualizados de saneamento, para ter acesso a um crédito de mais de R$ 3 bilhões do governo federal. Os projetos serão os primeiros da área incluídos sob o guarda-chuva do PAC.
Ao todo, o Ministério das Cidades selecionou 349 empreendimentos, cujo detalhamento deverá ser entregue em 12 dias. Especialistas acham apertado o prazo.
- Muitas prefeituras sequer têm corpo técnico para atualizar o projeto. Por isso, esse prazo de 30 dias é muito curto e, para não perder o crédito, é possível que muita gente entregue projetos inconsistentes, que podem significar desperdício de tempo e dinheiro no futuro - alerta o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Engenharia Consultiva (Sinaenco), José Roberto Bernasconi.
Os projetos aprovados pelo Ministério das Cidades estavam na gaveta há meses, alguns há anos.
- Há casos em que você previa construções em áreas que foram invadidas e, por isso, é necessário mudar tudo - reforça.
Os projetos contemplam obras para abastecimento de água, rede de esgoto e manejo de águas pluviais. No Rio de Janeiro, há apenas um projeto de esgoto, de R$ 11 milhões, na Pedra de Guaratiba, em Sepetiba.
Ao todo, o Ministério das Cidades selecionou 349 empreendimentos, cujo detalhamento deverá ser entregue em 12 dias. Especialistas acham apertado o prazo.
- Muitas prefeituras sequer têm corpo técnico para atualizar o projeto. Por isso, esse prazo de 30 dias é muito curto e, para não perder o crédito, é possível que muita gente entregue projetos inconsistentes, que podem significar desperdício de tempo e dinheiro no futuro - alerta o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Engenharia Consultiva (Sinaenco), José Roberto Bernasconi.
Os projetos aprovados pelo Ministério das Cidades estavam na gaveta há meses, alguns há anos.
- Há casos em que você previa construções em áreas que foram invadidas e, por isso, é necessário mudar tudo - reforça.
Os projetos contemplam obras para abastecimento de água, rede de esgoto e manejo de águas pluviais. No Rio de Janeiro, há apenas um projeto de esgoto, de R$ 11 milhões, na Pedra de Guaratiba, em Sepetiba.
A química do bom humor
Viver bem
Todo mundo sabe da importância do bom humor na vida das pessoas. Muitos até consideram o bom humor o melhor antídoto para a grande maioria dos males que afligem a humanidade. Enumerar as coisas que nos tiram do sério seria cansativo. O melhor é falar do que nos leva a ficar de bem com a vida. E uma dessas coisas é o comer bem.
Por que o ato de comer desperta um prazer tão grande? E por que os gordinhos sempre nos parece mais bem-humorados e felizes? Será por que eles não se amarguram com dietas que mais parecem uma camisa-de-força e que muitas vezes acabam por desestabilizar o equilíbrio orgânico? São indagações que merecem uma apreciação mais apurada dos profissionais da medicina.
O fato é que da mesma forma que o motor de um carro, o desempenho do cérebro depende da qualidade do combustível que você consome. Em outras palavras, a química dos alimentos é capaz de modificar a produção dos neurotransmissores, substâncias usadas pelo cérebro para transmitir impulsos nervosos, repercutindo no seu estado de humor. É o que diz o médico Alessandro Loiola, membro da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde.
Se o desânimo e o mau humor estão ameaçando sua segunda-feira, o médico recomenda que, para temperar sua alegria durante o dia, não se passe mais do que quatro horas em jejum e se procure ingerir uma alimentação balanceada que contenha substâncias que regulem a qualidade de sono e, conseqüentemente, resulte na melhora do humor.
Aí vão algumas dicas de alimentação, segundo Alessandro Loiola, que contribuem para esse bem-estar geral do organismo. Alimentos ricos em ácidos graxos tipo Ômega 3, como salmão, atum e sardinha, combatem a depressão, o mau humor e a impulsividade. A lecitina, presente na soja e nos ovos, também é essencial para o funcionamento cerebral, sua carência afeta não apenas o humor, mas também a memória e a concentração.
A banana é outra boa opção para lanches rápido, pois são ricas em potássio, glicose e frutose, substâncias envolvidas na manutenção do bom humor. O alho, por exemplo, é uma das principais fontes de selênio, sal mineral diretamente envolvido no estímulo dos centros cerebrais da alegria. Outras fontes de selênio são cogumelos, brócolis, aveia, germe de trigo e castanha-do-pará.
Finalmente, o Loiola classifica como o ingrediente mais essencial de todos, aquilo sem o que seu humor vai desaparecer: a água. Além de ser responsável por mais de 80% do peso do cérebro e por estimular a eliminação de toxinas pelos rins, a água é uma das poucas coisas que o ser humano ingere sem ter qualquer tipo de trabalho na sua preparação. Ele recomenda a ingestão de pelo menos 8 copos de água por dia, que pode ser alternado com suco. Quando for beber um copo d’água, como quem não quer nada, aproveite para pegar um extra para algum colega mau humorado. Deixe essas sugestões perto do seu irritado favorito e preste um serviço à comunidade.
Todo mundo sabe da importância do bom humor na vida das pessoas. Muitos até consideram o bom humor o melhor antídoto para a grande maioria dos males que afligem a humanidade. Enumerar as coisas que nos tiram do sério seria cansativo. O melhor é falar do que nos leva a ficar de bem com a vida. E uma dessas coisas é o comer bem.
Por que o ato de comer desperta um prazer tão grande? E por que os gordinhos sempre nos parece mais bem-humorados e felizes? Será por que eles não se amarguram com dietas que mais parecem uma camisa-de-força e que muitas vezes acabam por desestabilizar o equilíbrio orgânico? São indagações que merecem uma apreciação mais apurada dos profissionais da medicina.
O fato é que da mesma forma que o motor de um carro, o desempenho do cérebro depende da qualidade do combustível que você consome. Em outras palavras, a química dos alimentos é capaz de modificar a produção dos neurotransmissores, substâncias usadas pelo cérebro para transmitir impulsos nervosos, repercutindo no seu estado de humor. É o que diz o médico Alessandro Loiola, membro da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde.
Se o desânimo e o mau humor estão ameaçando sua segunda-feira, o médico recomenda que, para temperar sua alegria durante o dia, não se passe mais do que quatro horas em jejum e se procure ingerir uma alimentação balanceada que contenha substâncias que regulem a qualidade de sono e, conseqüentemente, resulte na melhora do humor.
Aí vão algumas dicas de alimentação, segundo Alessandro Loiola, que contribuem para esse bem-estar geral do organismo. Alimentos ricos em ácidos graxos tipo Ômega 3, como salmão, atum e sardinha, combatem a depressão, o mau humor e a impulsividade. A lecitina, presente na soja e nos ovos, também é essencial para o funcionamento cerebral, sua carência afeta não apenas o humor, mas também a memória e a concentração.
A banana é outra boa opção para lanches rápido, pois são ricas em potássio, glicose e frutose, substâncias envolvidas na manutenção do bom humor. O alho, por exemplo, é uma das principais fontes de selênio, sal mineral diretamente envolvido no estímulo dos centros cerebrais da alegria. Outras fontes de selênio são cogumelos, brócolis, aveia, germe de trigo e castanha-do-pará.
Finalmente, o Loiola classifica como o ingrediente mais essencial de todos, aquilo sem o que seu humor vai desaparecer: a água. Além de ser responsável por mais de 80% do peso do cérebro e por estimular a eliminação de toxinas pelos rins, a água é uma das poucas coisas que o ser humano ingere sem ter qualquer tipo de trabalho na sua preparação. Ele recomenda a ingestão de pelo menos 8 copos de água por dia, que pode ser alternado com suco. Quando for beber um copo d’água, como quem não quer nada, aproveite para pegar um extra para algum colega mau humorado. Deixe essas sugestões perto do seu irritado favorito e preste um serviço à comunidade.
18 fevereiro 2007
CORTE NO ORÇAMENTO
O corte no Orçamento e a maldição dos petistas: sempre que pensam, produzem massa negativa
Reinaldo Azevedo
Vejam no Estadão On Line os dados sobre o corte no Orçamento. Volto em seguida.
Fabio Graner e Renata Veríssimo:
O Ministério do Planejamento anunciou corte de R$ 16,4 bilhões nas despesas previstas na lei orçamentária de 2007 aprovada pelo Congresso. Houve redução das despesas sociais, tanto de custeio quanto de investimento. O gasto ficou em R$ 57,376 bilhões, ante R$ 65,069 bilhões previstos na lei orçamentária. Na área de infra-estrutura, também houve queda nas despesas, que ficaram em R$ 13,443 bilhões, ante R$ 19,420 bilhões previstos no Orçamento.
O documento informa que a meta de superávit primário ficou em R$ 53 bilhões (2,35% do PIB), ante R$ 55,4 bilhões (2,45% do PIB) previstos na lei orçamentária aprovada pelos parlamentares. A meta não considera gastos que serão feitos no Projeto Piloto de Investimentos (PPI), cuja previsão é de R$ 11,3 bilhões, o equivalente a 0,50% do PIB.
O decreto de programação orçamentária também prevê um crescimento real do PIB de 4,5%, porcentual inferior aos 4,75% previstos na lei orçamentária aprovada pelo Congresso. Para 2007, o Orçamento da União prevê uma receita de R$ 615,9 bilhões, mas o governo só deve contar de fato com R$ 600 bilhões.
Voltei.
Só para deixar claras algumas coisas. O superávit primário de que se fala acima é aquele do governo central — Tesouro, INSS e Banco Central. Daí os 2,35% do PIB. Para chegar aos pretendidos 4,25%, conta-se com os superávits das estatais, Estados e Municípios. O que o governo pode dizer a seu favor? "Fizemos corte no Orçamento, mas preservamos o núcleo do PAC, o tal Projeto Piloto de Investimentos (PPI), previsto em R$ 11,3 bilhões — ou 0,5% do PIB." A realidade, se vista assim, em fatias, parece fazer algum sentido. O problema está no conjunto.Dias desses, Lula afirmou que o PAC, entre dinheiro público e privado, pode chegar a R$ 1 trilhão em quatro anos. Como sempre acontece, Didi Mocó não disse como essa conta fecha, já que, nos R$ 503,9 bilhões inicialmente anunciados do PAC, estavam previstos os investimentos privados. É na hora de definir o Orçamento que se entra em contato com a realidade dos números. E, convenha-se, ainda assim, eles estão nas nuvens. Serão contingenciados, como sempre acontece.
A coerência macro do plano é tal, que a Lei Orçamentária, anterior ao esforço concentrado do PAC, previa um crescimento de 4,75%. Aí Lula juntou todos os seus gênios e pediu um esforço concentrado em favor do crescimento. Pensaram, pensaram, pensaram. E fizeram um plano para crescer 4,5%!!! Petista é assim: sempre que pensa, produz massa negativa. É só pôr os rapazes para pensar um pouco mais, e eles logo chegarão a alguma coisa entre 3% e 3,5%, que é o que teríamos mesmo sem o PACtóide.
Lula é o caminho mais longo entre dois pontos.
LULA: SEMPRE SINDICALISTA
Reinaldo Azevedo:
Mais sindicalista do que presidente. Está tudo dito
“Eu não esqueço que somos chefes de Estado de países soberanos, que precisamos agir como chefes de Estado, cada um em defesa de seu país; mas, antes de ser presidente da República, tu, na Bolívia, e eu, aqui no Brasil, nós éramos companheiros no movimento sindical, e não podemos permitir que essa nossa primeira relação seja diminuída porque hoje somos presidentes".
É Lula ao anunciar o aumento de 250% no preço do gás boliviano que abastece a usina termelétrica de Cuiabá. Lula não poderia ser mais claro. A sua condição de sindicalista é, a seu juízo, maior e mais importante do que a de presidente da República.
Mais sindicalista do que presidente. Está tudo dito
“Eu não esqueço que somos chefes de Estado de países soberanos, que precisamos agir como chefes de Estado, cada um em defesa de seu país; mas, antes de ser presidente da República, tu, na Bolívia, e eu, aqui no Brasil, nós éramos companheiros no movimento sindical, e não podemos permitir que essa nossa primeira relação seja diminuída porque hoje somos presidentes".
É Lula ao anunciar o aumento de 250% no preço do gás boliviano que abastece a usina termelétrica de Cuiabá. Lula não poderia ser mais claro. A sua condição de sindicalista é, a seu juízo, maior e mais importante do que a de presidente da República.
LULA É UM MENOR DE 60 ANOS: INIMPUTÁVEL
Reinaldo Azevedo
Lula voltou a falar sobre crimes e a maioridade penal. Leiam:“Eles são, na verdade, um resultado de um momento longo de quase 25 anos em que o estado brasileiro não cumpriu com as suas funções para com uma grande parte do seu povo. Então, eu fico me perguntando, se seria justo punir apenas quem cometeu as barbaridades e se esquecer de fazer a punição a quem é o culpado por esse jovem ter chegado a essa situação. E eu fico imaginando que se a gente aceitar a diminuição da idade para puni-los para 16 anos, amanhã estarão pedindo para 15, depois pra nove, depois pra dez. Quem sabe algum dia queiram punir até o feto”.Os 25 anos, é claro, não devem compreender os quatro em que ele é presidente da República. Aí está a síntese do pior pensamento, do mais vulgar, do mais vagabundo, do mais desonesto que pode haver do ponto de vista intelectual. Já informei aqui qual é a idade para punir criminosos em outros países. O Brasil é um dos poucos que definem a idade de 18 anos. Na maioria das nações civilizadas, é menos. Até na Cuba amada dos petistas, onde vigora a selvageria socialista tão apreciada pelas esquerdas, a idade é 16.Sim, a questão da maioridade, sozinha, não resolve nada. No caso, ela só revela um entendimento vesgo, perturbado, da questão. Reparem que o “jovem” de Lula não é responsável por nada. Ele é só um produto passivo das circunstâncias. Ele matou, sim, mas também é uma vítima. É a cantilena de sempre da esquerda. Ora, se é assim, nem se mexe na maioridade nem se mexe em coisa nenhuma. Ou se resolve, antes, o problema da desigualdade, ou toda intervenção será sempre uma injustiça. Reparem que punição, para Lula, seria impor pena ao agressor. Ele não enxerga o “outro” na ação do bandido: a vítima.Eu compreendo por que Lula não quer mexer nesse assunto. Ele também é um menor de idade. O processo político o trata como um inimputável. Por isso ele disse aquela barbaridade ontem, na solenidade com aquele falso índio boliviano, e tudo ficou por isso mesmo. “Aquilo o quê?” Lula lembrou que ele e Evo Morales já foram sindicalistas. E, segundo disse, o fato de os dois serem presidentes não pode estragar essa relação maior. O processo político que não reage a uma declaração dessa qualidade está semi-morto.Lula tem, se não me engano, 60 anos. Esse é o novo limite da inimputabilidade no Brasil. No ano que vem, a gente eleva para 61...
Lula voltou a falar sobre crimes e a maioridade penal. Leiam:“Eles são, na verdade, um resultado de um momento longo de quase 25 anos em que o estado brasileiro não cumpriu com as suas funções para com uma grande parte do seu povo. Então, eu fico me perguntando, se seria justo punir apenas quem cometeu as barbaridades e se esquecer de fazer a punição a quem é o culpado por esse jovem ter chegado a essa situação. E eu fico imaginando que se a gente aceitar a diminuição da idade para puni-los para 16 anos, amanhã estarão pedindo para 15, depois pra nove, depois pra dez. Quem sabe algum dia queiram punir até o feto”.Os 25 anos, é claro, não devem compreender os quatro em que ele é presidente da República. Aí está a síntese do pior pensamento, do mais vulgar, do mais vagabundo, do mais desonesto que pode haver do ponto de vista intelectual. Já informei aqui qual é a idade para punir criminosos em outros países. O Brasil é um dos poucos que definem a idade de 18 anos. Na maioria das nações civilizadas, é menos. Até na Cuba amada dos petistas, onde vigora a selvageria socialista tão apreciada pelas esquerdas, a idade é 16.Sim, a questão da maioridade, sozinha, não resolve nada. No caso, ela só revela um entendimento vesgo, perturbado, da questão. Reparem que o “jovem” de Lula não é responsável por nada. Ele é só um produto passivo das circunstâncias. Ele matou, sim, mas também é uma vítima. É a cantilena de sempre da esquerda. Ora, se é assim, nem se mexe na maioridade nem se mexe em coisa nenhuma. Ou se resolve, antes, o problema da desigualdade, ou toda intervenção será sempre uma injustiça. Reparem que punição, para Lula, seria impor pena ao agressor. Ele não enxerga o “outro” na ação do bandido: a vítima.Eu compreendo por que Lula não quer mexer nesse assunto. Ele também é um menor de idade. O processo político o trata como um inimputável. Por isso ele disse aquela barbaridade ontem, na solenidade com aquele falso índio boliviano, e tudo ficou por isso mesmo. “Aquilo o quê?” Lula lembrou que ele e Evo Morales já foram sindicalistas. E, segundo disse, o fato de os dois serem presidentes não pode estragar essa relação maior. O processo político que não reage a uma declaração dessa qualidade está semi-morto.Lula tem, se não me engano, 60 anos. Esse é o novo limite da inimputabilidade no Brasil. No ano que vem, a gente eleva para 61...
UMAS E OUTRAS
De Lauro Jardim:
Lula, aguardente e mulatas
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, levou o presidente mundial do Grupo Thyssen, Ekkehard Schulz, a Brasília para uma audiência com Lula. A empresa está investindo 3,6 bilhões de dólares para construir no distrito industrial de Santa Cruz, sua maior siderúrgica fora da Alemanha. Lula quis saber quando seria o início das obras. Julho, disseram-lhe. O presidente sorriu e apontou para o empresário alemão. "Então, você leva as salsichas. Eu, a aguardente. E você, Sérgio, mulatas. Vamos fazer uma festa daquelas!"
Coisa da Globo?
Nos gabinetes importantes do Palácio do Planalto, a discussão sobre a redução da maioridade penal tem sido tratada como "coisa da TV Globo". Ou seja, segundo essa visão a Globo é que estaria fomentando esse debate.
Recursos para TV digital
Será de 1 bilhão de reais a linha de financiamento que a diretoria do BNDES aprovou para o Programa de Apoio à Implementação do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Protvd). As empresas de radiodifusão poderão agora financiar, a juros reduzidos, compra de equipamentos para TV digital, construir novos prédios para estúdios ou mesmo produzir filmes, documentários e até mesmo novelas. O programa terá vigência até dezembro de 2013.
Vem aí a TV MPB
O Brasil pode ganhar em breve um canal musical, totalmente dedicado à MPB. O projeto, orçado em 7,5 milhões de reais, foi um dos três pré-selecionados pelo BNDES durante a 1ª Feira Música Brasil, em Recife. Apenas 12 grupos apresentaram projetos de financiamento durante o evento. Além da TV MPB, o banco selecionou um pedido de 2 milhões de reais da ST2, empresa especializada em música infantil e um de 2,5 milhões de reais dos estúdios Visom Digital para um projeto de gravação de CDs de música erudita.
Cargos para Clodovil
Para quem chegou a Brasília meio sem saber o que fazer, o deputado Clodovil surpreendeu seus pares pelo apetite. Informou à liderança do nanico PTC que quer pelo menos uma vaga de titular e uma suplência em comissões. Mesmo sem ter qualquer projeto em mente, Clodovil quer ser titular da Comissão de Seguridade Social e suplente da Comissão de Educação ou de Ciência e Tecnologia. Tudo a ver.
DIPLOMACIA
Nos banheiros do Itamaraty 1
Vem mais chumbo grosso contra a política externa do Governo Lula - e, novamente, lançado por um quadro do Itamaraty. O embaixador aposentado Guilherme Leite Ribeiro lança em maio O Bife de Zinco - Nos bastidores da diplomacia, em que critiva a politização do Itamaraty e questiona os critérios para as promoções. O livro será lançado pela Nova Fronteira e traça um panorama dos últimos 40 anos da diplomacia brasileira, a partir das memórias do diplomata.
Nos banheiros do Itamaraty 2
Eis alguns trechos do livro de Leite Ribeiro:
1)"Em tempos petistas, o patrulhamento ideológico é flagrante e estrelinhas no coração e na lapela contam pontos."
2)"Os candidatos a uma posição de chefia na Secretaria de Estado e, sobretudo, à promoção tremem na base e só faltam tirar os sapatos para entrar na sala..." do secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães.
3)"As críticas à política externa da nossa troica - Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia e Samuel - são para conversa exclusiva em banheiros... Ai de quem ousar discordar!".
17 fevereiro 2007
BASTA PUNIR. SÓ PUNIR
André Petry
"O que funciona é a certeza da punição.Portanto, ninguém precisa levantara bandeira da pena de morte, da cadeiraelétrica, da prisão perpétua. Issoé coisa do botãozinho mental"
Em alguns círculos da sociedade brasileira, nos quais se inclui uma penca de parlamentares, deve existir um botãozinho mental que é acionado sempre que acontece um crime bárbaro – é o botãozinho mental do aumento de pena. Um assassinato comove o país? O botãozinho mental defende uma lei prevendo pena maior para os assassinos. Um seqüestro provoca indignação geral? O botãozinho mental quer pena maior para seqüestradores. É sempre assim. Um menor participou do assassinato brutal do menino João Hélio? O botãozinho mental comparece defendendo pena maior para o menor. Agora, a Câmara aprovou um projeto em resposta ao assassinato de João Hélio: dobra a pena para quem alicia menores de 18 anos para suas atividades criminosas. Anotem aí: a medida pode ter o mérito de dar uma satisfação à sociedade, uma resposta à indignação coletiva, mas não vai resolver coisa nenhuma.
O dado intrigante é que todo mundo sabe – os especialistas já disseram isso dezenas, centenas, inúmeras vezes – que aumento da pena não reduz a criminalidade, não dissuade o criminoso. O Brasil já produziu exemplos claros desse ilusionismo. Diante do aumento de crimes como seqüestro ou estupro, veio a lei dos crimes hediondos, talvez a nossa mais vistosa jabuticaba jurídica. O objetivo tinha o equívoco de sempre: reduzir os crimes hediondos ao prever punição mais rigorosa. Não adiantou nada. Em 1990, cresciam os seqüestros no Rio de Janeiro – chegaram a trinta naquele ano –, e então seqüestro virou crime hediondo. Dois anos depois, os seqüestros no Rio haviam quadruplicado... Em 1996, houve 8.000 casos de estupro no país. Virou crime hediondo. No ano seguinte, foram 14.000...
O que funciona no combate ao crime – e os especialistas também já disseram isso inúmeras vezes – não é o tamanho da pena, mas a certeza da punição. Portanto, ninguém precisa levantar a bandeira da pena de morte, da cadeira elétrica, da prisão perpétua. Isso é coisa do botãozinho mental. O que funciona é levantar a bandeira da punição: que o criminoso seja encontrado, julgado, condenado e cumpra a pena a que for condenado. Só – ou tudo – isso. O Brasil precisa parar o carrossel da impunidade. É na vastidão da impunidade que está o veneno. E que ninguém se iluda: a impunidade no Brasil não beneficia só ricos e brancos. Acolhe também pretos e pobres, ainda que eles sejam a população que lota os presídios. A impunidade brasileira, que ninguém se iluda, é democrática.
É fácil dizer que a impunidade resulta da incompetência da polícia, da morosidade da Justiça. Isso é verdade, mas sua raiz está na falta de coesão da sociedade. Numa terra em que o estado chegou antes da nação, os botocudos clamam por punição quando os atingidos pertencem ao próprio grupo. É um fenômeno interessante do ponto de vista sociológico, ainda que seja repulsivo do ponto de vista ético. Advogados se chocam com a morte de advogados. Cariocas se chocam com a morte de cariocas. Sim, o Brasil ficou chocado com a morte de João Hélio. Isso também é verdade. Mas cadê a missa de sétimo dia na Catedral da Sé em São Paulo? Cadê a passeata nas ruas de Belo Horizonte ou Brasília? Cadê o minuto de silêncio nos estádios de Porto Alegre ou Salvador?
"O que funciona é a certeza da punição.Portanto, ninguém precisa levantara bandeira da pena de morte, da cadeiraelétrica, da prisão perpétua. Issoé coisa do botãozinho mental"
Em alguns círculos da sociedade brasileira, nos quais se inclui uma penca de parlamentares, deve existir um botãozinho mental que é acionado sempre que acontece um crime bárbaro – é o botãozinho mental do aumento de pena. Um assassinato comove o país? O botãozinho mental defende uma lei prevendo pena maior para os assassinos. Um seqüestro provoca indignação geral? O botãozinho mental quer pena maior para seqüestradores. É sempre assim. Um menor participou do assassinato brutal do menino João Hélio? O botãozinho mental comparece defendendo pena maior para o menor. Agora, a Câmara aprovou um projeto em resposta ao assassinato de João Hélio: dobra a pena para quem alicia menores de 18 anos para suas atividades criminosas. Anotem aí: a medida pode ter o mérito de dar uma satisfação à sociedade, uma resposta à indignação coletiva, mas não vai resolver coisa nenhuma.
O dado intrigante é que todo mundo sabe – os especialistas já disseram isso dezenas, centenas, inúmeras vezes – que aumento da pena não reduz a criminalidade, não dissuade o criminoso. O Brasil já produziu exemplos claros desse ilusionismo. Diante do aumento de crimes como seqüestro ou estupro, veio a lei dos crimes hediondos, talvez a nossa mais vistosa jabuticaba jurídica. O objetivo tinha o equívoco de sempre: reduzir os crimes hediondos ao prever punição mais rigorosa. Não adiantou nada. Em 1990, cresciam os seqüestros no Rio de Janeiro – chegaram a trinta naquele ano –, e então seqüestro virou crime hediondo. Dois anos depois, os seqüestros no Rio haviam quadruplicado... Em 1996, houve 8.000 casos de estupro no país. Virou crime hediondo. No ano seguinte, foram 14.000...
O que funciona no combate ao crime – e os especialistas também já disseram isso inúmeras vezes – não é o tamanho da pena, mas a certeza da punição. Portanto, ninguém precisa levantar a bandeira da pena de morte, da cadeira elétrica, da prisão perpétua. Isso é coisa do botãozinho mental. O que funciona é levantar a bandeira da punição: que o criminoso seja encontrado, julgado, condenado e cumpra a pena a que for condenado. Só – ou tudo – isso. O Brasil precisa parar o carrossel da impunidade. É na vastidão da impunidade que está o veneno. E que ninguém se iluda: a impunidade no Brasil não beneficia só ricos e brancos. Acolhe também pretos e pobres, ainda que eles sejam a população que lota os presídios. A impunidade brasileira, que ninguém se iluda, é democrática.
É fácil dizer que a impunidade resulta da incompetência da polícia, da morosidade da Justiça. Isso é verdade, mas sua raiz está na falta de coesão da sociedade. Numa terra em que o estado chegou antes da nação, os botocudos clamam por punição quando os atingidos pertencem ao próprio grupo. É um fenômeno interessante do ponto de vista sociológico, ainda que seja repulsivo do ponto de vista ético. Advogados se chocam com a morte de advogados. Cariocas se chocam com a morte de cariocas. Sim, o Brasil ficou chocado com a morte de João Hélio. Isso também é verdade. Mas cadê a missa de sétimo dia na Catedral da Sé em São Paulo? Cadê a passeata nas ruas de Belo Horizonte ou Brasília? Cadê o minuto de silêncio nos estádios de Porto Alegre ou Salvador?
E AINDA FAZEM CARNAVAL?
Diogo Mainardi
"O que é isso? Tem gente sambando na ruasdo Rio? As mesmas ruas pelas quais arrastaramaquele menino de 6 anos? A primeira medidaa ser tomada pelo poder público deveria tersido cancelar o Carnaval, decretando luto oficial"
Dum. Dum-Dum. Dum Dum-Dum Dum-Dum. O que é isso? Tem gente sambando nas ruas do Rio de Janeiro? As mesmas ruas pelas quais os assassinos arrastaram aquele menino de 6 anos? A primeira medida a ser tomada pelo poder público deveria ter sido cancelar o Carnaval, decretando luto oficial.
Lula comentou o crime:
– Isso não está no racional da humanidade e do mundo animal. Está no irracional da humanidade e do mundo animal.
Lula tem o direito de achar que seu cachorro Galego é mais racional do que qualquer um de seus ministros. Acredito que seja mesmo. O que ninguém pode aceitar é que ele transforme em chanchada uma tragédia desse tamanho. Ele degrada a morte do menino carioca com suas galhofas momescas.
Depois de discorrer sobre a origem do mal no mundo animal, como uma Hannah Arendt dos quadrúpedes, Lula recomendou que os parlamentares agissem com "cautela", com "serenidade", ignorando o clamor popular e o clima "passional" que se criou em torno do episódio. Isso significa que deputados federais e senadores podem fazer um pouco de jogo de cena agora, propondo medidas contra a criminalidade, mas, assim que a morte do menino sair do noticiário, tudo voltará a ser rigorosamente como antes. Desde que Lula foi eleito, cerca de 200.000 pessoas foram assassinadas no Brasil. Uma a mais, uma a menos, tanto faz.
Uma das propostas que Lula rejeitou foi diminuir a maioridade penal para 16 anos. Está certo. Melhor diminuí-la para 14 anos. Ou 10. Ou 7. Mas o fato é outro. Dos cinco acusados pela morte do menino carioca, só um era menor de idade. A gente precisa prender os menores de idade. A gente precisa prender também os maiores de idade. E sobretudo: impedir que eles sejam soltos.
Os criminalistas do petismo argumentam que é bobagem aumentar o tempo de cadeia dos bandidos. O que realmente conta, segundo eles, é que um criminoso tenha a certeza de que será pego. Isso é uma afronta à memória do menino assassinado. O chefe da quadrilha que cometeu o crime foi preso seis vezes nos últimos anos, e em todas elas o sistema judicial o soltou. Antes e depois que ele atingisse a maioridade. Quando ocorreu o crime, o petismo imediatamente responsabilizou a polícia. Ela merece ser responsabilizada porque tem antecedentes de roubo, achaque e morte. Mas no caso do menino assassinado a polícia fez e refez seu trabalho direitinho, oferecendo a certeza de que o criminoso seria capturado. Aplauso para a polícia. A falha foi do Código Penal, que libertou um condenado que tinha de continuar na cadeia.
A única resposta que poderíamos dar ao menino assassinado seria prender a bandidagem por mais tempo, abolindo a liberdade condicional e torpedeando o instituto da progressividade da pena, tanto para os crimes hediondos quanto para os crimes comuns. Crime é crime: todos devem ser punidos com o mesmo rigor. Se o chefe da quadrilha que roubou o carro tivesse ficado na cadeia até o fim de sua última pena, o menino ainda estaria vivo. Mas essa é uma causa perdida. O cachorro Galego é contrário. E é ele quem manda. Dum Dum-Dum Dum-Dum.
"O que é isso? Tem gente sambando na ruasdo Rio? As mesmas ruas pelas quais arrastaramaquele menino de 6 anos? A primeira medidaa ser tomada pelo poder público deveria tersido cancelar o Carnaval, decretando luto oficial"
Dum. Dum-Dum. Dum Dum-Dum Dum-Dum. O que é isso? Tem gente sambando nas ruas do Rio de Janeiro? As mesmas ruas pelas quais os assassinos arrastaram aquele menino de 6 anos? A primeira medida a ser tomada pelo poder público deveria ter sido cancelar o Carnaval, decretando luto oficial.
Lula comentou o crime:
– Isso não está no racional da humanidade e do mundo animal. Está no irracional da humanidade e do mundo animal.
Lula tem o direito de achar que seu cachorro Galego é mais racional do que qualquer um de seus ministros. Acredito que seja mesmo. O que ninguém pode aceitar é que ele transforme em chanchada uma tragédia desse tamanho. Ele degrada a morte do menino carioca com suas galhofas momescas.
Depois de discorrer sobre a origem do mal no mundo animal, como uma Hannah Arendt dos quadrúpedes, Lula recomendou que os parlamentares agissem com "cautela", com "serenidade", ignorando o clamor popular e o clima "passional" que se criou em torno do episódio. Isso significa que deputados federais e senadores podem fazer um pouco de jogo de cena agora, propondo medidas contra a criminalidade, mas, assim que a morte do menino sair do noticiário, tudo voltará a ser rigorosamente como antes. Desde que Lula foi eleito, cerca de 200.000 pessoas foram assassinadas no Brasil. Uma a mais, uma a menos, tanto faz.
Uma das propostas que Lula rejeitou foi diminuir a maioridade penal para 16 anos. Está certo. Melhor diminuí-la para 14 anos. Ou 10. Ou 7. Mas o fato é outro. Dos cinco acusados pela morte do menino carioca, só um era menor de idade. A gente precisa prender os menores de idade. A gente precisa prender também os maiores de idade. E sobretudo: impedir que eles sejam soltos.
Os criminalistas do petismo argumentam que é bobagem aumentar o tempo de cadeia dos bandidos. O que realmente conta, segundo eles, é que um criminoso tenha a certeza de que será pego. Isso é uma afronta à memória do menino assassinado. O chefe da quadrilha que cometeu o crime foi preso seis vezes nos últimos anos, e em todas elas o sistema judicial o soltou. Antes e depois que ele atingisse a maioridade. Quando ocorreu o crime, o petismo imediatamente responsabilizou a polícia. Ela merece ser responsabilizada porque tem antecedentes de roubo, achaque e morte. Mas no caso do menino assassinado a polícia fez e refez seu trabalho direitinho, oferecendo a certeza de que o criminoso seria capturado. Aplauso para a polícia. A falha foi do Código Penal, que libertou um condenado que tinha de continuar na cadeia.
A única resposta que poderíamos dar ao menino assassinado seria prender a bandidagem por mais tempo, abolindo a liberdade condicional e torpedeando o instituto da progressividade da pena, tanto para os crimes hediondos quanto para os crimes comuns. Crime é crime: todos devem ser punidos com o mesmo rigor. Se o chefe da quadrilha que roubou o carro tivesse ficado na cadeia até o fim de sua última pena, o menino ainda estaria vivo. Mas essa é uma causa perdida. O cachorro Galego é contrário. E é ele quem manda. Dum Dum-Dum Dum-Dum.
LULA, PT E A EDUCAÇÃO
Lula e PT tratam a Educação com falta de educação
Josias de Souza
Lula já chegou ao Planalto, em janeiro de 2003, decidido a dividir o governo em duas partes: uma “séria” e outra nem tanto. Nada diferente do que haviam feito seus antecessores. O naco bandalho da administração seria negociado no baixo mercado da política.
Aos exemplos: no Banco Central, acomodou-se Henrique Meirelles, um ex-banqueiro milionário. Acabara de eleger-se deputado pelo PSDB de Goiás. Mas era o técnico que Lula procurava para informar ao mercado que a economia seria tratada com “seriedade”. Para a Agricultura, foi o agro-negociante Roberto Rodrigues. Para o Desenvolvimento Industrial, o capitalista Luiz Fernando Furlan.
Pode-se gostar ou não do trabalho de Meirelles, Rodrigues e Furlan. Mas é forçoso reconhecer que não foi sob nenhum deles que brotaram os escândalos do primeiro reinado. As encrencas nasceram do pedaço de governo servido aos lobos da fisiologia. O mensalão veio à luz como um revide de Roberto Jefferson à acusação de que o PTB montara nos Correios uma usina de propinas. Puxando-se a meada, chegou-se ao grão-petismo e às legendas valerianas.
Às voltas com a montagem do time do segundo reinado, Lula está na bica de tomar uma dessas decisões reveladoras do caráter de um governo. Envolve o ministério da Educação que, no gogó, é prioritário. Mede-se o tamanho da prioridade pela quantidade de ministros. Sob Lula, já foram três. Cristovam Buarque foi demitido pelo telefone. Tarso Genro trocou a pasta por uma interinidade na presidência do PT pós-delubiano. Fernando Haddad, o atual ministro, encontra-se na porta do microondas.
No cargo desde julho de 2005, Haddad tornou-se um dodói de Lula. No final do ano passado, discursando para uma platéia de educadores, o presidente deixou escapar que a presença dele na equipe do segundo reinado era pule de dez. Até que, há cerca de 20 dias, a Educação desceu ao balcão. O que fazer com Marta Suplicy? A pergunta deixou Lula embatucado. Ministra das Cidades? Impossível. O cargo era do PP. Conversa daqui, conchava dali, o PT mirou a cadeira de Haddad. E Lula tratou do assunto a sério. Haddad passou a exalar um incômodo cheiro de queimado.
O curioso é que, em privado, Lula se que Marta fará de Brasília um trampolim para a eleição municipal de 2008. Mais curioso ainda é que o presidente está tomado de amores por um pacote educacional que Haddad acabou de formular. Ora, se é assim, por que mudar? Entregando a Educação a Marta, Lula mandará ao lixo um dos motes da campanha reeleitoral: “Não troque o certo pelo duvidoso.” Virará entulho também o lero-lero de que a Educação-companheira é coisa séria.
Haddad, um filiado do PT, não merecia ser tratado com tamanha falta de educação. Assim fica fácil entender por que o Saeb e o Enem revelaram que, de cada cem brasileiros de 15 a 20 anos, pelo menos cinco freqüentam o mundo dos iletrados.
Josias de Souza
Lula já chegou ao Planalto, em janeiro de 2003, decidido a dividir o governo em duas partes: uma “séria” e outra nem tanto. Nada diferente do que haviam feito seus antecessores. O naco bandalho da administração seria negociado no baixo mercado da política.
Aos exemplos: no Banco Central, acomodou-se Henrique Meirelles, um ex-banqueiro milionário. Acabara de eleger-se deputado pelo PSDB de Goiás. Mas era o técnico que Lula procurava para informar ao mercado que a economia seria tratada com “seriedade”. Para a Agricultura, foi o agro-negociante Roberto Rodrigues. Para o Desenvolvimento Industrial, o capitalista Luiz Fernando Furlan.
Pode-se gostar ou não do trabalho de Meirelles, Rodrigues e Furlan. Mas é forçoso reconhecer que não foi sob nenhum deles que brotaram os escândalos do primeiro reinado. As encrencas nasceram do pedaço de governo servido aos lobos da fisiologia. O mensalão veio à luz como um revide de Roberto Jefferson à acusação de que o PTB montara nos Correios uma usina de propinas. Puxando-se a meada, chegou-se ao grão-petismo e às legendas valerianas.
Às voltas com a montagem do time do segundo reinado, Lula está na bica de tomar uma dessas decisões reveladoras do caráter de um governo. Envolve o ministério da Educação que, no gogó, é prioritário. Mede-se o tamanho da prioridade pela quantidade de ministros. Sob Lula, já foram três. Cristovam Buarque foi demitido pelo telefone. Tarso Genro trocou a pasta por uma interinidade na presidência do PT pós-delubiano. Fernando Haddad, o atual ministro, encontra-se na porta do microondas.
No cargo desde julho de 2005, Haddad tornou-se um dodói de Lula. No final do ano passado, discursando para uma platéia de educadores, o presidente deixou escapar que a presença dele na equipe do segundo reinado era pule de dez. Até que, há cerca de 20 dias, a Educação desceu ao balcão. O que fazer com Marta Suplicy? A pergunta deixou Lula embatucado. Ministra das Cidades? Impossível. O cargo era do PP. Conversa daqui, conchava dali, o PT mirou a cadeira de Haddad. E Lula tratou do assunto a sério. Haddad passou a exalar um incômodo cheiro de queimado.
O curioso é que, em privado, Lula se que Marta fará de Brasília um trampolim para a eleição municipal de 2008. Mais curioso ainda é que o presidente está tomado de amores por um pacote educacional que Haddad acabou de formular. Ora, se é assim, por que mudar? Entregando a Educação a Marta, Lula mandará ao lixo um dos motes da campanha reeleitoral: “Não troque o certo pelo duvidoso.” Virará entulho também o lero-lero de que a Educação-companheira é coisa séria.
Haddad, um filiado do PT, não merecia ser tratado com tamanha falta de educação. Assim fica fácil entender por que o Saeb e o Enem revelaram que, de cada cem brasileiros de 15 a 20 anos, pelo menos cinco freqüentam o mundo dos iletrados.
14 fevereiro 2007
ASSASSINOS NO BRASIL E NA INGLATERRA
O que acontece com um assassino na Inglaterra e o que aconteceria com ele no Brasil
Reinaldo Azevedo
O Brasil, como vocês sabem, é inteligente. A Inglaterra é estúpida. No Brasil, conforme eu previ aqui ontem, a OAB e a CNBB se reuniram para debater o que fazer contra o crime e chegaram ao consenso de que não há muito a fazer: o problema, segundo entendi, é nosso. Os padres e os advogados querem que fiquemos calmos. Nada de decidir sob pressão emocional. Já na Inglaterra, um país idiota, um sujeito chamado Roberto Malasi matou uma mulher quando era menor de idade. Tinha 17 anos. Num país sábio como o nosso, ficaria três anos internado e seria posto na rua aos 20 anos. Naquele país de imbecis, vejam só, ele ficou preso até a maioridade e foi julgado. Pegou prisão perpétua. A mulher assassinada estava com um bebê no colo. Os ingleses, cretinos que são, consideraram isso inaceitável. O assassino tinha três comparsas, todos menores de 18: tinham 15, 16 e 17. Ficarão internados, no mínimo, 8 anos. Vão para a rua depois? Não! Serão avaliados. A depender do que acontecer, podem pegar pena de até 30 anos. No país, como já informei aqui, uma pessoa pode ser responsabilizada por seus crimes a partir dos 10 anos. Até os 18, cumpre pena em lugar próprio para menores. Depois, é cadeia de gente grande. Mas sabem como é... Querem acabar com a ilha da rainha em três tempos? Mandem pra lá Márcio Thomaz Bastos, um bispo da CNBB e o presidente da OAB. Eles sabem o que fazer com Malase.
PT JÁ TEM REDIGIDA A SUA PROPOSTA DE DITADURA
Reinaldo Azevedo
A proposta do governo, que é a do PT, para a reforma política prevê a possibilidade de realização de plebiscitos e referendos sem passar pela autorização do Congresso, como é hoje. E estabelece também a revogação do mandato de parlamentares. Não há muito o que especular a respeito. É o caminho aberto para a ditadura petista. Vai vingar? Vamos ver. Em tese ao menos, tudo está saindo conforme querem os petistas.a) dentro das regras atuais, o partido chegou ao poder;b) ainda de acordo com essas regras, conseguiu a maioria no Congresso distribuindo prebendas a outros partidos;c) tendo tal maioria, pode, em princípio, mudar a Constituição;d) e mudar o quê? Ora, justamente as regras que permitiram que uma minoria viesse a se constituir em maioria;e) o círculo se fecha: a democracia teria sido usada, nesse caso, para solapar a própria democracia.Tudo feito, claro, se maneira muito mais suave do que o congênere lulista do norte, Hugo Chávez. O jogo é tão previsível, que chega a ser aborrecido.
Imaginem se houver a possibilidade de revogação de mandato. CUT, MST e mais umas duas ou três ONGs decidirão quem pode e quem não pode ter mandato no Brasil.
A proposta do governo, que é a do PT, para a reforma política prevê a possibilidade de realização de plebiscitos e referendos sem passar pela autorização do Congresso, como é hoje. E estabelece também a revogação do mandato de parlamentares. Não há muito o que especular a respeito. É o caminho aberto para a ditadura petista. Vai vingar? Vamos ver. Em tese ao menos, tudo está saindo conforme querem os petistas.a) dentro das regras atuais, o partido chegou ao poder;b) ainda de acordo com essas regras, conseguiu a maioria no Congresso distribuindo prebendas a outros partidos;c) tendo tal maioria, pode, em princípio, mudar a Constituição;d) e mudar o quê? Ora, justamente as regras que permitiram que uma minoria viesse a se constituir em maioria;e) o círculo se fecha: a democracia teria sido usada, nesse caso, para solapar a própria democracia.Tudo feito, claro, se maneira muito mais suave do que o congênere lulista do norte, Hugo Chávez. O jogo é tão previsível, que chega a ser aborrecido.
Imaginem se houver a possibilidade de revogação de mandato. CUT, MST e mais umas duas ou três ONGs decidirão quem pode e quem não pode ter mandato no Brasil.
13 fevereiro 2007
NEPOTISMO EM ASTORGA 2
O jornal O Diário do último sábado, trouxe uma reportagem apresentando o novo promotor de justiça da cidade, Edmarcio Real.
O promotor comentou sobre a “Lei do Nepotismo”.
Assunto polêmico, teve repercussão no blog do Rigon, de Maringá. Confira:
Lei permite nepotismo em Astorga
O caderno regional de O Diário trouxe uma reportagem que diz que o Ministério Público elogia lei do nepotismo em Astorga. O "olho" da matéria diz que o "novo promotor da comarca de Astorga diz que lei aprovada pela câmara, de autoria do Executivo, legalizando em caráter provisório o nepotismo na prefeitura, foi um avanço". Entenderam? O promotor elogiou uma lei que legaliza o nepotismo.Mas abaixo, porém, em sua reposta, fica-se sabendo que não é bem assim. Ele diz: "Acredito que seja um avanço, visto que a Constituição federal não prevê casos de nepotismo, não há ações de regulamentação. Nesse sentido, através da ação do MP se criaram leis. Todos os municípios têm termo de compromisso que aborda sobre o prazo de regularização. A idéia é que no futuro seja alterada a Constituição, impondo regras determinadas e especificas da matéria".Em Astorga, administrada por Carlos Keide, em seu terceiro mandato, pressionado pelo antigo promotor o Executivo enviou para a câmara uma lei acabando com o nepotismo mas abrindo uma brecha: seriam permitidos 15 cargos que poderiam ser ocupados por familiares do prefeito. Na prática, pior a emenda que o soneto, já que o número de parentes empregados hoje é menor que 15.Os vereadores, pressionados pela comunidade, mas na maioria ligados ao prefeito, refizeram a lei e estabeleceram o fim completo do nepotismo - mas para entrar em vigor apenas daqui a dois. Ou seja, legaliza-se o nepotismo no que resta de mandato a Keide. Como não há mais possibilidade de ele ser reeleito, ele se livrou de uma punição popular através do voto.
O promotor comentou sobre a “Lei do Nepotismo”.
Assunto polêmico, teve repercussão no blog do Rigon, de Maringá. Confira:
Lei permite nepotismo em Astorga
O caderno regional de O Diário trouxe uma reportagem que diz que o Ministério Público elogia lei do nepotismo em Astorga. O "olho" da matéria diz que o "novo promotor da comarca de Astorga diz que lei aprovada pela câmara, de autoria do Executivo, legalizando em caráter provisório o nepotismo na prefeitura, foi um avanço". Entenderam? O promotor elogiou uma lei que legaliza o nepotismo.Mas abaixo, porém, em sua reposta, fica-se sabendo que não é bem assim. Ele diz: "Acredito que seja um avanço, visto que a Constituição federal não prevê casos de nepotismo, não há ações de regulamentação. Nesse sentido, através da ação do MP se criaram leis. Todos os municípios têm termo de compromisso que aborda sobre o prazo de regularização. A idéia é que no futuro seja alterada a Constituição, impondo regras determinadas e especificas da matéria".Em Astorga, administrada por Carlos Keide, em seu terceiro mandato, pressionado pelo antigo promotor o Executivo enviou para a câmara uma lei acabando com o nepotismo mas abrindo uma brecha: seriam permitidos 15 cargos que poderiam ser ocupados por familiares do prefeito. Na prática, pior a emenda que o soneto, já que o número de parentes empregados hoje é menor que 15.Os vereadores, pressionados pela comunidade, mas na maioria ligados ao prefeito, refizeram a lei e estabeleceram o fim completo do nepotismo - mas para entrar em vigor apenas daqui a dois. Ou seja, legaliza-se o nepotismo no que resta de mandato a Keide. Como não há mais possibilidade de ele ser reeleito, ele se livrou de uma punição popular através do voto.
RED BULL
Circula na internet.
Verdade? Não sabemos. Mas, é sempre bom ler:
NOCIVIDADE DA BEBIDA RED BULL
Antes de lerem o texto abaixo, vale ressaltar que o Sr. Dietrich Mateschitz, é um dos mais ricos empresários do mundo, segundo a revista Fortune.
Sua trajetória escolar foi um tanto quanto atribulada, concluindo o curso de Administração de Empresas em 10 anos, mais do dobro do tempo normal. Está sempre na companhia de belas mulheres e estrelas do cinema, sua pele eternamente bronzeada, não importa a época do ano, lhe garantem a fama de "bon vivant". E isso tudo graças ao único produto no portfólio de sua empresa : a bebida RED BUL.
A RED BULL foi criado para estimular o cérebro de pessoas submetidas a um grande esforço físico e em "coma de stress".
NUNCA PARA SER CONSUMIDA COMO UMA BEBIDA INOCENTE OU REFRESCANTE.
A RED BULL é uma BEBIDA ENERGIZANTE, comercializada a nível mundial com o slogan: "Aumenta a resistência física, agiliza a capacidade de concentração e a velocidade de reação, dá mais energia e melhora o estado de ânimo."
Tudo isso pode ser encontrado numa latinha de RED BULL, "a bebida energética do milênio"!
A RED BULL conseguiu chegar a quase 130 países de todo o mundo com um faturamento anual acima de 21 bilhões de euros na venda de 3 bilhões de latas. Os jovens e o desporto foram os símbolos eleitos pela marca para caracterizar a sua imagem, dois segmentos atrativos que foram cativados pelo estímulo causado pela bebida.
Foi criada por Dietrich Mateschitz, um empresário de origem austríaca, que a descobriu por acaso, durante uma viagem de negócios a Hong Kong, quando trabalhava para uma empresa fabricante de escovas de dentes.
Uma lata de 250 ml, contém 20 gramas de açúcar, 1000 mg de taurina, 600 mg de glucuronolactona, 80 mg de cafeína e vitaminas do complexo B.
MAS A VERDADE DESTA BEBIDA É OUTRA
A França e a Dinamarca acabam de proibi-la por ser um cocktail da morte, devido aos seus componentes de vitaminas misturadas com
"GLUCURONOLACTONE", química altamente perigosa, que foi desenvolvida pelo Departamento de Defesa dos EUA, durante os anos 60 para estimular o moral das tropas americanas no VIETNÃ. Seus efeitos eram como se fossem o de uma droga alucinógena, que acalmava o stress da guerra.
Entretanto seus efeitos no organismo dos soldados foram devastadores - alto índice de casos de enxaquecas, tumores cerebrais e doenças do fígado.
Apesar de tudo, na lata de RED BULL ainda se lê entre os seus componentes: GLUCURONOLACTONE, catalogado medicamente como um estimulante.
Mas o que a lata de RED BULL não diz são as conseqüências do seu consumo, que obriga a colocar uma série de advertências:
- É perigoso tomá-lo se, em seguida, não se fizer exercício físico, que a sua função energizante acelera o ritmo cardíaco e pode provocar um enfarte fulminante.
- O risco de se sofrer uma hemorragia cerebral, porque o RED BULL contém componentes que diluem o sangue para que seja mais fácil ao coração bombear o sangue e assim se poder fazer esforço físico com menos esgotamento.
- É proibido misturar RED BULL com álcool, porque a mistura transforma a bebida numa "Bomba Mortal" que ataca diretamente o fígado, levando a zona afetada a incapacidade de jamais se regenerar.
Um dos componentes principais do RED BULL é a vitamina B 12, utilizada em medicina para recuperar pacientes que se encontram em coma etílico; daí o estado de excitação em que se fica após tomá-lo. É como se estivéssemos em estado de embriaguez.
O consumo regular de RED BULL provoca uma série de doenças nervosas e neuronais irreversíveis.
CONCLUSÃO
A RED BULL deveria ser proibida em todo o mundo , como já está sendo em alguns países, pois se desavisadamente ou intencionalmente misturada ao álcool torna-se uma bomba relógio para o corpo humano, principalmente entre adolescentes e adultos que desconheçam os efeitos letais da bebida.
Verdade? Não sabemos. Mas, é sempre bom ler:
NOCIVIDADE DA BEBIDA RED BULL
Antes de lerem o texto abaixo, vale ressaltar que o Sr. Dietrich Mateschitz, é um dos mais ricos empresários do mundo, segundo a revista Fortune.
Sua trajetória escolar foi um tanto quanto atribulada, concluindo o curso de Administração de Empresas em 10 anos, mais do dobro do tempo normal. Está sempre na companhia de belas mulheres e estrelas do cinema, sua pele eternamente bronzeada, não importa a época do ano, lhe garantem a fama de "bon vivant". E isso tudo graças ao único produto no portfólio de sua empresa : a bebida RED BUL.
A RED BULL foi criado para estimular o cérebro de pessoas submetidas a um grande esforço físico e em "coma de stress".
NUNCA PARA SER CONSUMIDA COMO UMA BEBIDA INOCENTE OU REFRESCANTE.
A RED BULL é uma BEBIDA ENERGIZANTE, comercializada a nível mundial com o slogan: "Aumenta a resistência física, agiliza a capacidade de concentração e a velocidade de reação, dá mais energia e melhora o estado de ânimo."
Tudo isso pode ser encontrado numa latinha de RED BULL, "a bebida energética do milênio"!
A RED BULL conseguiu chegar a quase 130 países de todo o mundo com um faturamento anual acima de 21 bilhões de euros na venda de 3 bilhões de latas. Os jovens e o desporto foram os símbolos eleitos pela marca para caracterizar a sua imagem, dois segmentos atrativos que foram cativados pelo estímulo causado pela bebida.
Foi criada por Dietrich Mateschitz, um empresário de origem austríaca, que a descobriu por acaso, durante uma viagem de negócios a Hong Kong, quando trabalhava para uma empresa fabricante de escovas de dentes.
Uma lata de 250 ml, contém 20 gramas de açúcar, 1000 mg de taurina, 600 mg de glucuronolactona, 80 mg de cafeína e vitaminas do complexo B.
MAS A VERDADE DESTA BEBIDA É OUTRA
A França e a Dinamarca acabam de proibi-la por ser um cocktail da morte, devido aos seus componentes de vitaminas misturadas com
"GLUCURONOLACTONE", química altamente perigosa, que foi desenvolvida pelo Departamento de Defesa dos EUA, durante os anos 60 para estimular o moral das tropas americanas no VIETNÃ. Seus efeitos eram como se fossem o de uma droga alucinógena, que acalmava o stress da guerra.
Entretanto seus efeitos no organismo dos soldados foram devastadores - alto índice de casos de enxaquecas, tumores cerebrais e doenças do fígado.
Apesar de tudo, na lata de RED BULL ainda se lê entre os seus componentes: GLUCURONOLACTONE, catalogado medicamente como um estimulante.
Mas o que a lata de RED BULL não diz são as conseqüências do seu consumo, que obriga a colocar uma série de advertências:
- É perigoso tomá-lo se, em seguida, não se fizer exercício físico, que a sua função energizante acelera o ritmo cardíaco e pode provocar um enfarte fulminante.
- O risco de se sofrer uma hemorragia cerebral, porque o RED BULL contém componentes que diluem o sangue para que seja mais fácil ao coração bombear o sangue e assim se poder fazer esforço físico com menos esgotamento.
- É proibido misturar RED BULL com álcool, porque a mistura transforma a bebida numa "Bomba Mortal" que ataca diretamente o fígado, levando a zona afetada a incapacidade de jamais se regenerar.
Um dos componentes principais do RED BULL é a vitamina B 12, utilizada em medicina para recuperar pacientes que se encontram em coma etílico; daí o estado de excitação em que se fica após tomá-lo. É como se estivéssemos em estado de embriaguez.
O consumo regular de RED BULL provoca uma série de doenças nervosas e neuronais irreversíveis.
CONCLUSÃO
A RED BULL deveria ser proibida em todo o mundo , como já está sendo em alguns países, pois se desavisadamente ou intencionalmente misturada ao álcool torna-se uma bomba relógio para o corpo humano, principalmente entre adolescentes e adultos que desconheçam os efeitos letais da bebida.
OS MONSTROS
Do Ex-Blog de César Maia:
AS FICHAS DOS DELINQUENTES que participaram do roubo de carro, seguido do assassinato do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos:
1º - DIEGO NASCIMENTO DA SILVA, 18 anos, nascido em 23/11/1988, IFP 22551369-6, morador em Madureira/RJ.
Está preso e não possuía antecedentes criminais.
2º - EZEQUIEL TOLEDO DA SILVA, 17 anos, ("MENOR DE IDADE") nascido em 23/08/1990, IFP 22307175-4, morador em Madureira/RJ.
Está preso e não possuía antecedentes criminais.
3º - TIAGO DE ABREU MATTOS, 19 anos, nascido em 10/03/1987, IFP 20005030-0, morador em Pilares/RJ.
Está preso e não possuía antecedentes criminais.
4º - CARLOS ROBERTO DA SILVA, 21 anos, encontrado em Barros Filho/RJ. Está preso e não possuía antecedentes criminais.
OBS: 3º e 4º não participaram diretamente do roubo do carro e assassinato do menino.
Usando o Vectra (táxi) do pai do 3º, foram junto com a quadrilha até Oswaldo Cruz, onde o roubo iniciou-se.
Ficaram esperando no referido táxi.
5º - CARLOS EDUARDO TOLEDO LIMA, 23 anos, nascido em 30/06/1983, IFP 21097780-7, morador em Madureira/RJ.
Possui os seguintes antecedentes criminais: 23/09/2003 - art. 155 do CP (furto), na área da 1ª DP (Praça Mauá); 26/12/2003 -art. 155 c/c art 14 (tentativa de furto), na área da 12ª DP (Leme);29/05/2004 -art. 157 (roubo), na área da 12ª DP (Leme).
Carlos Eduardo, se entregou domingo eestá sendo considerado como líder da quadrilha, é irmão do menor Ezequiel somente por parte de mãe.
Pela idade (mais velho) e experiência na criminalidade, deve ter levado o irmão materno para a delinqüência.
AS FICHAS DOS DELINQUENTES que participaram do roubo de carro, seguido do assassinato do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos:
1º - DIEGO NASCIMENTO DA SILVA, 18 anos, nascido em 23/11/1988, IFP 22551369-6, morador em Madureira/RJ.
Está preso e não possuía antecedentes criminais.
2º - EZEQUIEL TOLEDO DA SILVA, 17 anos, ("MENOR DE IDADE") nascido em 23/08/1990, IFP 22307175-4, morador em Madureira/RJ.
Está preso e não possuía antecedentes criminais.
3º - TIAGO DE ABREU MATTOS, 19 anos, nascido em 10/03/1987, IFP 20005030-0, morador em Pilares/RJ.
Está preso e não possuía antecedentes criminais.
4º - CARLOS ROBERTO DA SILVA, 21 anos, encontrado em Barros Filho/RJ. Está preso e não possuía antecedentes criminais.
OBS: 3º e 4º não participaram diretamente do roubo do carro e assassinato do menino.
Usando o Vectra (táxi) do pai do 3º, foram junto com a quadrilha até Oswaldo Cruz, onde o roubo iniciou-se.
Ficaram esperando no referido táxi.
5º - CARLOS EDUARDO TOLEDO LIMA, 23 anos, nascido em 30/06/1983, IFP 21097780-7, morador em Madureira/RJ.
Possui os seguintes antecedentes criminais: 23/09/2003 - art. 155 do CP (furto), na área da 1ª DP (Praça Mauá); 26/12/2003 -art. 155 c/c art 14 (tentativa de furto), na área da 12ª DP (Leme);29/05/2004 -art. 157 (roubo), na área da 12ª DP (Leme).
Carlos Eduardo, se entregou domingo eestá sendo considerado como líder da quadrilha, é irmão do menor Ezequiel somente por parte de mãe.
Pela idade (mais velho) e experiência na criminalidade, deve ter levado o irmão materno para a delinqüência.
MAIORIDADE PENAL
E a polêmica aqui continua: reduz ou não a maioridade penal de 18 para 16 anos?
A discussão parece não ter fim, nem definição.
Enquanto isso, a impunidade reina.
Triste Brasil!
Veja abaixo, idade mínima de responsabilidade penal, praticada em alguns países:
Sem idade mínima- Luxemburgo
7 anos - Austrália
Irlanda
10 anos - Grã-Bretanha
Nova Zelândia
12 anos - Canadá
Espanha
Holanda
Israel
14 anos - Alemanha
Japão
15 anos - Dinamarca
Finlândia
Suécia
16 anos - Bélgica
Chile
Portugal
A discussão parece não ter fim, nem definição.
Enquanto isso, a impunidade reina.
Triste Brasil!
Veja abaixo, idade mínima de responsabilidade penal, praticada em alguns países:
Sem idade mínima- Luxemburgo
7 anos - Austrália
Irlanda
10 anos - Grã-Bretanha
Nova Zelândia
12 anos - Canadá
Espanha
Holanda
Israel
14 anos - Alemanha
Japão
15 anos - Dinamarca
Finlândia
Suécia
16 anos - Bélgica
Chile
Portugal
COVA CLANDESTINA
André Petry
"Dentro do PT, na cúpula do partido e entre os seus principais líderes, fica proibido chamar corrupção de corrupção, mensalãode mensalão, valerioduto de valerioduto"
Agora, está claríssimo: o PT quer enterrar seus escândalos éticos numa cova clandestina. Nada de revolver a terra, nada de fazer a boa e velha autocrítica, esse processo tão prezado pela esquerda em geral. Nada de discutir a fundo sobre a degeneração partidária que permitiu a produção do valerioduto dos mensaleiros, do dossiêgate dos aloprados. Nada disso. O PT quer apenas passar por cima dos escândalos dando a entender à platéia que tudo não passou, no máximo, de um erro – e, mesmo assim, um erro induzido pelas deformações do sistema político e eleitoral.
Há dois sinais eloqüentes na praça da disposição petista para o acobertamento.
Um deles apareceu na quinta-feira passada, na abertura da comemoração dos 27 anos do PT, em Salvador. O evento festivo abriu pedindo a anistia do deputado cassado José Dirceu... Para quem não se lembra, Dirceu foi cassado em plenário por comandar o esquema do mensalão e está denunciado como um dos chefes do que o procurador-geral da República chamou de "sofisticada organização criminosa". O PT, desde que o escândalo veio a público, até hoje não julgou um único de seus dirigentes envolvidos na criminalidade. A comissão de ética do partido está empoeirada. Em vez de pedir um julgamento, nem que fosse apenas para dar um verniz de democracia partidária, um pedaço do PT já pede perdão. É o acobertamento em seu figurino explícito.
O outro sinal veio antes, quando saiu a público a primeira versão de um documento intitulado "Mensagem ao Partido", assinado por uma penca de petistas célebres sob a liderança do ministro Tarso Genro. Nas versões iniciais, o documento até que dava nome aos bois: denunciava a crise ética que tomou conta do partido e acusava o atual grupo dirigente de enlamear o partido com seu mandonismo e sua desonestidade. Dizia coisas importantes. Que era preciso "refundar" o partido, que era preciso criar um "novo campo político" e até reconhecia que o PT não pode governar o país sozinho.
Os atingidos – José Dirceu à frente – não gostaram, e o grupo reescreveu o texto da tal "Mensagem ao Partido". É uma pena. A última forma é uma versão adocicada, crivada de eufemismos e contorcionismos verbais para não dizer que crime é crime e que criminoso é criminoso. Diz que é preciso "resgatar princípios e valores no interior do partido", mas não diz quais, nem explica por que, como e onde tais princípios e valores foram para o brejo. Diz que é preciso consolidar "uma verdadeira ética republicana", mas não define o que é isso nem qual teria sido, neste caso, a falsa ética republicana...
O caso demonstra que, dentro do PT, na cúpula do partido e entre seus principais líderes, fica proibido chamar corrupção de corrupção, mensalão de mensalão, valerioduto de valerioduto. E, assim, tudo se combina: fazem-se menções apenas protocolares e envergonhadas à falência ética e, simultaneamente, promove-se um festivo movimento para anistiar Dirceu – sem nem mesmo uma reuniãozinha, uma que seja, para avaliar qual foi sua participação no mensalão. Para um partido que saltou do socialismo para a social-democracia sem fazer escala na autocrítica, para um partido que fez o mesmo vôo direto do estatismo para a economia de mercado, não é surpresa que agora empreenda uma viagem descabelada – a de pensar em refazer-se de uma crise sem reconhecer a própria crise.
"Dentro do PT, na cúpula do partido e entre os seus principais líderes, fica proibido chamar corrupção de corrupção, mensalãode mensalão, valerioduto de valerioduto"
Agora, está claríssimo: o PT quer enterrar seus escândalos éticos numa cova clandestina. Nada de revolver a terra, nada de fazer a boa e velha autocrítica, esse processo tão prezado pela esquerda em geral. Nada de discutir a fundo sobre a degeneração partidária que permitiu a produção do valerioduto dos mensaleiros, do dossiêgate dos aloprados. Nada disso. O PT quer apenas passar por cima dos escândalos dando a entender à platéia que tudo não passou, no máximo, de um erro – e, mesmo assim, um erro induzido pelas deformações do sistema político e eleitoral.
Há dois sinais eloqüentes na praça da disposição petista para o acobertamento.
Um deles apareceu na quinta-feira passada, na abertura da comemoração dos 27 anos do PT, em Salvador. O evento festivo abriu pedindo a anistia do deputado cassado José Dirceu... Para quem não se lembra, Dirceu foi cassado em plenário por comandar o esquema do mensalão e está denunciado como um dos chefes do que o procurador-geral da República chamou de "sofisticada organização criminosa". O PT, desde que o escândalo veio a público, até hoje não julgou um único de seus dirigentes envolvidos na criminalidade. A comissão de ética do partido está empoeirada. Em vez de pedir um julgamento, nem que fosse apenas para dar um verniz de democracia partidária, um pedaço do PT já pede perdão. É o acobertamento em seu figurino explícito.
O outro sinal veio antes, quando saiu a público a primeira versão de um documento intitulado "Mensagem ao Partido", assinado por uma penca de petistas célebres sob a liderança do ministro Tarso Genro. Nas versões iniciais, o documento até que dava nome aos bois: denunciava a crise ética que tomou conta do partido e acusava o atual grupo dirigente de enlamear o partido com seu mandonismo e sua desonestidade. Dizia coisas importantes. Que era preciso "refundar" o partido, que era preciso criar um "novo campo político" e até reconhecia que o PT não pode governar o país sozinho.
Os atingidos – José Dirceu à frente – não gostaram, e o grupo reescreveu o texto da tal "Mensagem ao Partido". É uma pena. A última forma é uma versão adocicada, crivada de eufemismos e contorcionismos verbais para não dizer que crime é crime e que criminoso é criminoso. Diz que é preciso "resgatar princípios e valores no interior do partido", mas não diz quais, nem explica por que, como e onde tais princípios e valores foram para o brejo. Diz que é preciso consolidar "uma verdadeira ética republicana", mas não define o que é isso nem qual teria sido, neste caso, a falsa ética republicana...
O caso demonstra que, dentro do PT, na cúpula do partido e entre seus principais líderes, fica proibido chamar corrupção de corrupção, mensalão de mensalão, valerioduto de valerioduto. E, assim, tudo se combina: fazem-se menções apenas protocolares e envergonhadas à falência ética e, simultaneamente, promove-se um festivo movimento para anistiar Dirceu – sem nem mesmo uma reuniãozinha, uma que seja, para avaliar qual foi sua participação no mensalão. Para um partido que saltou do socialismo para a social-democracia sem fazer escala na autocrítica, para um partido que fez o mesmo vôo direto do estatismo para a economia de mercado, não é surpresa que agora empreenda uma viagem descabelada – a de pensar em refazer-se de uma crise sem reconhecer a própria crise.
AUTÔNOMOS RECOLHERÃO MENOS AO INSS
INSS eleva alíquota para custear acidentes
Empresas com muitas ocorrências pagarão mais à Previdência; governo também cria contribuição menor para autônomos informais
Previdência revisou tabela de recolhimento do seguro de acidentes; empresas que pagam 1% sobre a folha poderão ter de recolher 3%
A partir de julho, os bancos, instituições de ensino superior, fabricantes de automóveis, empresas de transporte aéreo e do setor de tecelagem e fiação, entre outros, passarão a pagar mais à Previdência Social.
Decreto assinado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva altera a classificação das empresas entre as três faixas de alíquotas cobradas atualmente pelo seguro de acidentes do trabalho, benefício pago quando o trabalhador tem de se afastar de suas atividades.
A revisão que o Ministério da Previdência Social fez da tabela de recolhimento do seguro de acidentes fará com que algumas empresas que recolhiam 1% sobre a folha de pagamentos, por exemplo, aumentem a contribuição mensal para 3%. Esse é o caso dos bancos e das instituições de ensino superior.
Já os fabricantes de automóveis, as empresas de transporte aéreo e de fiação e tecelagem, que pagavam 2%, passarão a recolher 3% ao mês.
Entre os setores que serão beneficiados com desoneração tributária estão a siderurgia, a extração de petróleo e gás e a fabricação de tintas, vernizes e esmaltes. Esses setores pagam ao INSS 3% sobre a folha de salários e tiveram a tributação reduzida para 1%.
A alíquota para os setores de fabricação de plásticos, máquinas e equipamentos, tratores e de serviços ligados à indústria de petróleo e gás cairá de 3% para 2% ao mês.
Além de mudar a classificação, o governo também resolveu criar um sistema de bônus para empresas que tiverem menos acidentes de trabalho e punir com alíquota mais elevada aquelas que estiverem acima da média de seus setores.
A partir de janeiro de 2008, o ministério fará a classificação individual de cada empresa que recolhe ao INSS e a comparação com o desempenho das outras que atuam na mesma área. Aquelas que mostrarem poucos acidentes terão a contribuição ao seguro de acidentes do trabalho reduzida pela metade.
Onde for detectado mais problemas, a alíquota pode até dobrar. Com isso, o percentual pago pelas empresas poderá variar de 0,5% a 6%. O bônus ou a punição será revisto todo ano.
De acordo com o ministro da Previdência, Nelson Machado, não haverá aumento na arrecadação total, já que alguns setores pagarão mais e outros, menos. O governo espera que o impacto seja nulo.
Autônomos
Lula também regulamentou a redução do recolhimento ao INSS dos trabalhadores autônomos informais. A partir de abril, eles podem recolher 11% sobre um salário mínimo, em vez dos atuais 20% sobre o rendimento total mensal.
A medida estava prevista no Supersimples, regime tributário para as micro e pequenas empresas. O governo estima que até 3,5 milhões de trabalhadores possam aderir ao novo sistema, gerando receita de R$ 1,65 bilhão por ano.
A regulamentação da contribuição dos trabalhadores por conta própria e facultativos faz com que donas-de-casa, estudantes, bolsistas e até desempregados tenham acesso a todos os benefícios pagos pela Previdência, desde que paguem R$ 41,80 por mês a partir de maio e se aposentem com um salário mínimo. Para tanto, eles só poderão se aposentar por idade - e não mais por tempo de contribuição.
Fonte: Folha de São Paulo
Empresas com muitas ocorrências pagarão mais à Previdência; governo também cria contribuição menor para autônomos informais
Previdência revisou tabela de recolhimento do seguro de acidentes; empresas que pagam 1% sobre a folha poderão ter de recolher 3%
A partir de julho, os bancos, instituições de ensino superior, fabricantes de automóveis, empresas de transporte aéreo e do setor de tecelagem e fiação, entre outros, passarão a pagar mais à Previdência Social.
Decreto assinado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva altera a classificação das empresas entre as três faixas de alíquotas cobradas atualmente pelo seguro de acidentes do trabalho, benefício pago quando o trabalhador tem de se afastar de suas atividades.
A revisão que o Ministério da Previdência Social fez da tabela de recolhimento do seguro de acidentes fará com que algumas empresas que recolhiam 1% sobre a folha de pagamentos, por exemplo, aumentem a contribuição mensal para 3%. Esse é o caso dos bancos e das instituições de ensino superior.
Já os fabricantes de automóveis, as empresas de transporte aéreo e de fiação e tecelagem, que pagavam 2%, passarão a recolher 3% ao mês.
Entre os setores que serão beneficiados com desoneração tributária estão a siderurgia, a extração de petróleo e gás e a fabricação de tintas, vernizes e esmaltes. Esses setores pagam ao INSS 3% sobre a folha de salários e tiveram a tributação reduzida para 1%.
A alíquota para os setores de fabricação de plásticos, máquinas e equipamentos, tratores e de serviços ligados à indústria de petróleo e gás cairá de 3% para 2% ao mês.
Além de mudar a classificação, o governo também resolveu criar um sistema de bônus para empresas que tiverem menos acidentes de trabalho e punir com alíquota mais elevada aquelas que estiverem acima da média de seus setores.
A partir de janeiro de 2008, o ministério fará a classificação individual de cada empresa que recolhe ao INSS e a comparação com o desempenho das outras que atuam na mesma área. Aquelas que mostrarem poucos acidentes terão a contribuição ao seguro de acidentes do trabalho reduzida pela metade.
Onde for detectado mais problemas, a alíquota pode até dobrar. Com isso, o percentual pago pelas empresas poderá variar de 0,5% a 6%. O bônus ou a punição será revisto todo ano.
De acordo com o ministro da Previdência, Nelson Machado, não haverá aumento na arrecadação total, já que alguns setores pagarão mais e outros, menos. O governo espera que o impacto seja nulo.
Autônomos
Lula também regulamentou a redução do recolhimento ao INSS dos trabalhadores autônomos informais. A partir de abril, eles podem recolher 11% sobre um salário mínimo, em vez dos atuais 20% sobre o rendimento total mensal.
A medida estava prevista no Supersimples, regime tributário para as micro e pequenas empresas. O governo estima que até 3,5 milhões de trabalhadores possam aderir ao novo sistema, gerando receita de R$ 1,65 bilhão por ano.
A regulamentação da contribuição dos trabalhadores por conta própria e facultativos faz com que donas-de-casa, estudantes, bolsistas e até desempregados tenham acesso a todos os benefícios pagos pela Previdência, desde que paguem R$ 41,80 por mês a partir de maio e se aposentem com um salário mínimo. Para tanto, eles só poderão se aposentar por idade - e não mais por tempo de contribuição.
Fonte: Folha de São Paulo
12 fevereiro 2007
EXIGIR É RESPEITAR
Rosely Sayao
Uma internauta de 16 anos enviou uma mensagem para a caixa postal do blog que me deixou bastante sensibilizada. Disse ela: “Pude perceber (apesar de não ser leitora assídua de seu blog) que você se importa muito com a questão educacional e o tipo de orientação que os pais dão, seja quanto ao comportamento ou à educação escolar. A questão é: o que fazer quando não se teve exigência deles?”
Nosso tema de hoje será, portanto, a exigência.
Costumo dizer que exigir é um sinal de respeito. Mas, é preciso entender melhor o que significa esse exigir e, para tanto, vou citar alguns exemplos. Os pais de uma criança com menos de seis anos podem exigir – impor – que ela durma em sua cama ou em seu quarto. Por que exigir, neste caso, significa respeitar? Porque se a criança já tem condições para fazer isso, permitir que ela não faça significa impedir que ela realize seu potencial.
Os pais de uma criança entre 7 e 9 anos podem exigir – determinar – que ele arrume a cama após o despertar e/ou deixe as roupas sempre guardadas em seus lugares. Nessa idade, a criança tem capacidade para se organizar seguindo um modelo determinado; permitir que ele não coloque essa capacidade em prática significa deixá-la aprisionada em aspectos infantis que já superou.
Um adolescente tem condições de começar a conter seus impulsos e, sempre que se descontrolar, deve ser interpelado pelos pais para que se contenha. Quando os pais não exigem isso dele, permitem que se torne um joguete de seus próprios caprichos.
Do mesmo modo, o jovem tem também capacidade para se concentrar em uma tarefa ou atividade, e nisso deve ser exigido. A exigência é a medida que irá permitir que ele desenvolva a concentração.
Quando o filho não aprendeu a criar reações frente às exigências externas para responder a elas e conhecer seu potencial, o caminho para transformar-se em um adulto responsável, maduro e focado será muito mais árduo. Parece ser esse o caso de nossa jovem internauta. Entretanto, apesar de árduo, esse caminho não é impossível.
Para tanto será necessário criar suas próprias exigências e se comprometer com elas. Aos 16 anos já é possível fazer isso sozinha ou com ajuda solidária de adultos que participam e se implicam com sua vida como professores, tios, avós, amigos da família, por exemplo. Até mesmo os pais podem ser sensibilizados pelo pedido de ajuda do filho. Por isso, nada de desistir ou de ter uma boa desculpa para não crescer.
Uma internauta de 16 anos enviou uma mensagem para a caixa postal do blog que me deixou bastante sensibilizada. Disse ela: “Pude perceber (apesar de não ser leitora assídua de seu blog) que você se importa muito com a questão educacional e o tipo de orientação que os pais dão, seja quanto ao comportamento ou à educação escolar. A questão é: o que fazer quando não se teve exigência deles?”
Nosso tema de hoje será, portanto, a exigência.
Costumo dizer que exigir é um sinal de respeito. Mas, é preciso entender melhor o que significa esse exigir e, para tanto, vou citar alguns exemplos. Os pais de uma criança com menos de seis anos podem exigir – impor – que ela durma em sua cama ou em seu quarto. Por que exigir, neste caso, significa respeitar? Porque se a criança já tem condições para fazer isso, permitir que ela não faça significa impedir que ela realize seu potencial.
Os pais de uma criança entre 7 e 9 anos podem exigir – determinar – que ele arrume a cama após o despertar e/ou deixe as roupas sempre guardadas em seus lugares. Nessa idade, a criança tem capacidade para se organizar seguindo um modelo determinado; permitir que ele não coloque essa capacidade em prática significa deixá-la aprisionada em aspectos infantis que já superou.
Um adolescente tem condições de começar a conter seus impulsos e, sempre que se descontrolar, deve ser interpelado pelos pais para que se contenha. Quando os pais não exigem isso dele, permitem que se torne um joguete de seus próprios caprichos.
Do mesmo modo, o jovem tem também capacidade para se concentrar em uma tarefa ou atividade, e nisso deve ser exigido. A exigência é a medida que irá permitir que ele desenvolva a concentração.
Quando o filho não aprendeu a criar reações frente às exigências externas para responder a elas e conhecer seu potencial, o caminho para transformar-se em um adulto responsável, maduro e focado será muito mais árduo. Parece ser esse o caso de nossa jovem internauta. Entretanto, apesar de árduo, esse caminho não é impossível.
Para tanto será necessário criar suas próprias exigências e se comprometer com elas. Aos 16 anos já é possível fazer isso sozinha ou com ajuda solidária de adultos que participam e se implicam com sua vida como professores, tios, avós, amigos da família, por exemplo. Até mesmo os pais podem ser sensibilizados pelo pedido de ajuda do filho. Por isso, nada de desistir ou de ter uma boa desculpa para não crescer.
DÍVIDAS
Dez razões pelas quais as pessoas se atolam em dívidas
InfoMoney
Diante da maior facilidade de acesso ao crédito, seja através do uso de cartão de crédito, limite do cheque especial ou das diversas linhas de antecipação de restituição de Imposto de Renda e décimo terceiro salário, muitos consumidores não resistem e acabam optando pelo financiamento de suas compras.
Neste contexto, não surpreende que um número crescente de pessoas acabe se atolando em dívidas.
Abaixo tentamos identificar 10 razões que levam as pessoas a se endividarem.
Perda de renda sem ajuste nas despesas
Curiosamente, pode-se observar que, quando o poder aquisitivo das pessoas aumenta, elas rapidamente tendem a aumentar seu padrão de gastos, ajustando-se à nova realidade de salário. Infelizmente, a contrapartida nem sempre é verdadeira, de forma que em geral o consumidor não ajusta seus gastos com a mesma rapidez diante de uma retração na renda.
Acreditando que a situação seja temporária, muitas pessoas optam por equilibrar o orçamento através do levantamento de dívidas. Porém, muitas vezes o temporário se transforma em permanente, e abre-se a porta para uma situação de desequilíbrio financeiro.
De repente você está desempregado!
A perda do emprego pode ser vista como uma das causas para a redução de renda, discutida acima. O maior problema aqui é subestimar o tempo e os custos associados à recolocação profissional, que podem inclusive acabar elevando padrões de gastos temporariamente. Nesta hora é importante não se abalar emocionalmente e agir rápido. Por mais que cortar gastos seja a última coisa que passe pela sua mente, ela deve ser, na verdade, a primeira providência a tomar.Não se esqueça que muitas empresas evitam contratar pessoas com crédito sujo. A razão por trás disso é simples: a preocupação com o gerenciamento financeiro das suas contas acaba prejudicando o desempenho do profissional
Despesas médicas podem acabar com sua saúde
Não são poucos os casos de pessoas que acabam sofrendo problemas de saúde, e por isso são forçadas a gastar com o tratamento, ou a se ausentar do trabalho. Por este motivo, sobretudo no caso de profissionais liberais e autônomos, vêem-se diante de dificuldades financeiras.
Nestas horas, levantar um financiamento pode ser a única alternativa para fazer o tratamento de saúde, ou para manter o pagamento das contas em dia, e assim evitar a inadimplência.
Divórcio: separação de bens, mas não de gastos
Mesmo que você não esteja casado, basta que se encontre em uma relação estável, para que possa ser atormentado pela realidade da divisão de bens, e até mesmo pagamento de pensão ao ex-cônjuge/companheiro.
De repente a pessoa passa de uma situação em que podia contar com a outra para dividir os gastos, para a realidade de não só ter que arcar com eles sozinha, mas ainda ter que partilhar parte de seu rendimento, ou patrimônio.
Isso sem falar, é claro, dos custos associados ao processo em si. Dependendo como se deu a separação, além de gastar com advogado, é possível que surja a necessidade de outros tratamentos, para possíveis traumas psicológicos, por exemplo.
Jogos e outros vícios
Ainda que o jogo seja ilegal no País, não há como negar sua existência. Infelizmente, muitas pessoas acabam viciadas, perdendo completamente o controle dos seus gastos.
Em alguns casos, o jogo é apenas um entre outras formas de vícios, que vão desde o consumo compulsivo até a dependência química por drogas. Os efeitos ao orçamento não precisam ser comentados.
Gastando aquilo que não recebeu
Não são poucos os casos em que isso acontece. Englobam filhos que antecipam o recebimento de bens ainda em inventário, ou profissionais que adiantam o recebimento de férias, décimo terceiro, ou bonificação anual extra.
Em algumas situações, contudo, esses recursos acabam não sendo recebidos, ou ficam abaixo do previsto, fazendo com que seja preciso levantar dívidas para arcar com os gastos antecipados.
Incapacidade de administrar dinheiro
Poucas pessoas investem tempo na gestão do seu orçamento e sabem para onde vai o seu dinheiro. Assim, a maioria acaba gastando mais do que pode. Um erro bastante freqüente é incluir o limite do cartão de crédito e/ou cheque especial como parte integrante da renda.
Não se esqueça que, ao contrário do rendimento de salário, estes recursos implicam em juros, e devem ser usados com cautela. Coloque no papel seus gastos e receitas e adote uma postura mais responsável com relação às suas decisões de consumo. Evite consumir por impulso!
Você vai se surpreender ao verificar como é gratificante ter suas finanças equilibradas.
Dificuldade de poupar
A forma mais simples de evitar o endividamento é efetivamente poupar e formar uma reserva para situações de emergência. Apesar disso, a maior parte das pessoas, independente de faixa de renda, encontra dificuldades em estabelecer uma estratégia de poupança. É exatamente esta reserva que permite que você não se endivide caso fique doente, perca o emprego ou venha a se separar.Lembre-se que é mais fácil encontrar pessoas arrependidas de terem consumido por impulso do que reclamando de que deixaram de consumir para poupar. Não é preciso muito para começar: sempre é possível separar 5% do que você ganha para investimento, basta adiar por algum tempo outro gasto menos essencial. É como reeducação alimentar, depois de algum tempo você se acostuma com os novos hábitos de consumo e se sente orgulhoso por isso.
Quando falar sobre dinheiro é tabu
Este é um problema que aflige muitas famílias. É importante que tanto o casal, e eventualmente os filhos, participem, na medida do possível, no estabelecimento de metas e objetivos de poupança e investimento. Se todos se mantiverem informados, é mais fácil comunicar quando um dos membros adota um padrão de gastos que não está de acordo com o orçamento!
Nestes casos, a transparência é muito importante. Todos precisam ser honestos e objetivos, caso contrário, as chances de você se surpreender no final do mês com uma conta absurda de celular do seu filho, ou de cartão de crédito da sua filha, são enormes.
Analfabetismo financeiro
Esta forma de analfabetismo atinge até mesmo os países mais desenvolvidos, onde uma parcela significativa da população é incapaz de gerir suas contas. Independente do grau de instrução, muitas pessoas simplesmente não apreciam a importância do planejamento financeiro.
No Brasil, pode-se dizer que existe uma herança claramente negativa do período hiper-inflacionário. Isso porque, diante de uma inflação mensal que chegou a superar 50%, o planejamento financeiro de longo prazo se tornava impossível.
Se você faz parte deste grupo de pessoas, está na hora de investir na sua educação. Assim como em qualquer outra área de ensino, o planejamento financeiro exige treinamento. A boa vantagem é que já existe muito material publicado sobre o tema, que pode ajudá-lo rapidamente a se tornar proficiente neste assunto.
InfoMoney
Diante da maior facilidade de acesso ao crédito, seja através do uso de cartão de crédito, limite do cheque especial ou das diversas linhas de antecipação de restituição de Imposto de Renda e décimo terceiro salário, muitos consumidores não resistem e acabam optando pelo financiamento de suas compras.
Neste contexto, não surpreende que um número crescente de pessoas acabe se atolando em dívidas.
Abaixo tentamos identificar 10 razões que levam as pessoas a se endividarem.
Perda de renda sem ajuste nas despesas
Curiosamente, pode-se observar que, quando o poder aquisitivo das pessoas aumenta, elas rapidamente tendem a aumentar seu padrão de gastos, ajustando-se à nova realidade de salário. Infelizmente, a contrapartida nem sempre é verdadeira, de forma que em geral o consumidor não ajusta seus gastos com a mesma rapidez diante de uma retração na renda.
Acreditando que a situação seja temporária, muitas pessoas optam por equilibrar o orçamento através do levantamento de dívidas. Porém, muitas vezes o temporário se transforma em permanente, e abre-se a porta para uma situação de desequilíbrio financeiro.
De repente você está desempregado!
A perda do emprego pode ser vista como uma das causas para a redução de renda, discutida acima. O maior problema aqui é subestimar o tempo e os custos associados à recolocação profissional, que podem inclusive acabar elevando padrões de gastos temporariamente. Nesta hora é importante não se abalar emocionalmente e agir rápido. Por mais que cortar gastos seja a última coisa que passe pela sua mente, ela deve ser, na verdade, a primeira providência a tomar.Não se esqueça que muitas empresas evitam contratar pessoas com crédito sujo. A razão por trás disso é simples: a preocupação com o gerenciamento financeiro das suas contas acaba prejudicando o desempenho do profissional
Despesas médicas podem acabar com sua saúde
Não são poucos os casos de pessoas que acabam sofrendo problemas de saúde, e por isso são forçadas a gastar com o tratamento, ou a se ausentar do trabalho. Por este motivo, sobretudo no caso de profissionais liberais e autônomos, vêem-se diante de dificuldades financeiras.
Nestas horas, levantar um financiamento pode ser a única alternativa para fazer o tratamento de saúde, ou para manter o pagamento das contas em dia, e assim evitar a inadimplência.
Divórcio: separação de bens, mas não de gastos
Mesmo que você não esteja casado, basta que se encontre em uma relação estável, para que possa ser atormentado pela realidade da divisão de bens, e até mesmo pagamento de pensão ao ex-cônjuge/companheiro.
De repente a pessoa passa de uma situação em que podia contar com a outra para dividir os gastos, para a realidade de não só ter que arcar com eles sozinha, mas ainda ter que partilhar parte de seu rendimento, ou patrimônio.
Isso sem falar, é claro, dos custos associados ao processo em si. Dependendo como se deu a separação, além de gastar com advogado, é possível que surja a necessidade de outros tratamentos, para possíveis traumas psicológicos, por exemplo.
Jogos e outros vícios
Ainda que o jogo seja ilegal no País, não há como negar sua existência. Infelizmente, muitas pessoas acabam viciadas, perdendo completamente o controle dos seus gastos.
Em alguns casos, o jogo é apenas um entre outras formas de vícios, que vão desde o consumo compulsivo até a dependência química por drogas. Os efeitos ao orçamento não precisam ser comentados.
Gastando aquilo que não recebeu
Não são poucos os casos em que isso acontece. Englobam filhos que antecipam o recebimento de bens ainda em inventário, ou profissionais que adiantam o recebimento de férias, décimo terceiro, ou bonificação anual extra.
Em algumas situações, contudo, esses recursos acabam não sendo recebidos, ou ficam abaixo do previsto, fazendo com que seja preciso levantar dívidas para arcar com os gastos antecipados.
Incapacidade de administrar dinheiro
Poucas pessoas investem tempo na gestão do seu orçamento e sabem para onde vai o seu dinheiro. Assim, a maioria acaba gastando mais do que pode. Um erro bastante freqüente é incluir o limite do cartão de crédito e/ou cheque especial como parte integrante da renda.
Não se esqueça que, ao contrário do rendimento de salário, estes recursos implicam em juros, e devem ser usados com cautela. Coloque no papel seus gastos e receitas e adote uma postura mais responsável com relação às suas decisões de consumo. Evite consumir por impulso!
Você vai se surpreender ao verificar como é gratificante ter suas finanças equilibradas.
Dificuldade de poupar
A forma mais simples de evitar o endividamento é efetivamente poupar e formar uma reserva para situações de emergência. Apesar disso, a maior parte das pessoas, independente de faixa de renda, encontra dificuldades em estabelecer uma estratégia de poupança. É exatamente esta reserva que permite que você não se endivide caso fique doente, perca o emprego ou venha a se separar.Lembre-se que é mais fácil encontrar pessoas arrependidas de terem consumido por impulso do que reclamando de que deixaram de consumir para poupar. Não é preciso muito para começar: sempre é possível separar 5% do que você ganha para investimento, basta adiar por algum tempo outro gasto menos essencial. É como reeducação alimentar, depois de algum tempo você se acostuma com os novos hábitos de consumo e se sente orgulhoso por isso.
Quando falar sobre dinheiro é tabu
Este é um problema que aflige muitas famílias. É importante que tanto o casal, e eventualmente os filhos, participem, na medida do possível, no estabelecimento de metas e objetivos de poupança e investimento. Se todos se mantiverem informados, é mais fácil comunicar quando um dos membros adota um padrão de gastos que não está de acordo com o orçamento!
Nestes casos, a transparência é muito importante. Todos precisam ser honestos e objetivos, caso contrário, as chances de você se surpreender no final do mês com uma conta absurda de celular do seu filho, ou de cartão de crédito da sua filha, são enormes.
Analfabetismo financeiro
Esta forma de analfabetismo atinge até mesmo os países mais desenvolvidos, onde uma parcela significativa da população é incapaz de gerir suas contas. Independente do grau de instrução, muitas pessoas simplesmente não apreciam a importância do planejamento financeiro.
No Brasil, pode-se dizer que existe uma herança claramente negativa do período hiper-inflacionário. Isso porque, diante de uma inflação mensal que chegou a superar 50%, o planejamento financeiro de longo prazo se tornava impossível.
Se você faz parte deste grupo de pessoas, está na hora de investir na sua educação. Assim como em qualquer outra área de ensino, o planejamento financeiro exige treinamento. A boa vantagem é que já existe muito material publicado sobre o tema, que pode ajudá-lo rapidamente a se tornar proficiente neste assunto.
MAIORIDADE PENAL: 18 OU 16?
A partir de que idade se prende um facínora? E para quem vão as palmas dos petistas
Reinaldo Azevedo
Estive anteontem com um amigo, advogado, um dos top ten do Brasil. Pra beber vinho e jogar conversa fora. Concordamos em muita coisa e divergimos em outras tantas: maioridade penal, por exemplo. Eu acho que tem de baixar para 16; ele, que tem de ficar como está porque o problema se encontra em outro lugar: na não-aplicação adequada da Lei de Execuções Penais, por exemplo. De fato, é uma porcaria. Mas ainda acho que não resolve a questão.
A partir de uma indagação retórica que ele me fez, avancei um pouco no pensamento. “Tá bom, Reinaldo: se baixarmos para 16, não aparecerá alguém propondo 14?” Como argumentar é um dos pilares do direito, então devolvi: “E de onde vem a marca mágica dos 18? Por que não 21?”. Meu amigo é um humanista, e não desses do pé quebrado. Sabe o que diz. Conhece a área. Está convicto de que, seguisse o país as leis que tem, a realidade seria bem outra.
Estou disposto a concordar com ele nesse particular. Mas não na questão da idade. É bem possível que, estabelecida a maioridade aos 16, o crime recrutasse jovens de 14 para praticar assassinatos. Então avanço para horror de alguns (uma mais, um a menos...): em alguns Estados americanos e na Inglaterra, não existe idade mínima para a aplicação de penas: existe a índole do criminoso, tenha a idade que tiver, avaliada por especialistas. Tinha ou não consciência da gravidade do ato que praticava? É isso o que importa.
Mas, sei, não chegaremos a isso. Então que nos fixemos na ampliação da internação dos menores, mas não para os ridículos cinco anos, como está propondo um juiz — hoje, o máximo é de 3 anos. O que ele quer? Soltar um dos facínoras que assassinaram o menino João quando ele estiver com 22 anos? A proposta razoável, parece, é a do governador José Serra: 10 anos a depender do crime.
Em tempo: esse meu amigo — e é um medalhão (não do tipo daquele conto do Machado) — me assegura que maioridade penal, nem com muita licença poético-jurídica, estaria abrigada pelas cláusulas pétreas da Constituição, matéria que tem sido objeto de debate neste blog.
A propósito: Lula ficou fazendo poesia ruim sobre o bárbaro assassinato. Os petistas o ouviram em silêncio. Quando ele criticou a maioridade penal aos 16 anos, aí aplaudiram com entusiasmo. A gente nota bem onde está o furor militante dessa gente. E não é com as vítimas.
SALVADOR: SAÚDE, ASSUNTO DE POLÍCIA
Do Ex-Blog de César Maia:
SUB-SECRETÁRIA PRESA ERA DO GABINETE DO HUMBERTO COSTA MINISTRO DA SAÚDE!
Sanguessugas, Vampiros, e agora assassinato relacionado a quem serviu no gabinete do sinistro ministro do PT!
Sub-Secretária de Saúde de Salvador é presa
Aglaé Souza e consultora do órgão são acusadas de mandar matar servidor responsável pelos pagamentos ao SUS
O crime ocorreu no dia 6 de janeiro, um sábado, dentro do prédio da Secretaria. Elas foram transferidas na tarde de ontem para a delegacia do município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Na última sexta-feira, um mês depois do crime, após saber da prisão temporária de Aglaé, o prefeito JoãoHenrique Carneiro determinou a exoneração da subsecretária e o cancelamento do contrato da consultora.
As suspeitas são de que o crime esteja vinculado às irregularidades e desvios de recursos federais. Conforme laudo médico divulgado na semana passada, Neylton foi vítima de espancamento e teve a glote partida.
Tânia trabalhou com o atual secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, quando ele respondia pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, na gestão deHumberto Costa.
SUB-SECRETÁRIA PRESA ERA DO GABINETE DO HUMBERTO COSTA MINISTRO DA SAÚDE!
Sanguessugas, Vampiros, e agora assassinato relacionado a quem serviu no gabinete do sinistro ministro do PT!
Sub-Secretária de Saúde de Salvador é presa
Aglaé Souza e consultora do órgão são acusadas de mandar matar servidor responsável pelos pagamentos ao SUS
O crime ocorreu no dia 6 de janeiro, um sábado, dentro do prédio da Secretaria. Elas foram transferidas na tarde de ontem para a delegacia do município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Na última sexta-feira, um mês depois do crime, após saber da prisão temporária de Aglaé, o prefeito JoãoHenrique Carneiro determinou a exoneração da subsecretária e o cancelamento do contrato da consultora.
As suspeitas são de que o crime esteja vinculado às irregularidades e desvios de recursos federais. Conforme laudo médico divulgado na semana passada, Neylton foi vítima de espancamento e teve a glote partida.
Tânia trabalhou com o atual secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, quando ele respondia pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, na gestão deHumberto Costa.
BB TEM NOVA LINHA PARA HABITAÇÃO
O Estado de São Paulo
Produto foi criado em parceria com o Poupex, de fundação do Exército, e destina-se às classes média e alta
O já aquecido mercado de financiamento imobiliário às classes média e alta ganha mais gás a partir de hoje, com a chegada de produto do Banco do Brasil (BB) em parceria com a Poupex, associação de poupança e empréstimo criada pela Fundação Habitacional do Exército. Com a iniciativa - ofertada por enquanto aos 7 milhões de correntistas com renda acima de R$ 4 mil dos segmentos Exclusivo, Estilo e Private e aos funcionários -, o BB concretiza a primeira fase do seu projeto de crédito imobiliário. “Vamos liberar até R$ 650 milhões este ano ”, diz Denilson Molina, gerente do Projeto de Crédito Imobiliário. A quantia vai crescer no segundo semestre, na segunda fase do projeto.
A iniciativa do BB vem ao encontro de uma avaliação feita pelo presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Décio Tenerelo: “Os bancos passaram a olhar o crédito imobiliário como negócio e não mais como obrigação”. O volume de financiamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo de R$ 4,85 bilhões em 2005 dobrou para R$ 9,49 bilhões em 2006. Neste ano, deve chegar a R$ 11 bilhões. Somados aos do FGTS, os recursos sobem para R$ 19 bilhões.
“O BB já era parceiro da Poupex na captação de poupança”, explica Molina. “Fizemos um acordo pelo qual nos comprometemos a fazer um esforço para obter um incremento na captação da Poupex que vai voltar para o banco na forma de crédito imobiliário aos clientes.” Os depósitos em poupança do BB financiam o setor agrícola.
A segunda fase será marcada pelo lançamento de um produto próprio do banco, que está sendo estruturado. “Os demais clientes terão acesso ao crédito por meio desse produto.” O banco tem cerca de 22 milhões de clientes pessoas físicas e vai entrar na seara da Caixa, que reservou R$ 4 bilhões para empréstimos à classe média e alta este ano. “Não há nenhum problema nisso; já competimos em outros produtos”, diz Molina.
A entrada no crédito imobiliário era um desejo antigo, segundo o gerente. O banco percebeu que a fidelização do cliente é cada vez mais determinante no sucesso e que o crédito imobiliário é ideal para isso porque mantém o correntista ligado à instituição. “Nossos clientes passaram a ser alvo de propostas de negócios de outros bancos e precisávamos reagir.”
O BB oferece financiamento de até 15 anos pelo SFH e Carteira Hipotecária com juros de 10,49% e 12%, mais TR, respectivamente.
Produto foi criado em parceria com o Poupex, de fundação do Exército, e destina-se às classes média e alta
O já aquecido mercado de financiamento imobiliário às classes média e alta ganha mais gás a partir de hoje, com a chegada de produto do Banco do Brasil (BB) em parceria com a Poupex, associação de poupança e empréstimo criada pela Fundação Habitacional do Exército. Com a iniciativa - ofertada por enquanto aos 7 milhões de correntistas com renda acima de R$ 4 mil dos segmentos Exclusivo, Estilo e Private e aos funcionários -, o BB concretiza a primeira fase do seu projeto de crédito imobiliário. “Vamos liberar até R$ 650 milhões este ano ”, diz Denilson Molina, gerente do Projeto de Crédito Imobiliário. A quantia vai crescer no segundo semestre, na segunda fase do projeto.
A iniciativa do BB vem ao encontro de uma avaliação feita pelo presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Décio Tenerelo: “Os bancos passaram a olhar o crédito imobiliário como negócio e não mais como obrigação”. O volume de financiamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo de R$ 4,85 bilhões em 2005 dobrou para R$ 9,49 bilhões em 2006. Neste ano, deve chegar a R$ 11 bilhões. Somados aos do FGTS, os recursos sobem para R$ 19 bilhões.
“O BB já era parceiro da Poupex na captação de poupança”, explica Molina. “Fizemos um acordo pelo qual nos comprometemos a fazer um esforço para obter um incremento na captação da Poupex que vai voltar para o banco na forma de crédito imobiliário aos clientes.” Os depósitos em poupança do BB financiam o setor agrícola.
A segunda fase será marcada pelo lançamento de um produto próprio do banco, que está sendo estruturado. “Os demais clientes terão acesso ao crédito por meio desse produto.” O banco tem cerca de 22 milhões de clientes pessoas físicas e vai entrar na seara da Caixa, que reservou R$ 4 bilhões para empréstimos à classe média e alta este ano. “Não há nenhum problema nisso; já competimos em outros produtos”, diz Molina.
A entrada no crédito imobiliário era um desejo antigo, segundo o gerente. O banco percebeu que a fidelização do cliente é cada vez mais determinante no sucesso e que o crédito imobiliário é ideal para isso porque mantém o correntista ligado à instituição. “Nossos clientes passaram a ser alvo de propostas de negócios de outros bancos e precisávamos reagir.”
O BB oferece financiamento de até 15 anos pelo SFH e Carteira Hipotecária com juros de 10,49% e 12%, mais TR, respectivamente.
COM LULA, PREVIDÊNCIA PIORA
Previdência piora sob Lula, diz nova conta
Novo metódo de cálculo das contas do INSS mostra que resultados negativos começaram em 2003, no início da gestão petista
Em 2002, último ano da gestão FHC, houve superávit de R$ 4,533 bilhões; no ano seguinte, as contas do INSS tiveram déficit de R$ 903 mi
Recém-proposta pelo governo, a nova metodologia para contabilizar os resultados do Instituto Nacional do Seguro Social aponta que o déficit da Previdência começou no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O novo critério - que, segundo o governo, torna mais claras as causas e as dimensões do déficit- isola das contas as receitas e despesas do setor rural, subsidiado pela legislação, e soma às receitas as estimativas de benefícios fiscais baseados na contribuição ao INSS.
Com base em dados oficiais, a Folha calculou, a partir dessa metodologia, o resultado da Previdência desde 2000. Os números mostram uma brusca piora em 2003, na estréia da administração petista.
Até 2002, as contribuições de trabalhadores urbanos - somadas aos benefícios fiscais dados a entidades filantrópicas e a micro e pequenas empresas - era suficiente para bancar aposentadorias, pensões e auxílios em casos de doenças e acidentes nas cidades.
Naquele ano, o superávit foi de R$ 4,533 bilhões, com queda de 24,3% em relação aos R$ 5,992 bilhões de 2001. Mas em 2003 a deterioração do resultado é muito mais evidente, com um déficit de R$ 903 milhões.
O motivo foi a disparada das despesas, que cresceram 22% em relação ao ano anterior, a maior taxa do período. E não se pode culpar o reajuste do salário mínimo da época - apenas 1,2% superior à inflação.
Confrontada com os dados, a Previdência - que, até então, só havia divulgado os resultados de 2006 - enviou na sexta-feira uma série histórica à Folha. Os dados coincidem até 2002, mas o cálculo para benefícios fiscais a partir do governo Lula é diferente dos utilizados pela reportagem, a partir de tabela oficial publicada em anexo ao Orçamento da União de 2006.
A nova versão oficial registra superávit de R$ 322 milhões em 2003 e déficit de R$ 1,843 bilhão em 2004. Também nesse cenário, a piora do resultado se acelera na gestão Lula.
Fonte: Folha de São Paulo
Novo metódo de cálculo das contas do INSS mostra que resultados negativos começaram em 2003, no início da gestão petista
Em 2002, último ano da gestão FHC, houve superávit de R$ 4,533 bilhões; no ano seguinte, as contas do INSS tiveram déficit de R$ 903 mi
Recém-proposta pelo governo, a nova metodologia para contabilizar os resultados do Instituto Nacional do Seguro Social aponta que o déficit da Previdência começou no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O novo critério - que, segundo o governo, torna mais claras as causas e as dimensões do déficit- isola das contas as receitas e despesas do setor rural, subsidiado pela legislação, e soma às receitas as estimativas de benefícios fiscais baseados na contribuição ao INSS.
Com base em dados oficiais, a Folha calculou, a partir dessa metodologia, o resultado da Previdência desde 2000. Os números mostram uma brusca piora em 2003, na estréia da administração petista.
Até 2002, as contribuições de trabalhadores urbanos - somadas aos benefícios fiscais dados a entidades filantrópicas e a micro e pequenas empresas - era suficiente para bancar aposentadorias, pensões e auxílios em casos de doenças e acidentes nas cidades.
Naquele ano, o superávit foi de R$ 4,533 bilhões, com queda de 24,3% em relação aos R$ 5,992 bilhões de 2001. Mas em 2003 a deterioração do resultado é muito mais evidente, com um déficit de R$ 903 milhões.
O motivo foi a disparada das despesas, que cresceram 22% em relação ao ano anterior, a maior taxa do período. E não se pode culpar o reajuste do salário mínimo da época - apenas 1,2% superior à inflação.
Confrontada com os dados, a Previdência - que, até então, só havia divulgado os resultados de 2006 - enviou na sexta-feira uma série histórica à Folha. Os dados coincidem até 2002, mas o cálculo para benefícios fiscais a partir do governo Lula é diferente dos utilizados pela reportagem, a partir de tabela oficial publicada em anexo ao Orçamento da União de 2006.
A nova versão oficial registra superávit de R$ 322 milhões em 2003 e déficit de R$ 1,843 bilhão em 2004. Também nesse cenário, a piora do resultado se acelera na gestão Lula.
Fonte: Folha de São Paulo
11 fevereiro 2007
FAMÍLIA TEM DE SER CARETA
Lya Luft
"Quem não estiver disposto a dizer 'não' na hora certa e se fizer de vítima dos filhos,que por favor não finja que é mãe ou pai"
Esperando uma reação de espanto ou contrariedade ao título acima, tento explicar: acho, sim, que família deve ser careta, e que isso há de ser um bem incomparável neste mundo tantas vezes fascinante e tantas vezes cruel. Dizendo isso não falo em rigidez, que os deuses nos livrem dela. Nem em pais sacrificiais, que nos encherão de culpa e impedirão que a gente cresça e floresça. Não penso em frieza e omissão, que nos farão órfãos desde sempre, nem em controle doentio – que o destino não nos reserve esse mal dos males. Nem de longe aceito moralismo e preconceito, mesmo (ou sobretudo) disfarçado de religião, qualquer que seja ela, pois isso seria a diversão maior do demônio.
Falo em carinho, não castração. Penso em cuidados, não suspeita. Imagino presença e escuta, camaradagem e delicadeza, sobretudo senso de proteção. Não revirar gavetas, esvaziar bolsos, ler e-mails, escutar no telefone, indignidades legítimas em casos extremos, de drogas ou outras desgraças, mas que em situação normal combinam com velhos internatos, não com família amorosa. Falo em respeito com a criança ou o adolescente, porque são pessoas, em entendimento entre pai e mãe – também depois de uma separação, pois naturalmente pessoas dignas preservam a elegância e não querem se vingar ou continuar controlando o outro através dos filhos.
Interesse não é fiscalizar ou intrometer-se, bater ou insultar, mas acompanhar, observar, dialogar, saber. Vejo crianças de 10, 11 anos freqüentando festas noturnas com a aquiescência de pais irresponsáveis, ou porque os pais nem ao menos sabem onde elas andam. Vejo adolescentes e pré-adolescentes embriagados fazendo rachas alta noite ou cambaleando pela calçada ao amanhecer, jogando garrafas em carros que passam, insultando transeuntes – onde estão os pais?
Como não saber que sites da internet as crianças e os jovenzinhos freqüentam, com quem saem, onde passam o fim de semana e com quem? Como não saber o que se passa com eles? Sei de meninas, quase crianças, parindo sozinhas no banheiro, e ninguém em casa sabia que estavam grávidas, nem mãe nem pai. Elas simplesmente não existiam, a não ser como eventual motivo de irritação.
Não entendo a maior parte das coisas solitárias e tristes que vicejam onde deveria haver acolhimento, alguma segurança e paz, na família. Talvez tenhamos perdido o bom senso. Não escutamos a voz arcaica que nos faria atender as crias indefesas – e não me digam que crianças de 11 anos ou adolescentes de 15 (a não ser os monstros morais de que falei na crônica anterior) dispensam pai e mãe. Também não me digam que não têm tempo para a família porque trabalham demais para sustentá-la. Andamos aflitos e confusos por teorias insensatas, trabalhando além do necessário, mas dizendo que é para dar melhor nível de vida aos meninos. Com essa desculpa não os preparamos para este mundo difícil. Se acham que filho é tormento e chateação, mais uma carga do que uma felicidade, não deviam ter tido família. Pois quem tem filho é, sim, gravemente responsável. Paternidade é função para a qual não há férias, 13º, aposentadoria. Não é cargo para um fiscal tirano nem para um amiguinho a mais: é para ser pai, é para ser mãe.
É preciso ser amorosamente atento, amorosamente envolvido, amorosamente interessado. Difícil, muito difícil, pois os tempos trabalham contra isso. Mas quem não estiver disposto, quem não conseguir dizer "não" na hora certa e procurar se informar para saber quando é a hora certa, quem se fizer de vítima dos filhos, quem se sentir sacrificado, aturdido, incomodado, que por favor não finja que é mãe ou pai. Descarte esse papel de uma vez, encare a educação como função da escola, diga que hoje é todo mundo desse jeito, que não existe mais amor nem autoridade... e deixe os filhos entregues à própria sorte.
Pois, se você se sentir assim, já não terá mais família nem filhos nem aconchego num lugar para onde você e eles gostem de voltar, onde gostem de estar. Você vive uma ilusão de família. Fundou um círculo infernal onde se alimentam rancores e reina o desamparo, onde todos se evitam, não se compreendem, muito menos se respeitam.
Por tudo isso e muito mais, à família moderninha, com filhos nas mãos de uma gatinha vagamente idiotizada e um gatão irresponsável, eu prefiro a família dita careta: em que existe alguma ordem, responsabilidade, autoridade, mas também carinho e compreensão, bom humor, sentimento de pertença, nunca sujeição.
É bom começar a tentar, ou parar de brincar de casinha: a vida é dura e os meninos não pediram para nascer.
"Quem não estiver disposto a dizer 'não' na hora certa e se fizer de vítima dos filhos,que por favor não finja que é mãe ou pai"
Esperando uma reação de espanto ou contrariedade ao título acima, tento explicar: acho, sim, que família deve ser careta, e que isso há de ser um bem incomparável neste mundo tantas vezes fascinante e tantas vezes cruel. Dizendo isso não falo em rigidez, que os deuses nos livrem dela. Nem em pais sacrificiais, que nos encherão de culpa e impedirão que a gente cresça e floresça. Não penso em frieza e omissão, que nos farão órfãos desde sempre, nem em controle doentio – que o destino não nos reserve esse mal dos males. Nem de longe aceito moralismo e preconceito, mesmo (ou sobretudo) disfarçado de religião, qualquer que seja ela, pois isso seria a diversão maior do demônio.
Falo em carinho, não castração. Penso em cuidados, não suspeita. Imagino presença e escuta, camaradagem e delicadeza, sobretudo senso de proteção. Não revirar gavetas, esvaziar bolsos, ler e-mails, escutar no telefone, indignidades legítimas em casos extremos, de drogas ou outras desgraças, mas que em situação normal combinam com velhos internatos, não com família amorosa. Falo em respeito com a criança ou o adolescente, porque são pessoas, em entendimento entre pai e mãe – também depois de uma separação, pois naturalmente pessoas dignas preservam a elegância e não querem se vingar ou continuar controlando o outro através dos filhos.
Interesse não é fiscalizar ou intrometer-se, bater ou insultar, mas acompanhar, observar, dialogar, saber. Vejo crianças de 10, 11 anos freqüentando festas noturnas com a aquiescência de pais irresponsáveis, ou porque os pais nem ao menos sabem onde elas andam. Vejo adolescentes e pré-adolescentes embriagados fazendo rachas alta noite ou cambaleando pela calçada ao amanhecer, jogando garrafas em carros que passam, insultando transeuntes – onde estão os pais?
Como não saber que sites da internet as crianças e os jovenzinhos freqüentam, com quem saem, onde passam o fim de semana e com quem? Como não saber o que se passa com eles? Sei de meninas, quase crianças, parindo sozinhas no banheiro, e ninguém em casa sabia que estavam grávidas, nem mãe nem pai. Elas simplesmente não existiam, a não ser como eventual motivo de irritação.
Não entendo a maior parte das coisas solitárias e tristes que vicejam onde deveria haver acolhimento, alguma segurança e paz, na família. Talvez tenhamos perdido o bom senso. Não escutamos a voz arcaica que nos faria atender as crias indefesas – e não me digam que crianças de 11 anos ou adolescentes de 15 (a não ser os monstros morais de que falei na crônica anterior) dispensam pai e mãe. Também não me digam que não têm tempo para a família porque trabalham demais para sustentá-la. Andamos aflitos e confusos por teorias insensatas, trabalhando além do necessário, mas dizendo que é para dar melhor nível de vida aos meninos. Com essa desculpa não os preparamos para este mundo difícil. Se acham que filho é tormento e chateação, mais uma carga do que uma felicidade, não deviam ter tido família. Pois quem tem filho é, sim, gravemente responsável. Paternidade é função para a qual não há férias, 13º, aposentadoria. Não é cargo para um fiscal tirano nem para um amiguinho a mais: é para ser pai, é para ser mãe.
É preciso ser amorosamente atento, amorosamente envolvido, amorosamente interessado. Difícil, muito difícil, pois os tempos trabalham contra isso. Mas quem não estiver disposto, quem não conseguir dizer "não" na hora certa e procurar se informar para saber quando é a hora certa, quem se fizer de vítima dos filhos, quem se sentir sacrificado, aturdido, incomodado, que por favor não finja que é mãe ou pai. Descarte esse papel de uma vez, encare a educação como função da escola, diga que hoje é todo mundo desse jeito, que não existe mais amor nem autoridade... e deixe os filhos entregues à própria sorte.
Pois, se você se sentir assim, já não terá mais família nem filhos nem aconchego num lugar para onde você e eles gostem de voltar, onde gostem de estar. Você vive uma ilusão de família. Fundou um círculo infernal onde se alimentam rancores e reina o desamparo, onde todos se evitam, não se compreendem, muito menos se respeitam.
Por tudo isso e muito mais, à família moderninha, com filhos nas mãos de uma gatinha vagamente idiotizada e um gatão irresponsável, eu prefiro a família dita careta: em que existe alguma ordem, responsabilidade, autoridade, mas também carinho e compreensão, bom humor, sentimento de pertença, nunca sujeição.
É bom começar a tentar, ou parar de brincar de casinha: a vida é dura e os meninos não pediram para nascer.
HEIL, HOMER!
Diogo Mainardi
"Charles Murray diz que ninguém descobriu uma maneira para aumentar o QI das pessoas. O que Homer Simpson e eu podemos garantir é que há uma maneira para diminuí-lo. O Brasil é a melhor prova disso."
Homer Simpson está esgoelando seu filho Bart. A troco de nada, ele pergunta:
– Pode haver país pior do que o Brasil?
Bart responde imediatamente:
– Nenhum país é pior do que o Brasil.
Homer Simpson se satisfaz com a resposta e solta a garganta de Bart.
A cena ocorreu num dos últimos episódios de Os Simpsons. O seriado está em sua 18ª temporada. É melhor do que toda a cinematografia americana do período. Martin Scorsese? Tim Burton? Joel e Ethan Cohen? Ninguém é páreo para Os Simpsons. Quem afirmar o contrário merece ser esgoelado.
Homer Simpson entende de Brasil. Ele sabe que Gregory Peck se refugiou em Bertioga e espalhou entre nós cópias geneticamente perfeitas de Hitler. Conheço um monte delas. Homer Simpson sabe também que os brasileiros voltaram ao passado pelo túnel do tempo. Sérgio Buarque de Holanda? Paulo Prado? Gilberto Freyre? Ninguém entende tanto de Brasil quanto Homer Simpson. Heil, Homer!
Se todos os pais esgoelassem seus filhos e os obrigassem a repetir diariamente que nenhum país é pior do que o Brasil, já estariam cumprindo seu papel. Apesar de seus modos rudes, apesar de sua falta de cultura, Homer Simpson educa direitinho o pequeno Bart. Quero educar meus filhos desse mesmo jeito. O único ensinamento que posso lhes dar sem medo de me arrepender é que nenhum lugar é pior do que este. O que a escola ensinará a eles é bem mais incerto. Os pedagogos petistas decidiram distribuir aos alunos uma cartilha ensinando a usar camisinha. A prática é descrita nos seguintes termos: "O pirata de barba negra e de um olho só encontra o capuz emborrachado". A pedagogia petista está mais para Beavis e Butthead do que para Homer Simpson. Se é assim, sugiro recorrer diretamente ao professor Edélsio Tavares, o mestre da imagem elegante: "A cobra caolha encapuzada que se aninha junto ao bolso esquerdo dos homens."
A escola nunca me ensinou a encapuzar o pirata de barba negra ou a cobra caolha. Aprendi fora da escola. Pensando bem, tudo o que eu aprendi – de útil ou de inútil –, aprendi fora da escola, em geral sendo esgoelado por meus pais. Quem argumentou que a gente perde tempo demais na escola foi Charles Murray, aquele da Curva do Sino. Num artigo recente, ele afirmou que 50% dos alunos possuem um QI menor do que 100. Isso significa que, por mais que se empenhem, jamais conseguirão aprender a ler um período mais elaborado, simplesmente porque lhes falta inteligência. Em vez de ensiná-los a ser maus médicos e maus engenheiros, portanto, é melhor ensiná-los a ser bons marceneiros e bons encanadores.
Pelos cálculos de Charles Murray, o ensino superior só faz sentido para quem tem um QI superior a 115. Isso corresponde a 15% do total de alunos. O resto de nós pode se arranjar perfeitamente sem se sacrificar na escola. Charles Murray diz que ninguém descobriu uma maneira para aumentar o QI das pessoas. O que Homer Simpson e eu podemos garantir é que há uma maneira para diminuí-lo. O Brasil é a melhor prova disso.
"Charles Murray diz que ninguém descobriu uma maneira para aumentar o QI das pessoas. O que Homer Simpson e eu podemos garantir é que há uma maneira para diminuí-lo. O Brasil é a melhor prova disso."
Homer Simpson está esgoelando seu filho Bart. A troco de nada, ele pergunta:
– Pode haver país pior do que o Brasil?
Bart responde imediatamente:
– Nenhum país é pior do que o Brasil.
Homer Simpson se satisfaz com a resposta e solta a garganta de Bart.
A cena ocorreu num dos últimos episódios de Os Simpsons. O seriado está em sua 18ª temporada. É melhor do que toda a cinematografia americana do período. Martin Scorsese? Tim Burton? Joel e Ethan Cohen? Ninguém é páreo para Os Simpsons. Quem afirmar o contrário merece ser esgoelado.
Homer Simpson entende de Brasil. Ele sabe que Gregory Peck se refugiou em Bertioga e espalhou entre nós cópias geneticamente perfeitas de Hitler. Conheço um monte delas. Homer Simpson sabe também que os brasileiros voltaram ao passado pelo túnel do tempo. Sérgio Buarque de Holanda? Paulo Prado? Gilberto Freyre? Ninguém entende tanto de Brasil quanto Homer Simpson. Heil, Homer!
Se todos os pais esgoelassem seus filhos e os obrigassem a repetir diariamente que nenhum país é pior do que o Brasil, já estariam cumprindo seu papel. Apesar de seus modos rudes, apesar de sua falta de cultura, Homer Simpson educa direitinho o pequeno Bart. Quero educar meus filhos desse mesmo jeito. O único ensinamento que posso lhes dar sem medo de me arrepender é que nenhum lugar é pior do que este. O que a escola ensinará a eles é bem mais incerto. Os pedagogos petistas decidiram distribuir aos alunos uma cartilha ensinando a usar camisinha. A prática é descrita nos seguintes termos: "O pirata de barba negra e de um olho só encontra o capuz emborrachado". A pedagogia petista está mais para Beavis e Butthead do que para Homer Simpson. Se é assim, sugiro recorrer diretamente ao professor Edélsio Tavares, o mestre da imagem elegante: "A cobra caolha encapuzada que se aninha junto ao bolso esquerdo dos homens."
A escola nunca me ensinou a encapuzar o pirata de barba negra ou a cobra caolha. Aprendi fora da escola. Pensando bem, tudo o que eu aprendi – de útil ou de inútil –, aprendi fora da escola, em geral sendo esgoelado por meus pais. Quem argumentou que a gente perde tempo demais na escola foi Charles Murray, aquele da Curva do Sino. Num artigo recente, ele afirmou que 50% dos alunos possuem um QI menor do que 100. Isso significa que, por mais que se empenhem, jamais conseguirão aprender a ler um período mais elaborado, simplesmente porque lhes falta inteligência. Em vez de ensiná-los a ser maus médicos e maus engenheiros, portanto, é melhor ensiná-los a ser bons marceneiros e bons encanadores.
Pelos cálculos de Charles Murray, o ensino superior só faz sentido para quem tem um QI superior a 115. Isso corresponde a 15% do total de alunos. O resto de nós pode se arranjar perfeitamente sem se sacrificar na escola. Charles Murray diz que ninguém descobriu uma maneira para aumentar o QI das pessoas. O que Homer Simpson e eu podemos garantir é que há uma maneira para diminuí-lo. O Brasil é a melhor prova disso.
LULA QUER 3º MANDATO
Lula insinua que quer disputar 3º mandato em 2014
Josias de Souza
Lula quer aprovar no Congresso uma emenda que acabe com o instituto da reeleição. Acha que vai chegar a 2010 em condições de influir na própria sucessão. Rebate com veemência a especulação de que flertaria com a idéia de alterar a legislação apenas para poder concorrer a um terceiro mandato consecutivo. Mas admite claramente a hipótese de disputar eleições presidenciais, de novo, em 2014.
As opiniões do presidente foram recolhidas dos diálogos que ele manteve durante sua passagem pela festa de aniversário de 27 anos do PT. Lula aparentemente desejava que suas idéias viessem a público. Abriu-as a mais de uma pessoa. Embora tivesse falado em reserva, longe de jornalistas, sabia, por óbvio, que suas palavras não seriam guardadas em segredo.
Na opinião do presidente, se tiver juízo, o PT ainda pode firmar-se como alternativa presidencial em 2010. Mesmo sem que ele esteja no páreo. Mencionou alguns nomes. O repórter conseguiu recolher dois: Jaques Wagner, governador da Bahia, e Marta Suplicy, potencial ministra da equipe do segundo mandato.
Não será, porém, uma tarefa simples. Lula deu a entender que, se necessário, não hesitará em apoiar um candidato de fora de seu partido. Citou o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Seja quem for o candidato, petista ou não, só terá chances efetivas, acredita Lula, se for hábil o bastante para construir em torno de si uma aliança pluripartidária que inclua o PMDB.
Lula não deixou dúvidas quanto à vontade que tem de chegar a 2010 como um grande eleitor. Condicionou a capacidade de influir na própria sucessão ao comportamento da economia nos próximos quatro anos. Ele se disse convencido de que o PIB irá crescer a médias superiores às registradas na última década. Não falou em percentuais.
Uma das pessoas que ouviram o presidente animou-se a provocá-lo, em tom de brincadeira. Disse que, se o país crescesse de forma consistente, Lula seria imbatível em 2010. Foi nesse ponto, segundo relato ouvido pelo repórter, que Lula afastou a idéia. Chegou mesmo a dizer que o Brasil não é a Venezuela. Uma alusão à decisão de Hugo Chávez de instituir em seu país a reeleição perpétua.
O presidente declarou, na seqüência, que se considera bem de saúde. Disse que, derrubada a reeleição, o próximo presidente teria “apenas” quatro ou cinco anos de mandato, a depender do prazo que vier a ser fixado na hora em que a constituição for modificada. Quem o ouviu ficou com a nítida impressão de que Lula cultiva o sonho de retornar ao Planalto na sucessão do seu sucessor.
Josias de Souza
Lula quer aprovar no Congresso uma emenda que acabe com o instituto da reeleição. Acha que vai chegar a 2010 em condições de influir na própria sucessão. Rebate com veemência a especulação de que flertaria com a idéia de alterar a legislação apenas para poder concorrer a um terceiro mandato consecutivo. Mas admite claramente a hipótese de disputar eleições presidenciais, de novo, em 2014.
As opiniões do presidente foram recolhidas dos diálogos que ele manteve durante sua passagem pela festa de aniversário de 27 anos do PT. Lula aparentemente desejava que suas idéias viessem a público. Abriu-as a mais de uma pessoa. Embora tivesse falado em reserva, longe de jornalistas, sabia, por óbvio, que suas palavras não seriam guardadas em segredo.
Na opinião do presidente, se tiver juízo, o PT ainda pode firmar-se como alternativa presidencial em 2010. Mesmo sem que ele esteja no páreo. Mencionou alguns nomes. O repórter conseguiu recolher dois: Jaques Wagner, governador da Bahia, e Marta Suplicy, potencial ministra da equipe do segundo mandato.
Não será, porém, uma tarefa simples. Lula deu a entender que, se necessário, não hesitará em apoiar um candidato de fora de seu partido. Citou o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Seja quem for o candidato, petista ou não, só terá chances efetivas, acredita Lula, se for hábil o bastante para construir em torno de si uma aliança pluripartidária que inclua o PMDB.
Lula não deixou dúvidas quanto à vontade que tem de chegar a 2010 como um grande eleitor. Condicionou a capacidade de influir na própria sucessão ao comportamento da economia nos próximos quatro anos. Ele se disse convencido de que o PIB irá crescer a médias superiores às registradas na última década. Não falou em percentuais.
Uma das pessoas que ouviram o presidente animou-se a provocá-lo, em tom de brincadeira. Disse que, se o país crescesse de forma consistente, Lula seria imbatível em 2010. Foi nesse ponto, segundo relato ouvido pelo repórter, que Lula afastou a idéia. Chegou mesmo a dizer que o Brasil não é a Venezuela. Uma alusão à decisão de Hugo Chávez de instituir em seu país a reeleição perpétua.
O presidente declarou, na seqüência, que se considera bem de saúde. Disse que, derrubada a reeleição, o próximo presidente teria “apenas” quatro ou cinco anos de mandato, a depender do prazo que vier a ser fixado na hora em que a constituição for modificada. Quem o ouviu ficou com a nítida impressão de que Lula cultiva o sonho de retornar ao Planalto na sucessão do seu sucessor.
10 fevereiro 2007
MARTA SUPLICY
Marta é só o petismo que veste Prada
Reinaldo Azevedo
Havia um tempo em que o máximo de reflexão a que Marta Suplicy se permitia eram rasgos poéticos como: “Não importa o tamanho da varinha, mas a mágica que ela faz”, o que, diga-se de resto, nem mesmo é matéria consensual, if you know... Há muitas moças que dizem não ser bem assim. Esse diminutivo, “varinha”, ofende a condição masculina, rá, rá, rá. Hoje em dia, a sexóloga se transformou em politicóloga. E debate questões muito profundas, como os destinos das democracias contemporâneas. E não me acusem de machista. Até hoje, o meu político britânico preferido, depois de Churchill, é mulher. Vocês sabem quem é. Condoleezza Rice é outra mulher de primeiro time. Até a democrata meio doidivanas Hillary Clinton tem o meu respeito. No episódio daquela moça que cospe em vestidos e não os lava depois, ela se comportou de uma forma altaneira. Eleanor Roosevelt podia ter lá suas infelicidades, mas também estava no degrau de cima. Já disse: sou mulherista e um tanto tradicionalista: sou casado com mulher e tenho duas filhas. Até os bichos aqui de casa são mocinhas — quer dizer, não sei a tartaruga: uma das meninas a batizou “Avril”; “a Avril” (pronuncia-se qualquer coisa entre “Êivril” e “Évril”, por favor, ou ela não atende...).Dona Marta está na Bahia, onde o PT realiza um encontro. Seu grupo, que ela nega existir como tal, é autor de uma proposta que concede ao presidente da República o poder de convocar plebiscitos sem necessidade de prévia autorização do Congresso. Dona Marta, pelo visto, está disposta a cutucar a democracia — ou o monstro do autoritarismo, a depender da leitura — com vara curta. Em vez de mágica, pode é rolar uma feitiçaria. Ela nega, evidentemente, que tal proposta daria a Lula o poder de, por exemplo, propor um plebiscito sobre se deve ou não disputar um terceiro mandato. O que é isso, madame? Daremos ao presidente o poder de decidir que plebiscito fazer, mas diremos: “Menos sobre isto, hein, Lula. O resto pode”.Segundo a nossa teórica da política com vara curta, as democracias modernas todas têm mecanismos de consulta popular. É verdade: mas nenhuma por vontade exclusiva do supremo mandatário, minha senhora. A exceção seria a Venezuela. “Seria”, já que a Venezuela não é uma “democracia moderna”, e sim uma ditadura atrasada.Marta vai além: “O que se pensou foi na resolução de grandes questões, difíceis de serem resolvidas e que precisam ter respaldo mais amplo, como foi o caso do referendo sobre as armas". É mesmo? H. L. Mencken nesta senhora: para cada problema complexo, há sempre uma solução fácil, clara e errada. Ademais, o referendo das armas passou, sim, pelo Congresso, madame.Ela tem razão numa coisa: o tal grupo que anda a pensar essas barbaridades não é, com efeito, “o grupo de Marta”. Ela não tem formação política nem alcance teórico para saber o que querem esses patriotas. A ex-prefeita é só um nomão que “lava” um grupo de “pensadores” bem mais obscuros. E perigosos. Candido Vaccarezza, por exemplo, tem pouco de Voltaire e muito de Beria, o chefe da polícia e braço direito de Stálin.
Marta é só o petismo que veste Prada.
08 fevereiro 2007
BRASIL COM VENEZUELA
Brasil se recusa a ajudar EUA a conter Chávez
Os EUA ouviram ontem uma polida negativa diplomática sobre a possibilidade de o Brasil auxiliar o governo Bush a conter o venezuelano Hugo Chávez.
O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, ouviu do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) que a política de isolamento não dá resultado e acabou concordando com a necessidade de diálogo direto."
O Brasil não fica passando recado. Eles têm embaixador lá. Há formas de diálogo sem necessidade de que o Brasil se arvore como mediador", disse Amorim, que lembrou ao subsecretário que o Brasil já participou de iniciativas passadas nesse sentido, a exemplo do Grupo de Amigos da Venezuela.
Ele ouviu de Burns que "os EUA também têm disposição para o diálogo"."O que sempre digo, e ele não discordou, é que a boa política é a do diálogo, mas claro que é preciso que os dois queiram dialogar", disse Amorim.
Segundo ele, a conversa sobre a Venezuela ocupou pequena parte do encontro e não se discutiu como estabelecer esse diálogo.
Estão em negociações as datas de um encontro entre os presidentes Lula e George W. Bush e uma nova visita da secretária de Estado Condoleezza Rice ao Brasil.
Em Washington, Rice atacou Chávez ontem: "Penso que o presidente da Venezuela está destruindo seu país, econômica e politicamente".
Fonte: Folha de São Paulo
O PARANÁ E O VOTO
O Paraná lidera um triste ranking: foi o Estado onde mais houve oferta de compra de voto na última eleição.
Cerca de 1 milhão e 300 mil eleitores receberam proposta para vender seu voto, o que corresponde a 22% do eleitorado paranaense.
Por incrível que pareça, os jovens entre 16 e 24 anos são os favoritos no "aliciamento".
Também caiu por terra o mito de que os eleitores mais pobres e menos esclarecidos eram os mais visados. A vergonhosa compra de voto ocorre indiscriminadamente, cidades grandes e pequenas, onde se despreza também renda ou grau de escolaridade dos eleitores.
Como mudar? Conscientização.
O Eleitor precisa entender a importância de votar e desprezar o "político" que negocia o voto.
Cerca de 1 milhão e 300 mil eleitores receberam proposta para vender seu voto, o que corresponde a 22% do eleitorado paranaense.
Por incrível que pareça, os jovens entre 16 e 24 anos são os favoritos no "aliciamento".
Também caiu por terra o mito de que os eleitores mais pobres e menos esclarecidos eram os mais visados. A vergonhosa compra de voto ocorre indiscriminadamente, cidades grandes e pequenas, onde se despreza também renda ou grau de escolaridade dos eleitores.
Como mudar? Conscientização.
O Eleitor precisa entender a importância de votar e desprezar o "político" que negocia o voto.
LULA 3 E O "PLEBISCITO"
Ala do PT quer Lula com poder de chamar plebiscito
Proposta que autoriza presidente a convocar consultas populares sem ouvir Legislativo está em documento a ser apresentado em congresso petista
Um grupo de parlamentares e líderes petistas paulistas ligados à ex-prefeita Marta Suplicy preparou um documento com 90 itens de propostas a ser apresentado no 3º Congresso do PT, que, entre outras coisas, defende o direito do presidente da República de convocar plebiscitos sem autorização do Legislativo. Pela lei brasileira, a iniciativa para convocação de plebiscitos e referendos precisa ser submetida ao Congresso.
No item 25 do documento, em que eles pregam a ampliação dos mecanismos democráticos no País, está escrito: “Se o presidente da República pode editar medidas provisórias - cada vez mais sob o crivo das críticas por seu vezo autoritário -, por que não pode ele, sem este vício originário, convocar plebiscitos sem autorização legislativa para decidir questões de grande alcance nacional? E não se venha com as surradas objeções do ‘salvacionismo’ ou do ‘populismo’, pois as consultas plebiscitárias são rotina na Suíça e até mesmo em diversos Estados norte-americanos.”
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que assina a peça e é um dos principais articuladores da eleição do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou ser “ridícula” qualquer associação da proposta com um plano para viabilizar um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo ele, a medida busca democratizar um instrumento de consulta popular amplamente difundido no mundo. “Não tem como um país avançar se não evoluir nas formas de consulta popular”, disse Vaccarezza. “Nos Estados Unidos foram feitos aproximadamente 800 plebiscitos no ano passado. Na França e na Suíça os plebiscitos são feitos dessa forma.”
O risco de a proposta acabar servindo para uma tentativa de um terceiro mandato, no entanto, não é descartado pelo deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), outro autor do documento. “Sou contra a possibilidade de um terceiro mandato para presidentes, mas uma vez aprovada a proposta, não há como garantir que a bancada não apresente no Congresso um pedido desse tipo”, afirmou Devanir. Ele porém, defendeu o caráter democrático da proposta.
Pela legislação brasileira, o plebiscito é uma consulta direta ao cidadão, previsto na Constituição, em que o eleitor se manifesta sobre um assunto de extrema importância, antes que uma lei sobre o tema seja estabelecida. No caso de o tema já ter uma legislação específica, a consulta é feita por referendo, como o do desarmamento. Em ambos os casos, pela lei atual, o Congresso precisa aprovar a iniciativa.
No Brasil foram realizados apenas dois plebiscitos. O primeiro em 6 de janeiro de 1963, com o objetivo de ouvir os eleitores sobre a continuidade ou o fim do sistema parlamentarista de governo, instituído dois anos antes, depois que Jânio Quadros renunciou à Presidência da República. O segundo foi em 21 de abril de 1993, em que os eleitores escolheram a forma (República ou Monarquia) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que queriam para o País.
“DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA”
O documento, de mais de 30 páginas, considerado ainda uma peça aberta, já que poderão ser feitas modificações, foi assinado também pelos deputados José Mentor e Carlos Zarattini, ambos do PT paulista, e será oficialmente divulgado no dia 7 de março.
No documento, os petistas falam ainda em “maior democracia” nos meios de comunicação. “Um Brasil mais democrático exige uma democratização radical dos meios de comunicação de massa, principalmente a mídia eletrônica”, diz o texto.
Fonte: O Estado de São Paulo
Proposta que autoriza presidente a convocar consultas populares sem ouvir Legislativo está em documento a ser apresentado em congresso petista
Um grupo de parlamentares e líderes petistas paulistas ligados à ex-prefeita Marta Suplicy preparou um documento com 90 itens de propostas a ser apresentado no 3º Congresso do PT, que, entre outras coisas, defende o direito do presidente da República de convocar plebiscitos sem autorização do Legislativo. Pela lei brasileira, a iniciativa para convocação de plebiscitos e referendos precisa ser submetida ao Congresso.
No item 25 do documento, em que eles pregam a ampliação dos mecanismos democráticos no País, está escrito: “Se o presidente da República pode editar medidas provisórias - cada vez mais sob o crivo das críticas por seu vezo autoritário -, por que não pode ele, sem este vício originário, convocar plebiscitos sem autorização legislativa para decidir questões de grande alcance nacional? E não se venha com as surradas objeções do ‘salvacionismo’ ou do ‘populismo’, pois as consultas plebiscitárias são rotina na Suíça e até mesmo em diversos Estados norte-americanos.”
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que assina a peça e é um dos principais articuladores da eleição do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou ser “ridícula” qualquer associação da proposta com um plano para viabilizar um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo ele, a medida busca democratizar um instrumento de consulta popular amplamente difundido no mundo. “Não tem como um país avançar se não evoluir nas formas de consulta popular”, disse Vaccarezza. “Nos Estados Unidos foram feitos aproximadamente 800 plebiscitos no ano passado. Na França e na Suíça os plebiscitos são feitos dessa forma.”
O risco de a proposta acabar servindo para uma tentativa de um terceiro mandato, no entanto, não é descartado pelo deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), outro autor do documento. “Sou contra a possibilidade de um terceiro mandato para presidentes, mas uma vez aprovada a proposta, não há como garantir que a bancada não apresente no Congresso um pedido desse tipo”, afirmou Devanir. Ele porém, defendeu o caráter democrático da proposta.
Pela legislação brasileira, o plebiscito é uma consulta direta ao cidadão, previsto na Constituição, em que o eleitor se manifesta sobre um assunto de extrema importância, antes que uma lei sobre o tema seja estabelecida. No caso de o tema já ter uma legislação específica, a consulta é feita por referendo, como o do desarmamento. Em ambos os casos, pela lei atual, o Congresso precisa aprovar a iniciativa.
No Brasil foram realizados apenas dois plebiscitos. O primeiro em 6 de janeiro de 1963, com o objetivo de ouvir os eleitores sobre a continuidade ou o fim do sistema parlamentarista de governo, instituído dois anos antes, depois que Jânio Quadros renunciou à Presidência da República. O segundo foi em 21 de abril de 1993, em que os eleitores escolheram a forma (República ou Monarquia) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que queriam para o País.
“DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA”
O documento, de mais de 30 páginas, considerado ainda uma peça aberta, já que poderão ser feitas modificações, foi assinado também pelos deputados José Mentor e Carlos Zarattini, ambos do PT paulista, e será oficialmente divulgado no dia 7 de março.
No documento, os petistas falam ainda em “maior democracia” nos meios de comunicação. “Um Brasil mais democrático exige uma democratização radical dos meios de comunicação de massa, principalmente a mídia eletrônica”, diz o texto.
Fonte: O Estado de São Paulo
07 fevereiro 2007
A CARTILHA DA POLÊMICA E CAMISINHA
Cartilha escolar compara beijo a chocolate
Impresso elaborado pelos ministérios da Saúde e da Educação será distribuído para 400 mil estudantes de 13 a 19 anos
Material inclui espaço para os adolescentes relatarem suas melhores "ficadas", além de sugestões de músicas, filmes e leituras
O governo federal elaborou e vai distribuir para estudantes de escolas públicas de 13 a 19 anos uma "agendinha" com dicas sobre beijo, sedução, masturbação e saúde. Polêmica, a cartilha inclui até uma lista a ser preenchida com as melhores "ficadas" - relacionamentos-relâmpago entre jovens.
Na parte sobre beijos, a cartilha orienta que "beijar muitos desconhecidos numa única noite não é tão bom assim", pelo risco de doenças. Mas compara o beijo ao chocolate, por "aguçar todos os sentidos" e "liberar endorfinas", com a vantagem de ainda "queimar calorias", ao contrário do doce.
O material faz parte do programa Saúde e Prevenção nas Escolas - Atitude para Curtir a Vida e aborda temas variados que vão dos efeitos colaterais do aumento de peso (espinha e preguiça) até homenagem ao cantor Cazuza, morto por Aids.
A cartilha foi elaborada pelos ministérios da Saúde e da Educação ao longo de 2006 e testada com alunos do Distrito Federal. A primeira tiragem teve 40 mil exemplares e o governo pretende encomendar 400 mil cópias adicionais.
Um item que pode instigar polêmica entre pais são as duas páginas dedicadas às "ficadas". Em uma delas, há espaço para o aluno preencher os detalhes das mais espetaculares de sua vida -com o esclarecimento de que a "ficada" compreende várias coisas: beijar, namorar, sair e transar.
Nas páginas sobre o uso da camisinha, o caderninho ensina a colocar o preservativo sob o título "O pirata de barba negra e de um olho só encontra o capuz emborrachado".
Entre os cinco motivos para usar camisinha há a "sedução", além da "proteção": "Colocar o preservativo pode ser uma excelente brincadeira a dois. Sexo não é só penetração. Seduza, beije, cheire, experimente!".
Há também os motivos "proteção" (da gravidez, da Aids, de doenças sexualmente transmissíveis e "do frio") e "segurança", para o dia seguinte ser "só boas lembranças".
No final da página, existe uma ponderação sobre resistir a pressões externas e aguardar preparado o "momento certo" de transar. "Ter uma camisinha não é sinal de sem-vergonhice ou de segundas intenções."
Na parte de masturbação masculina, há a desmistificação sobre criar cabelos ou calos ou ficar com esperma "ralo". Sobre a masturbação feminina, considerações higiênicas e dicas para uma exploração "tranqüila e relaxada".
"O foco é o jovem, não a eventual censura que possa vir de um pai", explica a diretora do Programa Nacional DST/Aids, Mariângela Simões.
"A realidade é essa, "ficar" hoje é parte da vida de muitos jovens e o caderno é para anotações pessoais", disse. A cartilha se chama "O caderno das coisas importantes - Confidencial".
Para Mariângela, é inválida a crítica de estimulação precoce da sexualidade, bandeira de setores que se opõem à política de saúde e promoção dos direitos reprodutivos do governo. "Se a gente fosse considerar que uma cartilha ou um caderno fosse influenciar tanto o comportamento sexual das pessoas, não teríamos mais Aids no país."
Segundo ela, é papel do Estado laico facilitar informações. As dicas de livros e filmes, que fogem do escopo técnico, foi, segundo ela, uma escolha subjetiva para explorar os temas. Estão lá "Filadélfia" e "A Gaiola das Loucas", entre outros.
No caso das indicações de "músicas que dão o seu recado" - Cazuza, Legião Urbana, O Rappa, Jota Quest etc. -, a seleção é subjetiva e busca uma mensagem de contestação e esperança, explica ela.
Entre os livros estão indicados guias de sexo e "O Jardineiro Fiel", de John le Carré.
Governo vai ampliar a distribuição de camisinha para jovens de escolas públicas
O Ministério da Saúde anunciou ontem que pretende ampliar a distribuição de camisinhas para jovens nas escolas públicas após uma pesquisa constatar que 45% dos estudantes ouvidos tinham vida sexual ativa e que 30% não haviam usado preservativo na sua mais recente relação.
O governo rejeita que exista uma estimulação sexual precoce com a medida e avalia, com base em pesquisa da Unesco, que é necessária uma política pública sobre o tema que não seja omissa. Hoje, o programa de DST/Aids tem como meta anual a distribuição de 100 milhões de camisinhas para a faixa etária de 13 a 24 anos.
Ainda não há previsão de quando e como será feita a distribuição, mas pelo menos uma das formas será por meio de máquinas eletrônicas - já existe um concurso para o desenho do equipamento nas escolas técnicas federais. "Já existe uma decisão concreta de expansão", disse ontem o ministro da Saúde, Agenor Alvares.
Não há dados precisos sobre quantas escolas já distribuem preservativos. Segundo o Censo Escolar de 2005, das escolas de ensino básico que abordam DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e Aids, 8,7% das escolas do ensino fundamental e 16,9% das de ensino médio oferecem preservativos.
A pesquisa que motivou a decisão do governo foi feita com escolas públicas que já implantaram o programa "Saúde e Prevenção nas Escolas". O estudo mostra que, nesse universo, 70% usaram preservativo na relação mais recente.
O principal motivo para não usar camisinha, declarado por cerca de 43% dos alunos, foi não ter um preservativo disponível "na hora H". A confiança no parceiro (23%) e a redução do prazer (21%) foram as outras justificativas.
Fonte: Folha de São Paulo
Impresso elaborado pelos ministérios da Saúde e da Educação será distribuído para 400 mil estudantes de 13 a 19 anos
Material inclui espaço para os adolescentes relatarem suas melhores "ficadas", além de sugestões de músicas, filmes e leituras
O governo federal elaborou e vai distribuir para estudantes de escolas públicas de 13 a 19 anos uma "agendinha" com dicas sobre beijo, sedução, masturbação e saúde. Polêmica, a cartilha inclui até uma lista a ser preenchida com as melhores "ficadas" - relacionamentos-relâmpago entre jovens.
Na parte sobre beijos, a cartilha orienta que "beijar muitos desconhecidos numa única noite não é tão bom assim", pelo risco de doenças. Mas compara o beijo ao chocolate, por "aguçar todos os sentidos" e "liberar endorfinas", com a vantagem de ainda "queimar calorias", ao contrário do doce.
O material faz parte do programa Saúde e Prevenção nas Escolas - Atitude para Curtir a Vida e aborda temas variados que vão dos efeitos colaterais do aumento de peso (espinha e preguiça) até homenagem ao cantor Cazuza, morto por Aids.
A cartilha foi elaborada pelos ministérios da Saúde e da Educação ao longo de 2006 e testada com alunos do Distrito Federal. A primeira tiragem teve 40 mil exemplares e o governo pretende encomendar 400 mil cópias adicionais.
Um item que pode instigar polêmica entre pais são as duas páginas dedicadas às "ficadas". Em uma delas, há espaço para o aluno preencher os detalhes das mais espetaculares de sua vida -com o esclarecimento de que a "ficada" compreende várias coisas: beijar, namorar, sair e transar.
Nas páginas sobre o uso da camisinha, o caderninho ensina a colocar o preservativo sob o título "O pirata de barba negra e de um olho só encontra o capuz emborrachado".
Entre os cinco motivos para usar camisinha há a "sedução", além da "proteção": "Colocar o preservativo pode ser uma excelente brincadeira a dois. Sexo não é só penetração. Seduza, beije, cheire, experimente!".
Há também os motivos "proteção" (da gravidez, da Aids, de doenças sexualmente transmissíveis e "do frio") e "segurança", para o dia seguinte ser "só boas lembranças".
No final da página, existe uma ponderação sobre resistir a pressões externas e aguardar preparado o "momento certo" de transar. "Ter uma camisinha não é sinal de sem-vergonhice ou de segundas intenções."
Na parte de masturbação masculina, há a desmistificação sobre criar cabelos ou calos ou ficar com esperma "ralo". Sobre a masturbação feminina, considerações higiênicas e dicas para uma exploração "tranqüila e relaxada".
"O foco é o jovem, não a eventual censura que possa vir de um pai", explica a diretora do Programa Nacional DST/Aids, Mariângela Simões.
"A realidade é essa, "ficar" hoje é parte da vida de muitos jovens e o caderno é para anotações pessoais", disse. A cartilha se chama "O caderno das coisas importantes - Confidencial".
Para Mariângela, é inválida a crítica de estimulação precoce da sexualidade, bandeira de setores que se opõem à política de saúde e promoção dos direitos reprodutivos do governo. "Se a gente fosse considerar que uma cartilha ou um caderno fosse influenciar tanto o comportamento sexual das pessoas, não teríamos mais Aids no país."
Segundo ela, é papel do Estado laico facilitar informações. As dicas de livros e filmes, que fogem do escopo técnico, foi, segundo ela, uma escolha subjetiva para explorar os temas. Estão lá "Filadélfia" e "A Gaiola das Loucas", entre outros.
No caso das indicações de "músicas que dão o seu recado" - Cazuza, Legião Urbana, O Rappa, Jota Quest etc. -, a seleção é subjetiva e busca uma mensagem de contestação e esperança, explica ela.
Entre os livros estão indicados guias de sexo e "O Jardineiro Fiel", de John le Carré.
Governo vai ampliar a distribuição de camisinha para jovens de escolas públicas
O Ministério da Saúde anunciou ontem que pretende ampliar a distribuição de camisinhas para jovens nas escolas públicas após uma pesquisa constatar que 45% dos estudantes ouvidos tinham vida sexual ativa e que 30% não haviam usado preservativo na sua mais recente relação.
O governo rejeita que exista uma estimulação sexual precoce com a medida e avalia, com base em pesquisa da Unesco, que é necessária uma política pública sobre o tema que não seja omissa. Hoje, o programa de DST/Aids tem como meta anual a distribuição de 100 milhões de camisinhas para a faixa etária de 13 a 24 anos.
Ainda não há previsão de quando e como será feita a distribuição, mas pelo menos uma das formas será por meio de máquinas eletrônicas - já existe um concurso para o desenho do equipamento nas escolas técnicas federais. "Já existe uma decisão concreta de expansão", disse ontem o ministro da Saúde, Agenor Alvares.
Não há dados precisos sobre quantas escolas já distribuem preservativos. Segundo o Censo Escolar de 2005, das escolas de ensino básico que abordam DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e Aids, 8,7% das escolas do ensino fundamental e 16,9% das de ensino médio oferecem preservativos.
A pesquisa que motivou a decisão do governo foi feita com escolas públicas que já implantaram o programa "Saúde e Prevenção nas Escolas". O estudo mostra que, nesse universo, 70% usaram preservativo na relação mais recente.
O principal motivo para não usar camisinha, declarado por cerca de 43% dos alunos, foi não ter um preservativo disponível "na hora H". A confiança no parceiro (23%) e a redução do prazer (21%) foram as outras justificativas.
Fonte: Folha de São Paulo
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