Do colunista Celso Nascimento na Gazeta do Povo:
Uma reunião que se espera agora seja decisiva vai acontecer nesta quarta-feira em Brasília. O encontro foi agendado pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que, no seu gabinete, colocará outra vez face a face o prefeito Beto Richa e o senador Alvaro Dias com dois objetivos bem definidos: a) promover a conciliação entre os dois pretendentes ao governo estadual pela legenda; e b) se possível, terminar o encontro com o nome de um deles escolhido por consenso. E seja o que Deus quiser!
Guerra já não aguenta a pressão que Richa faz para obter a indicação e para que ela se dê agora, bem antes da convenção de junho. A pressa se justifica: aproxima-se rapidamente a data, 3 de abril, em que ele precisará renunciar aos três anos que lhe restam de mandato. Ou, se não for o candidato, ocupar as próximas semanas para a saída honrosa – alternativa, porém, que Richa sequer longinquamente cogita.
A reunião de depois de amanhã na realidade é uma continuação da que o trio manteve na última sexta-feira em São Paulo, quando ficou mais uma vez clara a preocupação do cacique tucano com o desempenho que José Serra poderá ter no Paraná no confronto com Dilma Rousseff. Ele já não esconde que, entre Richa, Alva ro e Osmar, estrategicamente as melhores opções seriam os dois irmãos senadores. Mas também se acha sem condições de atropelar a intransigência de Richa, temendo o esfacelamento do PSDB regional, hoje dominado pelo esquema do prefeito.
Um comentário:
A conta do Guerra é simples: primeiro manter a Prefeitura de Curitiba, que está por fio para cair nas mãos do PSB. E uma aliança com Osmar garante o governo do Paraná, sem risco para o Beto, que para disputar a eleição terá que renunciar.
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