por Ivan Santos
A coluna “Painel” do jornal Folha de São Paulo garante que o PSDB já teria fechado um “acordo branco” com o PMDB no Paraná. Segundo a nota, os tucanos teriam concordado em não lançar candidato ao Senado para facilitar a eleição do governador Roberto Requião para uma das vagas em disputa. Em troca, Requião teria se comprometido a não fazer campanha para Dilma Roussef, e a infernizar a vida do PT local.
Para cumprir esse roteiro um tanto quanto macabro e ainda a se confirmar oficialmente, o PSDB paranaense terá que “rifar” a candidatura do deputado federal Gustavo Fruet ao Senado, o que não será tarefa fácil, nem sairá barato, diante do prestígio que o parlamentar tem junto à direção nacional do partido e à própria opinião pública. Basta lembrar que Fruet foi o deputado federal mais votado do Paraná nas últimas eleições e é apontado como uma das principais lideranças da nova geração, junto com Beto Richa.
Além disso, Fruet aparece bem posicionado nas pesquisas para a disputa pelo Senado, e com grandes chances de crescer durante a campanha, capitalizando o voto anti-Requião. Fica a dúvida sobre como o partido justificará dispensar um candidato com esse perfil e potencial.
Resta saber ainda qual o custo político que um “acordo branco” com Requião poderá trazer para a imagem da candidatura de Beto Richa ao governo, já que o prefeito foi atacado publicamente pelo governador, e inclusive entrou na Justiça contra o peemedebista por calúnia e difamação.
Pelo menos no que se refere à parte de Requião, a informação da Folha faz todo o sentido e é confirmada pelos últimos acontecimentos. O governador não só não tem negado apoio Dilma, como se lançou pré-candidato à Presidência de mentirinha com o aval da ala serrista do PMDB, e tem atacado duramente o PT local, em especial o ministro Paulo Bernardo e os defensores da aliança petista em torno da candidatura de Osmar Dias ao governo.
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