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A renda do trabalhador brasileiro caiu 12,7% entre 1995 e 2005. No mesmo período, a taxa de desemprego subiu 52,5%: em 1995, atingia 6,1% da população economicamente ativa (PEA), e, em 2005, passou a 9,3%, uma diferença de 3,2 pontos percentuais.
Os dados são da pesquisa Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2004 e 2005, houve uma evolução positiva na renda, que subiu 4,6%. Mas a alta não foi suficiente para anular as perdas dos últimos anos.
Em 2005, os homens tiveram uma renda média mensal de R$ 909,10, enquanto as mulheres receberam menos, o equivalente a R$ 718,80.
A pesquisa revelou ainda uma redução na desigualdade de renda. Em 1995, o rendimento dos 10% mais ricos que trabalhavam era 21,2 vezes maior que os rendimentos dos 40% trabalhadores mais pobres. Em 2005, essa relação foi reduzida para 15,8 vezes.
Jovens sem trabalho
Segundo o IBGE, os jovens de 10 a 17 anos e de 18 a 24 anos de idade foram os mais atingidos, com aumentos na taxa de desemprego de 87% e 68%, respectivamente, no período analisado.
Para o instituto, o elevado nível de desemprego entre os jovens revela não só o aumento da procura por trabalho, mas também a baixa capacidade da economia de absorver mão-de-obra qualificada.
Os jovens já tinham em 2005 uma média de anos de estudo semelhante, e em alguns casos, até maior que a média da população adulta. Na faixa etária de 18 a 24 anos, a taxa de desemprego chegou a 17,8% no ano passado.
Apesar do aumento do desemprego, houve uma maior formalização do emprego. No período abrangido pela pesquisa, a formalização da mão-de-obra cresceu quatro pontos percentuais, passando de 43,2% em 1995 para 47,2% em 2005, nível, no entanto, considerado baixo pelo IBGE.
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