A declaração de apoio do PMDB de Roberto Requião a inevitável candidatura do prefeito Beto Richa (PSDB) ao governo do Estado é só uma questão de tempo.
Membros dos dois partidos, incluindo os dois principais interessados, têm deixado transparecer nas entrelinhas a aproximação. Na “escolinha” da última terça-feira, Requião anunciou a anistia de dívidas da Prefeitura de Curitiba com o Estado. A mesma dívida foi usada como munição para atacar Richa, a partir da declaração de apoio a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo no 2º turno das eleições 2006.
Richa, ao comentar a anistia, adotou tom moderado e apenas afirmou que o perdão veio em boa hora.
As evidências não param por aí. Três dos oito representantes do PSDB na Assembleia não assinaram o requerimento através do qual a oposição pretende convocar o secretário de Segurança de Requião, Luiz Fernando Delazari. Não houve punição alguma aos tucanos do bico vermelho – Nelson Garcia e Luiz Malucelli – que se recusaram a cumprir a ordem para afastamento do governo do Estado. Além disso, comenta-se na Assembleia que líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), tentou dissuadir os correligionários a abandonarem a ideia de ingressar na Justiça para reaver o mandato de Mauro Moraes, que trocou o PMDB pelo PSDB.
A possível união preocupa Osmar Dias, que fica cada vez mais isolado, em companhia apenas do PT, que não goza no Paraná do prestígio que tem no restante do país.
Por Abraão Benicia
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