23 março 2009

A TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS

Qual a relação que há entre segurança pública e janelas quebradas?

Afirmo que a relação é a mesma que há entre segurança pública e iluminação pública ou entre segurança pública e manutenção de praças públicas.

Veja-se: façamos uma comparação entre os marginais que se alastram em nossa sociedade e as baratas que proliferam em determinada residência. Não é necessário, então, qualquer esforço mental a fim de se perceber que, se a residência não for mantida limpa e higienizada regularmente, as baratas alastrar-se-ão desenfreadamente. Assim também o é na estreita e íntima relação que há entre as funções do poder público federal, estadual e municipal para com a proliferação da criminalidade em nossa sociedade. Uma praça pública depredada, mal iluminada, com banheiros públicos deploráveis, acaba tornando-se foco de concentração de desocupados, de usuários de drogas, enfim, de marginais que, ao contrário de famílias que ali poderiam usufruir de um local de lazer, acabam assenhorando-se de referidos locais como se territórios particulares seus fossem, afastando os cidadãos, as mães, os pais e seus filhos daquele ambiente.

Dessa forma, no momento em que um marginal vier a quebrar um banheiro público, no momento em que um marginal vier a quebrar uma lâmpada pública ou pichar um muro qualquer, o poder público tem o dever de se mostrar presente, vigilante, e imediatamente consertar o estrago levado a efeito, mostrando que não é o marginal que domina a área pública que desejar, mas sim o Estado (entendido este como sendo a administração pública federal, estadual ou municipal).

Foi assim que, em Nova York, durante a gestão do prefeito Rudolph Giuliani (de 1º de janeiro de 1994 a 31 de dezembro de 2002), aplicou-se a famosa e mundialmente reconhecida broken windows theory (teoria das janelas quebradas, também conhecida por Tolerância Zero), reduzindo-se drasticamente os índices de criminalidade que ascendiam sem cessar nos 30 anos anteriores.

Dessa arte, definitivamente, vê-se que é indissociável a relação entre políticas públicas básicas e segurança pública, sendo pura falta de conhecimento crítico atribuirmos tudo o que se vê e tudo o que se ouve em relação à criminalidade como sendo um problema exclusivamente afeto à polícia.

Roger Spode Brutti

3 comentários:

Anônimo disse...

para essa teoria funcionar, é preciso saber aplica-la, não pode ser usada por qualquer administrador, veja o exemplo do ex governador e ex candodato a presidente de são paulo GERALDO ALQUEMIN, tentou faze-lo e foi um desastre total, custando a vida d muitos inocentes e resoltado que é bom nenhum.

Anônimo disse...

olá osvaldo quero fazer uma denuncia olha ao ver o jornal o diario de hoje me deparei com uma nota sobre dispensa de licitaçao no valor de mais ou menos 14.000
mil reias e para minha surpresa a empresa 3A CONSTRUTORA é a beneficiada o que mais intriga osvaldo que em pitangueiras 99% das obras de lá foi a CONSTRUTOTA 3A QUE REALIZAVA é no minimo estranho né A 3A GANHAVA TODA LÁ E AGORA TA GANHANDO TODAS AQUI DEVEMOS INVESTIGAR

Anônimo disse...

e o rio de janeiro tentando implantar tal regime e veja o que acontece, a população esta no meio do fogo cruzado e morrendo aos montes assassinada pelos dois lados, e no fim ainda leva o nome de bandido, porque com excessão das crianças todos que morre nas incursões nos morros cariocas são bandidos.