13 março 2009

RETROCESSO*

Durante a campanha falei várias vezes que era utopia o que o Sr. Arquimedes Ziroldo dizia que iria fazer em Astorga.
Administrar Astorga não é administrar Pitangueiras, sem querer desmerecer aquele município. Mas as proporções são incomparáveis, lá se administrava com uma pasta debaixo do braço, ao contrário do município de Astorga. Aqui em primeiro lugar é preciso ter uma equipe competente, que conheça a estrutura da administração pública e pessoas certas no lugar certo, isto pode ser feito em grande parte com os funcionários de carreira.
Em Pitangueiras tudo era centralizado no prefeito, em Astorga isto não funciona, além do mais a administração evoluiu, a descentralização é necessária, qualquer organização, seja pública ou privada, grande ou pequena, há necessidade der um staff de confiança, mas acima de tudo com competência e que tenha autonomia para decidir assuntos referentes ao funcionamento da máquina administrativa e ponha em prática o planejamento estratégico da organização.
O prefeito não é diferente de um presidente de uma organização privada, sua função é coordenar a equipe, comandar para que esta atinja o nível máximo de aproveitamento e realização plena do planejamento e metas estipuladas, isto se chama política de resultados.
O que está acontecendo no município de Astorga, em minha ótica, é um retrocesso administrativo e que trará sérios problemas ao município.
Vejamos alguns pontos: A falta de licitação para Órgão Oficial do município, isto poderá acarretar sérios problemas, sem órgão oficial o município não pode licitar, se licitar cometerá uma irregularidade, além de outros problemas quanto à transparência dos atos administrativos.
Pela falta de planejamento em breve poderemos ter falta de medicamentos e até de merenda escolar, além de atendimentos básicos a população. Fala-se em construir uma Unidade de Pronto Atendimento, sendo que o problema não é a falta de instalações físicas para atendimento, estas temos de sobra, o que realmente falta são remédios, médicos, enfermeiros (a), atendimento digno ao nosso povo, portanto, o que falta para Astorga é uma administração voltada às pessoas, que não vise a satisfação de uma pequena minoria.
Se queremos uma Astorga para todos precisamos de uma administração voltada para todos, participativa, transparente e com objetivos definidos.
Até agora não vi nenhum edital de nomeação do diretor financeiro, sendo que é um cargo chave na administração, pois este tem a função de coordenar dotações e metas financeiras e ainda a parte contábil e tributária do Município.
O que vejo é que está havendo uma centralização total da administração, o que pode comprometer seriamente o município. Mais uma vez Astorga pode estar na contra mão, enquanto o mundo busca a descentralização, aqui acontece ao contrário, vejo na centralização a ferramenta para o autoritarismo.

P.S. – prezado leitor: estou aberto a quaisquer esclarecimentos.



*Coluna semanal do Paraná Jornal

4 comentários:

ASTORGA-URGENTE disse...

parabens osvaldo voce resumiu certinho o que acontece hoje a centralizaçao do poder em astorga tem travado ainda mais a administraçao isso tem nos levado para trás

a populaçao pode ver nada funciona está tudo travado na saude por exemplo temos 03 pessoas fazendo a funçao que é de uma só.

e o pior o prefeito não houve ninguem e mais ainda seus assessores quando questionada dizem que administarçao esta uma maravilha

éuma pena

Anônimo disse...

Mas vcs estão contradizendo... li a pouco no Astorga Verdade Urgente que uma postagem onde o blogueiro diz que estão acontecendo nomeações excessivas, agora vejo aqui que o prefeito está centralizando o poder, e aí??? qual é a verdade.... deixa o home trabalhar galera, as criticas devem acontecer, mas com fundamento.. vcs estão atirando no próprio pé.. é lamentável ver pessoas de inteligentes como vcs fazendo isso....

Anônimo disse...

essa administração é tudo que ele prometeu pro povo na campanha, ou seja, transformar astorga, ele só não especificou no que.
acho que em algo parecido com pitangueiras, tá quase.
pelo que vemos a unica coisa que aumentou em astorga foi o indice de criminalidade, o resto ainda nada.

Anônimo disse...

Muito bem escrito Osvaldo, realmente, não se administra mais um município como as grandes colônias do século XV. Difícel é explicar isso pra esse povo. Entre contatos da sociedade, festas, e tentativas de aliança, o poder público, de um modo geral, deveria estar voltado um pouco mais para um outro lado, a administração das empresas privadas, e tomar como remédio a receita aplicada nas organizações particulares, onde se vc errar já era, não tem espaço para ver se amanhã a gente corrige, ou se acerta na hora ou perde tudo. Além do que, o contribuinte é o cliente que entra na sua loja e compra um par de meia, e que amanhã pode vir a comprar metade do seu estoque, e merece o mesmo atendimento. Assim o contribuinte que paga seu IPTU em dia, com sacrifício deveria ser respeitado do mesmo modo quanto aquele que tem grandes imóveis, não pagam impostos, e ainda sorrateiramente, sonegam os mesmos, e se utilizam do poder público para se beneficiar de alguma coisa. Mas pra mudar isso vai demorar, mas alguém precisa começar, espero estar vivo ainda um dia pra sequer começar a ver essa conscientização.
Só para completar, eu ouvi o nosso prefeito em mais de uma situação, dizer, que seria feito na PMA, uma varredura nos cargos, e os excedentes ou aqueles que não prestam serviços corretamente, seriam exonerados. Realmente, isso até pode acontecer, mas será que os próximos que virão, terão uma visão diferente? Sem conscientizar o funcionalismo, fica difícil, e aí entra outra forma de administrar pessoas, a exemplo das empresas privadas, por quê no poder público não pode haver um plano de carreira? Prestar serviços ao município, deveria ser acima de tudo, uma profissão, um trabalho feito por quem gosta do que faz, para ajudar o município solucionar problemas, ou poder explicar para a população o porque das leis, e não pra receber salário somente, ou ter garantias que o seu próximo salário será pago. É uma pena que a administração pública hoje seja voltada para esconder o que se faz, algo bem longe da ética pregada a quem administra. Mas esperamos que as coisas mudem um dia, tomara que as coisas sejam melhores amanhã.