29 novembro 2009

ARTIGO DE BENJAMIN É 'LOUCURA', DIZ LULA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "loucura" o episódio narrado em artigo do editor e ex-petista César Benjamin publicado ontem na Folha. No texto "Os Filhos do Brasil", Benjamin relata conversa de 1994 em que Lula teria dito, num contexto sexual, que tentou "subjugar" um colega de cela quando esteve preso em 1980. O chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, criticou Benjamin e a Folha, por publicar o texto. "O presidente está triste, abatido e sem entender [o motivo das declarações]. Ele falou que isso é uma loucura", disse. "Nos estranha muito a Folha ter publicado isso. É coisa de psicopata, para nós, é uma coisa que só pode ser explicada como psicopatia."
Congresso em Foco



O polêmico artigo de César Benjamin continua rendendo muita polêmica.
Hoje, a coluna de Cláudio Humberto traz outras notas sobre o caso.
Leia:


Lula só pensava naquilo O governo chamou de "maluca" a denúncia do ex-ativista político e fundador do Partido dos Trabalhadores César Benjamim à Folha de S.Paulo, de que Lula teria tentado estuprar um jovem na prisão durante a ditadura. É gravíssima e precisa ser provada, mas o assunto “sexo” é recorrente na fala do presidente: à revista Playboy, em julho de 1979, confessou sua iniciação sexual aos 16 anos com uma cabra.

O homem de ferro Contou de brincadeira que posaria nu para a revista, porque "as mulheres querem saber se o metalúrgico tem pinto de ferro ou não".

Lição de autonomia
Na última visita do ex-presidente George W. Bush ao Brasil, Lula citou o "ponto G." das relações entre os dois países. Não traduziram.




A seguir, o artigo na íntegra.

Leia e tire suas próprias conclusões.



Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado, Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza (segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco, cujo nome também esqueci. Lula puxou conversa: "Você esteve preso, não é Cesinha?" "Estive." "Quanto tempo?" "Alguns anos...", desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: "Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta".
Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de "menino do MEP", em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do "menino", que frustrara a investida com cotoveladas e socos.
Foi um dos momentos mais kafkianos que vivi. Enquanto ouvia a narrativa do nosso candidato, eu relembrava as vezes em que poderia ter sido, digamos assim, o "menino do MEP" nas mãos de criminosos comuns considerados perigosos, condenados a penas longas, que, não obstante essas condições, sempre me respeitaram.
O marqueteiro americano me cutucava, impaciente, para que eu traduzisse o que Lula falava, dada a importância do primeiro encontro. Eu não sabia o que fazer. Não podia lhe dizer o que estava ouvindo. Depois do almoço, desconversei: Lula só havia dito generalidades sem importância. O americano achou que eu estava boicotando o seu trabalho. Ficou bravo e, felizmente, desapareceu.
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Um comentário:

Anônimo disse...

A imprensa se calou sobre este episodio. E agora, a PF "mostra trabalho" na Operação Pandora: o mensalão de Brasília.
É sempre assim: todo escândalo do PT é coberto com outro.