O livro de Neemias, um dos últimos livros históricos do Antigo Testamento, conta um pouco da vida deste copeiro estrategista, um serviçal do rei Artaxerxes, que transformou-se em Governador de Jerusalém.
Um líder hebreu que mudou a historia de uma nação a partir de uma estratégia vencedora executada em 52 dias.
Neemias percebeu a necessidade do seu povo, traçou uma estratégia brilhante e realizou a execução com o trabalho em equipe.
Ele realizou tudo em etapas bem distintas: identificação do problema, ajustando bem o foco; interação organizacional com as pessoas-chaves, principalmente o rei, de quem conseguiu dinheiro para financiar a obra, o salvo-conduto e os recursos; planejamento e propósito, quando permaneceu por três dias observando a obra; implantação da visão e um forte senso de execução.
Jesus vai ratificar essa lei no texto do evangelista Lucas quando ensina que antes de começarmos uma obra precisamos investir tempo em planejamento, usando como exemplo a construção de uma torre e do combate de um rei.
Jesus está falando de planejamento para se realizar um propósito e sabemos pela sabedoria de Provérbios 29:18 que: "sem visão, o povo corrompe...".
O termo estratégia é apaixonante na medida em que as lideranças passam a compreender a sua profundidade, pois a sua concepção força o questionamento sobre o verdadeiro papel do líder na condução organizacional.
O olhar estratégico permite que o líder passe a preocupar-se em gerenciar melhor os processos, saindo da vala comum de discutir problemas para a visão de transformá-los em oportunidades com foco na visão.
Os lideres bíblicos faziam isso o tempo todo, sempre na dependência de Deus.
Então, a concepção estratégica ou raciocínio estratégico é o exercício de lançar um olhar diferenciado sobre todas as situações, desde as mais simples do cotidiano às mais complexas dentro da organização, no contexto da estrutura, dos custos e das pessoas.
O Mestre faz um recorte na questão dos custos para dizer que a preocupação com este item gera uma vantagem competitiva, compreendendo onde a organização estará amanhã diante dessa variável fundamental que impacta o ambiente organizacional.
O impacto financeiro das decisões gerenciais dependem de planejamento estruturado. Foi assim que Jesus ensinou ao sugerir que antes da construção da torre o líder precisa assentar e calcular todos os custos decorrentes, evitando se envergonhar no futuro. Jesus ensina uma análise profunda, alem dos limites da organização, por meio de uma relação de causa-efeito que reflita de forma mais precisa a realidade".
Mas, Neemias também se utilizou disso. Antes de ir para Jerusalém, ele buscou se assegurar dos recursos financeiros e materiais para a reconstrução do muro, ao avistar-se com o rei e receber dele a garantia de que haveria provisão. Ele não se empolgou, mas trabalhou com segurança financeira.
Ele tem uma missão, mas atua respeitando os valores.
Ele não sonha, mas age dentro de uma visão; porquanto sonhadores até sonham com as mudanças, mas os visionários fazem parte delas.
Ao final, importante resgatar alguns princípios interessantes no processo de liderança de Neemias: afirmação, cooperação, delegação, participação, simplificação, motivação e visão.
O ânimo não nos deixa perder a visão e nos gera ação para cumprir a missão.
Há uma revolução silenciosa nas organizações em busca de líderes que saibam manusear a Lei da Navegação.
Ao concluir é importante destacar que Jesus e Neemias nos ensinam uma lição organizacional poderosa: "...Qualquer pessoa pode fazer mover o leme de um barco; mas apenas um líder pode estabelecer o rumo...".