24 setembro 2009

SALMO 20

POR GOVERNANTES TEMENTES A DEUS

1 O Senhor te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança.

2 Do seu santuário te envie socorro e desde Sião te sustenha.

3 Lembre-se de todas as tuas ofertas de manjares e aceite os teus holocaustos.

4 Conceda-te segundo o teu coração e realize todos os teus desígnios.

5 Celebraremos com júbilo a tua vitória e em nome do nosso Deus hastearemos pendões;

satisfaça o Senhor a todos os teus votos.

6 Agora, sei que o Senhor salva o seu ungido; ele lhe responderá do seu santo céu

com a vitoriosa força de sua destra.

7 Uns confiam em carros, outros, em cavalos;

nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus.

8 Eles se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé.

9 Ó Senhor, dá vitória ao rei; responde-nos, quando clamarmos.


O exercício da autoridade é uma grande responsabilidade. Não é fácil assumir o desafio de cuidar do interesse comum e de zelar por vidas humanas. Corajosos os que exercem autoridade com sinceridade e compromisso. Corajosos e raros.

O exercício da autoridade real na monarquia israelita também representava uma grande responsabilidade. Mais que representante do povo, o rei era representante de Deus. Sua função era governar segundo a vontade de Deus. Necessitava de sinceridade, compromisso e fé.

Tal era o dever do rei, homenageado neste hino de confiança que conhecemos como salmo 20. Nele o salmista intercede a favor do seu rei, para que triunfe sobre os inimigos. Engrandece a devoção do rei, clamando para que seja lembrada por Deus. Evidencia os benefícios que o povo desfrutará na medida em que o rei obtiver vitória. Ora e, através de suas súplicas, nos ensina lições importantes sobre o perfil de um governante temente a Deus e, conseqüentemente, útil para o povo.

A primeira lição mostra a necessidade de que o governante seja uma pessoa consciente de sua dependência de Deus (O Senhor te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança). A causa da ruína de muitos líderes é a presunção, aliada à auto-suficiência. Soberba, para ser mais exato. É preciso que os que exercem autoridade sejam humildes e reconheçam sua carência da ajuda de Deus.

Em segundo lugar, é necessário que o governante seja uma pessoa cuja vida e atitudes sejam, em tudo, agradáveis a Deus (Lembre-se de todas as tuas ofertas de manjares e aceite os teus holocaustos. Conceda-te segundo o teu coração e realize todos os teus desígnios). Que seja puro de intenções e íntegro de caráter. Um verdadeiro adorador: sincero e dedicado diante de Deus; abençoador e cuidadoso para com as pessoas.

A terceira lição aponta para a necessidade de que o governante seja uma pessoa cujo testemunho pessoal contagie e estimule todo o povo (Celebraremos com júbilo a tua vitória e em nome do nosso Deus hastearemos pendões...). Um líder temente a Deus influencia todo o seu povo, para que também seja temente a Deus. Líderes infiéis contribuirão para uma sociedade idólatra e infiel.

Enfim, o salmo nos ensina ser necessário que o governante seja uma pessoa que se alegra no Senhor e não nos recursos à sua disposição (Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor...). Nada é mais importante do que a presença e o cuidado de Deus. Nenhum recurso humano se compara à força e ao poder de Deus para livrar e dar vitória.

Jesus Cristo é nosso modelo maior de autoridade. Ele é o soberano governante de toda a humanidade. Seu domínio compreende céus e terra. Seu poder excede tudo que pensamos ou sonhamos. Como homem, foi consciente de sua dependência do Pai, manteve atitudes coerentes com a Lei de Deus, conduziu muitos ao caminho da fé e alegrou-se no Espírito acima de toda tentação quanto aos reinos e riquezas deste mundo. Por tudo isso, Deus lhe deu um nome sobre todo nome, para que ao seu nome todo joelho dobre e toda língua confesse que é o Senhor.


Pr. Marcelo Gomes

Nenhum comentário: