31 outubro 2006

CAMPANHA 'Xô Sarney'

Quem viu o crescimento da divertida campanha “Xô Rosengana”, durante as eleições, nem imagina que a idéia surgiu por acaso, em Macapá, capital do Amapá. Por lá, onde o maranhense José Sarney se candidatou pela terceira vez ao Senado e saiu vitorioso, um cidadão pichou o muro da casa com a expressão: Xô Sarney! Daí, a experiente jornalista amapaense Alcinéa Cavalcante, 50, viu o satírico recado e percebeu o forte apelo popular da brincadeira. Ela não teve dúvidas, publicou a expressão (com direito a uma caricatura de Sarney) no seu blog, desencadeando pela internet uma campanha contra a presença do político maranhense no Amapá.
“Coloquei no blog, porque achei uma idéia legal. Eu sempre achei o Sarney um grande mal para este país. Ele não é só um mal para o Amapá. Portanto, já estava na hora dele sair de cena, pelo menos, por aqui. Queríamos devolvê-lo para o Maranhão”.
A campanha “Xô Sarney” entrou na internet, em 25 de agosto deste ano. Logo no dia seguinte, Sarney entrou na justiça para retirar o blog de Alcinéia da rede. “No dia 30, o meu blog estava fora do ar. Resistiu por uma semana. Depois entrei numa rede de hospedagem estrangeira e distribuí a idéia em todo o Brasil e pelo mundo”, contou. Ela acrescentou que com a divulgação na internet, a campanha “Xô Sarney” virou uma febre, pois mais de 50 mil blogs reproduziram a expressão. “O Brasil inteiro aderiu à idéia e muitos colegas que moram no exterior também apoiaram a campanha”, lembrou. Alcinéa Cavalcante contou que Sarney continuou a realizar uma perseguição implacável ao trabalho da jornalista, entrando na Justiça contra tudo que ela escrevia sobre a candidatura dele. Por causa dos processos, no momento, Alcinéa possui uma dívida de mais R$ 600 mil, com os cofres da Justiça. “Eu jamais desistiria de lutar pela liberdade de expressão que é um direito inalienável de todos”. A jornalista comentou que a campanha ajudou a obrigar Sarney a trabalhar para conseguir se reeleger no Amapá. “Ele estava ameaçado de não se reeleger. Daí teve que andar no sol quente, comer poeira nas estradas, pisar na lama, cumprimentar e beijar crianças e idosos. Algo que ele nunca fez antes, pelo menos, por aqui”. Alcinéa ficou muito feliz com o desenvolvimento da idéia da campanha, no slogan: “Xô Rosengana”, que foi difundido, principalmente, pela juventude de São Luís.“A vitória maior foi a derrota de Roseana Sarney no Maranhão. Foi o fim de uma oligarquia, que nunca beneficiou o povo. Os maranhenses deram uma lição ao país”. Ela adiantou que mesmo tendo cumprido dois mandatos no Senado, pelo Amapá, ele pouco ou nada fez pelo estado. “Aqui não tem escola técnica, não tem energia elétrica suficiente, não tem curso superior de medicina, não tem água, ou seja, falta tudo”.
Sobre as multas recebidas, ela explicou: “Recorri ao Tribunal Superior Eleitoral e estou esperando a decisão do juiz”.

A jornalista nascida no Amapá, Alcinéa Cavalcante é correspondente da Agência Estado, desde 1989. Foi fundadora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amapá, ocupando no momento o cargo da comissão de ética da entidade. É também vice-presidente da Associação Amapaense de Escritores. Quem se interessar: o blog de Alcinéia pode ser acessado pelo endereço alcineacavalcante.com

PARA MEDITAR

:
Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o Senhor teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então viverás e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra à qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então hoje te declaro que certamente perecerás.
Deuteronômio 30:15-18

NÃO SE INTIMIDE DIANTE DE OBSTÁCULOS

Um grande sonho, em combinação com determinação, confiança, persistência e fé consistente pode fazer com que a vida se transforme na mais maravilhosa aventura a ser vivida. John Collins

Uma vez que você estabeleceu seus alvos e começou sua jornada rumo à sua realização, pode estar certo de que enfrentará dificuldades. Haverá sem dúvida alguns, ou inúmeros obstáculos, mas você não deverá se permitir intimidar por nenhum deles. Quando Moisés libertou o povo do Egito ele pediu que doze espias fossem olhar a nova terra. Dez deles voltaram afirmando que nela havia muito mel e leite, mas também muitos gigantes (obstáculos). Os dez espias estavam prontos para desistir, porque se viam – conforme sua própria descrição - como gafanhotos, comparados com os gigantes. Do grupo dos doze, apenas dois depositaram sua fé em Deus. Eles não se deixaram intimidar, porque sua fé era maior que os obstáculos - os gigantes. Não se permita intimidar pelos gigantes desta vida. Quando Deus é por você, ele é maior que o mundo todo contra você!

27 outubro 2006

REQUIÃO

A campanha do governador e candidato à reeleição, Roberto Requião, no segundo turno, é visivelmente melhor que no primeiro. A começar pelo programa de TV, que consegue com a máxima simplicidade, mostrar o que foi feito em seu governo e claramente expor as propostas para mais 4 anos.Requião está centrado, transmite segurança, confiança: provou estabilidade.Nos municípios, a adesão é fortalecida dia a dia. Como exemplo, citamos nossa cidade que recebeu vários prefeitos, numa reunião onde o que se viu foi disposição e muita garra; Maringá, onde se realizou a maior carreata do Estado; Alvorada do Sul que concentrou dezenas de Municípios, numa demonstração de união.

Analisemos o político como homem público: o compromisso com a coisa pública, o comprometimento com as pessoas, a honestidade (que não pode ser encarada como qualidade, mas, como obrigação), a sensibilidade, a responsabilidade e a visão de futuro.O governador é criticado por algumas “atitudes bruscas”; mas convenhamos, é pior um governante que não tem pulso, que não age, que não reage.

Roberto Requião tem sido um grande governador. Com sua visão de longo alcance tem transformado o Estado do Paraná. Vale lembrar aqui sua luta ferrenha contra os transgênicos, sua postura firme em defesa da SANEPAR e da COPEL, sua corajosa batalha (não terminada) contra o pedágio e sua determinação na revisão de contratos que oneravam assustadoramente nosso Estado.

Requião é um apaixonado. E se vê isso em seus olhos quando fala do Paraná.Como diz seu admirador, o deputado federal Reinhold Stephanes: “Requião governa.”E é isso que o povo quer quando vota: um governante que governe. Que decida o melhor. Que faça acontecer.

Quanto ao seu adversário - o senador Osmar Dias - , não tem sido feliz. O seu vice é um grande “abacaxi”; sua presença nos debates tem sido ofuscada pela objetividade e inteligência de Requião, e em algumas situações foi extremamente deselegante com o governador que o fez o melhor secretário de agricultura da história do Paraná.

É uma pena que o currículo político do senador Osmar Dias fique manchado por uma campanha mesquinha e por alianças eticamente questionáveis que só o tempo irá lhe cobrar.

“Requião é um louco”, é o que muitos dizem. Então, viva a loucura, Paraná!

Da minha Coluna, no Paraná Jornal, desta semana

REFLEXÃO

Desistir é uma solução permanente para um problema temporário.
James MacArthur

DIA 29

Domingo é o dia da decisão.
Amigo leitor-eleitor, reflita bem.
Naquela hora será somente você e a urna.
O voto é a expressão máxima da democracia, é um direito pleno da cidadania. Exerça-o da melhor maneira possível: vote com consciência, desprenda-se de qualquer obrigação.
O Paraná e o Brasil terão o reflexo do seu voto.
Boa eleição!
Da minha Coluna, no Paraná Jornal desta semana

25 outubro 2006

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR

Em Brasília, o dono de um jipe, pergunta em uma faixa:
“O que é pior: ver um candidato mentir ou ver o povo acreditar?”

O que você acha?

24 outubro 2006

LULA E LULINHA

De Cláudio Humberto:
Na testa
O presidente Lula passou o domingo abatido com as revelações da revista Veja sobre as atividades empresariais de seu filho Lulinha, o gênio. Só relaxou quando um amigo brincou: “Deixem o menino trabalhar...”

23 outubro 2006

DE PAI PARA FILHO...

"Porque não pode todo mundo ser o Ronaldinho"
Lula, ao justificar o fenomenal sucesso financeiro de seu filho, Lulinha.

Como diria Boris Casoy: é uma vergonha!

PARA PENSAR

"Lula e seu partido mobilizam o que o país tem de pior, de mais atrasado, provinciano e recalcado. E conseguem revestir esse atraso com uma linguagem de progresso social."
Reinaldo Azevedo, jornalista

21 outubro 2006

LULA É O PT

Diogo Mainardi

O procurador-geral da República denunciou quarenta mensaleiros. O mais perto que ele chegou de Lula foi o 4º andar do Palácio do Planalto, ocupado por José Dirceu e seu bando. Agora ele terá de descer um lance de escadas e entrar diretamente no gabinete presidencial. Acompanhe-me, por favor. Cuidado com o degrau. Esta é a sala que pertencia a Freud Godoy, gorila particular de Lula. E aquela é a porta do escritório do presidente. Cerca de dez passos. Toc-toc-toc. Tem alguém aí? Lula saiu? A gente volta mais tarde.

Na última terça-feira, Garganta Profunda me passou os dados de um documento bancário de Freud Godoy, encaminhado pelo Coaf à Polícia Federal. Em 24 de março de 2004, ele depositou 150 000 reais na conta da empresa de sua mulher, Caso Sistemas de Segurança. Importante: 150 000 reais em moeda sonante. No documento bancário, Freud Godoy declarou que o dinheiro era fruto de "serviços prestados a clientes". Isso contradiz tudo o que ele alegou até agora. Num primeiro momento, disse que sacou os 150 000 reais para comprar equipamentos. Depois, informou que pediu um empréstimo a um amigo. Mentira. Não foi saque nem empréstimo: foi um depósito. O fato é que ninguém sabe de onde saiu tanto dinheiro e por que foi parar na conta do gorila particular de Lula.

Como Robert Redford em Todos os Homens do Presidente, arregacei as mangas da camisa e fui procurar respostas na capital federal. Pedi à CPI dos Correios para fazer o cruzamento dos dados do valerioduto com o depósito de Freud Godoy. Encontrei uma espantosa coincidência. Em 23 de março de 2004, um dia antes de Freud Godoy depositar 150 000 reais na conta de sua mulher, foram sacados 150 000 reais da conta da SMPB, de Marcos Valério, no Banco Rural. Tudo em moeda sonante. Tudo de origem desconhecida. O saque no Banco Rural foi feito pelo policial aposentado Áureo Marcato. Que voltou ao banco dois dias depois e sacou mais 150 000 reais. Onde foram parar?

Na época do depósito, Freud Godoy era assessor direto de Lula. Mas fazia um bico para o PT, montando o esquema de segurança de Delúbio Soares, que transportava malas de dinheiro sujo de um lado para o outro. Freud Godoy alugou para ele um carro blindado, comprou duas motocicletas para seus batedores e contratou uma escolta de seis policiais militares. Os 150.000 reais depositados na conta de sua mulher podem ter sido o pagamento pelo serviço. Os policiais contratados para escoltar o tesoureiro do PT contaram a VEJA que Freud Godoy, entre outras coisas, era encarregado de organizar os encontros secretos entre Lula e Delúbio Soares. Pode-se imaginar o que eles discutiam.

Lula está praticamente reeleito. Os brasileiros o perdoaram. Mas a bandidagem da qual ele se cercou continuará a rondá-lo para sempre. É assim que será recordado. Por mais que tente se esconder, Lula é o PT. Lula é Delúbio Soares. Lula é Marcos Valério. Lula é o golpismo do mensalão e do dossiê Vedoin. Abra a porta, Lula. Toc-toc-toc.

19 outubro 2006

DONA HELENA

A mãe da senadora Heloísa Helena - Helena Moraes - , soltou o verbo e destilou seu ódio contra Lula, a quem chamou de Bandido da Luz Vermelha.
Ela disse que o presidente nunca terá seu perdão pelo que fez à sua filha, e pelos 20 anos que o “peste” a enganou.
Isto que é sinceridade!
Ah, ela já declarou seu voto à Geraldo Alckmin e só não gravou para o programa de TV do tucano porque a filha não deixou.
Será que Heloísa Helena também votará em Alckmin?!

NÃO SERIA "BOCA" SANTA?

Fala do senador Mão Santa (PMDB-PI) na tribuna do Senado:
“Virei a casaca: Lula para presidente.
Presidente Bernardes ou Presidente Prudente. Penitenciária de Segurança Máxima.”
Mão Santa é também o autor daquela outra “pérola” :
3 coisas que se faz só uma vez na vida: nascer, morrer e votar no PT.

É DA NOSSA CONTA, SIM

André Petry

A campanha de Lula divulgou na internet, na semana passada, um boletim dizendo que Sophia, filha do tucano Geraldo Alckmin, trabalhou como vendedora numa "empresa acusada de contrabando, a Daslu", e lembrando que Lu, a mulher do candidato, "ganhou de presente 400 vestidinhos chiques". O texto, por fazer referência à filha e à esposa do candidato, foi considerado descabido. Lula teria mandado tirá-lo do ar. Seu coordenador de campanha, Marco Aurélio Garcia, até divulgou uma nota pedindo desculpas e dizendo ser "totalmente inadequado, inapropriado e lamentável lançar mão de ataques pessoais envolvendo os candidatos ou suas famílias". Alckmin aproveitou a onda. Disse que "a notinha mentirosa e ofensiva é mais um exemplo do jogo sujo que esse partido está fazendo".

É curiosa a sucessão de equívocos no episódio.

Primeiro: a notinha não é "mentirosa". Tudo nela é verdadeiro. Sophia trabalhou mesmo na Daslu, e a empresa está sendo investigada por contrabando e sonegação fiscal. A mulher de Alckmin, quando ainda exercia a função de primeira-dama de São Paulo, recebeu mesmo um monte de vestidos de presente de um estilista. Só doou as peças a uma instituição de caridade quando o caso saiu na imprensa.

Segundo: é um erro comparar o caso de Lu com o de sua filha. Acusar Sophia de trabalhar numa empresa suspeita é de uma covardia odiosa. Sophia não era sócia da Daslu. Era empregada. É uma manipulação repulsiva insinuar que um empregado pode ser responsável pelas estripulias do patrão.

Terceiro: denunciar os "400 vestidinhos chiques" de Lu não é baixaria. É dever. Lu recebeu os presentes em razão da função pública que exercia – a de primeira-dama. Se trabalhasse na faxina do Palácio dos Bandeirantes, não os receberia. Portanto, deve responder publicamente por eles. No governo federal, as normas da Comissão de Ética Pública proíbem um servidor de receber presentes que custem mais de 100 reais. Acima disso, tem de devolver ou doar. Nos Estados Unidos, país que inspirou a norma brasileira, o limite é 50 dólares para os servidores e 200 dólares para o presidente.

Quarto: o PT não recuou da acusação por achar que ataques pessoais são "totalmente inadequados". Recuou porque, nesse terreno, Lula tem um imenso telhado de vidro, maior até que o de seu adversário. Marisa Letícia, a primeira-dama, também recebeu de um estilista uma penca de "terninhos, vestidos e tailleurs". Coisa de 30.000 reais. Pior, no entanto, é a situação do filho do presidente, Fábio Luís, o Lulinha. Ele não era empregado de uma empresa acusada de contrabando ou sonegação. Era dono de uma empresa, minúscula, que ganhou mais de 10 milhões de reais de outra empresa, gigante, aliás fiscalizada pelo governo de seu pai. Lulinha enriqueceu.

Sim, é um avanço da política brasileira banir os ataques pessoais, os fuxicos envolvendo familiares. Isso tem dado à política o que muitas vezes parece lhe faltar: dignidade. Mas os vestidinhos de Lu, os terninhos de Marisa e o súbito sucesso de Lulinha não são assuntos pessoais. São assuntos da nossa conta.

16 outubro 2006

PREVIDÊNCIA

Nesta semana chega às bancas Reforma da Previdência - O Encontro Marcado, do economista Fábio Giambiagi.
Giambiagi é um dos maiores especialistas em contas públicas do país, e em seu livro defende o que todo político já sabe: a reforma da previdência é fundamental para que o Brasil possa pensar em futuro.
Como previdência é um tema que sempre gera polêmica e insatisfação por parte daqueles que dependem do sistema, é preciso coragem e responsabilidade dos governantes para fazer o que é preciso, correndo o risco de tornar o país ingovernável.
Sem dúvida, um grande desafio para o próximo governo.

LULA E SEU "SEGREDO DE ESTADO"

O Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União, não têm mais acesso aos gastos dos cartões corporativos do governo. O presidente Lula, proibiu, por decreto, alegando "segurança para ele e seus familiares."

No último debate, o candidato à reeleição foi cobrado por Alckmin sobre os gastos exorbitantes dos cartões da Presidência. Como sempre, o presidente não sabia de nada e não se explicou.

O que podemos fazer?!
Votar dia 29.

PINÓQUIO

Escalado por Alckmin para desmontar a “mentirobrás”, José Carlos Aleluia (PFL-BA) se diz impressionado: “Pinóquio, perto de Lula, é aprendiz”.
Da Coluna de Claúdio Humberto

15 outubro 2006

ESTÁ EM NOSSAS MÃOS

Lya Luft
Ponto de vista - Veja

O destino prega muitas peças, ata e desata nós, abre e fecha caminhos, inventa encruzilhadas loucas e finais surpreendentes: a gente vai aos trancos e barrancos quase todo o tempo. A maior armadilha que ele, destino ou azar, nos prepara é exigir, aqui e ali, que a gente decida. Analisar e optar é tormento da maioria. Muito mais fácil que escolham pela gente, nós assobiando, olhando disfarçadamente os dados sendo lançados, para depois brindar ou lamentar: ah, o destino!

Dentro de alguns dias teremos de escolher aquele que governará nosso país. O que vai nos apoiar e orientar, o que terá autoridade e força para nos defender, o que será exemplo para nossos filhos, estímulo dos empreendedores, esperança dos doentes, alento dos velhos. Aquele que administrará com firmeza nosso maior bem concreto, o Brasil, e fará render em nosso favor o supremo investimento moral que fazemos: a confiança. Por essa escolha somos responsáveis. Temos essa extraordinária importância para o Brasil. Responsabilidade incomoda, opção pode ser um brete ou um mato sem cachorro, mas há que ser guerreiro para consertar com algo melhor do que com band-aid a honra machucada e as certezas abaladas.

O povo – os pobres, os miseráveis, os remediados e também os que têm razoável conta bancária – vive sob um dilúvio de desinformações ou informações distorcidas, sob o massacre de quase cotidianos escândalos e desculpas desastradas. Mesmo assim... tem de escolher. Enfrentamentos mostram perfis diversos, da calma firmeza ao disparatado deboche, da determinação às mais pueris desculpas. Mas teremos, inevitavelmente, de decidir, e não é em questão menor: trata-se do líder deste país. Fala-se muito em carisma: a palavra, além de vaga, foi esvaziada pelo seu uso excessivo e confuso. Pode ser uma aura de força e sabedoria, justiça e retidão, até fraqueza ou alguma loucura humana, que as temos às pencas, expostas em público.

Buscar criaturas carismáticas é um perigo: alguns dos assim chamados na história do mundo não foram lúcidos nem honrados; alguns esconderam sob aparência e pretextos sua falta de coragem. Muitos provocaram caos e sofrimento. Eu, mais do que carisma, quero preparo, compostura, autoridade equilibrada e... classe – outra palavra que anda rara e rala. Não a relaciono com bens materiais, mas com a elite dos honrados e dos capazes. Gosto de pensar que existe uma elite que nada tem a ver com nome, dinheiro ou cargo, mas que superou o retrógrado conceito de que "as elites" são culpadas pelas desgraças da humanidade.

A idéia de que só pobres e explorados são boa gente é de chorar de tão tola. É perigosa, é manipuladora. Gera ódios, provoca injustiças, rasga abismos. É uma desgraça a mais a nos rondar nesta fase de desgraceira e enganação. Precisamos escolher, e pior: decidir amparados em coisas além de partido e ideologia, embora eles devam contar. Quase todos se fundiram e nos confundiram, descaracterizaram-se e nos largaram à beira do caminho, mãos abanando aflitas. Precisamos, então, escolher da maneira mais autônoma, mais pessoal: são poucas as luzes que nos iluminam, a política substituída por jogos de interesse, em trilhas de fuga e ocultação. Estamos sozinhos, estamos nus, precisados de recorrer ao nosso bom senso, nossa capacidade de olhar, observar, procurar saber e.... ainda uma vez, escolher.

Temos toda a possibilidade de fazer uma boa seleção: neste nosso mundo moderno, dados negativos explodem com malcheirosa lama na televisão mais moderna da mais sofisticada mansão e no mais humilde radinho de pilha da mais simples cabana. Eu não sabia, não fui informado, vai ser uma desastrada desculpa para falhar em tão séria opção, caso ela não seja firme e inteligente.

A importância do que vamos fazer é de assustar, mas, se não formos pusilânimes ou manipulados, teremos a consciência tranqüila, e o país encaminhado para mais independência, dignidade e crescimento real. Está em nossas mãos o futuro. Cada um de nós, no pequeno recinto da urna eletrônica, vai exercer o seu poder como um rei, determinando o seu destino. É uma dura carga, mas pode ser extraordinariamente estimulante, animadora, salvadora. Temos vez, e voz: que seja a nossa vez.

LULA, FREUD E DINHEIRO SUJO: TUDO A VER

Diogo Mainardi - Veja desta semana

Estou todo embananado. Lula. Freud Godoy. Naji Nahas. Daniel Dantas. Telecom Italia. Telemig. Marcos Valério. Duda Mendonça. Delfim Netto. O que une um ao outro? O que é verdade? O que é mentira?

Ordenando os fatos:

1. A CPI dos Sanguessugas quer descobrir se Naji Nahas depositou 396.000 reais na conta da empresa do gorila particular de Lula, Freud Godoy.

2. Isso teria ocorrido em 5 de setembro, poucos dias antes de o comando da campanha de Lula ter sido flagrado tentando comprar o dossiê contra os tucanos.

3. O dinheiro que Naji Nahas teria repassado a Freud Godoy estava aplicado em cotas acionárias da Telemig. Até recentemente a empresa era controlada por Daniel Dantas.

4. A Telemig foi uma das maiores pagadoras de Marcos Valério.

5. Marcos Valério deu dinheiro a Freud Godoy.

6. Duda Mendonça tinha a conta de publicidade da Brasil Telecom, outra empresa controlada por Daniel Dantas.

7. Duda Mendonça também deu dinheiro a Freud Godoy. E recebeu ainda mais de Marcos Valério, lá fora.

8. Daniel Dantas e Naji Nahas trabalham juntos. Naji Nahas é o plenipotenciário da Telecom Italia no Brasil. Ele intermediou o acordo entre os italianos e Daniel Dantas.

9. VEJA noticiou que, em maio de 2003, a Telecom Italia deu 3 200 000 reais em dinheiro vivo a Naji Nahas. O dinheiro foi entregue a deputados da base lulista, segundo fontes da própria Telecom Italia.

10. Aqui na coluna contei que Naji Nahas, em 2002, arrecadou dinheiro ilegal para a campanha de Lula. Na época, defini Naji Nahas como a figura mais extravagante do lulismo.

11. A ponte entre Naji Nahas e Lula era Delfim Netto. O mesmo Delfim Netto que, como declarou Lula na última terça-feira, não foi eleito por "vingança de um conjunto de elitistas, porque defendia a nossa política".

Perdeu-se? Eu também me perdi. Muitas perguntas precisam ser respondidas pela CPI dos Sanguessugas. O dinheiro que Naji Nahas supostamente entregou a Freud Godoy seria usado para comprar o dossiê? Quem era o dono do dinheiro? O próprio Naji Nahas ou um de seus empregadores? Qual é o elo com o valerioduto? Por que Freud Godoy recebe dinheiro de tanta gente?

Estou embananado. Mas todos os rastros, de 1 a 11, apontam para o mesmo lugar: o Palácio do Planalto. Os golpistas que tramaram contra os tucanos eram da turma do presidente. E tudo indica que o dinheiro que eles usaram veio de lobistas e empresários que tinham interesse no governo federal.

Lula disse: "Esse menino não tem nada a ver com isso". O menino, no caso, era Freud Godoy. Se Lula disse, uma certeza a gente pode ter: é mentira. O menino tem tudo a ver com isso.

09 outubro 2006

PARA PENSAR

"Precisamos de governantes chatos como Fortimbrás, não de cretinos animados como Hamlet. Precisamos de despachantes das instituições que façam prevalecer a lei a despeito de suas inclinações emocionais, não de quem sacrifique a legalidade sob o pretexto de praticar a igualdade."
Trecho do Artigo "Governante Bom é Governante Chato", de Reinaldo Azevedo - Veja

08 outubro 2006

DIOGO PERGUNTOU...

"Quando o PT vai contar prá gente de onde saiu o dinheiro para comprar o Vedoim?"
Esta foi a pergunta que Diogo Mainardi fez ao ministro Tarso Genro.
Ouça no Podcast do jornalista, através do site da Veja: www.veja.com.br

NOTÍCIAS DA ITÁLIA

Diogo Mainardi - Veja

O lulismo está indo para a cadeia. Na Itália.

O caso estourou duas semanas atrás. Os promotores públicos milaneses descobriram que a Telecom Italia tinha um esquema de pagamentos ilegais a autoridades brasileiras. O esquema era simples. A Telecom Italia do Brasil remetia dinheiro a empresas de fachada sediadas nos Estados Unidos e na Inglaterra. A dos Estados Unidos era a Global Security Services. A da Inglaterra era a Business Security Agency. O dinheiro depositado nas contas dessas duas empresas era imediatamente repassado a intermediários brasileiros, que o distribuíam a terceiros.

A Business Security Agency era administrada por Marco Bernardini, consultor da Pirelli e da Telecom Italia. Ele entregou todos os seus documentos bancários à magistratura italiana. Há uma série de pagamentos em favor do advogado Marcelo Ellias: 50.000 dólares em 13 de julho de 2005, 200.000 em 5 de janeiro de 2006, 50.000 em 2 de fevereiro de 2006. De acordo com Angelo Jannone, outro funcionário da Telecom Italia, Marcelo Ellias era o canal usado pela empresa para pagar Luiz Roberto Demarco, aliado da Telecom Italia na batalha contra Daniel Dantas, e parceiro dos petistas que controlavam os fundos de pensão estatais.

Entre 11 de julho de 2005 e 6 de janeiro de 2006, Marco Bernardini deu dinheiro também à J.R. Assessoria e Análise. Em seu depoimento aos promotores públicos, Marco Bernardini disse que esses pagamentos eram redirecionados à cúpula da Polícia Federal. Paulo Lacerda e Zulmar Pimentel, números 1 e 2 da Polícia Federal, devem estar muito atarefados no momento, investigando a origem do dinheiro usado para comprar os Vedoin. Mas quando sobrar um tempinho na agenda eles podem procurar seus colegas italianos.

Outro nome que está sendo investigado pela Justiça milanesa é Alexandre Paes dos Santos. Conhecido como APS, ele é um dos maiores lobistas de Brasília. Foi contratado pela Telecom Italia para prestar assessoria política. Segundo uma fonte citada pela revista Panorama, APS tinha de ser pago clandestinamente porque é cunhado de Eunício Oliveira. Na época dos pagamentos, Eunício Oliveira era o ministro das Comunicações de Lula, responsável direto pela área de interesse da Telecom Italia. Eunício Oliveira acaba de ser eleito deputado federal com mais de 200.000 votos. Lula já espalhou que, em caso de segundo mandato, ele é um forte candidato para presidir a Câmara. É bom saber o que nos espera.

A revista Panorama reconstruiu também um caso denunciado por VEJA: aqueles 3,2 milhões de reais em dinheiro vivo retirados da Telecom Italia em nome de Naji Nahas. Um dos encarregados pelo pagamento conta agora que o dinheiro foi entregue a deputados da base do governo, do PL, membros da Comissão de Ciência e Tecnologia.

Lula se orgulha de seu prestígio internacional. Orgulha-se a ponto de roubar aplausos dirigidos ao secretário-geral da ONU. O caso da Telecom Italia permite dizer que o lulismo realmente ganhou o mundo. Em sua forma mais autêntica: o dinheiro sujo.

07 outubro 2006

MARINGÁ E O PT

A votação de petistas que fizeram parte da administração anterior em Maringá foi bastante expressiva.
A começar pelo ex-prefeito João Ivo Caleffi que obteve 19.317 votos para deputado federal, e mesmo não sendo eleito, ficou em segundo lugar na preferência de votos.
Marino, ex Secretário de Meio Ambiente, também não foi eleito deputado federal, mas conquistou 3.093 votos, deixando bem para trás nomes como Dr. Rosinha e André Vargas, que costumavam ser bem votados na Cidade Canção.
Já o eleito Ênio Verri, que foi Secretário de Fazenda e Secretário de Governo, e até antes da campanha, ocupava a Chefia de Gabinete do Ministério do Planejamento; arrebanhou 17.538 votos, quase metade de sua votação total que foi de 36.800 votos.
Ênio Verri deve se tornar o parlamentar mais atuante de Maringá na Assembléia Legislativa. Até porque, tem um excelente currículo e amplo conhecimento do poder público, o que lhe qualifica a um mandato repleto de bons projetos.
Maringá que preste atenção no deputado Ênio Verri e no PT maringaense, pois daqui a pouco chega outra eleição municipal.

04 outubro 2006

OS ELEITOS

DEPUTADO FEDERAL

GUSTAVO FRUET (4567)
PSDB
210.674
3,94
RATINHO JUNIOR (2340)
PPS
205.286
3,84
ALFREDO KAEFER (4566)
PSDB
158.659
2,97
HERMES PARCIANELLO FRANGÃO (1540)
PMDB
151.874
2,84
OSMAR SERRAGLIO (1533)
PMDB
149.673
2,80
BARBOSA NETO (1212)
PDT
132.674
2,48
RICARDO BARROS (1151)
PP
130.855
2,45
LUPION (2505)
PFL
122.861
2,30
DILCEU SPERAFICO (1122)
PP
116.632
2,18
MAX ROSENMANN (1510)
PMDB
116.516
2,18
BALBINOTTI (1569)
PMDB
116.398
2,18
NELSON MEURER (1111)
PP
114.141
2,13
LUIZ CARLOS HAULY (4515)
PSDB
111.506
2,08
ALEX CANZIANI (1414)
PTB
111.472
2,08
ANGELO VANHONI (1322)
PT
111.036
2,08
MICHELETTO (1512)
PMDB
103.120
1,93
REINHOLD STEPHANES (1515)
PMDB
101.699
1,90
AFFONSO CAMARGO (4545)
PSDB
99.763
1,87
GIACOBO (2200)
PL
92.868
1,74
ROCHA LOURES (1505)
PMDB
89.204
1,67
CEZAR SILVESTRI (2313)
PPS
88.962
1,66
SETIM (2550)
PFL
88.526
1,66
EDUARDO SCIARRA (2530)
PFL
85.197
1,59
TAKAYAMA (1500)
PMDB
85.093
1,59
CHICO DA PRINCESA (2223)
PL
84.046
1,57
ANDRÉ VARGAS (1345)
PT
83.222
1,56
DR. ROSINHA (1313)
PT
69.349
1,30
ALCENI GUERRA (2525)
PFL
69.022
1,29
CASSIO TANIGUCHI (2522)
PFL
67.821
1,27
ASSIS DO COUTO (1314)
PT
63.032
1,18


Urnas: 22.702
Eleitorado: 7.121.257
Abstenção: 1.153.861 (16,20%)
Votos: 5.967.396
Votos válidos: 5.348.959 (89,64%)
Votos brancos: 389.191 (6,52%)
Votos nulos: 229.246 (3,84%)

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral



DEPUTADO ESTADUAL

ALEXANDRE CURI (15128)
PMDB
131.988
2,47
NEREU MOURA (15178)
PMDB
88.891
1,67
CAITO QUINTANA (15107)
PMDB
85.352
1,60
ROMANELLI (15678)
PMDB
82.666
1,55
BELINATI (11789)
PP
81.157
1,52
ARTAGAO JUNIOR (15015)
PMDB
74.783
1,40
ROSSONI (45120)
PSDB
71.992
1,35
LUIZ ACCORSI (45000)
PSDB
71.920
1,35
AUGUSTINHO ZUCCHI (12345)
PDT
67.760
1,27
WALDYR PUGLIESI (15123)
PMDB
66.513
1,25
CIDA BORGHETTI (11511)
PP
66.492
1,25
ANIBELLI (15190)
PMDB
65.624
1,23
JOCELITO CANTO (14123)
PTB
65.284
1,22
KIELSE (15156)
PMDB
61.874
1,16
GERALDO CARTARIO (15777)
PMDB
61.758
1,16
LUIZ CARLOS MARTINS (12550)
PDT
54.520
1,02
NELSON GARCIA (45200)
PSDB
53.932
1,01
FRANCISCO BÜHRER (45680)
PSDB
53.524
1,00
NEY LEPREVOST (11669)
PP
53.471
1,00
MARCELO RANGEL (23100)
PPS
51.868
0,97
EDGAR BUENO (12612)
PDT
49.971
0,94
RENI PEREIRA (40111)
PSB
49.760
0,93
CHICO NOROESTE (22104)
PL
49.413
0,93
MAURO MORAES (15655)
PMDB
48.513
0,91
FERNANDO CARLI FILHO (40789)
PSB
46.686
0,87
ELIO RUSCH (25155)
PFL
46.613
0,87
DURVAL AMARAL (25252)
PFL
46.476
0,87
DOBRANDINO (15115)
PMDB
45.623
0,85
LUIZ NISHIMORI (45123)
PSDB
45.247
0,85
NELSON JUSTUS (25111)
PFL
44.430
0,83
PLAUTO (25110)
PFL
42.456
0,80
LUIZ FERNANDES LITRO (45160)
PSDB
41.864
0,78
CHEIDA (15999)
PMDB
39.298
0,74
TERUO (15450)
PMDB
39.176
0,73
EDSON STRAPASSON (15200)
PMDB
38.645
0,72
BETI PAVIN (15333)
PMDB
38.266
0,72
FABIO CAMARGO (25654)
PFL
37.973
0,71
LUCIANA RAFAGNIN (13233)
PT
37.966
0,71
STEPHANES JUNIOR (15000)
PMDB
37.955
0,71
JONAS GUIMARÃES (15250)
PMDB
37.726
0,71
DUILIO GENARI (11223)
PP
36.999
0,69
ENIO VERRI (13300)
PT
36.800
0,69
EDSON PRACZYK (10123)
PRB
35.725
0,67
TRAIANO (45789)
PSDB
34.666
0,65
CARLOS SIMÕES (14190)
PTB
32.138
0,60
FELIPE LUCAS (23500)
PPS
31.636
0,59
DOUGLAS FABRÍCIO (23600)
PPS
29.553
0,55
PÉRICLES (13115)
PT
29.012
0,54
TADEU VENERI (13131)
PT
28.204
0,53
WELTER (13166)
PT
27.549
0,52
BERTOLDI (25625)
PFL
27.385
0,51
DR. BATISTA (33014)
PMN
26.714
0,50
PEDRO IVO (13567)
PT
24.472
0,46
ROSANE (43043)
PV
18.844
0,35

Urnas: 22.702
Eleitorado: 7.121.257
Abstenção: 1.153.861 (16,20%)
Votos: 5.967.396
Votos válidos: 5.337.682 (89,45%)
Votos brancos: 356.556 (5,98%)
Votos nulos: 273.158 (4,58%)

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

03 outubro 2006

ALCKMIN E LULA COMO DEPUTADOS

Interessante a matéria abaixo.
Leia e faça sua avaliação.

Como deputado federal, Alckmin apresentou mais projetos que Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin já atuaram no mesmo período no Congresso como deputado federais.
Levantamento da Folha indicou que no período de quatro anos de mandato parlamentar, Lula apresentou seis projetos de lei, enquanto Alckmin ingressou com 54 proposições.
Lula e Alckmin foram deputados federais na época da Constituinte (1987 a 1990).
Nesse período, Alckmin estava no PMDB. Depois da experiência, marcada pela frase de que no "Congresso há 300 picaretas", Lula não disputou mais cargos para o Legislativo. Alckmin, por sua vez, retornou à Câmara para cumprir mandato de 1991 a 1995 --no PSDB--, quando apresentou outros 33 projetos de lei.
Lula exerceu o mandato no auge de sua atuação como líder sindical. Chegou à Câmara com 700 mil votos --uma das votações mais expressivas da história. Na época, os poucos projetos que apresentou foram dedicados aos trabalhadores e aposentados.
Das proposições, quatro se referiam a temas como correção dos salários dos trabalhadores, regulamentação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e correção monetária dos benefícios da Previdência. Nenhum saiu do papel.
Projetos e Requerimentos
Alckmin foi eleito deputado pela primeira vez, por São Paulo, com apenas 35 anos, enquanto Lula tinha 42. O tucano pautou seu mandato pela apresentação de projetos referentes à Previdência Social e temas ligados à Saúde --já que é médico.
Entre os 87 projetos apresentados por Alckmin, há propostas polêmicas como a mudança no número de deputados, mas a matéria não foi adiante. Ele também queria ampliar o número de cadeiras para a bancada paulista. Alckmin também não obteve sucesso na sua intenção de reduzir de 18 para 16 anos a idade para a obtenção da carteira de motorista e tornar obrigatória a divulgação pelos governos dos gastos com publicidade nas próprias peças de propaganda.
Alckmin também levou ao Congresso temas como a proibição do tiro ao alvo e a obrigatoriedade de residência médica para veterinários. Um dos méritos do tucano foi ter relatado o Código de Defesa do Consumidor, que acabou aprovado pelo Congresso e se tornou referência na legislação brasileira.
Já o candidato petista, que chegou a ser um dos principais líderes da oposição nos governos de José Sarney (PMDB) e Fernando Collor (PRN), não deu sossego ao Executivo durante o mandato como deputado.
Lula apresentou seis requerimentos de pedidos de informação aos dois governos - o mesmo número de projetos de lei que assinou. Ele questionou o Executivo sobre gastos com a construção da ferrovia Leste-Oeste, os custos da indústria automobilística e os critérios para venda do extinto BNH (Banco Nacional de Habitação).

02 outubro 2006

E O BRASIL VOTOU...

PRESIDENTE
41,64% - ALCKMIN (PSDB)
48,61% - LULA (PT)


GOVERNADORES ELEITOS
Acre
– Binho Marques - PT
Alagoas – Teotônio Vilela Filho - PMDB
Amapá – Waldez de Góes - PDT
Amazonas – Eduardo Braga - PMDB
Bahia – Jacques Wagner - PT
Ceará – Cid Gomes - PSB
Distrito Federal – José Roberto Arruda - PFL
Espírito Santo – Paulo Hartung - PMDB
Mato Grosso – Blairo Maggi - PPS
Mato Grosso do Sul – André Puccinelli - PMDB
Minas Gerais – Aécio Neves - PSDB
Piauí – Wellington Dias - PT
Rondônia – Ivo Cassol - PPS
Roraima – Ottomar Pinto - PSDB
São Paulo – José Serra - PSDB
Sergipe – Marcelo Déda - PT
Tocantins – Marcelo Miranda - PMDB

A definir no segundo turno:
Goiás = Alcides Rodrigues (PP) X Maguito Vilela (PMDB)
Maranhão = Roseana Sarney (PFL) X Jackson Lago (PDT)
Pará = Almir Gabriel (PSDB) X Ana Júlia Carepa (PT)
Paraíba = Cássio Cunha Lima (PSDB) X José Maranhão (PMDB)
Paraná = Roberto Requião (PMDB) X Osmar Dias (PDT)
Pernambuco = José Mendonça Filho (PFL) X Eduardo Campos (PSB).
Rio de Janeiro = Sérgio Cabral (PMDB) X Denise Frossard (PPS)
Rio Grande do Norte = Wilma de Faria (PSB) X Garibaldi Alves Filho (PMDB)
Rio Grande do Sul = Yeda Crusius (PSDB) X Olívio Dutra (PT)
Santa Catarina = Luiz Henrique da Silveira (PMDB) X Esperidião Amim (PP)


SENADORES ELEITOS
Acre – Tião Viana - PT
Alagoas – Fernando Collor - PRTB
Amapá – José Sarney - PMDB
Amazonas – Alfredo Nascimento - PL
Bahia – João Durval - PDT
Ceará – Inácio Arruda - PCdoB
Distrito Federal – Joaquim Roriz - PMDB
Espírito Santo – Renato Casagrande - PSB
Goiás – Marconi Perillo - PSDB
Maranhão – Epitácio Cafeteira - PTB
Mato Grosso – Jayme Campos - PFL
Mato Grosso do Sul – Marisa Serrano - PSDB
Minas Gerais – Eliseu Resende - PFL
Pará – Mário Couto - PSDB
Paraíba – Cícero Lucena - PSDB
Paraná – Álvaro Dias - PSDB
Pernambuco – Jarbas Vasconcelos - PMDB
Piauí – João Vicente Claudino - PTB
Rio de Janeiro – Francisco Dornelles - PP
Rio Grande do Norte – Rosalba Ciarlini - PFL
Rio Grande do Sul – Pedro Simon - PMDB
Rondônia – Expedito Júnior - PPS
Roraima – Mozarildo Cavalcante - PTB
Santa Catarina – Raimundo Colombo - PFL
São Paulo – Eduardo Suplicy - PT
Sergipe – Maria do Carmo - PFL
Tocantins – Kátia Abreu - PFL

01 outubro 2006

DIA D

Hoje é o dia D.
D de Domingo.
D de Decisão.

Boa eleição, Brasil!